Eu acho que se seguíssemos, todos, essencialmente duas regras básicas, as coisas teriam mais chance de não descambar para algo totalmente improdutivo:
1 - quem chega no fórum confrontando algum fato bem estabelecido da ciência como se fosse o manda-chuva, poderia tentar simular algum grau de humildade, e seriamente considerar a possibilidade de na verdade, os cientistas estarem de modo geral corretos, ainda que incertos em pormenores, em vez de completamente enganados. Que talvez, em vez dos cientistas serem uns panacas que se enganaram redondamente, apenas "eu" que não sei suficiente a respeito e tenho essa impressão devido à essa limitação de informações. Em vez de postar gracinhas vagas sobre o assunto científico em questão, criar um tópico que expusesse os motivos que levam a duvidar do que é colocado pelos cientistas da área atualmente. Preferencialmente após uma pesquisa mais abrangente, não apenas copiando e colando de sites de grupos "opositores", sem antes tentar pesquisar por si só a validade das afirmações feitas pelos opostiores - em fontes do mainstream, para não ouvir só "ecos" de auto-aprovação, se estiver realmente interessado em conhecer alguma coisa.
A postura de "eu sou um bam-bam-bam, essa coisa toda de evolução/genética/relatividade/trigonometria/teoria patológica dos germes/etc é só um baita engano dos idiotas dos cientistas ateus-marxistas" tende a ter como reação reflexiva o que eu abordo no ponto seguinte.
2 - Todo mundo que já é daqui, maneirar um pouco na testosterona, não se apressar para ser mais um a chamar de troll e etc. (Sim, também fiz isso, mea culpa) Em vez disso, talvez umas mensagens mais nesse sentido, instruindo/sugerindo, educadamente, em como iniciar uma discussão mais objetiva sobre o assunto. Pode ser que, por mais arrogante que alguém pareça ser, na verdade esteja disposto a abordar o assunto com seriedade. De certa forma, as ironias desses que pensam saber que algo da ciência é pura bobagem são similares às nossas ironias e sarcasmos feitos contra as coisas defendidas por grupos "alternativos" e etc. Diferem em quem realmente tem razão, mas são ambas motivadas por se pensar que se tem a razão, não significando que a pessoa não esteja realmente disposta a rever a sua posição, à luz de evidências e argumentos razoáveis. Ao mesmo tempo, acho que essa talvez recepção mais "branda" possa reduzir o uso de racionalização por "dissonância cognitiva", a insistência em se manter a posição inicial a despeito de se demonstrar os erros.