Particularmente Luz, eu não estou te condenando por isso. Tá, é uma coisa que eu leio e penso, "Zeus! Como ela consegue?!", mas nem preciso dizer que você faz o que bem entende. Eu só não faria igual, e não concordo que isso tem a ver com ser mais ou menos cético.
É isso o que me deixa abismada - vocês ficarem surpresos de existir gente que age como todos deveriam agir, por uma questão de responsabilidade não só com a própria vida, mas também com a do outro e ainda acharem que isso não tem nada a ver com ceticismo - pois é justamente esse pensamento que tem contribuído para o aumento do número de contágio em relações estéveis.
A ciência faz um trabalho árduo para combater essa "
crença de que comigo vai ser diferente" e vocês ainda me ridicularizam? E essa crença absurda não tem nada a ver com ser mais ou menos cético? Isso não é romantismo - é correr riscos desnecessários baseado numa crença infundada. Porque os números estão aí para provar que as coisas não funcionam dessa forma romântica em que acreditamos.
Não sou eu Oceanos, é a ciência que luta para colocar na cabeça das pessoas que segurança não é sinônimo de desconfiança, principalmente entre os homens - e vejo aqui que a coisa é realmente séria.
Tudo bem que vocês não queiram usar o preservativo, mas admitam que estão correndo riscos que poderiam ser evitados com um pouco de ceticismo ao lado de todo esse romantismo.
Infidelidade raramente é uma coisa programada. Raramente pessoas saem de casa dispostas a trair seus parceiros. Ela costuma acontecer em situações inusitadas, onde se está desprevenido e geralmente sob efeito do alcóol que dá ao mesmo tempo uma dose de coregem e outra de estupidez. Não que não se cogite, é claro, o uso do preservativo, presente em qualquer cabeceira de motel, mas com a falta de hábito o momento acaba quebrando o clima e com o desejo a flor da pele, acaba vindo junto a irresponsabilidade.
Resumidamente, esse foi o discurso de um conhecido que namora há três anos com uma mulher que ama, na qual confia e nunca havia traído antes. Naquela noite ela foi dormir mais cedo porque ía prestar vestibular na manhã seguinte. E ela confia nele, porque ele realmente é uma pessoa confiável que fez uma estupidez seguida de uma irresponsabilidade, mas o pior é que ele nunca viu a outra antes ou depois disso e continua fazendo sexo com a namorada sem preservativo.
Isso é uma das coisas mais comuns que existem, provavelmente acontecem todos os dias, principalmente entre os homens, e infelizmente está se tornando comum entre as mulheres também. O homem escolhe se vai ou não usar o preservativo, mas a mulher, mesmo as mais liberadas ainda se sentem coagidas pela decisão do parceiro.
Eu não sei em que realidade vocês vivem, mas eu, talvez por não demonstrar falsos moralismos escuto e não raramente discursos como esse, de amigos, de conhecidos, de conhecidos de amigos - e accredito que essa seja a realidade.