Antes de continuar o assunto, gostaria de deixar claro que não é meu objetivo ser inconveniente e estou apenas debatendo idéias. Considero interessante analisarmos outros pontos de vista, ou talvez o mesmo porém com explicações diferentes, para que a troca de informações nos faça refletir.
Caso os moderadores considerem "off-topic" apesar de eu crer que está relacionado com o assunto do tópico, é só me advertirem. E claro, caso você, Luz, queira parar de responder às questões, fique a vontade e desculpe-me algum incômodo.
Então, tá!
- Você crê em um ser invisível, inodoro e imaterial, criador do universo, com atributos ONI (onipresente, onisciente e onipotente), que governa o mundo conforme a sua própria vontade, e que espera que os humanos o adorem?
Não.
Ou seja, sobre este "deus" mencionado, você tem uma posição:
não crê.
Cogita a
possibilidade de existência dele?
Eu acredito que possam existir deuses, mas não lhes invento quaisquer atributos. Acredito também que possam não existir.
Em um sentido abrangente, você também crê que o lipsodário-catumbante-laterionídeo ("conceito" sem definição) possa existir, mas também crê que possa não existir?
Acredita e desacredita ao mesmo tempo? Se sim, o ato de "acreditar" e "não acreditar" ao mesmo tempo significaria não ter opinião sobre o assunto? Ou seria uma variação de crença de acordo com o momento, às vezes crê e às vezes descrê?
Pergunto tais coisas, pois se alguém te questiona: "Você foi ao tantreabuldogaldrio?"
Seria correto dizer "Fui" e "Não fui" já que não sabe o que é isto? Ou seria mais "sensato" dizer "não sei", o que é "tantreabuldogaldrio"?
Ok. Só lembrando, o fato de uma pessoa não acreditar que algo exista, não necessariamente significa que ela não veja possibilidade disto existir. Estou errado?
Não minha opinião, sim – está errado. Em geral, se essa possibilidade existe, quando existe, é só no que diz respeito a deuses e acho mesmo que por uma questão retórica – mas isso muda de figura quando diz respeito a fadas, sacis, gnomos, duendes e cia. Estou errada?
Creio que sim.
Como "crer" e "ver possibilidade" é questão de opinião particular neste caso, o "
não necessariamente" permanece para ambos os casos. Uma coisa não precisa
necessariamente implicar na outra.
Ou seja, para algumas coisas podemos ver possibilidades e para outras não. Não é necessário que alguém negue a possibilidade apenas por crer que algo não exista.
Exemplo: Um amigo que sempre se atrasa quando marcamos para sair, diz: "Passo na sua casa às 22h".
Como a maioria das vezes que ele diz que passará neste horário ele chegue às 22:40 em diante,
eu não acredito que ele chegará 22h, mas vejo a possibilidade.
Estou errado no raciocínio?
1) Você cogita a existência de "dragões invisíveis na sua garagem" ou "fadas"?
Dragão invisível é um argumento de Sagan, no capítulo de um de sues livros, para descrever uma circunstância. Não vejo porque levar essa pergunta à sério.
Não utilizei este argumento por ter sido Sagan. Foquemos no que foi exposto.
Você leva esta pergunta como "brincadeira" mas com relação a "deuses" pede seriedade. Porquê não assumir os dois no mesmo patamar, por serem "objetos de estudo" infalseáveis?
E se o "dragão" for "deus" apenas entitulado de outra forma?
3) E ainda, o que são "deuses" para você? Há de ter uma definição para que possa cogitar a existência.
Deuses para mim são “possibilidades” e não, eu não tenho qualquer definição particular. Aliás, eu me esforço para não tê-las.
"Possibilidades" talvez seja uma "definição". Mas que possibilidades?
Qualquer coisa, sobre qualquer assunto, que não temos provas atualmente podem ser "deuses", já que são possibilidades?