Esse modelo também é simplista demais. Cada região tem seus próprios desafios. Algumas tem de aprender a curar o próprio racismo chauvinista, outras a conciliar seu orgulho com seus reais recursos humanos e econômicos. Não se trata de maçãs boas e maçãs doentes (não que eu ache que isso seria motivo para manter tudo junto, diga-se de passagem) e sim de simplesmente reconectar cada região com seus problemas presentes para que eles possam ser tratados politicamente de forma eficaz.
Daí que surgem os estados e municípios, para cuidar das particularidades. O governo federal serve para auxiliar os estados e municípios a diminuir as desigualdades, somente isso. Parece às vezes que você diz que no Brasil tudo é competência da esfera federal e nada fica com os estados. Que há algumas diferênças, lógico que há, poxa, se há humanos há diferênças, mas ainda não entendi porque o governo federal
sempre será um entrave a um Brasil melhor.
Certo. Mas será que é possível (nem digo fácil) criar tais modelos com uma estrutura política tão indireta e distante da vontade popular?
Para isso existem vários canais de comunicação. E distante por distante, eu me sinto muito mais próximo do governo federal ou estadual do que da minha câmara municipal (Cotia), distância não se traduz em conciência.
Como eles virarão Suíças e não Paraguais?
Alguns virarão Paraguais. Mas até aí, isso não é pior do que a tendência já existente.
Pelo amor de deus, transformar o Brasil em um Chile, um Uruguai, 2 Bolívias e 3 Paraguais é um grande e imenso retrocesso, por pior que o Brasil esteja ou estará.
Com uma estrutura mais ágil, representativa e competitiva do que a anterior.
E como fugir do coronelismo? Imagina a família garotinho escrevendo uma Constituição. Ou pior, com um exército.
Se é tão simples, por que não está acontecendo?
Falta de vontade.
Nas fronteiras, sim. Mas não acho que o mesmo possa ser dito do Brasil das regiões Nordeste e Sudeste, pelo menos.
Não estou falando de fronteira nenhuma, Buenos Aires é praticamente uma São Paulo limpa, com toda a pobreza jogada na periferia. Culturalmente são muito parecidas, só que isso ninguém quer ver, eles afinal são o "inimigo"...