Luís, eu realmente me expresso mal nesse sentido. Costumo falar muito da impressão que as coisas me passam, mas falo pouco da opinião pessoal que tenho delas. E ninguém tem obrigação de diferenciar uma coisa da outra.
Vou tentar ser mais parcial aqui.
Esse tema do livre-arbítrio é interessante. Existem duas realidade - com deus e sem deus. Com deus se chama livre-arbítrio, sem deus se chama fazer escolhas. Essa é a impressão que eu tenho. A minha opinião pessoal é que nós estamos constantemente fazendo escolhas - o que as pessoas geralmente chamam de livre-arbítrio. No final das contas, o resultado é o mesmo - com ou sem deus.
Olha, pode ser uma opinião meio sem base, mas eu tenho a impressão que a inspiração de certas religiões tem muita relação com o tempo em que foram propostas. A minha opinião é de que encontraram o tempo certo - hoje, por exemplo, acho que o cristianismo não encontraria o mesmo espaço de dois mil anos atrás - mas se sustenta principalmente pela tradição.
Longe demais no tempo e na proporção - como falei: pensando como penso, se vivesse na época não acreditaria que chegariam tão longe - mais ou menos como vejo o espiritismo hoje. O que não significa que eu esteja fazendo uma projeção, claro, é só uma impressão. A minha opinião é de que o espiritismo está fora do tempo, mas não estou muito segura disso.
Eu realmente não simpatizo muito com religião - na prática, mas acho o tema fascinante. É um assunto que me interessa pela pespectiva humana da coisa, histórica principalmente, mas de forma distante.
Eu não alego que o espiritismo seja clandestino, mas que passa essa impressão. Não vejo o espiritismo se expor como outras religiões, numa espécie de auto-preservação que faz parecer tímida e por isso mesmo contagiante, sem um confronto direto, mas divulgando suas idéias de forma impressionante. Eu, pelo menos, noto uma grande aceitação. Digo religião porque não sei como me expressar - é o que me parece.
Deixa a Luz apagada que é melhor. 
Realmente parece diferente o espiritismo, concordo - é justamente o que me intriga. A diferença à princípio causa escândalo e repulsa, mas com o tempo passa desapercebida - já não é mais novidade, mas ainda é diferente. E não sei se isso é bom ou ruim!
