Oliver, vamos esquecer essa controvérsia em torno de lendas e seres mitológicos. Não vai levar a nada. Espero que concorde com minha proposta, sem ressentimentos. 
Fixemo-nos na figura de um hipotético “criador”.
No meu entendimento, se comprovarmos a infinitude espaço-temporal, essa história de um “criador” estará ferida de morte. Será uma pá de cal!
Na verdade, o assunto principal do tópico é POSSO SER CONSIDERADO UM CÉTICO?
Vc me deu a impressão de ter uma posição fechada sobre esta questão de existir ou não um criador para o universo...vc não acredita na existencia de um criador e eu respeito sua opinião...acho que muitos foristas por aqui tb pensam como vc...
Porém, eu levantei a seguinte questão...quem afirma têm o onus da prova... quem disser que não existe um criador tem que apresentar provas... e atualmente a ciencia não têm essas provas...infelizmente...
Portanto, penso que um verdadeiro cético não pode afirmar que existe ou que não existe um criador para o universo...
Não inverta o Ônus da Prova. É quem acredita em Deus para explicar o universo que tem que mostrar como um ser infinitamente complexo é mais provável do que simples efeitos naturais.
Suponhamos que o universo atual tenha surgido de uma explosão (não estou discutindo se ele é infinito com efeitos de big crushs e big bangs ou não). O que causaria essa explosão? Precisaria mesmo de um Deus super-duper para criar essa explosão ou seria um processo natural de instabilidade?
A metodologia científica nos diz para aceitar a hipótese mais plausível até que tenhamos mais dados. Deus não é uma idéia tão plausível ao ponto que necessitaria explicar muito mais coisas do que uma simples instabilidade. É aquela velha estória do “Quem criou Deus? Um Super-Deus?” e do “alegações extraordinárias necessitam de provas extraordinárias”.
Não faz sentido considerar a existência de um Deus no sentido de possibilidade. A grande maioria dos fenômenos cósmicos podem ser explicados por efeitos naturais, então por que achar que a criação de tudo foi diferente?
Além do mais, a hipótese de Deus não é falseável. O que precisamos descobrir no estudo do universo para considerar que não existe um Deus? Se existe sempre uma brecha que me permita sempre dizer “mas é que Deus não fez isto ou fez aquilo”, a hipótese não é científica. Aliás, deve se descartar qualquer alegação que funcione da mesma maneira. Repito: sem uma condicional, a hipótese é falaciosa.
Por isso eu digo que é bobagem, mesmo a um cético, acreditar que há uma possibilidade considerável de que Deus sequer exista, quanto mais de que ele tenha feito tudo.