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Qual o seu posicionamento político?

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enquete encerrada: 08 de Maio de 2005, 00:42:13

Autor Tópico: A enquete mais manjada no mundo  (Lida 11902 vezes)

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Offline uiliníli

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Re: Re.: A enquete mais manjada no mundo
« Resposta #125 Online: 23 de Dezembro de 2005, 19:20:26 »
Citação de: Felipe
Ahn, estou falando em parabolas.  :roll:  :roll:

Mas tambem foi erro meu ai. Sei que tem meios, mas como não sou estudioso desse meio (tenho 16 anos pelo amor do deus inexistente dos católicos), queria dar uma resumida nesses meios. Então cabei colocando desse meio mais ahn, fisico.


Pois é, os homi que você falou que iam destruir os negócios da concorrente podem ser, por exemplo, advogados  :lol:

Karl Rove

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A enquete mais manjada no mundo
« Resposta #126 Online: 23 de Dezembro de 2005, 19:20:29 »
Gabriel dCF.

Essa questão é complexa até para especialistas.

Mas na qualidade de palpiteiro, posso lançar algumas idéias.

A primeira é a de que num sistema de livre mercado é virtualmente impossível o aparecimento de um player tão grande cuja enormidade impeça o aparecimento de concorrentes.

Um player desse tamanho, por exemplo, seria alguém que tivesse todas as terras produtivas de determinado país. Ele poderia determinar o preço dos grãos, e nunca haveria concorrentes para o produto dele, mas aí o país abriria seu mercado para grãos estrangeiros, e esse player teria então de comprar todas as terras produtivas do mundo.

Outro tipo seria alguém com a capacidade de controlar o mercado financeiro de tal modo que sempre pudesse fazer um volume muito grande de compra, aumentando o preço das ações, e logo a seguir, com as ações altas, fazer um volume igual de vendas, baixando o preços, e ficar fabricando dinheiro.

Isso é muito pouco provável, e em economia se tem como postulado a inexistência de players desse tamanho. O próprio mercado dá um jeito, por exemplo, com a inflação de outros setores.

Um monopolista num mercado livre que não oferecesse o melhor produto ao menor preço, desde que não se valesse de métodos ilegais, estaria sempre sujeito ao surgimento de concorrentes. Isso é fato, e mesmo quanda economia de escala for grande, existem grupos que poderiam financiar a entrada de novas empresas no setor.

E uma empresa não pode sustentar uma estratégia contínua de dumping, pois por maior que ela seja, ela não pode tomar prejuízo para sempre.

Offline uiliníli

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« Resposta #127 Online: 23 de Dezembro de 2005, 19:39:20 »
A questão não é o quão provavelmente aparecerá um monopólio em um setor específico da economia, mas se devem existir leis controladoras que inibam o eventual aparecimento deles.

Quando se fala em termos agrícolas, como no seu exemplo, é realmente virtualmente impossível imaginar um player tão imenso que seja capaz de monopolizar a cadeia produtiva, mas se pensarmos no setor tecnoloógico, em que o know-how para produzir certos produtos é muito restrito, os monopólios são na verdade muito comuns, embora durem somente o tempo necessário para uma rival conseguir copiar a tecnologia da empresa inovadora. Pode perceber que, por exemplo, os primeiros Playstation 3 custarão uma fortuna, mas o preço cairá assim que o X-Box 360 e o Revolution chegarem ao mercado.

Em geral, graças a Adam Smith, o próprio mercado se auto-regula e não se faz necessário recorrer à justiça; mas se não houvesse absolutamente nenhuma legislação, o que impediria, por exemplo, a Microsoft de se fundir à Sony para quebrar a Nintendo e monopolizar o mercado de Games? Mesmo que uma nova empresa, digamos, de posse da Philips surgisse, ela levaria algum tempo para adquirir a capacitação técnica de que as empresas tradicionais do mercado possuem e por conseqüência demorariam bastante até poderem oferecer um produto de mesma qualidade, o que também causaria dificuldade para se estabelecer, isso se ela conseguisse resistir à concorrência da gigantesca "Microsony" por muito tempo.

Claro que eu também não sou especialista e isso é só uma impressão minha.

Karl Rove

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« Resposta #128 Online: 23 de Dezembro de 2005, 21:09:44 »
Quanto aos modelos de videogame, lançar um novo console baseado numa tecnologia inovadora não se trata de monopólio, mas sim de diferenciar o seu produto, e não há nada errado com isso. Não é pertinente a questão, portanto.

Quanto a uma hipotética fusão, numa economia totalmente livre, sempre podem ocorrer a entrada de novos concorrentes, lembrando que o mercado de videogames anteriormente era controlado pela sony, nintendo e sega, e com a falência desta última, entrou a microsoft.

Offline uiliníli

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Re.: A enquete mais manjada no mundo
« Resposta #129 Online: 24 de Dezembro de 2005, 01:49:45 »
Acho que você não entendeu meus monopólios temporários, ou talvez eu não tenha entendido sua réplica, mas não necessariamente falando sobre um upgrade em um produto já existente, sempre que uma empresa lança um produto novo ela goza de monopólio por algum tempo. Por exemplo, a Pfizer durante alguns anos teve o monopólio do mercado de fármacos para tratamento da disfunção erétil com o Viagra, mas hoje já existem outras opções no mercado. Os monopólios são comuns na economia, mas eles se tornam prejudiciais quando duram muito tempo ou quando a empresa que o detém não permite que as concorrentes se desenvolvam. É verdade que sempre podem entrar novos concorrentes de antigos monopólios reivindicando seu pedaço no market share, mas isso não quer dizer que isso vai necessariamente ocorrer e como não se pode criar uma lei obrigando investidores a investirem em concorrentes sempre que um setor do mercado for monopolizado, a única maneira de o governo legislar é coibindo a formação de monopólios: desautorizando fusões entre empresas muito grandes ou dividindo em duas.

Outra coisa é que quanto mais competitivo for um setor da economia, melhores serão os benefícios para o consumidor. Se minha empresa detém 80% do mercado e a sua só 20% e se eu tenho força para deixar meu produto se não melhor e mais barato pelo menos tão bom e tão barato quanto o seu, você acha que eu terei muito estímulo para inovar? E você terá capital para inovar? Eu só terei que me preocupar em estar sempre um pouquinho à sua frente. Por outro lado se eu e você estamos disputando o mercado centímetro por centímetro com mais outras duas empresas, cada um vai ter que perseguir oferecer um serviço muito melhor do que o outro para conquistar a preferência de um público maior.

Offline n/a

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Re: Re.: A enquete mais manjada no mundo
« Resposta #130 Online: 24 de Dezembro de 2005, 05:17:42 »
Citação de: Marcelo Terra
Citação de: Felipe
Empresa grande vs empresa pequena:

Pequena: Deixa eu abrir meu negocio e oferecer um serviço melhor e mais barato que a empresa grande.
Grande: Vai vender com a mesma qualidade e preços que eu, ou não vende.
Pequena: Não
Grande: Então eu mando os homi irem ai e destruirem seu negocio.

Resultado: Pequena destruida, grande vence.

Monopolio não tem nescessariamente que ser bonzinho não ta.


O que destaquei em negrito é uma atividade criminal, que nada tem a ver com o tema de liberdade de mercado. Na verdade uma empresa grande pode quebrar uma pequena sem cometer crime algum (que não os que se referem justamente às práticas de mercado). Dumping é um exemplo.


Mas num mercado completamente aberto, sem nenhuma intervenção do governo, Dumping deixaria de ser crime.

ukrainian

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A enquete mais manjada no mundo
« Resposta #131 Online: 24 de Dezembro de 2005, 10:02:13 »
Citação de: Cabeção
Gabriel dCF.

Essa questão é complexa até para especialistas.

Mas na qualidade de palpiteiro, posso lançar algumas idéias.

A primeira é a de que num sistema de livre mercado é virtualmente impossível o aparecimento de um player tão grande cuja enormidade impeça o aparecimento de concorrentes.


Elabore.

Citação de: Cabeção

Um player desse tamanho, por exemplo, seria alguém que tivesse todas as terras produtivas de determinado país.


O setor primário não dá as cartas em nenhum momento. Pensei que isso já estivesse claro para os entusiastas capitalistas.

[/quote]

Citação de: Cabeção

Ele poderia determinar o preço dos grãos, e nunca haveria concorrentes para o produto dele, mas aí o país abriria seu mercado para grãos estrangeiros, e esse player teria então de comprar todas as terras produtivas do mundo.


E os "players" estrangeiros monopolistas determinarão os preços dos grãos. Grande troca.

Citação de: Cabeção

Outro tipo seria alguém com a capacidade de controlar o mercado financeiro de tal modo que sempre pudesse fazer um volume muito grande de compra, aumentando o preço das ações, e logo a seguir, com as ações altas, fazer um volume igual de vendas, baixando o preços, e ficar fabricando dinheiro.


Já ouviu falar em especulação? Sabe como funciona a economia estadunidense?

Citação de: Cabeção

Isso é muito pouco provável, e em economia se tem como postulado a inexistência de players desse tamanho. O próprio mercado dá um jeito, por exemplo, com a inflação de outros setores.


Inflação de outros setores? Elabore!

Citação de: Cabeção

Um monopolista num mercado livre que não oferecesse o melhor produto ao menor preço, desde que não se valesse de métodos ilegais, estaria sempre sujeito ao surgimento de concorrentes. Isso é fato, e mesmo quanda economia de escala for grande, existem grupos que poderiam financiar a entrada de novas empresas no setor.


Até agora você só usou de "axiomas", não está elaborando o seu raciocínio. Por favor, demonstre e explique-se. Nem todos aqui compartilham da fé liberal. Essas suas afirmações claramente não correspondem com a realidade atual. Ora, como você explica, por exemplo, a Microsoft sem concorrentes em seu mercado de software para desktops? Com produtos de péssima qualidade e caríssimos?

Citação de: Cabeção

E uma empresa não pode sustentar uma estratégia contínua de dumping, pois por maior que ela seja, ela não pode tomar prejuízo para sempre.


Quanto maior o monopólio, maior a fatia de mercado. Quanto maior a fatia de mercado, maiores os lucros (aumentam-se os preços e diminui-se a qualidade dos produtos, assim diminuindo seu custo de produção). Quanto maior o lucro, maior a reserva de capital para a prática de dumping. Acreditava que isso era bem evidente.

Karl Rove

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« Resposta #132 Online: 24 de Dezembro de 2005, 12:47:50 »
Citação de: Gabriel dCF
Acho que você não entendeu meus monopólios temporários, ou talvez eu não tenha entendido sua réplica, mas não necessariamente falando sobre um upgrade em um produto já existente, sempre que uma empresa lança um produto novo ela goza de monopólio por algum tempo.


Eu entendi, mas aí você está falando de um monopólio tão específico que nem cabe ser chamado de monopólio. É o mesmo que falar que a Nike tem monopólio sobre a comercialização do tênis Nike Shocks, não faz muito sentido.

O que deve ser observado é, no seu caso, todo mercado de videogames, onde, a despeito de quem detém a tecnologia de ponta no momento, é dividido entre diversas empresas.

Citação de: Gabriel dCF
Por exemplo, a Pfizer durante alguns anos teve o monopólio do mercado de fármacos para tratamento da disfunção erétil com o Viagra, mas hoje já existem outras opções no mercado.


Sim, enquanto outras empresas não desenvolverem produtos concorrentes ou substitutos para o seu, você será o único no mercado. Faz sentido então dizer que você deveria fornecer sua patente de graça para que a concorrência se estabeleça?

Na verdade, o que ocorre é que os concorrentes existem, e estão em estágio de desenvolvimento, mas mesmo assim já vendem suas ações e fazem acordos comerciais.

Citação de: Gabriel dCF
É verdade que sempre podem entrar novos concorrentes de antigos monopólios reivindicando seu pedaço no market share, mas isso não quer dizer que isso vai necessariamente ocorrer e como não se pode criar uma lei obrigando investidores a investirem em concorrentes sempre que um setor do mercado for monopolizado, a única maneira de o governo legislar é coibindo a formação de monopólios: desautorizando fusões entre empresas muito grandes ou dividindo em duas.


Isso não faz sentido.

O que ocorre num mercado livre é exatamente que os investidores arrojados procuraram formas de entrar no mercado com produtos substitutos, oferecendo vantagens, e é assim que se estabelece uma concorrência saudável.

Uma prática monopolista seria a empresa líder tentar comprar todas as concorrentes, mas se a concorrência fosse mesmo livre, ela não poderia praticar isso indefinidamente.

Citação de: Gabriel dCF
Outra coisa é que quanto mais competitivo for um setor da economia, melhores serão os benefícios para o consumidor. Se minha empresa detém 80% do mercado e a sua só 20% e se eu tenho força para deixar meu produto se não melhor e mais barato pelo menos tão bom e tão barato quanto o seu, você acha que eu terei muito estímulo para inovar? E você terá capital para inovar? Eu só terei que me preocupar em estar sempre um pouquinho à sua frente. Por outro lado se eu e você estamos disputando o mercado centímetro por centímetro com mais outras duas empresas, cada um vai ter que perseguir oferecer um serviço muito melhor do que o outro para conquistar a preferência de um público maior.


Tem razão, a busca pela qualidade e pelo melhor preço é muito mais acirrada quando a concorrência é equiparada, isso é verdade. Contudo, se você não oferece o produto com a melhor qualidade e com o melhor preço, num mercado livre, você está abrindo espaço para a entrada de concorrentes fortes, ou seja, num mercado onde se pressuponha liberação das importações você estaria abrindo caminho para o aparecimento de estrangeiros, ou mesmo do investimento de capital para a formação de um competidor local.

A questão é: num mercado verdadeiramente livre a maneira de sustentar um monopólio seria ofertando um produto em condições tão boas que uma hipotética concorrência estaria impedida de equiparar. É claro que num mercado fechado, pode-se manter monopólios por meio de leis ou de acordos restritivos, subsídios e outras práticas macabras.

Karl Rove

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A enquete mais manjada no mundo
« Resposta #133 Online: 24 de Dezembro de 2005, 12:49:03 »
Citação de: appalachian
Elabore.


Em países pequenos é possível o surgimento de um player estrangeiro que simplesmente engula toda a economia.

Contudo, se o hipotético pais basear-se no livre mercado, mesmo esse estrangeiro que possui tudo estaria sujeito à concorrência externa, que viria abocanhar um pedaço daquele mercado, caso fosse lucrativo.

Ou seja, para que um só monopólio controle um mercado dito livre, ele deve ser um monopólio mundial, ou seja, não existirem concorrentes dele, e também não devem ocorrer concorrentes potenciais, ou seja não deve existir investimento em empresas que se prontifiquem em concorrer com ele.

Como não se pode controlar o capital em um mercado livre, a inexistência desse investimento só poderia implicar que todo capital estaria localizado na mão desse player, ou seja, ele seria um player do tamanho do mercado.

Sendo ele do tamanho do mercado, isso traria uma contradição, afinal, para se estabelecer uma relação desse tipo é necessário a existência de mais de um envolvido, o que nesse caso se mostrou inválido.

Citação de: appalachian
E os "players" estrangeiros monopolistas determinarão os preços dos grãos. Grande troca.


Só seriam monopolistas se enquadrassem no caso acima.

Citação de: appalachian
Já ouviu falar em especulação? Sabe como funciona a economia estadunidense?


E onde isso se encaixa no que estamos tratando?

Citação de: appalachian
Inflação de outros setores? Elabore!


Um commodity só faz sentido quando controlado por vários produtores, caso contrário é causa de inflação, como é o caso do petróleo no Brasil, onde a sua alta é causa de inflação de diversos setores da economia.

É claro que isso é exemplo de um mercado que não é livre, já que a Petrobrás é a estatal possui o monopólio da produção e do refino do petróleo no Brasil.

A questão é que se você tentar determinar preços acima do que seria o estabelecido num esquema de concorrência, a não ser que você controle todos os setores, ou que seu produto seja supérfluo, todos os outros setores fariam o mesmo.

É a forma do mercado reagir, e essa reação ocorre simultaneamente se o mercado for livre. Na verdade, nem haveria controladores únicos de comoddities.

Citação de: appalachian
Até agora você só usou de "axiomas", não está elaborando o seu raciocínio. Por favor, demonstre e explique-se. Nem todos aqui compartilham da fé liberal. Essas suas afirmações claramente não correspondem com a realidade atual. Ora, como você explica, por exemplo, a Microsoft sem concorrentes em seu mercado de software para desktops? Com produtos de péssima qualidade e caríssimos?

Se fossem de tão péssima qualidade quanto alardeiam os ativistas do software livre, a maioria das empresas migraria para tais sistemas. O fato é : a Microsoft não é um monopólio, já que tem competidores no mercado de sistemas operacionais, e se é líder de mercado é porque seu produto oferece melhores condições de custo-benefício, seja por uma interface mais amigável, seja por maiores opções de compatibilidade, seja por suporte-técnico oferecido.

Quem quiser entrar oferecendo melhor qualidade e menor preço, entre, mas a economia de escala envolvida é bem grande.

Citação de: appalachian
Quanto maior o monopólio, maior a fatia de mercado. Quanto maior a fatia de mercado, maiores os lucros (aumentam-se os preços e diminui-se a qualidade dos produtos, assim diminuindo seu custo de produção). Quanto maior o lucro, maior a reserva de capital para a prática de dumping. Acreditava que isso era bem evidente.


Um monopólio é 100% da fatia daquele mercado. Não existe quanto maior o monopólio.

Sim, mas a prática de dumping se reflete em prejuízos, que são repassados para os acionistas, o que faz o preço das ações caírem, e a empresa não teria como sustentar isso durante muito tempo, por maior que ela seja.

Offline uiliníli

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Re.: A enquete mais manjada no mundo
« Resposta #134 Online: 24 de Dezembro de 2005, 14:40:52 »
A questão é que nenhum de nós dois está falando em nada revolucionário, Cabeção. As leis contra formação de monopólios já existem, mas como você mesmo está defendendo, verdadeiros monopólios nocivos à economia raramente aparecem, e quando aparecem eles não duram muito. O exemplo que citei da Pfizer não é um monopólio nocivo, pelo contrário, é um tipo de monopólio que faz com que as empresas concentrem seus esforços em inovação científica e tecnológica.

Mas a questão para mim não é estabilidade do monopólio, mas os prejuízos que ele pode causar enquanto a empresa líder massacrar sua pequena concorrência. Para isso é importante ter ferramentas legais à mão para os casos excepcionais.

Só por curiosidade, Cabeção, você acha que não deveria haver nenhuma lei para regulamentar o mercado ou só com relação ao market share? Por exemplo, você acha que deveriam ser liberados o dumping e a cartelização?

Karl Rove

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Re.: A enquete mais manjada no mundo
« Resposta #135 Online: 24 de Dezembro de 2005, 15:52:38 »
Enquanto a empresa líder "massacrar" a sua concorrência dentro das regras do jogo, não há nada em que interfirir. Coibi-la seria matar o espírito empreendedor e atentar contra à Liberdade em todos os níveis.

Uma vez que as práticas de dumping e truste são insustentáveis durante um longo período ou instáveis demais, acho que num modelo livre de mercado estas não deveriam ser coibidas. Agora a formação de cartéis ilegais que operam no submundo, violando leis e sabotando a livre concorrência deve ser massacrada, assim como todo atentado à Liberdade, deve ser brutalizado.

Offline uiliníli

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Re.: A enquete mais manjada no mundo
« Resposta #136 Online: 24 de Dezembro de 2005, 16:06:49 »
Eu prometo que vou pensar um pouquinho mais a respeito de seu ponto de vista sobre nossa discussão a respeito de leis de controle do market share das corporações.

Mas eu vou ter que discordar novamente com relação à cartelização e a dumpings, que eu considero nocivas inclusives dentro da lei. O dumping pode ser inviável contra concorrentes grandes, mas seria uma eficiente contra pequenas e micro-empresas. Um super-mercado grande poderia falir uma meia dúzia de mercearias em seu bairro, fazendo muitos pequenos empreendedores perderem dinheiro e dificultando a livre-iniciativa.

Quanto à formação de cartéis, que consiste em empresas concorrentes venderem produtos de mesma qualidade e com o mesmo preço - mais alto do que sem cartelização, evidente; ela congrega tudo o que há de nocivo nos monopólios, é lucrativo para as empresas, o que desestimula um novo concorrente a desafiá-lo, como você defendeu que ocorreria na presença de monopólios e acaba com a liberdade de escolha do consumidor. Pense assim, você quer abrir um super-mercado novo em uma cidade pequena onde todos os que já existem praticam cartel. O market share é bem dividido e todos tem lucros mais elevados do que teriam se estivessem concorrendo, pois podem praticar preços mais caros. Se você resolve lutar contra o cartel baixando o preço, eles baixam sua margem de lucr para competirem igualmente contra você e todos saem perdendo. Se você se alia a eles vai lucrar mais do que com a concorrência. E o povo não tem opção porque ninguém vai sair da cidade para fazer compras. A cartelização não é nociva?

Offline Buckaroo Banzai

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Re.: A enquete mais manjada no mundo
« Resposta #137 Online: 24 de Dezembro de 2005, 17:25:50 »
http://www.politicalcompass.org/

da última vez que fiz, tinha dado um resultado quase totalmente no centro, mas um pouco para a esquerda e para "baixo" (liberal)


mas tem umas perguntas que acho muito nada a ver aí, como por exemplo se a pessoa gosta de arte abstrata ou não.

Karl Rove

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A enquete mais manjada no mundo
« Resposta #138 Online: 26 de Dezembro de 2005, 12:26:05 »
Citação de: Gabriel dCF
Mas eu vou ter que discordar novamente com relação à cartelização e a dumpings, que eu considero nocivas inclusives dentro da lei. O dumping pode ser inviável contra concorrentes grandes, mas seria uma eficiente contra pequenas e micro-empresas. Um super-mercado grande poderia falir uma meia dúzia de mercearias em seu bairro, fazendo muitos pequenos empreendedores perderem dinheiro e dificultando a livre-iniciativa.


Mas quando você é pequeno, é burrice tentar competir em termos de liderança de preços. Existem outras estratégias, como diferenciar o produto ou serviço, ou focalizar determinados segmentos de mercado exclusivos.

O ponto é que um mercado livre não pode proibir pessoas de vender a preços mais baixos do que compram, a única coisa que deve coibir isso é o lucro que os empresários desejem obter. Dumping não é praticável por muito tempo.

E o fato de um mercado grande falir pequenas empresas não é um atentado contra a livre-iniciativa e sim a celebração da concorrência, onde o mercado maior serviu aos interesses daquela população de forma mais interessante que os pequenos. Estes devem adotar estratégias novas para seus empreendimentos, ou mudar de ramo.

Não está claro onde e porque a economia deveria privilegiar pequenas empresas que não fossem eficientes o suficiente para competir com as grandes.

Citação de: Gabriel dCF
Quanto à formação de cartéis, que consiste em empresas concorrentes venderem produtos de mesma qualidade e com o mesmo preço - mais alto do que sem cartelização, evidente; ela congrega tudo o que há de nocivo nos monopólios, é lucrativo para as empresas, o que desestimula um novo concorrente a desafiá-lo, como você defendeu que ocorreria na presença de monopólios e acaba com a liberdade de escolha do consumidor. Pense assim, você quer abrir um super-mercado novo em uma cidade pequena onde todos os que já existem praticam cartel. O market share é bem dividido e todos tem lucros mais elevados do que teriam se estivessem concorrendo, pois podem praticar preços mais caros. Se você resolve lutar contra o cartel baixando o preço, eles baixam sua margem de lucr para competirem igualmente contra você e todos saem perdendo. Se você se alia a eles vai lucrar mais do que com a concorrência. E o povo não tem opção porque ninguém vai sair da cidade para fazer compras. A cartelização não é nociva?


O cartel é instável, porque todos os membros querem ganhar em cima dos outros, já que se trata de uma associação de concorrentes.

Nada impede a formação de cartéis, nem mesmo as leis, a única coisa que impede a cartelização opressora do mercado é a própria natureza da livre-concorrência e o fato de que cada membro do cartel quer uma fatia do mercado dos outros.

Logo, quando uma empresa aparecer no cenário competindo com o cartel tanto em preços quanto em diferenciação do produto, as próprias adaptações de cada membro a nova situação causaria a dissolução do cartel, pois cada membro teme o outro e nenhum tomará decisões no seu negócio baseando-se nas determinações do seu concorrente sobre que é melhor para ele. A não ser que medidas mafiosas sejam adotadas.

Existe também a possibilidade de instabilidades internas, quando um membro modifica o seu produto, faz alterações na sua área de atuação e no seu nicho, oferece melhores opções de preços negociando com novos fornecedores e conseguindo contratos exclusivos, e daí temos a implosão de um cartel.

Existem diversos fatores que fazem com que um cartel não se sustente por muito tempo.

Offline Rodion

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Re.: A enquete mais manjada no mundo
« Resposta #139 Online: 26 de Dezembro de 2005, 12:32:09 »
não sei se é instável. a opep está aí há décadas....
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Karl Rove

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Re: Re.: A enquete mais manjada no mundo
« Resposta #140 Online: 26 de Dezembro de 2005, 12:55:00 »
Citação de: bruno
não sei se é instável. a opep está aí há décadas....


Com certeza, mas se trata de um caso particular onde é impossível a entrada de novos concorrentes e pelo menos por enquanto, não há previsões de produtos substitutos.

De qualquer forma, não dá para evitar a cartelização, apenas deve-se criar condições para que elas desmoronem sozinhas.

Offline uiliníli

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A enquete mais manjada no mundo
« Resposta #141 Online: 26 de Dezembro de 2005, 14:01:56 »
Citação de: Cabeção
Mas quando você é pequeno, é burrice tentar competir em termos de liderança de preços. Existem outras estratégias, como diferenciar o produto ou serviço, ou focalizar determinados segmentos de mercado exclusivos.

O ponto é que um mercado livre não pode proibir pessoas de vender a preços mais baixos do que compram, a única coisa que deve coibir isso é o lucro que os empresários desejem obter. Dumping não é praticável por muito tempo.

E o fato de um mercado grande falir pequenas empresas não é um atentado contra a livre-iniciativa e sim a celebração da concorrência, onde o mercado maior serviu aos interesses daquela população de forma mais interessante que os pequenos. Estes devem adotar estratégias novas para seus empreendimentos, ou mudar de ramo.

Não está claro onde e porque a economia deveria privilegiar pequenas empresas que não fossem eficientes o suficiente para competir com as grandes.


Eu penso é no "day after". Depois que a concorrência falir a empresa grande fará o que quiser com os preços e os serviços até entrar um competidor à altura no mercado, o que não é necessariamente da noite para o dia que vai acontecer. E se essa empresa for a única grande no seu setor, como uma Microsoft da vida, que quase monopoliza o mercado de sistemas operacionais mesmo com seu principal concorrente oferecendo um produto gratuito? Também não é da noite para o dia que aparece uma empresa grande o suficiente para combatê-la. O que eu penso é que nesse intervalo de tempo intermediário as perdas para a economia serão maiores do que os benefícios de o dumping ser liberado; pois muita gente terá perdido dinheiro e muitos empregos perdidos por conta de um recurso artificial de concorrência predatória. Não é melhor existir leis que cuidem da situação para que não se precise passar por isso?

Citar

O cartel é instável, porque todos os membros querem ganhar em cima dos outros, já que se trata de uma associação de concorrentes.

Nada impede a formação de cartéis, nem mesmo as leis, a única coisa que impede a cartelização opressora do mercado é a própria natureza da livre-concorrência e o fato de que cada membro do cartel quer uma fatia do mercado dos outros.


Existem sim leis contra formação de cartéis. E para quê você vai querer uma fatia do mercado maior que a dos outros se para aumentar os lucros basta aumentar os preços em conjunto? Lei do menor esforço...

Citar
Logo, quando uma empresa aparecer no cenário competindo com o cartel tanto em preços quanto em diferenciação do produto, as próprias adaptações de cada membro a nova situação causaria a dissolução do cartel, pois cada membro teme o outro e nenhum tomará decisões no seu negócio baseando-se nas determinações do seu concorrente sobre que é melhor para ele. A não ser que medidas mafiosas sejam adotadas.


Não necessariamente da noite para o dia, ainda mais no exemplo em que citei de uma cidade pequena. Não é melhor ter leis evitando que isso aconteça? Outra coisa é que os membros do cartel também podem praticar dumping, e quanto maior o cartel, mais força ele tem e mais tempo vai levar para aparecer um competidor que o agüente.

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Existe também a possibilidade de instabilidades internas, quando um membro modifica o seu produto, faz alterações na sua área de atuação e no seu nicho, oferece melhores opções de preços negociando com novos fornecedores e conseguindo contratos exclusivos, e daí temos a implosão de um cartel.

Existem diversos fatores que fazem com que um cartel não se sustente por muito tempo.


Aí é que está: num cartel ninguém precisa fazer isso, se não não haveria sentido em ter entrado no cartel! Você só melhora seu produto se for para competir com os concorrentes, mas como no cartel já foi acordado um empate! Para aumentar os lucros você só precisa aumentar os preços em conjunto.

Offline uiliníli

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Re: Re.: A enquete mais manjada no mundo
« Resposta #142 Online: 26 de Dezembro de 2005, 14:02:57 »
Citação de: Cabeção
Citação de: bruno
não sei se é instável. a opep está aí há décadas....

De qualquer forma, não dá para evitar a cartelização, apenas deve-se criar condições para que elas desmoronem sozinhas.


Claro que dá para evitar: Processa os responsáveis e manda para a cadeia.

ukrainian

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Re: Re.: A enquete mais manjada no mundo
« Resposta #143 Online: 26 de Dezembro de 2005, 22:09:50 »
Citação de: Gabriel dCF
Citação de: Cabeção
Citação de: bruno
não sei se é instável. a opep está aí há décadas....

De qualquer forma, não dá para evitar a cartelização, apenas deve-se criar condições para que elas desmoronem sozinhas.


Claro que dá para evitar: Tortura os responsáveis e manda para um gulag.


Esquerdista genocida comedor de criancinhas ateu relativista e abortista!

 :paladino:

Offline uiliníli

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Re.: A enquete mais manjada no mundo
« Resposta #144 Online: 26 de Dezembro de 2005, 22:27:44 »
:D

Karl Rove

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Re: Re.: A enquete mais manjada no mundo
« Resposta #145 Online: 27 de Dezembro de 2005, 00:37:15 »
Citação de: ukrainian
Citação de: Gabriel dCF
Citação de: Cabeção
Citação de: bruno
não sei se é instável. a opep está aí há décadas....

De qualquer forma, não dá para evitar a cartelização, apenas deve-se criar condições para que elas desmoronem sozinhas.


Claro que dá para evitar: Tortura os responsáveis e manda para um gulag.


Esquerdista genocida comedor de criancinhas ateu relativista e abortista!

 :paladino:


Engraçado que os gulags eram peças chave na condução dos planos Quinquenais, ou seja, na "estruturação" (ou seja lá como queiram chamar isso) de toda a URSS. E foram (os gulags) idealizados por Lenin e seu colaborador Dzerjinsky em 1919, ou seja, pouco mais de 15 anos antes dos famosos campos de concentração nazistas terem sido implantados.

O comunismo, como sempre, na vanguarda das atrocidades e na violação do ser humano. Enquanto o mundo se assombrava com a Solução Final e sua meia duzia de milhões de judeus mortos o solo congelado da Sibéria e suas valas já guardavam, imputrecíveis, dezenas de milhões de corpos que ousaram assobiar contra a vontade de Stalin.

Offline Roberto

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Re: Re.: A enquete mais manjada no mundo
« Resposta #146 Online: 27 de Dezembro de 2005, 11:12:14 »
Citação de: Gabriel dCF
(...) Se bem que eu duvido que essa influência exista, pois se casais heterossexuais têm filhos que se tornam homossexuais apesar da convivência diária com um casal heterossexual é legítimo supor que a recíproca será verdadeira.


O buraco é mais embaixo. Não há como proibir um homossexual de ter um filho pelas vias, digamos assim, "normais" (o que deve ser mais comum no caso das lésbicas). Por que então proibi-lo de adotar uma criança?
Se eu disser ou escrever hoje algo que venha a contradizer o que eu disse ou escrevi ontem, a razão é simples: mudei de idéia.

Offline Roberto

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Re: Re.: A enquete mais manjada no mundo
« Resposta #147 Online: 27 de Dezembro de 2005, 11:23:40 »
Citação de: Ricardo M
Esquerda / Direita: -0.12
Autoritarismo / Libertarianismo: -1.85

Acho que esse "teste" acaba puxando as pessoas mais para a esquerda do que elas realmente são...


Parece que a noção de direita e esquerda dominante no PoliticalCompass é bem "americanizada", vinculando "esquerda" a "progressimo" (tipo Partido Democrata) e "direita" a "conservadorismo" (tipo Partido Republicano). Ao menos ali, nas imediações do 0.0.
Se eu disser ou escrever hoje algo que venha a contradizer o que eu disse ou escrevi ontem, a razão é simples: mudei de idéia.

Offline uiliníli

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Re: Re.: A enquete mais manjada no mundo
« Resposta #148 Online: 27 de Dezembro de 2005, 22:50:24 »
Citação de: Roberto
O buraco é mais embaixo. Não há como proibir um homossexual de ter um filho pelas vias, digamos assim, "normais" (o que deve ser mais comum no caso das lésbicas). Por que então proibi-lo de adotar uma criança?


Eu sou a favor da adoção de gays por homossexuais, mas não acho esse seu argumento válido, pois a dificuldade em coibir não é motivo para legalizar; caso contrário também teríamos que legalizar as drogas, o aborto, e até mesmo a corrupção. E uma coisa é uma lésbica engravidar e cuidar do filho com a companheira; mas outra é dar à essa companheira legitimidade legal, são discussões diferentes.

Offline uiliníli

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Re: Re.: A enquete mais manjada no mundo
« Resposta #149 Online: 27 de Dezembro de 2005, 22:53:01 »
Citação de: Roberto
Parece que a noção de direita e esquerda dominante no PoliticalCompass é bem "americanizada", vinculando "esquerda" a "progressimo" (tipo Partido Democrata) e "direita" a "conservadorismo" (tipo Partido Republicano). Ao menos ali, nas imediações do 0.0.


Pior é que segundo o Political Compass o Partido Democrata também é de direita, apesar de à esquerda do Republicano. É só olhar na tabelinha deles o posicionamento político dos figurões do mundo atual. Se não me engano o (ex-)líder mundial mais à esquerda entre os governantes de países desenvolvidos é o alemão Gerhard Schroeder.

 

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