Estamos falando da Bíblia? Você sabe que ela é uma coleção de livros escritos ao longo de séculos, não sabe?
Sim, o quê tem? (…)
Essa circunstância por si só já torna inevitável escolher interpretações, Rod; não houve jamais um cânone único e pronto em um só "pacote".
Absurdo por quê?
Selecionar uma interpretação para outorgá-la a um cristão? Ou você sugere que isso precede a alteração?
Estou perguntando por que é absurdo que um concílio tenha feito o que se propunha a fazer.
Você (ou o autor) não entende muito de religião, nem de mitologia, nem de história, pelo visto. Pressupõe uma preocupação obsessiva com exatidão literária em uma população que, para começo de conversa, era em sua maior parte analfabeta.
É, Luis, você que entende
Bem mais do que você, sem falsa modéstia. Estou muito velho para fingir dúvidas que não tenho.
Pra começar você está supondo que não havia preocupação com o mantimento da forma exata quanto ao conteúdo das escrituras em relação ás suas mensagens sequer por parte do alto clero, isso é facto? vai saber.
"Forma exata das escrituras", Rod? Isso não tem importância e jamais teve. E mesmo que tivesse, ao contrário do que você disse, a maioria dos cristãos jamais teria como conferir, principalmente na época em que teria acontecido. E o alto clero era basicamente quem decidia quais evangelhos, epístolas e apocalipses deveriam ser considerados canônicos, portanto não faz muito sentido perguntar se "preservaram" um texto que foi definido por eles.
E por que seria "totalmente certo"? Por que iriam confessar a própria travessura oficialmente e de forma "abundante"?
Própria travessura Luis? Quem você acha que fez parte desse brincadeira?
Você me diga. É você que está apresentando a ausência de registros oficiais de adulteração intencional de escrituras como evidência de que elas não existiram...
O que é completamente irrelevante, já que a questão é como foram escolhidos os livros canônicos e com quais motivações, não se seus textos foram adulterados na época.
Primeiro, cortar o fragmento de uma doutrina e assim modificar teu significado é uma seleção ou uma adulteração?
Depende de muita coisa, principalmente da qualidade da transmissão oral da época.
Você consegue mostrar o que foi mudado no CN?
O status dos livros que eram "candidatos" ao cânone de Constantino e dos sacerdotes participantes. Alguns livros foram aceitos, outros (como por exemplo Macabeus 3 e o Evangelho de Tomé) rejeitados.
O que você acha que foi o Concílio de Nicéia então, senão uma união para definir diretrizes e cânones? Acha que a Igreja do século IV rejeitaria a cumplicidade do Estado por uma questão de princípio, por acaso?
Santa ingenuidade.
Isso não é necessário, está sendo feita uma dedução sobre algo que ocorreu, como você poderia provar que houve adulteração de algo? Comparando os textos pré-Nicenos com os novos e verificando diferenças… você pode me indicar uma fonte que comprove isso ou vai ficar só na especulação?
Você está tentando mudar de assunto de novo; não estou sequer especulando se houve adulteração de textos, e sim lembrando que o Cânone foi definido oficialmente no Concílio de Nicéia. Isso é fato histórico.
Ah, ainda que você me mostre uma, prefiro ficar com a minha…
Isso eu sei.
Luis, entenda, o que você está fazendo é o mesmo que eu entrar no tópico sobre a evolução humana e começar a criar posts com os artigos do Adauto Lourenço (ou sei lá como escreve) e começar a defender que ele tem razão e por exemplo que a evolução é falsa…
Argh... você se dá conta do tamanho da calúnia que está dizendo?