Elabore.
Em países pequenos é possível o surgimento de um player estrangeiro que simplesmente engula toda a economia.
Contudo, se o hipotético pais basear-se no livre mercado, mesmo esse estrangeiro que possui tudo estaria sujeito à concorrência externa, que viria abocanhar um pedaço daquele mercado, caso fosse lucrativo.
Ou seja, para que um só monopólio controle um mercado dito livre, ele deve ser um monopólio mundial, ou seja, não existirem concorrentes dele, e também não devem ocorrer concorrentes potenciais, ou seja não deve existir investimento em empresas que se prontifiquem em concorrer com ele.
Como não se pode controlar o capital em um mercado livre, a inexistência desse investimento só poderia implicar que todo capital estaria localizado na mão desse player, ou seja, ele seria um player do tamanho do mercado.
Sendo ele do tamanho do mercado, isso traria uma contradição, afinal, para se estabelecer uma relação desse tipo é necessário a existência de mais de um envolvido, o que nesse caso se mostrou inválido.
E os "players" estrangeiros monopolistas determinarão os preços dos grãos. Grande troca.
Só seriam monopolistas se enquadrassem no caso acima.
Já ouviu falar em especulação? Sabe como funciona a economia estadunidense?
E onde isso se encaixa no que estamos tratando?
Inflação de outros setores? Elabore!
Um commodity só faz sentido quando controlado por vários produtores, caso contrário é causa de inflação, como é o caso do petróleo no Brasil, onde a sua alta é causa de inflação de diversos setores da economia.
É claro que isso é exemplo de um mercado que não é livre, já que a Petrobrás é a estatal possui o monopólio da produção e do refino do petróleo no Brasil.
A questão é que se você tentar determinar preços acima do que seria o estabelecido num esquema de concorrência, a não ser que você controle todos os setores, ou que seu produto seja supérfluo, todos os outros setores fariam o mesmo.
É a forma do mercado reagir, e essa reação ocorre simultaneamente se o mercado for livre. Na verdade, nem haveria controladores únicos de comoddities.
Até agora você só usou de "axiomas", não está elaborando o seu raciocínio. Por favor, demonstre e explique-se. Nem todos aqui compartilham da fé liberal. Essas suas afirmações claramente não correspondem com a realidade atual. Ora, como você explica, por exemplo, a Microsoft sem concorrentes em seu mercado de software para desktops? Com produtos de péssima qualidade e caríssimos?
Se fossem de tão péssima qualidade quanto alardeiam os ativistas do software livre, a maioria das empresas migraria para tais sistemas. O fato é : a Microsoft não é um monopólio, já que tem competidores no mercado de sistemas operacionais, e se é líder de mercado é porque seu produto oferece melhores condições de custo-benefício, seja por uma interface mais amigável, seja por maiores opções de compatibilidade, seja por suporte-técnico oferecido.
Quem quiser entrar oferecendo melhor qualidade e menor preço, entre, mas a economia de escala envolvida é bem grande.
Quanto maior o monopólio, maior a fatia de mercado. Quanto maior a fatia de mercado, maiores os lucros (aumentam-se os preços e diminui-se a qualidade dos produtos, assim diminuindo seu custo de produção). Quanto maior o lucro, maior a reserva de capital para a prática de dumping. Acreditava que isso era bem evidente.
Um monopólio é 100% da fatia daquele mercado. Não existe quanto maior o monopólio.
Sim, mas a prática de dumping se reflete em prejuízos, que são repassados para os acionistas, o que faz o preço das ações caírem, e a empresa não teria como sustentar isso durante muito tempo, por maior que ela seja.