Pra mim é claro o fato da pobreza tornar a pessoa mais propensa ao crime. Algo q mostra isto claro pra mim é o fato de q a esmagadora maioria dos criminosos são das classes baixas da sociedade.
Mas a imensa maioria dos criminosos é destro, e não canhoto, e de qualquer classe social. Logo são os destros os que são propensos ao crime, e é com eles que se deve tomar cuidado.
Se vc parar pra pensar e analisar mais profundamente a questão, verá q este tipo de comparação q vc fez não tem o menor cabimento. Envolvem situações e particularidades totalmente diferentes. O fato do cara ser destro ou não, não atrapalha nem um pouco em arrumar um emprego q ganhe decentemente.
Mas á muitos criminosos que não estão desempregados, acredito que ainda deve ser maior proporcionalmente a porcentagem de criminosos destros do que a de desempregados, mesmo que em números absolutos os mais numerosos sejam os desempregados.
Fora isso, mulheres sofrem mais com desemprego do que homens, é algo bastante divulgado; ainda assim, a maior parte dos criminosos é homem.
Já o fato do cara não possuir escolaridade tem implicações diretas nisto, e acho q é fato inegável q pobre, mesmo quando possui o segundo grau completo, é bem menos preparado para concorrer uma vaga do q quem teve a oportunidade de cursar faculdade, cursinho disto e daquilo e q sempre estudou em colégios particulares.
Mas como eu demonstrei anteriormente, o desemprego simplesmente não leva diretamente ao crime, senão haveria uma proporção maior ou ao menos igual de mulheres criminosas.
O desemprego pode ser uma justificativa/racionaliação pessoal muito comum para o crime, simplesmente porque há muitos desempregados e em parte por essa justificativa ser bastante difundida pela mídia, mas não sei se desempregados são potencialmente mais tendentes ao crime do que empregados. Citaram agora há pouco o caso de um que saiu do crime, porque conseguiu emprego, mas voltou para ganhar mais.
Além de q escrever com a mão direita ou esquerda, não influi na decisão do avaliador de RH na hora de aprovar alguém para uma vaga, mas o fato de alguém morar em uma periferia distante do local de trabalho (principalmente se não possuir veículo próprio) influi muito. Se o cara for pobre e negro ainda por cima, piora mais ainda a situação na hora de arranjar um emprego decente (já ouviu falar no PPP?).
Há tanto criminosos com bons empregos, quanto uma maioria de criminosos homens - com melhores chances de emprego e melhores salários - o que demonstra que a correlação não é causal
E sobre a seu exemplo do playboy criminoso, isto sim é exceção. O cara q tem tudo e mesmo assim vai pra vida do crime é pq não lhe foi dado pelos pais ou quem o criou, um senso aprimorado de respeito e limites. Basta ir em um presídio e fazer uma pesquisa, verá q o número de boyzinhos presos é ínfimo comparado ao número de presos originários das classes baixas.
Os numeros
absolutos sim, mas proporcionalmente, creio que não,
e ninguém ainda colocou números para sustentar isso. Mesmo que coloquem, acho que qualquer desvio da proporção de criminosos entre classes deve poder ser explicado por coisas mais indiretas do que a pobreza estar inerentemente ligada à imoralidade.
Por exemplo, quanto mais dinheiro tiver, mais fácil é sair impune dos crimes, começando já por meios legais, fiança, melhores advogados, sem contar um crime para acobertar outro - suborno e coisas do tipo. Do outro lado, se é pobre, tanto mais fácil é ser incriminado injustamente e não ter como se safar da situação, policiais corruptos podem te prender a toa só porque estava andando na rua e não parecia ser ninguém importante, etc.
Um outro desvio seria sim, de crimes por necessidade real, mas acho que esses são uma parte bem pequena do total, que a maioria dos pobres é honesta e a sua pobreza não está forçando eles contra a honestidade.
E busca por popularidade e emoção não são motivos tão fortes para entrar no crime do q passar necessidades básicas e morar em um barraco xexelento.
Isso é subjetivo.
Dentre o pessoal que pesquisa coisas relacionadas ao comportamento e sua determinação, há duas distinçoes básicas do ambiente:
ambiente compartilhado: é o ambiente que é comum a todos os indivíduos de um grupo, por exemplo, a favela, ou o bairro tal, para os habitantes, ou o domicílio para os residentes.
ambiente não compartilhado: é como a vivência pessoal. Dentro de um ambiente compartilhado, todos passam por situações diferentes no decorrer da vida, e passam pelas mesmas situações mas interiorizam de forma diferente, subjetiva, de acordo com sua vivência anterior e etc.
Eu acho que o ambiente compartilhado e os genes tem o menor grau de influência quanto a criminaliade de modo geral. Por isso há criminosos vindo de famillias honestas, tanto dentre ricos quanto pobres.
E esse negócio de dizer q quem comete crime por ser pobre só deveria roubar pão, biscoito, leite... hahahaha... sem ofender, mas é coisa de alienado q não sabe do q ta falando. Entrar na vida do crime pra sobreviver não é igual vc ir no mercado toda semana fazer compras, o cara corre muitos riscos, ele não vai ficar indo roubar todo dia pra pegar só aquilo q precisa no dia e voltar pra casa. Vai logo roubar algo q lhe dê dinheiro pra passar um tempo sem precisar roubar de novo.
E os que roubam só o básico como pão ou remédio entâo estão "errados" ou o que?
Eu acho que se ficasse miseravel de repente por qualquer razão e não tivesse como contar com ninguém, pessoalmente preferirira 1 - pedir, mendigar; 2 - roubar o básico para matar a fome sempre que necessário enquanto tento arranjar algum tipo de trabalho informal mesmo. É um tanto difícil (não impossível) imaginar um caminho daí até a opção escolhida ser cortar a garganta de alguém para pegar a carteira, ou coisa do gênero. Também não acho que numa situação mais no meio termo ficaria muito tentado a participar de assaltos, matar, só para sair da pindaíba. Ao mesmo tempo, há os casos de pitboys e etc que cometem crimes violentos apenas porque não tem escrúpulos, só porque acham divertido, porque não tem a menor empatia com os outros, e acho que é exatamente isso o essencial, tanto para o rico quanto para o pobre, um desenvolvimento psicológico individual que faça uma pessoa que não se importe ou até goste de impor sofrimento a outros. E não vejo a pobreza simplesmente como algo que gradualmente aumenta as chances disso.
E essa lógica de roubar bastante para se manter por mais tempo é igualmente válida para qualquer pessoa, independentemente da classe social. Uma pessoa que vai conseguindo levar a vida honestamente, em vez de suar para ganhar o dinheiro só para o pão de cada dia e viver meio no aperto, vai preferir roubar um banco para poder ficar confortavelmente sem trabalhar.