A Igreja muitas vezes é a única forma de promover um senso de união e fraternidade em certas comunidades.
Concordo.
Uma pesquisa comprovou que as pessoas religiosas são mais felizes. A religiosidade deve ser um complexo de instintos que como qualquer outro requer satisfação.
Tenho de dar razão ao N3RD neste particular: não confio nessa pesquisa. Como ela pode objetivamente comparar graus de felicidade? Uma pessoa que se apresenta como religiosa se sente na obrigação de dizer que é feliz; isso por si só já torna suspeitos os resultados.
Luiz, já li alguns posts teus onde você questiona a validade das pesquisas que apontam os religiosos como sendo mais felizes do que os não-religiosos. Mas você nunca fundamentou isto de forma consistente, apresentando contra-razões ou citando pesquisas científicas que mostrem o contrário. Tenho a impressão de que você se baseia na teu sentimento de foro íntimo ( e eu respeito 100% tua opinião, quero deixar bem claro ) e o teu questionamento é mais emocional do que racional. Creio que seria como questionar o Ibope porque nosso candidato não está na frente.
Apesar de não ser psicólogo, já li alguns estudos a respeito e posso te assegurar que existem métodos científicos para aferir o grau de felicidade de uma pessoa com bastante precisão. É claro que não é o mesmo que medir a temperatura com um termômetro, pois estamos falando de algo menos tangível que é o sentimento. Mas existem escalas que podem medir o grau de felicidade como a desenvolvida por Sonja Lyubomirsky (PhD, California University ) com perguntas bastante simples.
Já citei este livro antes e recomendo a leitura para quem se interessar pelo assunto. Chama-se "Authentic Happiness", de Martin Seligman ( Phd, Professor da Universidade da Pensilvania e Ex-Presidente da Associação Americana de Psicologia ).
Existe, inclusive, uma equação básica para determinar o nível de felicidade a seguir :
H=S+C+V sendo H ( Happiness, o nível constante de felicidade ), S ( Set Range, os limites pre-estabelecidos de cada um, a herança genética, tendência para depressão, extroversão, etc ), C ( Circusntances, ou seja as circusntâncias da vida, saúde, finanças, relacionamentos, etc. ) e V ( Voluntary, que são as variáveis voluntárias ou atitudes/ regras que podemos adotar conscientemente para aumentar a média de felicidade, tais como relevar, perdoar, otimismo, etc. ).
A parte da religião se enquadra no item C, pois é uma circunstância da vida, geralmente determinada pela nossa formação familiar ao nascer e não depende simplesmente de querer ou não acreditar. Eu não consigo acreditar em algo simplesmente porque quero. Alguém acredita em algo porque assim o sente. Para quem acredita, a crença é uma fato e não uma simples suposição.
Pessoas religiosas são claramente menos predispostas a usar drogas, a se divordiar, a cometer crimes e se suicidar, além de mais saudáveis fisicamente e mais longevos. Vejam bem...eu digo "menos predispostas" e não "imunes", ok ?
Depois de entendermos este conceito, o resto é só uma questão de conpilação de dados. Foram colhidos centenas de milhares de questionários de pessoas no mundo inteiro, de todas as idades, etnias, credos e condicões financeiras e a conclusão inquestionável foi que o maior número de pessoas felizes :
1 - Vivem em democracias do Primeiro Mundo
2 - São casadas
3 - Têm muitos amigos
4 - São otimistas
5 - Têm uma religião
Portanto, não é uma simples suposição, mas sim um fato, que a religião infunde esperança no futuro, dá significado à vida e consequentemente aumenta a sensação de felicidade. O que não significa que alguém que não se enquadra nestes itens também não possa ser feliz. A religião apenas aumenta esta possibilidade, mas não a assegura por si só. É isso aí.
Felicidades a todos !!
