Autor Tópico: Os números não mentem: Governo Lula é melhor.  (Lida 6608 vezes)

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Offline Quereu

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Re: Os números não mentem: Governo Lula é melhor.
« Resposta #50 Online: 26 de Setembro de 2006, 17:26:58 »
Argumento + Pensamento = Governo do grande apedeuta é uma desgraça

Falácia + Pt = corrupção = fraude = robo = governo real do grande apedeuta

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Offline Alenônimo

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Re: Os números não mentem: Governo Lula é melhor.
« Resposta #51 Online: 26 de Setembro de 2006, 17:37:20 »
Quereu, não exagera. O Governo Lula foi muito similar ao do Fernando Henrique. Não foi essa desgraça toda, mas podia ser muito melhor se Lula fizesse o que propunha.
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Offline Quereu

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Re: Os números não mentem: Governo Lula é melhor.
« Resposta #52 Online: 26 de Setembro de 2006, 22:17:42 »
Todos os bons índices atuais se devem ao incrível crescimento da economia mundial. Mas o grande apedeuta sem caráter e sem escrúpulos, cujo governo se baseia em bolsa-esmola e propaganda-enrola-público capitaneia tudo para si; do alheio, roubando o trabalho, guspindo no mérito, difamando reputações; e corrompendo, enganando, fraudando. Já vi pústulas no cargo, mas do tamanho dessa jamais. Para quem gosta de pus, crosta e excrecência o Brasil de Lula se tornou um prato cheio!
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Offline Barata Tenno

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Re: Os números não mentem: Governo Lula é melhor.
« Resposta #53 Online: 27 de Setembro de 2006, 09:34:57 »
Ninguém ainda me respondeu o que o Lula mudou na política economica em relação ao FHC.
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline Quereu

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Re: Os números não mentem: Governo Lula é melhor.
« Resposta #54 Online: 27 de Setembro de 2006, 09:56:20 »
Ninguém ainda me respondeu o que o Lula mudou na política economica em relação ao FHC.

Nada.
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Offline Dbohr

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Re: Os números não mentem: Governo Lula é melhor.
« Resposta #55 Online: 27 de Setembro de 2006, 12:15:31 »
Para falar muito sinceramente não sei o que melhorou ou mesmo se melhorou, estou sempre lendo e tentando me informar para fazer uma escolha, mas já não sei definir se tendo havido as melhoras pregadas pelos números, se foram realmente significativas na qualidade de vida do país e se não teriam sido reflexo de governos anteriores ou mesmo uma tendência mundial, independente de quem estivesse no poder.

Eu diria que a classe média não sentiu o impacto direto desses números positivos. Agora, que eles são positivos para muita gente, não tenho dúvida. Como aliás, também não tenho dúvidas que esses números são circunstanciais e as melhorias sociais tenham sido, até agora, meros paliativos.

Eu espero que quem quer que entre tenha a percepção que a economia do Brasil precisa crescer consistentemente. E que isso só é possível através do trabalho duro de pelo menos uma década. Em outras palavras, que quem quer que entre não perca tempo digladiando-se com a oposição para se manter no poder.

O prognóstico disso acontecer, dada a volatilidade dos humores atuais, é baixíssima...

Offline Quereu

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Re: Os números não mentem: Governo Lula é melhor.
« Resposta #56 Online: 27 de Setembro de 2006, 12:47:13 »
Eu espero que quem quer que entre tenha a percepção que a economia do Brasil precisa crescer consistentemente. E que isso só é possível através do trabalho duro de pelo menos uma década. Em outras palavras, que quem quer que entre não perca tempo digladiando-se com a oposição para se manter no poder.

Quem quer que entre menos a esquerda porque seus ideias são a vanguarda do atraso. Como o PT e o PSDB são ambos partidos de esquerda as chances de crescimento econômico são nulas. E como não há partidos que defendam o liberalismo e a livre iniciativa o Brasil vai ficar estagnado por muitos anos. Sosseguem...

Afora que o PT presenteou o povo brasileiro com um projeto de poder pelo poder e se infiltrou no Estado como uma quadrilha que promete derrubar as bases de qualquer governo democrático - pois no fundo o PT odeia a democracia: Lula não é renomado fã de Castro e Chávez?

E o espírito mesquinho que aninha o esquerdistas de acusar aos outros de tudo o que eles próprios já fazem, só que mil vezes pior, tornará impossível qualquer entendimento. No campo político não haverá paz. Vocês acham que o PT vai largar o filé? Sosseguem...

O atraso vem aí.
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Offline HSette

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Re: Os números não mentem: Governo Lula é melhor.
« Resposta #57 Online: 27 de Setembro de 2006, 14:21:04 »
Quereu, você detonou com o Tópico, com esse discurso chulo.
Sua intenção aqui é transformar esse espaço num palanque eleitoral de baixíssimo nível.
E não são esses os objetivos desse espaço.

Você é quem demonstra ser irascível em relação à democracia, ao se mostrar tão descontente com o fato de a maioria da população brasieira ter o direito de decidir seu futuro nas urnas.

Sossegue você, meu caro. O tempo da ditadura já se foi.
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Chaves

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Re: Os números não mentem: Governo Lula é melhor.
« Resposta #58 Online: 27 de Setembro de 2006, 14:23:15 »
E voltando ao assunto do Tópico: Os números não mentem: Governo Lula é melhor.
27/09/2006 - 14h09
TJLP cai ao menor nível já registrado, de 6,85%


BRASÍLIA (Reuters) - O governo reduziu pela quarta vez seguida a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), na tentativa de incentivar os investimentos no país, informou nesta quarta-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) reduziu a TJLP para 6,85 por cento ao ano, o menor nível já registrado. A taxa estará em vigor no último trimestre deste ano.

"O objetivo da redução é estimular o investimento no país", disse o ministro a jornalistas.

A TJLP é usada na correção dos financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A taxa atualmente está em 7,5 por cento.

Segundo Mantega, a nova TJLP foi calculada levando em consideração a meta de inflação de 4,5 por cento e a expectativa de que o risco Brasil ficará entre 220 e 230 pontos-básicos.

No início desta tarde, o risco-país, medido pelo EMBI+ do JP Morgan, estava em queda de 6 pontos, a 239 pontos-básicos.
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Re: Os números não mentem: Governo Lula é melhor.
« Resposta #59 Online: 27 de Setembro de 2006, 14:38:18 »
Não. O tempo da ditadura está chegando. Da utopia das esquerdas. Dos massacres.

E desde quando emitir opinião é anti-democrático?

Só mesmo esquerdistas pensam assim. É evidente que eu não gosto do resultado das urnas. Propus aqui a tomada do poder? A revolta armada? A não aceitação dos resultados das urnas? Eu disse "fora Lula"? Se me acusa de anti-democrático eu o acuso de mal-intencionado.

Se você disser: está errado, é burro, a sua crítica à minha pessoa é pelo menos honesta, mas me chamar de anti-democrático só porque eu não tenho a sua opinião... quem é o verdadeiro anti-democrático?
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Re: Os números não mentem: Governo Lula é melhor.
« Resposta #60 Online: 27 de Setembro de 2006, 14:53:56 »
E outra coisa. Nunca fugi ao tema do tópico. O governo Lula usa os números para manipular a opinião pública. Se eu estou certo ou errado, cabe a você contestar. Mas como todo bom esquerdista você se preocupa mais em me julgar do que julgar o meu pensamento, em emitir os seus juízos de valores!

Então eu o acuso de mal-intencionado, pois faz proselitismo do governo disfarçadamente, defendendo esse cosmético inóquo de maneira camuflada.
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Re: Os números não mentem: Governo Lula é melhor.
« Resposta #61 Online: 27 de Setembro de 2006, 14:57:38 »
E você ainda não viu o que é baixo nível.

Quer ver? Leia sobre o escândalo dos dossiês - aí sim saberá o que é ser baixo.
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Offline HSette

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Re: Os números não mentem: Governo Lula é melhor.
« Resposta #62 Online: 27 de Setembro de 2006, 15:55:11 »
Citar
Não. O tempo da ditadura está chegando. Da utopia das esquerdas. Dos massacres.
Verborragia vazia, como parece ser seu costume.

Citar
E outra coisa. Nunca fugi ao tema do tópico.
Aponte um (e apenas um) argumento que seja em todo o seu discurso esfarrapado e totalmente sem embasamento.

Citar
O governo Lula usa os números para manipular a opinião pública.
O governo não usa números. Procure se informar. Os números são obtidos através de estudos sérios e divulgados de forma pública.

Citar
Se eu estou certo ou errado, cabe a você contestar.
Isso só pode ser piada. :histeria:
Contestar o que?  :?:
Você destila um palavrório desprovido de qualquer sentido e deseja ser contestado?
Seja um pouco mais consistente e talvez possa ser levado a sério.

Citar
Quer ver? Leia sobre o escândalo dos dossiês - aí sim saberá o que é ser baixo.
Provavelmente o baixo nível está no conteúdo desse dossiê, que no momento está de posse do TSE. Mas não demora e virá a público, então veremos.

quereu, uma coisa aqui está clara para todos que lerem o Tópico. Você pratica a verborragia, mas não apresenta nada de argumentação válida.

Com uma oposição como a sua, até Satanás seria eleito Papa.  :histeria:

Porque não cria um Tópico com o nome Palanque Eleitoral?
Afinal, em palanques pode-se ficar horas a fazer discursos com palavras empoladas, mas sem conteúdo.
Só não sei se conseguirá audiência.  :hihi:
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Re: Os números não mentem: Governo Lula é melhor.
« Resposta #63 Online: 27 de Setembro de 2006, 16:07:11 »
DIGNIDADE...
EM BUDAPESTE



Budapeste viveu ontem sua segunda noite de confrontos entre manifestantes e as forças de segurança húngaras. Pelo menos 69 pessoas ficaram feridas, com quatro policiais em estado grave, na madrugada de hoje. Os manifestantes querem a renúncia do primeiro-ministro Ferenc Gyurcsány. Em gravação vazada no domingo passado, Gyurcsány reconhece diante da cúpula do Partido Socialista, em 26 de maio, que mentiu durante um ano e meio sobre a crise econômica nacional. "Fizemos tudo em segredo para que nada fosse publicado antes das eleições", admitiu Gyurcsány na gravação.

Um povo exige a renúncia de um ministro que mentiu! Transporte o leitor esta indignação para o Brasil. Teríamos de trocar ministros a cada semana.

Do Blog de Janer Cristaldo 29/09


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Re: Os números não mentem: Governo Lula é melhor.
« Resposta #64 Online: 27 de Setembro de 2006, 16:10:48 »
DIGNIDADE...
EM BUDAPESTE



Budapeste viveu ontem sua segunda noite de confrontos entre manifestantes e as forças de segurança húngaras. Pelo menos 69 pessoas ficaram feridas, com quatro policiais em estado grave, na madrugada de hoje. Os manifestantes querem a renúncia do primeiro-ministro Ferenc Gyurcsány. Em gravação vazada no domingo passado, Gyurcsány reconhece diante da cúpula do Partido Socialista, em 26 de maio, que mentiu durante um ano e meio sobre a crise econômica nacional. "Fizemos tudo em segredo para que nada fosse publicado antes das eleições", admitiu Gyurcsány na gravação.

Um povo exige a renúncia de um ministro que mentiu! Transporte o leitor esta indignação para o Brasil. Teríamos de trocar ministros a cada semana.

Do Blog de Janer Cristaldo 29/09




Agora você se superou.
Na falta de argumentos domésticos, atravessa o Oceano em busca de subsídios.

Porque não aproveita e nos relata os detalhes dessa "crise de Bucareste" que você citou?

PS: de quebra, aproveita e linka a fonte. :ok:
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Re: Os números não mentem: Governo Lula é melhor.
« Resposta #65 Online: 27 de Setembro de 2006, 16:13:22 »
Quem é “MAG”, novo coordenador da candidatura Lula?
por Carlos I.S. Azambuja em 27 de setembro de 2006

Resumo: Marco Aurélio Garcia, valendo-se de sua cobertura de assessor internacional do presidente Lula, mantém conversações com os grupos armados e de oposição a vários governos da América Latina, e agora coordena a campanha do presidente.

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Marco Aurélio Garcia, conhecido como “MAG”, nos anos 60 e 70 do século passado foi uma liderança do trotskismo internacional. Nos anos de luta armada no Brasil viveu exilado na França e no Chile. Após a Anistia, voltou para o Brasil e foi um dos que colaboraram na fundação do Partido dos Trabalhadores e, em 1990, na condição de Secretário de Relações Internacionais do PT, um dos organizadores e fundadores do Foro de São Paulo, que não passa de uma nova Internacional para a América Latina. É professor licenciado do Departamento de História da Unicamp.

Em dezembro de 2002 – ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso -, por instância do presidente eleito e já na sua condição de futuro assessor internacional do governo Lula, coordenou o envio de uma carga de gasolina para normalizar o abastecimento do mercado interno na Venezuela, seriamente abalado por uma greve coordenada pelas oposições a Hugo Chávez.

Valendo-se de sua cobertura de assessor internacional do presidente Lula mantém conversações com os grupos armados e de oposição a vários governos da América Latina, o que, evidentemente, não poderia ser feito pelos diplomatas do Itamaraty. Esses contatos são feitos em nome do Foro de São Paulo. Como escreveu o filósofo Olavo de Carvalho, “comparado à trama do Foro de São Paulo, o Mensalão é quase um negócio honesto” (Um Negócio quase honesto, Jornal do Brasil de 13 de abril de 2006).

Marco Aurélio Garcia agora é o coordenador da candidatura do presidente Lula, substituindo “o bando de aloprados” (frase utilizada por Lula em uma entrevista concedida dia 25 de setembro de 2006 a três rádios populares de São Paulo e do Rio de Janeiro) da sua equipe de coordenação de campanha presos pela Polícia Federal quando tentavam adquirir, por cerca de 2 milhões de reais, um dossiê fabricado para prejudicar as candidaturas de José Serra e Geraldo Alckmin. Nessa entrevista, Lula, que mais uma vez não sabia de nada, não titubeou em jogar a culpa no presidente do PT, Ricardo Berzoini, que foi quem escolheu e coordenava a tal equipe.
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Re: Os números não mentem: Governo Lula é melhor.
« Resposta #66 Online: 27 de Setembro de 2006, 16:16:48 »
PCC e PT, mesmo combate
por Janer Cristaldo em 15 de agosto de 2006

Resumo: Neste caldo cultural em que crime não é crime, mas erro, em que seqüestradores não são seqüestradores mas heróis nacionais, recompensados com gordas aposentadorias e cadeiras no Congresso, e a grande imprensa abre espaços para louvação de assassinos genocidas, não é de se espantar que o PCC desejasse sua parte.

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Meus temores se confirmaram. O domingo foi calmo em São Paulo. Nenhum ônibus queimado, nada de molotovs em bancos ou prédios públicos, nenhum atentado a policiais. Não imagine o leitor que estou desejando domingos sangrentos para a cidade. Nada disso. Ocorre que, nesta situação de falência do Estado, o pior que poderia ter acontecido era um domingo sem violência. Isto significa que o pacto entre Estado e criminosos foi consagrado. Quando o Ministério Público Estadual pediu à Justiça a não-liberação dos apenados no Dia dos Pais, mais de cem atentados perturbaram a cidade. A Justiça entendeu corretamente a mensagem: liberou todo mundo. O MPE tentou ainda impedir pelo menos a liberação dos criminosos ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital). A Justiça foi além em sua benevolência. Chegou a oferecer tratamento privilegiado em São José do Rio Preto a cinco membros da guerrilha, transportando-os em viaturas policiais e com escolta até o aeroporto. Os cinco clientes VIP do sistema penitenciário sequer se preocuparam em comprar passagens de volta. O PCC agora já sabe como obter boas respostas às suas reivindicações. Basta incendiar algumas dezenas de ônibus, jogar algumas bombas cá e lá e sentar-se à espera dos resultados.

Antes do Dia dos Pais, o governador Cláudio Lembro pediu bom senso aos criminosos, como se tal virtude pudesse existir entre traficantes, assassinos e seqüestradores. “Estou convicto de que eles terão bom senso de se portarem de acordo com a data e de acordo com o momento”. Disse ainda esperar que os detentos pertencentes ao PCC tivessem compreensão com a sociedade e preservassem a integridade de cada um. “Acredito no ser humano. Se não acreditasse, eu estaria mal. Como acredito no ser humano, acredito ser possível que essas pessoas compreendam que há uma sociedade a ser preservada. E que há uma dignidade individual e integridade física de cada um de nós. O respeito à pessoa deve ser também observado por eles”.

A resposta do PCC a tão nobre crença no ser humano foi imediata. No sábado seqüestrou um jornalista e um técnico da rede Globo, para exigir a transmissão de um vídeo. O manifesto brande um discurso de esquerda, faz críticas ao sistema penitenciário, pede um mutirão para revisão de penas, melhores condições carcerárias e se posiciona contra o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado). Parte do texto é uma cópia ipsis litteris de um parecer do governo, assinado pelo criminalista Mariz de Oliveira. PCC e PT, mesmo combate.

Quem o transcreveu deve ser um rábula de quinta categoria, pois troca iluminismo por ilusionismo. No final, o manifesto assume um estilo mais coerente com a bandidagem. “Não queremos e não podemos sermos  (sic!) massacrados”. Ou seja, os presidiários se arrogam o direito de estabelecer seu próprio sistema carcerário. Mais um pouco e exigirão ser julgados por seus pares. Visando preservar a vida de seus funcionários, a Globo aceitou retransmitir o vídeo. O PCC agora já sabe como fazer relações públicas. Basta seqüestrar jornalistas e ameaçar matá-los caso suas reivindicações não sejam transmitidas urbi et orbi.

Ao seqüestrar pessoas para forçar a difusão de uma mensagem, o PCC nada mais fez senão seguir a escola das esquerdas, cujos líderes, hoje aboletados no poder, auto-intitulam-se salvadores da nação e gozam de aposentadorias milionárias como recompensa a seus passados criminosos. Talvez ninguém mais lembre, mas Fernando Gabeira, que hoje se destaca como herói sem jaça em meio ao lodaçal do Congresso, foi um dos precursores desta eficiente estratégia. Como reconhecimento de seus notáveis feitos, foi eleito deputado. Não seria de espantar que, em futuro próximo, o erudito Marcola, o homem que teria lido mais de três mil livros, se apresente para disputar junto ao eleitorado o mesmo reconhecimento da nação.

Mal se estabeleceu a relação entre os métodos das esquerdas dos anos 70 e os do PCC, Gabeira foi logo pondo as barbas de molho. “Nós não éramos bandidos” - diz o deputado em entrevista ao Estadão. Ninguém gosta de ser diminuído. Gabeira era um celerado com uma ideologia na cabeça, que alimentava o grandioso projeto de transformar o país numa republiqueta socialista. O PCC nunca sonhou tão alto. Quer apenas alguns privilégios para os seus.

Antes do seqüestro, o Jornal da Tarde havia recebido um e-mail no qual os novos defensores dos direitos humanos protestam contra “a injustiça, abuso de poder, maus tratos, espancamentos e violência há anos às classes pobres nesse País. (...) Buscamos entre nós o máximo de respeito e solidariedade e nos apoiamos entre si dividindo um pouco de tudo que temos entre materiais e carinho humano com projetos sociais, e nossa verdadeira luta é pela dignidade humana sem discriminação, não visamos nenhum tipo de lucro material dessa luta, e por ela nos sacrificamos sem medir as forças”. Para quem chega no meio da conversa, o texto transmite a idéia de uma carta de intenções de alguma entidade beneficente, quem sabe o regimento interno de uma cartuxa. Em sua sede de justiça social, os assassinos e traficantes do PCC já não se contentam em advogar em causa própria. Exigem a redenção dos pobres e oprimidos da nação.

Não é de hoje que os comunicados da guerrilha se assemelham aos chavões da Igreja Católica e do PT. Em um comunicado anterior, o “Grito dos Oprimidos Encarcerados”, proclamavam: “Somos presos oprimidos pagando por algum tipo de erro cometido perante a sociedade, alguns nem mesmo erraram, mas sofrem as injustiças do ser humano”. A linguagem é a mesma de Lula e do PT. Em momento algum fala-se de crimes, apenas de erros. O que sempre me lembra os pruridos de Tarso Genro quando fala de desvios do stalinismo. Stalin não cometeu crimes. Apenas ligeiros desvios.

Neste caldo cultural em que crime não é crime, mas erro, em que seqüestradores não são seqüestradores mas heróis nacionais, e por isso recompensados com gordas aposentadorias e cadeiras no Congresso, nada de espantar que o PCC fizesse sua fezinha. Dando um sentido político aos crimes, quem sabe dentro em breve não se consegue uma anistia, seguida de gordas aposentadorias e indenizações pelos anos injustamente passados no cárcere.  Se pegar, pegou. Se não pegar, tentar não custa. Bem entendido, não vai pegar. Falta souche de esquerda aos integrantes do PCC.

Coisa que não falta a Oscar Niemeyer, por exemplo. Os jornais todos hoje vociferam contra a audácia do crime organizado. Em página nobre da Folha de São Paulo, nesta segunda-feira, o arquiteto stalinista chora a morte dos dois maiores criminosos da América Latina, Fidel Castro e Che Guevara. O que falta a Marcola é carteirinha do Partido.

Imprensa que dá página nobre à louvação de grandes assassinos, não tem moral algum para condenar os menores.
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Offline Quereu

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Re: Os números não mentem: Governo Lula é melhor.
« Resposta #67 Online: 27 de Setembro de 2006, 16:19:37 »
Marxismo e criminalidade
por Percival Puggina em 14 de agosto de 2006

Resumo: No momento em que o mal do marxismo se instala na mente humana, o portador da enfermidade começa a delirar e passa a afirmar que o bandido é vítima e a bradar que, no fundo, a vítima é o verdadeiro agressor.

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O surgimento de eventuais viroses culturais no meio acadêmico é da própria natureza das instituições voltadas ao conhecimento. A abertura da mente faculta o ingresso de quaisquer idéias e cabe à Razão pôr em operação os mecanismos capazes de separar o joio do trigo. Isso é normal e sempre foi assim, desde a Idade Média, quando as academias nasceram em
berço católico.

No entanto, o que acontece no Brasil em relação ao marxismo se distingue da infecção eventual, que contamina aqui e ali. O que temos é resultado de um deliberado ataque bacteriológico, voltado ao extermínio e agindo sobre o próprio órgão cerebral capaz de produzir a seleção entre o certo e o errado. Através da universidade, a letal agressão atingiu seminários, comunicação social, pessoal recrutado para as atividades da administração e do Estado e produz danos em todos os espaços da vida social.

Um deles diz respeito à segurança pública. Na leitura mentalmente enferma do marxismo, a pobreza é causada pela riqueza e a criminalidade é produto do conflito entre as classes sociais. No momento em que o mal do marxismo se instala na mente humana, o portador da enfermidade começa a delirar e passa a afirmar que o bandido é vítima e a bradar que, no fundo, a vítima é o verdadeiro agressor. O ato criminoso se torna, assim, incontornável feito justiceiro e evidência das contradições do “sistema”. Não há mais o mal nem o bem em si mesmos. Tudo se torna relativo, a depender do lado onde se esteja. O único absoluto é a luta de classes, critério de juízo e chave de leitura de quaisquer acontecimentos, do estupro ao mensalão, passando pelo roubo de cargas e pelo refino de cocaína.

A moral evidentemente desaba e, com ela, a ordem pública. Os criminosos merecem mais zelos, atenções e garantias do que suas vítimas. As leis penais perdem três elementos determinantes de sua eficácia - o desestímulo ao crime, a punição do ato criminoso e o isolamento dos indivíduos perigosos - sob a prevalência de uma “justiça piedosa” que outra coisa não é senão a falência da própria justiça.

Todo esse cenário, que bem conhecemos, só poderá ser modificado se e quando o vírus da análise marxista reduzir sua atividade determinante. Se e quando abrandar a influência do “politicamente correto” como forma de dominação intelectual. Se e quando a febre ceder no próprio espaço onde ele se instalou: o espaço dos fazedores de cabeça.
« Última modificação: 27 de Setembro de 2006, 18:25:45 por quereu »
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« Resposta #68 Online: 27 de Setembro de 2006, 16:21:30 »
Para mim, chega.  :(

Isso aqui virou palanque.  :no:

Penso que a Moderação deveria intervir.
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Re: Os números não mentem: Governo Lula é melhor.
« Resposta #69 Online: 27 de Setembro de 2006, 16:23:28 »
ué. se vc pode fazer palanque defendendo esses dados eu tb posso
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Re: Os números não mentem: Governo Lula é melhor.
« Resposta #70 Online: 27 de Setembro de 2006, 16:25:07 »
Meu caro, eu não defendo dados.
Eu os apresento.

E que se frise: dados e não palavrório.
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Re: Os números não mentem: Governo Lula é melhor.
« Resposta #71 Online: 27 de Setembro de 2006, 16:27:56 »
Estou louco para que o moderador intervenha.
A Irlanda é uma porca gorda que come toda a sua cria - James Joyce em O Retrato do Artista Quando Jovem

Offline Quereu

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Re: Os números não mentem: Governo Lula é melhor.
« Resposta #72 Online: 27 de Setembro de 2006, 16:42:54 »
:: Política Econômica     
Data:31/08/06.
GOVERNO LULA E AS BOBAGENS ECONÔMICAS

Simples E errado

          O programa de governo divulgado nesta semana pelo presidente Lula não traz metas quantitativas. Em compensação, o documento oferecido dias antes pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) define objetivos e números bastante precisos – e que estão errados.

         A idéia do CDES é a seguinte: mantida a política econômica, com metas de inflação e superávit primário (a economia que o governo faz para pagar juros), a taxa de juros fatalmente vai cair. O documento supõe que a taxa real de juros, hoje em torno de 10% ao ano, possa despencar para 3% em apenas cinco anos.

Na verdade, seria preciso muita sorte, uma exuberante conjuntura internacional e muitas medidas internas, como as reformas microeconômicas que visem dar garantia jurídica aos créditos, para uma queda nessa velocidade. Mas há um consenso de que, preservado o quadro macroeconômico, a taxa de juros é declinante. Assim, até 2010, a cada ano a conta de juros paga pelo governo deve ser menor.

         Hoje, os juros nominais pagos pelo governo anualmente – incluindo todo o setor público – equivalem a cerca de 8% do Produto Interno Bruto, algo como R$ 160 bilhões, sempre arredondando os números. Ora, diz o CDE, caindo a taxa de juros, em 2007, o governo gastaria apenas 7% do PIB na despesa financeira, de modo que sobraria 1% - ou cerca de R$ 20 bilhões, em dinheiro de hoje. Logo, vamos gastar essa sobra. O documento do CDES calcula a sobra anual e conclui que, até 2010, o governo terá nada menos que R$ 181 bilhões para gastar em educação, saúde, bolsas, ciência e tecnologia e obras diversas.

         Como se vê, números bem definidos. E parece simples, não é mesmo? Simples e errado. Não sobra dinheiro porque o governo não paga de fato toda a conta de juros.

         Eis como a coisa se passa, conforme o balanço de 12 meses fechado em julho último: da conta anual de R$ 160 bilhões, o governo pagou efetivamente cerca de R$ 87 bilhões – que foi o dinheiro do superávit primário, equivalente a 4,33% do PIB. E os outros R$ 73 bilhões? Foram rolados no mercado, refinanciados, ou seja, o governo lançou títulos e assim tomou empréstimo para cobrir aquela parte dos juros.

         Assim, se a conta de juros fosse menor, digamos, de R$ 140 bilhões – e mantido o superávit primário, como o CDES diz que vai manter – a matemática ficaria assim: o governo continuaria pagando de fato, cash, os R$ 87 bilhões do superávit primário, que é dinheiro do orçamento, obtido com a arrecadação de impostos, e ainda faltariam R$ 53 bilhões, a serem refinanciados.

         Logo, não sobrariam recursos orçamentários para gastar. Apenas o refinanciamento dos juros, ou déficit nominal do governo, seria menor. Só haveria alguma sobra de fato quando a conta de juros fosse inferior ao total do superávit primário.

         Para se ter uma idéia, isso estaria acontecendo hoje se a taxa básica de juros, essa definida pelo Banco Central, de 14,5% nominais e 10% reais, fosse de pelo menos a metade disso. Como isso só deve ocorrer, com sorte, dentro de uns cinco anos, até lá não tem dinheiro sobrando.

         Mas o documento do CDE vai além. Sustenta que é possível, ao mesmo tempo, aumentar os gastos públicos desde já, manter o superávit primário, reduzir a dívida pública como proporção do PIB e ainda por cima reduzir a carga tributária para 33% do PIB, quase cinco pontos abaixo do nível atual.

         Um milagre.

         Só mais uma continha para não aborrecer a leitora e o leitor. No cenário definido pelo CDES, teríamos, em 2010, arrecadação de tributos de 33% do PIB e gastos assim: 4,5% do PIB com o superávit primário; 13% com Previdência (na verdade mais, pois o salário mínimo vai aumentar 6% reais todos os anos, diz o documento); 6% com educação; 6% com saúde; 1,2% com ciência e tecnologia; mais uns 2% com obras de infraestrutura.

         Somou? Pois é, já deu os 33%. Não sobrou nada para todo o resto do governo.

         O ministro Tarso Genro, encarregado do CDES, disse que o documento resultou de colaborações de muita gente, incluindo ministros e empresários,  técnicos do governo e do setor privado, como os da FGV, e assim por diante.

         Deve haver nesse grupo quem acredite nesse mito ridículo, alimentado tanto tempo pela esquerda – o de que basta reduzir o pagamento de juros que sobra dinheiro para gastar com o povo. (O outro é o de que não existe déficit na Previdência). Mas as principais lideranças empresariais, os ministros da Fazenda e do Planejamento, o presidente do Banco Central e tantos outros sabem que é uma bobagem monumental.

         Ou não viram o texto final, ou viram e pensaram : “deixa pra lá, não vale nada mesmo”. Como o programa oficial não explica nada, ficamos sabendo que o governo quer gastar mais e está procurando mágicas para arranjar dinheiro. Conhecemos essa história.

Publicado em O Globo, 31 de agosto de 2006       

 
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Offline CoqueiroVermelho

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Re: Os números não mentem: Governo Lula é melhor.
« Resposta #73 Online: 27 de Setembro de 2006, 16:49:19 »
Oi... Volto de uma linda viagem :praia: e olha o que encontro...

Moderação esse tipo de argumento não tem nada haver com o tópico e acho totalmente ofensivo olha só!

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O único absoluto é a luta de classes, critério de juízo e chave de leitura de quaisquer acontecimentos, do estupro ao mensalão, passando pelo roubo de cargas e pelo refino de cocaína.
« Última modificação: 27 de Setembro de 2006, 16:57:53 por CoqueiroVermelho »
...

Offline Quereu

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Re: Os números não mentem: Governo Lula é melhor.
« Resposta #74 Online: 27 de Setembro de 2006, 16:57:22 »
:: Política Econômica     Sardenberg
Data:04/09/06.
LULA E A ECONOMIA: ARGUMENTOS FALSOS

O Brasil não está melhor que os outros

             Na entrevista ao Jornal da Globo, quando o presidente Lula dizia que o Brasil vive um momento único, os entrevistadores lembraram, entretanto, que o país está crescendo menos do que os demais emergentes. Lula respondeu: “Pode ter algum país crescendo mais do que o Brasil, mas nenhum tem a conjuntura de fatores positivos que tem a macroeconomia brasileira”.

            Falso.

            Primeiro, não é que “pode” haver algum outro crescendo mais. Todos, sem exceção, crescem mais. A revista Economist acompanha toda semana   os principais indicadores de um grupo de 27 paises emergentes, espécie de classe média mundial, nações consideradas viáveis. O Brasil é o último na lista de crescimento, todos os outros 26 estão em ritmo de expansão mais forte.

             E por que os outros crescem mais?

            Porque apresentam, no conjunto, um ambiente mais propício ao investimento. Ou seja, não é verdade que o Brasil é o campeão mundial de fatores positivos. Se fosse, estaria crescendo mais do que outros, não é mesmo?

            É importante insistir neste ponto porque o presidente Lula está passando a mensagem de que, em seu primeiro mandato, fez todo o necessário para colocar a economia em ordem, de modo a abrir espaço para um forte ciclo de crescimento daqui em diante. Sugere, por exemplo, que não há mais reformas a fazer. E há, muitas.

            Assim, cabe relacionar os fatores nos quais o Brasil é pior que os demais emergentes.

            A carga tributária está chegando aos 38% do Produto Interno Bruto, com um aumento de quase três pontos percentuais em relação ao início do governo Lula. Entre os demais emergentes, a carga não passa dos 25%, o que significa enorme ganho de competitividade na hora de estimular investimentos.

            O setor público brasileiro arrecada muitos impostos porque gasta muito, especialmente em Previdência. Só neste item, são 13% do PIB. Depois do Brasil, o emergente que mais gasta em Previdência é o México, com algo perto de 6%.

            O governo Lula, ao conceder forte aumento do salário mínimo, que indexa duas de cada três aposentadorias pagas pelo INSS, e ao prometer novos aumentos reais, está aprofundando o déficit previdenciário. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, informou na semana passada que o déficit vai a pelo menos R$ 45 bilhões no ano que vem. Comentou: “Vamos ter que achar uma forma de reduzir isso”. Observou ainda que não dá para falar disso em época de eleição.

            Ou seja, temos aí um baita fator macroeconômico negativo, do qual o presidente não fala e para o qual não apresenta propostas. Parece que não é com eles.

            Além de gastar demais e, por isso, arrecadar demais, o setor público brasileiro carrega uma pesada dívida. A DLSP (Dívida Líquida do Setor Público) equivale a 50% do PIB. Sabe qual a dívida máxima dos outros emergentes importantes? Cerca de 30%.

            Dívida elevada causa duas distorções principais. Primeiro, eleva a taxa de juros, porque existe na praça um grande devedor, o governo, necessitando tomar recursos para se financiar. Segundo, esse dinheiro do setor privado que financia a dívida pública – a 14% ao ano, sem fazer força – é o dinheiro que falta para os investimentos privados.

            Isso leva a dois outros fatores negativos para o crescimento: juros elevados e poucos investimentos. A taxa real de juros no Brasil está pouco abaixo dos 10%. Nos demais emergentes fica em torno dos 3% ao ano, até menos que isso em alguns países. E a taxa de investimentos não passa aqui dos 20% do PIB, contra pelo menos 25% nos demais.

            Mesmo no setor externo, no qual o Brasil conseguiu expressivos resultados, a comparação ainda é desfavorável. Neste ano, a dívida externa total será apenas um pouco maior do que as exportações do período. Ou seja, um ano de exportações quase “paga” a dívida. Melhorou, sem dúvida. Há seis anos, essa relação era de um para quatro. Mas o México “paga” sua dívida com seis meses de exportação, a China com menos que nisso.

            Além disso, o Brasil perde no quesito ambiente de negócios. O Banco Mundial realiza anualmente a pesquisa “Fazendo negócio”, que procura medir facilidades e dificuldades na atividade das empresas. A pesquisa define critérios – número de dias para abrir ou fechar uma empresa, número e custo de procedimentos necessários, licenças requeridas, tempo para resolver uma pendência comercial na justiça, custos trabalhistas, crédito recuperado em falências, segurança jurídica dos contratos, etc. – tabula isso e tira uma classificação geral. Na última edição da tabela Facilidades para Fazer Negócios, o Brasil aparece em 119º. lugar, numa relação de 155 países.

            Há alguns emergentes conhecidos que estão atrás do Brasil, como Venezuela e Egito, mas os mais importantes estão à frente. Mesmo China (91º.) e Índia (116º.), conhecidas pelas amarras burocráticas, estão um pouco melhor.

            O presidente Lula tem razão quando diz que é preciso comparar o Brasil com o Brasil. E, de fato, há avanços notáveis. A inflação, por exemplo, está rodando abaixo dos 4% ao ano – e o Brasil fazia isso, brincando, em menos de uma semana, antes do Plano Real. As contas externas mudaram da água para o vinho. A dívida externa pública praticamente acabou, a famosa vulnerabilidade do país a crises externas desapareceu. Por isso, o risco Brasil é menor, por isso as agências de classificação têm elevado as notas brasileiras.

            A inflação caiu com o regime de metas, com Banco Central independente na prática, herança bendita do governo FHC. E o setor externo beneficiou-se do salto das exportações,  propiciado por um crescimento inédito da economia mundial, e não alavancado pelas viagens dói presidente, como seus diplomatas gostam de dizer. Basta observar que todos os principais países emergentes registraram ganhos extraordinários em suas vendas externas, muitos com desempenho superior ao do Brasil. Por isso, o risco médio dos emergentes é menor que o do Brasil.

            Finalmente, também em educação, os alunos brasileiros tiram notas piores nos testes internacionais.

            Tudo considerado, o Brasil de hoje é melhor do que o Brasil pré-Real, resultado de uma seqüência de políticas mantidas ao longo do período. Comparado, porém, aos demais emergentes, os fatores macroeconômicos brasileiros são negativos. Isso significa, de um lado, que os outros foram mais rápidos nas reformas e mudanças e, de outro, que o Brasil ainda tem um longo caminho pela frente. Ao contrário do que alardeia o presidente Lula, o Brasil ainda não está preparado para um surto de crescimento duradouro.

A Irlanda é uma porca gorda que come toda a sua cria - James Joyce em O Retrato do Artista Quando Jovem

 

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