Autor Tópico: Ser ateu e se passar por teísta...  (Lida 14291 vezes)

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Offline Eduardo Vanderlei

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Re: Ser ateu e se passar por teísta…
« Resposta #75 Online: 23 de Fevereiro de 2007, 21:17:23 »
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Bom, isso e o fato de que não entendi nada da sua mensagem anterior, a que foi postada às 20h41m50s.

Se ele abandonasse esse linguajar de Machado de Assis, poderíamos compreender melhor...
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Offline Luis Dantas

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Re: Ser ateu e se passar por teísta…
« Resposta #76 Online: 24 de Fevereiro de 2007, 02:53:26 »
Não tem porque eu responder a teu comentário exclusivamente pessoal e subjetivo…

Mas, o que você acha que eu faço aqui, Luis? Eu não estou tentando evangelizar ninguém…

A esta altura eu não faço idéia, Rod.  O tipo de pensamento que você tem sobre o Deus cristão não faz mesmo qualquer sentido para mim.
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Offline Josef Babinski

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Re: Ser ateu e se passar por teísta…
« Resposta #77 Online: 24 de Fevereiro de 2007, 03:24:46 »
Nesse caso sou obrigado a duvidar qual é a idéia que tu tens do meu pensamento sobre Deus, eu não tenho qualquer receio sobre seu caráter e sobre seu "plano".

Eu pretendo ser biblicamente correto, não é atoa que eu estudei todas as doutrinas da bíblia uma por uma (embora restando estudo sobre aplicação e hermenêutica da doutrina da expiação e da reprovação), a idéia que eu tenho é á partir dela, e não por uma dedução minha… se minha visão dele está equivocada já é outra questão, no caso, de como eu interpretei o meu axioma.
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Raphael

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Re: Ser ateu e se passar por teísta…
« Resposta #78 Online: 24 de Fevereiro de 2007, 03:44:03 »
Não sei de nada. Só sei de uma coisa.

Quanto mais eu leio a respeito de alguma divindade, mais eu fico próximo da verdade que a crença em um Deus está direcionada pelo fator sentir-se bem.

Abraços.

Offline Luis Dantas

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Re: Ser ateu e se passar por teísta…
« Resposta #79 Online: 24 de Fevereiro de 2007, 03:51:54 »
Rod, como alguém pode ser criacionista, crer na Bíblia, tê-la lido e ainda assim achar que a religião deve partir da Bíblia em vez de apenas se valer dela?
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Offline Josef Babinski

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Re: Ser ateu e se passar por teísta…
« Resposta #80 Online: 24 de Fevereiro de 2007, 04:52:34 »
Antes deu responder, o que tu quer dizer com isto, exatamente?

É que econtrei duas possibilidades pra responder tua pergunta… não sei se a entendi bem..
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Offline Eduardo Vanderlei

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Re: Ser ateu e se passar por teísta…
« Resposta #81 Online: 24 de Fevereiro de 2007, 08:51:25 »
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se minha visão dele está equivocada já é outra questão, no caso, de como eu interpretei o meu axioma.
Versus:
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Não é minha interpretação pessoal, meu caro…

 :o
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Offline Luis Dantas

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Re: Ser ateu e se passar por teísta…
« Resposta #82 Online: 24 de Fevereiro de 2007, 09:51:16 »
Minha dúvida, Rod, é como pode acontecer de alguém acreditar que Deus criou o ser humano (com todas as capacidades e limitações que este tem) e ainda assim dar tanta importância à Bíblia, que é um texto estático e largamente obsoleto.

É tão auto-evidente que o texto bíblico não tem valor comparável ao da capacidade de análise, discernimento e motivação do ser humano que não entendo como pode haver literalistas bíblicos.
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Offline Fernando Silva

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Re: Ser ateu e se passar por teísta…
« Resposta #83 Online: 24 de Fevereiro de 2007, 11:29:00 »
Da mesma maneira que eu interpreto a doutrina da reprovação, como o afastamento de Deus… isto chama-se hermenêutica bíblica.
Sim, você interpreta.
E "hermenêutica" (ou "apologética") é apenas uma palavra metida a besta para indicar "eu acho que é assim". Serve para dar uma impressão de seriedade, de estudo científico, àquilo que é apenas uma interpretação pessoal. E que implica também em "A verdade é aquilo que eu acho que é verdade", já que a "hermenêutica" dos outros está sempre errada.

Paulo, falando sobre a luxúria:
"Se alguém destrói o templo de Deus, Deus o destruirá" (1 Cor 3:17)

Ou
João 15:06: "Quem não fica unido a mim será jogado fora como um ramo, e secará.
Esses ramos são ajuntados, jogados no fogo e queimados."

Offline Josef Babinski

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Re: Ser ateu e se passar por teísta…
« Resposta #84 Online: 24 de Fevereiro de 2007, 15:22:47 »
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se minha visão dele está equivocada já é outra questão, no caso, de como eu interpretei o meu axioma.
Versus:
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Não é minha interpretação pessoal, meu caro…

 :o

Rapaz, tu não sabes o que está dizendo, desse jeito, vou começar a ignorar teus posts..

Eu não generalizei toda a bíblia, e sim a parte da reprovação..

Eu lhe pergunto, quantas interpretações existem pra isso:

“Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado…”

A não ser que você possa interpretar "condenação" de várias formas, o cerne, o valor da crença aí explícito é inconfundível..

Minha dúvida, Rod, é como pode acontecer de alguém acreditar que Deus criou o ser humano (com todas as capacidades e limitações que este tem) e ainda assim dar tanta importância à Bíblia, que é um texto estático e largamente obsoleto.

É tão auto-evidente que o texto bíblico não tem valor comparável ao da capacidade de análise, discernimento e motivação do ser humano que não entendo como pode haver literalistas bíblicos.

A revelação da bíblia procede a criação, Luis, se supomos que ela foi a vontade de Deus, e que de fato é a palavra dele, por algum motivo ele quis revelá-la e eu devo duvidar que ela seja incompreensível..
Da mesma maneira que eu interpreto a doutrina da reprovação, como o afastamento de Deus… isto chama-se hermenêutica bíblica.
Sim, você interpreta.
E "hermenêutica" (ou "apologética") é apenas uma palavra metida a besta para indicar "eu acho que é assim". Serve para dar uma impressão de seriedade, de estudo científico, àquilo que é apenas uma interpretação pessoal. E que implica também em "A verdade é aquilo que eu acho que é verdade", já que a "hermenêutica" dos outros está sempre errada.

Paulo, falando sobre a luxúria:
"Se alguém destrói o templo de Deus, Deus o destruirá" (1 Cor 3:17)

Ou
João 15:06: "Quem não fica unido a mim será jogado fora como um ramo, e secará.
Esses ramos são ajuntados, jogados no fogo e queimados."

Hermenêutica é a aplicação da auto-indicação da bíblia, levar literalmente onde ela pede pra que se leia literalmente, simbolicamente onde ela sugere que seja simbolicamente (ja que não condiz com nenhum contexto real), o que é muito simples se seguir pela contextualidade, e por favor, não venha me dizer que se fosse assim não iam existir infinitas seitas e interpretações, já que pra mim está muito claro que não significa que todos conhecem a bíblia da mesma forma porém não é possível se chegar a um consenso, tanto quanto, não é sequer uma objeção.

Hermenêutica é uma coisa e apologética é outra, bem diferente..


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Offline Fernando Silva

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Re: Ser ateu e se passar por teísta…
« Resposta #85 Online: 24 de Fevereiro de 2007, 16:36:37 »
por favor, não venha me dizer que se fosse assim não iam existir infinitas seitas e interpretações, já que pra mim está muito claro que não significa que todos conhecem a bíblia da mesma forma porém não é possível se chegar a um consenso, tanto quanto, não é sequer uma objeção.
Difícil comentar a sua frase. Está muito confusa.
Se você quis dizer que nem todos conhecem a Bíblia da mesma forma, quis dizer que você conhece bem e as outras seitas nem tanto?

E como assim, não é uma objeção afirmar que não é possível se chegar a um consenso? Você quer dizer que, apesar de não haver um consenso, é preciso assumir, como uma premissa, que a Bíblia diz a verdade e só falta descobrir qual é?

Qual é o problema em se dizer que há infinitas seitas e interpretações e usar isto como um indício de que a Bíblia é confusa? Mais uma vez, você parte da premissa de que a Bíblia não é confusa e não contém contradições nem erros?

Se é que eu entendi o que você quis dizer…
Hermenêutica é uma coisa e apologética é outra, bem diferente…
Apologética é defender a fé cristã, supostamente de uma forma racional, e hermenêutica é tentar interpretar um texto.

Se o interpretador tem fé no livro sagrado que está tentando interpretar, os dois conceitos acabam se misturando, embora sejam diferentes.
Hermenêutica é a aplicação da auto-indicação da bíblia, levar literalmente onde ela pede pra que se leia literalmente, simbolicamente onde ela sugere que seja simbolicamente.
Naturalmente, depende de interpretação pessoal decidir onde a leitura deve ser literal e onde deve ser simbólica. Não é a Bíblia que "pede", é a cabeça de quem está tentando defender seu ponto de vista que conta.

O que é literal para uns será figurado para outros. Em qualquer debate com crentes este "argumento" acaba aparecendo.
« Última modificação: 24 de Fevereiro de 2007, 16:40:54 por Fernando Silva »

Offline Fernando Silva

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Re: Ser ateu e se passar por teísta…
« Resposta #86 Online: 24 de Fevereiro de 2007, 16:46:02 »
Eu lhe pergunto, quantas interpretações existem pra isso:

“Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado…”

A não ser que você possa interpretar "condenação" de várias formas, o cerne, o valor da crença aí explícito é inconfundível…
Ninguém está discutindo se haverá condenação e sim o que acontece com os condenados.
A Bíblia fala em "destruir", "queimar", "fogo", "choro e ranger de dentes". Você fala apenas em "afastamento".

Offline Josef Babinski

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Re: Ser ateu e se passar por teísta…
« Resposta #87 Online: 26 de Fevereiro de 2007, 03:28:15 »
Difícil comentar a sua frase. Está muito confusa.
Se você quis dizer que nem todos conhecem a Bíblia da mesma forma, quis dizer que você conhece bem e as outras seitas nem tanto?

E como assim, não é uma objeção afirmar que não é possível se chegar a um consenso? Você quer dizer que, apesar de não haver um consenso, é preciso assumir, como uma premissa, que a Bíblia diz a verdade e só falta descobrir qual é?

Qual é o problema em se dizer que há infinitas seitas e interpretações e usar isto como um indício de que a Bíblia é confusa? Mais uma vez, você parte da premissa de que a Bíblia não é confusa e não contém contradições nem erros?

Se é que eu entendi o que você quis dizer…


Não. Eu defendo que é facilmente possível encontrar falhas e passagens anti-bíblicas nas doutrinas das seitas, e que é possível se chegar a um consenso sobre o conteúdo da bíblia..

O que acontece é uma distorção dos fatos pra melhor atender á expectativa [humanística] dos fiéis, eu aceito a doutrina da reprovação como Lutero o faz: bíblicamente, e conheço grandes apologistas que consideram a mesma repulsiva, e por isso tentam desafirmar o ensino bíblico com uma argumentação manipulada e anti-bíblica, já que se negam a aceitar a reprovação.

Naturalmente, depende de interpretação pessoal decidir onde a leitura deve ser literal e onde deve ser simbólica. Não é a Bíblia que "pede", é a cabeça de quem está tentando defender seu ponto de vista que conta.

O que é literal para uns será figurado para outros. Em qualquer debate com crentes este "argumento" acaba aparecendo.

Não. Breve exemplo: a doutrina da expiação depende de uma interpretação literal da doutrina da queda, como corretamente disse Wayne Grudem: "Se não lidas literalmente, ambas as doutrinas da queda e da expiação caem por terra, e consequentemente as doutrinas da presciência e da santificação."

Assim se dá com as demais doutrinas da bíblia, que constituem a maior parte da mesma e dependem umas das outras e de uma interpretação literal, isso é hermenêutica, não é argumentação pessoal.

Ninguém está discutindo se haverá condenação e sim o que acontece com os condenados.
A Bíblia fala em "destruir", "queimar", "fogo", "choro e ranger de dentes". Você fala apenas em "afastamento"

O julgamento é a parte da bíblia que apresenta maior dificuldade em ser compreendida, a única garantia que há em uma condenação é a separação (Ou afastamento, como eu havia colocado) definitiva do ímpio e Deus.








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Offline Luis Dantas

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Re: Ser ateu e se passar por teísta…
« Resposta #88 Online: 26 de Fevereiro de 2007, 07:19:28 »
Minha dúvida, Rod, é como pode acontecer de alguém acreditar que Deus criou o ser humano (com todas as capacidades e limitações que este tem) e ainda assim dar tanta importância à Bíblia, que é um texto estático e largamente obsoleto.

É tão auto-evidente que o texto bíblico não tem valor comparável ao da capacidade de análise, discernimento e motivação do ser humano que não entendo como pode haver literalistas bíblicos.

A revelação da bíblia procede a criação, Luis, se supomos que ela foi a vontade de Deus, e que de fato é a palavra dele, por algum motivo ele quis revelá-la e eu devo duvidar que ela seja incompreensível…

Você pode fazer essas suposições, mas há algum sentido em fazê-lo?

Além do problema de que essa é uma postura dogmática arbitrária (que compete diretamente com inúmeras outras igualmente arbitrárias), é uma postura de fé que traz problemas que considero insolúveis e inaceitáveis.

Como por exemplo a constatação de que Deus não sabe se expressar direito nem tem saúde mental.  De fato, o Deus da Bíblia impressiona antes de mais nada pela falta de qualidades.

A única forma de resgatar a validade que o Cristianismo pode ter tido em sua origem é deixar de lado as interpretações literalistas e obter interpretações simbólicas e alegóricas válidas a partir da escritura e (principalmente) da tradição oral e da própria vivência religiosa pessoal.

Sem isso, a prática religiosa cristã não apenas não tem valor, mas está ativamente escolhendo não ter.
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Re: Ser ateu e se passar por teísta…
« Resposta #89 Online: 26 de Fevereiro de 2007, 12:21:20 »
0A única forma de resgatar a validade que o Cristianismo pode ter tido em sua origem é deixar de lado as interpretações literalistas e obter interpretações simbólicas e alegóricas válidas a partir da escritura e (principalmente) da tradição oral e da própria vivência religiosa pessoal.

Sem isso, a prática religiosa cristã não apenas não tem valor, mas está ativamente escolhendo não ter.
Acho que isto não é problema para os crentes. Eles sempre podem se iludir achando que, apesar de a Bíblia conter coisas que nos parecem brutais e absurdas, há uma boa explicação para elas, ainda que não esteja a nosso alcance.
Eles pressupõem que ela exista.

É por isto que Jesus disse que o jarro não questiona o oleiro.

Offline Fernando Silva

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Re: Ser ateu e se passar por teísta…
« Resposta #90 Online: 26 de Fevereiro de 2007, 12:27:17 »
Não. Breve exemplo: a doutrina da expiação depende de uma interpretação literal da doutrina da queda, como corretamente disse Wayne Grudem: "Se não lidas literalmente, ambas as doutrinas da queda e da expiação caem por terra, e consequentemente as doutrinas da presciência e da santificação."
E se cairem, qual é o problema? Desmorona o castelo de cartas que os crentes contruíram baseado em suas premissas do que a Bíblia é e quer dizer?


rizk

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Re: Ser ateu e se passar por teísta…
« Resposta #91 Online: 26 de Fevereiro de 2007, 22:03:43 »
Não. Breve exemplo: a doutrina da expiação depende de uma interpretação literal da doutrina da queda, como corretamente disse Wayne Grudem: "Se não lidas literalmente, ambas as doutrinas da queda e da expiação caem por terra, e consequentemente as doutrinas da presciência e da santificação."
E se cairem, qual é o problema? Desmorona o castelo de cartas que os crentes contruíram baseado em suas premissas do que a Bíblia é e quer dizer?

Ah bom, taí.

Em última instância, sempre dá nisso...

Offline Josef Babinski

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Re: Ser ateu e se passar por teísta…
« Resposta #92 Online: 03 de Março de 2007, 03:16:23 »
Minha dúvida, Rod, é como pode acontecer de alguém acreditar que Deus criou o ser humano (com todas as capacidades e limitações que este tem) e ainda assim dar tanta importância à Bíblia, que é um texto estático e largamente obsoleto.

É tão auto-evidente que o texto bíblico não tem valor comparável ao da capacidade de análise, discernimento e motivação do ser humano que não entendo como pode haver literalistas bíblicos.

A revelação da bíblia procede a criação, Luis, se supomos que ela foi a vontade de Deus, e que de fato é a palavra dele, por algum motivo ele quis revelá-la e eu devo duvidar que ela seja incompreensível…

Você pode fazer essas suposições, mas há algum sentido em fazê-lo?

Além do problema de que essa é uma postura dogmática arbitrária (que compete diretamente com inúmeras outras igualmente arbitrárias), é uma postura de fé que traz problemas que considero insolúveis e inaceitáveis.

Como por exemplo a constatação de que Deus não sabe se expressar direito nem tem saúde mental.  De fato, o Deus da Bíblia impressiona antes de mais nada pela falta de qualidades.

A única forma de resgatar a validade que o Cristianismo pode ter tido em sua origem é deixar de lado as interpretações literalistas e obter interpretações simbólicas e alegóricas válidas a partir da escritura e (principalmente) da tradição oral e da própria vivência religiosa pessoal.

Sem isso, a prática religiosa cristã não apenas não tem valor, mas está ativamente escolhendo não ter.

Luis, como eu te disse, não tenho porque considerar tua crítica, já que até mesmo você desconhece se todas as alegações que você outrora me fez são inamornizáveis, além do que, você sequer tem bases pra sustentar tua crítica contra o axioma cristão teocêntrico.. eu não tenho que proteger Deus dos argumentos dele porque isso simplesmente não deveria ocorrer.

E outra, ser fundamentalista é uma opção, eu não faço parte de nenhuma religião, eu não sou religioso, me denonimo ortodoxo por assim querer, sou apenas cristão.

Não. Breve exemplo: a doutrina da expiação depende de uma interpretação literal da doutrina da queda, como corretamente disse Wayne Grudem: "Se não lidas literalmente, ambas as doutrinas da queda e da expiação caem por terra, e consequentemente as doutrinas da presciência e da santificação."
E se cairem, qual é o problema? Desmorona o castelo de cartas que os crentes contruíram baseado em suas premissas do que a Bíblia é e quer dizer?

Ora, que seja, por acaso isto quer dizer que não é possível que alguém esteja certo?
"Não esperemos desconstruir rapidamente preceitos formados ao longo dos anos; acreditemos na razão e na perseverança."

Offline Luis Dantas

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Re: Ser ateu e se passar por teísta…
« Resposta #93 Online: 03 de Março de 2007, 03:39:36 »
Luis, como eu te disse, não tenho porque considerar tua crítica, já que até mesmo você desconhece se todas as alegações que você outrora me fez são inamornizáveis, além do que, você sequer tem bases pra sustentar tua crítica contra o axioma cristão teocêntrico… eu não tenho que proteger Deus dos argumentos dele porque isso simplesmente não deveria ocorrer.

Rod, se seu Deus existisse seria absolutamente irrelevante se você quer ou não protegê-lo.  Até mesmo para mim não faz diferença alguma se você considera ou não minhas refutações.  Não é a minha fé que está em questão.

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E outra, ser fundamentalista é uma opção, eu não faço parte de nenhuma religião, eu não sou religioso, me denonimo ortodoxo por assim querer, sou apenas cristão.

Religioso até acho que você não é mesmo.  Um religioso provavelmente teria cansado de brincar de esconder com a Bíblia há algum tempo.

O que não te isenta da responsabilidade de todo ser humano (cristão ou não) de ter discernimento.

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Não. Breve exemplo: a doutrina da expiação depende de uma interpretação literal da doutrina da queda, como corretamente disse Wayne Grudem: "Se não lidas literalmente, ambas as doutrinas da queda e da expiação caem por terra, e consequentemente as doutrinas da presciência e da santificação."
E se cairem, qual é o problema? Desmorona o castelo de cartas que os crentes contruíram baseado em suas premissas do que a Bíblia é e quer dizer?

Ora, que seja, por acaso isto quer dizer que não é possível que alguém esteja certo?

No sentido de "vamos ver qual escritura é a correta"?

Não, de fato não é possível, porque uma escritura não tem valor por si só, nem poderia ter.   Todo o valor que qualquer escritura pode vir a ter vem do discernimento, inspiração, amor e sabedoria que os fiéis decidam associar a ela.
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

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Re: Ser ateu e se passar por teísta…
« Resposta #94 Online: 03 de Março de 2007, 11:20:11 »
Não. Breve exemplo: a doutrina da expiação depende de uma interpretação literal da doutrina da queda, como corretamente disse Wayne Grudem: "Se não lidas literalmente, ambas as doutrinas da queda e da expiação caem por terra, e consequentemente as doutrinas da presciência e da santificação."
E se cairem, qual é o problema? Desmorona o castelo de cartas que os crentes contruíram baseado em suas premissas do que a Bíblia é e quer dizer?
Ora, que seja, por acaso isto quer dizer que não é possível que alguém qesteja certo?
Os cientistas?
Alguma razão pelo qual alguma crença tenha acertado?

Offline Josef Babinski

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Re: Ser ateu e se passar por teísta…
« Resposta #95 Online: 03 de Março de 2007, 14:05:24 »
No sentido de "vamos ver qual escritura é a correta"?

Não, no sentido de que possam entender completamente as escrituras…

Não, de fato não é possível, porque uma escritura não tem valor por si só, nem poderia ter.   Todo o valor que qualquer escritura pode vir a ter vem do discernimento, inspiração, amor e sabedoria que os fiéis decidam associar a ela.

E isso é uma perspectiva religiosa, e como disse, não sou religioso…
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Offline Josef Babinski

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Re: Ser ateu e se passar por teísta…
« Resposta #96 Online: 03 de Março de 2007, 14:06:06 »
Não. Breve exemplo: a doutrina da expiação depende de uma interpretação literal da doutrina da queda, como corretamente disse Wayne Grudem: "Se não lidas literalmente, ambas as doutrinas da queda e da expiação caem por terra, e consequentemente as doutrinas da presciência e da santificação."
E se cairem, qual é o problema? Desmorona o castelo de cartas que os crentes contruíram baseado em suas premissas do que a Bíblia é e quer dizer?
Ora, que seja, por acaso isto quer dizer que não é possível que alguém qesteja certo?
Os cientistas?
Alguma razão pelo qual alguma crença tenha acertado?

Não entendi nada da sua pergunta..
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Offline Luis Dantas

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Re: Ser ateu e se passar por teísta…
« Resposta #97 Online: 03 de Março de 2007, 18:34:48 »
No sentido de "vamos ver qual escritura é a correta"?

Não, no sentido de que possam entender completamente as escrituras…

Entender "completamente"?  O que há para ser entendido? 

A Bíblia foi escrita por uma série de autores ao longo do tempo e não tem um verdadeiro eixo central, verdadeira unidade.  Tanto que o Concílio de Nicéia teve de ser realizado para definir qual interpretação seria adotada como correta segundo o Imperador Constantino de Roma, que queria promover o Cristianismo.

Isso não foi mais do que um ato político para criar algum grau de coerência onde ela não existia naturalmente; livros foram arbitrariamente decretados canônicos em detrimentos de outros, doutrinas teológicas como o Adocionismo foram decretadas "heresias" de forma igualmente arbitrária.

Isso pode ter sido útil para a instituição política com linguagem religiosa que Constantino estava criando, mas não foi necessariamente um benefício para a religião cristã.

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Não, de fato não é possível, porque uma escritura não tem valor por si só, nem poderia ter.   Todo o valor que qualquer escritura pode vir a ter vem do discernimento, inspiração, amor e sabedoria que os fiéis decidam associar a ela.

E isso é uma perspectiva religiosa, e como disse, não sou religioso…

Então não vejo que utilidade sua busca possa ter.
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The stanza uttered by a teacher is reborn in the scholar who repeats the word

Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Josef Babinski

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Re: Ser ateu e se passar por teísta…
« Resposta #98 Online: 03 de Março de 2007, 21:09:57 »
Entender "completamente"?  O que há para ser entendido? 

Escreve-se algo sem o intuito de transmitir uma mensagem?

A Bíblia foi escrita por uma série de autores ao longo do tempo e não tem um verdadeiro eixo central, verdadeira unidade.  Tanto que o Concílio de Nicéia teve de ser realizado para definir qual interpretação seria adotada como correta segundo o Imperador Constantino de Roma, que queria promover o Cristianismo.

Hehe, não espere que eu me surpreenda com tua postagem sobre o CN, Luis, eu garanto que já li mais sobre ele do que você… não tenho culpa de que existem pessoas que sustentam a ilusória convicção de que aconteceu a escolha da interpretação (o que é absurdo) ao invés da escolha das unidades bíblicas e, mesmo no inverso, o sonho de que Constantino tivesse autoridade canônica pra realizar tal feito, tal teoria é simplesmente especulativa e nem um pouco factual, é mais provável que até algo como o edito da Tessalônica possa ter sido mais constrangedor pra comprometer a fidedignidade na constutição do cânon.

Além do mais, não pretendo prosseguir com esse tema tão fútil, minhas fontes já me bastam…

Pra constar uma, nesse livro:

"Philip Schaff and Henry Wace, eds., Nicene and Post-Nicene Fathers (Reprint. Grand Rapids, Eerdmans, 1952),"
Você pode ter uma idéia básica de qual falsa é essa estúpida alegação sobre o concíclio de nicéia..

Num artigo sobre o Código da Vinci (que possívelmente foi o que polemizou a teoria) tem-se a idéia resumida..
http://www.monergismo.com/textos/apologetica/codigo_vinci.htm#ref4

"Constantino Embelezou Nossos Quatro Evangelhos?

Os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, que foram mais tarde reconhecidos oficialmente como parte do Cânon (ou “regra de fé”) do Novo Testamento, foram intencionalmente alterados e embelezados no século IV por ordem do Imperador Constantino? Isto é o que Leigh Teabing, o historiador fictício da realeza no O Código Da Vinci, sugere. Num ponto ele declara, “Constantino comissionou e financiou uma nova Bíblia, que omitia aqueles evangelhos que falavam dos traços humanos de Cristo, e embelezou aqueles evangelhos que O faziam parecer com Deus” (página 234). Mas, isto é verdade?

Numa carta ao historiador da igreja primitiva, Eusébio, Constantino realmente ordenou a preparação de “cinqüentas cópias das Sagradas Escrituras”. [4] Porém, em nenhuma parte da carta ordena que algum dos evangelhos seja alterado a fim de fazer com que Jesus pareça mais semelhante a Deus. E, mesmo que se tivesse feito, teria sido praticamente impossível conseguir que os fiéis cristãos aceitassem este tipo de relatos.

Antes do reinado de Constantino, a igreja enfrentou uma perseguição generalizada sob o Imperador Diocleciano. É difícil crer que a mesma igreja tinha suportado esta perseguição, descartasse subitamente seus amados evangelhos e abraçassem relatos embelezados da vida de Jesus! Além do mais, é totalmente certo que, se Constantino tivesse tentado fazer tal coisa, teríamos abundante evidência nos escritos dos pais da igreja. Porém, tal evidência falta por completa. E, finalmente, dizer que os líderes da igreja do século IV, muitos dos quais tinham suportado a perseguição de sua fé em Cristo, concordariam em se unir a Constantino numa grande conspiração deste tipo, é completamente fantasioso. Simplesmente, não há nenhuma evidência de que alguma vez tenha ocorrido isso.

Um último ponto. Temos cópias de Mateus, Marcos, Lucas e João que são significativamente anteriores a Constantino e ao Concílio de Nicéia. Embora nenhuma das cópias seja inteira, temos quase cópias completas tanto de Lucas como de João, num código datado entre 175 e 225 d.C. — pelo menos cem anos antes de Nicéia. Outro manuscrito, datando aproximadamente de 200 d.C. ou antes, contém a maior parte do Evangelho de João. [5] Porém, por que isto é importante?

Primeiro, podemos comparar estes manuscritos pré-Nicenos com aqueles que surgiram depois de Nicéia, para ver se algum embelezamento ocorreu. Não houve nenhum. Segundo, as versões pré-nicenas do Evangelho de João inclui algumas das mais fortes declarações da deidade de Jesus em registro (e.g. 1:1-3; 8:58; 10:30-33; etc.)."


« Última modificação: 03 de Março de 2007, 21:17:08 por Rod Infinity »
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Offline Luis Dantas

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Re: Ser ateu e se passar por teísta…
« Resposta #99 Online: 03 de Março de 2007, 22:05:44 »
Escreve-se algo sem o intuito de transmitir uma mensagem?


Estamos falando da Bíblia?  Você sabe que ela é uma coleção de livros escritos ao longo de séculos, não sabe?

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A Bíblia foi escrita por uma série de autores ao longo do tempo e não tem um verdadeiro eixo central, verdadeira unidade.  Tanto que o Concílio de Nicéia teve de ser realizado para definir qual interpretação seria adotada como correta segundo o Imperador Constantino de Roma, que queria promover o Cristianismo.

Hehe, não espere que eu me surpreenda com tua postagem sobre o CN, Luis, eu garanto que já li mais sobre ele do que você… não tenho culpa de que existem pessoas que sustentam a ilusória convicção de que aconteceu a escolha da interpretação (o que é absurdo)

Absurdo por quê?


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ao invés da escolha das unidades bíblicas e, mesmo no inverso, o sonho de que Constantino tivesse autoridade canônica pra realizar tal feito, tal teoria é simplesmente especulativa e nem um pouco factual, é mais provável que até algo como o edito da Tessalônica possa ter sido mais constrangedor pra comprometer a fidedignidade na constituição do cânon.

Você parte do princípio de que a Bíblia foi escrita de forma coerente para passar uma mensagem clara.  ISSO é bastante especulativo e nada factual.

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Além do mais, não pretendo prosseguir com esse tema tão fútil, minhas fontes já me bastam…

Bom para você.

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Pra constar uma, nesse livro:

"Philip Schaff and Henry Wace, eds., Nicene and Post-Nicene Fathers (Reprint. Grand Rapids, Eerdmans, 1952),"
Você pode ter uma idéia básica de qual falsa é essa estúpida alegação sobre o concíclio de nicéia…

Num artigo sobre o Código da Vinci (que possívelmente foi o que polemizou a teoria) tem-se a idéia resumida…

O Código da Vinci é uma obra de massa, superficial, que não traz nada de realmente novo.  Não faz mais do que raspar a superfície das verdadeiras controvérsias.

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http://www.monergismo.com/textos/apologetica/codigo_vinci.htm#ref4

"Constantino Embelezou Nossos Quatro Evangelhos?

Os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, que foram mais tarde reconhecidos oficialmente como parte do Cânon (ou “regra de fé”) do Novo Testamento, foram intencionalmente alterados e embelezados no século IV por ordem do Imperador Constantino? Isto é o que Leigh Teabing, o historiador fictício da realeza no O Código Da Vinci, sugere. Num ponto ele declara, “Constantino comissionou e financiou uma nova Bíblia, que omitia aqueles evangelhos que falavam dos traços humanos de Cristo, e embelezou aqueles evangelhos que O faziam parecer com Deus” (página 234). Mas, isto é verdade?

Provavelmente não, aliás nem sei de ninguém que faça essa alegação. 

Mas é verdade que houve muitos outros Evangelhos e o cânone teve de ser selecionado arbitrariamente.  O Cristianismo é uma religião criada por comitê.


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Numa carta ao historiador da igreja primitiva, Eusébio, Constantino realmente ordenou a preparação de “cinqüentas cópias das Sagradas Escrituras”. [4] Porém, em nenhuma parte da carta ordena que algum dos evangelhos seja alterado a fim de fazer com que Jesus pareça mais semelhante a Deus. E, mesmo que se tivesse feito, teria sido praticamente impossível conseguir que os fiéis cristãos aceitassem este tipo de relatos.

Você realmente esperava encontrar documentação oficial de adulterações de escrituras que se desejava apresentar como canônicas?!?

Em que você ou o autor se baseia para alegar que os fiéis cristãos da época não aceitariam esses relatos?


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Antes do reinado de Constantino, a igreja enfrentou uma perseguição generalizada sob o Imperador Diocleciano. É difícil crer que a mesma igreja que tinha suportado esta perseguição, descartasse subitamente seus amados evangelhos e abraçassem relatos embelezados da vida de Jesus!

Você (ou o autor) não entende muito de religião, nem de mitologia, nem de história, pelo visto.  Pressupõe uma preocupação obsessiva com exatidão literária em uma população que, para começo de conversa, era em sua maior parte analfabeta.

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Além do mais, é totalmente certo que, se Constantino tivesse tentado fazer tal coisa, teríamos abundante evidência nos escritos dos pais da igreja.

E por que seria "totalmente certo"?  Por que iriam confessar a própria travessura oficialmente e de forma "abundante"?

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Porém, tal evidência falta por completo. E, finalmente, dizer que os líderes da igreja do século IV, muitos dos quais tinham suportado a perseguição de sua fé em Cristo, concordariam em se unir a Constantino numa grande conspiração deste tipo, é completamente fantasioso. Simplesmente, não há nenhuma evidência de que alguma vez tenha ocorrido isso.

O que você acha que foi o Concílio de Nicéia então, senão uma união para definir diretrizes e cânones?  Acha que a Igreja do século IV rejeitaria a cumplicidade do Estado por uma questão de princípio, por acaso?

Santa ingenuidade.


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Um último ponto. Temos cópias de Mateus, Marcos, Lucas e João que são significativamente anteriores a Constantino e ao Concílio de Nicéia. Embora nenhuma das cópias seja inteira, temos quase cópias completas tanto de Lucas como de João, num código datado entre 175 e 225 d.C. — pelo menos cem anos antes de Nicéia. Outro manuscrito, datando aproximadamente de 200 d.C. ou antes, contém a maior parte do Evangelho de João. [5] Porém, por que isto é importante?

Primeiro, podemos comparar estes manuscritos pré-Nicenos com aqueles que surgiram depois de Nicéia, para ver se algum embelezamento ocorreu. Não houve nenhum. Segundo, as versões pré-nicenas do Evangelho de João inclui algumas das mais fortes declarações da deidade de Jesus em registro (e.g. 1:1-3; 8:58; 10:30-33; etc.)."

O que é completamente irrelevante, já que a questão é como foram escolhidos os livros canônicos e com quais motivações, não se seus textos foram adulterados na época.

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