Só que esse tipo de política não se sustenta não é possível continuar melhorando o nível de vida com esse tipo de estratégia, teremos que discutir como retomar o crescimento econômico de forma sustentada
Concordo. Aliás, a concordância sobre esse ponto é generalizada.
E não vejo disposição no Lula em remover os entraves para o crescimento econômico sustentável.
No seu entendimento, que entraves seriam esses?
Há nuvens negras no horizonte, a situação internacional que foi extremamente favorável governo Lula poderá ficar complicada já que existe risco de recessão nos EUA.
Há exagero sobre isso. Riscos de recessão nos EUA são uma constante. Porém, os responsáveis pelo ajuste macro da política econômica de lá (leia-se Federal Reserve) estão atentos a isso, e demonstram competência.
Em 2.007 teremos muitos aumentos de gastos causados pelo aumento no salário mínimo, aumento nos gastos com funcionalismo público.
O orçamento da União é regido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, e todos esses aumentos já estão contemplados. Faça uma visita ao site do Ministério da Fazenda e verá que está, agora e para o ano que vem, tudo em ordem em termos quantitativos.
E ainda teremos o fim CPMF e da DRU no final de 2007, e como o governo não tem muito onde cortar gastos já que aumentou os gastos de forma definitiva em sua ânsia de ganhar no primeiro turno, o Lula terá de cortar gastos sociais para equilibrar as contas ou terá de se arriscar a permitir a volta da inflação.
Pois pode se preparar. Muito antes do fim dos prazos de validade de tais contribuições (!?), pode estar certo que os substitutos já estarão prontinhos para garfar um naco de nossa renda.
Enfim, voltamos ao ponto inicial de sua explanação: como retomar uma trajetória de crescimento econômico real e sustentável, sem afetar o equilíbrio financeiro-fiscal, e sem onerar o perfil da dívida pública interna e externa.
Ao contrário de você, penso que num eventual segundo mandato do Lula isso seja possível, e penso também que ele está disposto a seguir nessa direção.