Eu sou a favor. O governo não deve ser papai nem mamãe de ninguém.
Moralidade é da ossada das Igrejas ou das famílias. A conduta diz respeito apenas ao indivíduo.
Além disso, o crime organizado diminuiria consideravelmente. Restrição de um produto qualquer, inevitávelmente, conduz ao contrabando. É preferível controlá-lo e taxá-lo (mas não demais, pois impostos altos também favorecem o contrabando e a ilegalidade) de maneira legal do que ficar subindo morros e prendendo traficantes (sem contar que isso custa bem caro e não é eficiente).
Sou, ainda, a favor de penas duras para quem comete crime sob efeito de drogas, ou condutas que ponham em risco outros cidadãos. Nesse caso, não se trata de obrigar o cidadão a seguir uma conduta, mas proteger os outros cidadãos de qualquer tipo de crime e irresponsabilidade danosa cometida pelo primeiro.
O dinheiro de combate ao crime organizado teria bom uso em hospitais, em campanhas educativas e clínicas de desintoxicação (se fosse mantido o orçamento atual). Bastaria deslocar os recursos. Também acho que seria interessante os hospitais públicos não atenderem casos de overdose e similares. Talvez poderia-se criar um seguro, ou obrigar todos os usuários de drogas (cigarro e bebida incluídos) a utilizar serviços privados (clínicas, hospitais, etc.). Só que isso é controverso, talvez ilegal (já que o serviço é público), mas é uma coisa que tenho pensado a respeito e parece fazer sentido. Entretanto, o medo de "doer no bolso" é algo mais eficiente do que o medo de ser preso (com essa nossa polícia, quem tem medo disso? Traficar é lucrativo demais, paga os riscos).
Eu sou totalmente contra o uso de drogas, nunca usei nem nunca usarei. Mas não acho que caiba ao governo definir o que eu devo e o que eu não devo fazer com meu próprio corpo, quando não estou perturbando ninguém com meus atos.