Autor Tópico: Meritocracia  (Lida 6291 vezes)

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Offline pehojof

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Re:Meritocracia
« Resposta #75 Online: 26 de Julho de 2018, 00:54:59 »
qualquer cracia é um erro. Os prefixos só mudam a que interesse escuso serve.

Pois meu caro Saint-Martin, eu creio que isso é um erro craÇÇio seu! :lol:
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Offline pehojof

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Re:Meritocracia
« Resposta #76 Online: 26 de Julho de 2018, 01:04:13 »
Agora, se admitirmos que alguns fatores aleatórios e/ou incontroláveis afetarão o sucesso, e que uma meritocracia plena é impossível mas algum tipo de sistema meritocrático é desejável, mesmo que imperfeito, aí é outra história.

Não existe nada que seja perfeito, muito menos que satisfaça plenamente nem a um nem a todos. Se alguém conta com isso, tenho uma recomendação e um aviso: pegue um assento beeeem confortável para sentar, e saiba que ele também não será perfeito e você não aguentará ficar nele nem pelo "tempo necessário", quanto mais para sempre. :lol:

Nem imagino o que seria uma "meritocracia plena", mas um sistema meritocrático é simplesmente um em que os fatores externos ao indivíduo, que possam se somar ao fator pessoal dele, são mobilizados para essa soma. Qualquer sistema que consuma esses fatores externos em igualdade (ou até mais, para "compensar") com indivíduos de menor mérito, é simplesmente um sistema não meritocrático, e obviamente ineficiente para todos. :idea:
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Offline JJ

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Re:Meritocracia
« Resposta #77 Online: 26 de Julho de 2018, 09:08:22 »
Meritocracia é uma bobagem a priori: somos resultado de genes interagindo com o meio ambiente. Não existe mais nada na receita aí. E quem aqui escolheu seus genes ou o ambiente onde nasceu? E não faz sentido ter mérito sobre o que não escolheu! A meritocracia é por si ilógica.



A ideologia da meritocracia  é conveniente para que alguns tipos de indivíduos grupos e possam tentar impor e manter alguns de  seus interesses.

Em outras palavras,  é uma ideologia adequada para os objetivos políticos de indivíduos e de grupos  que pensam de forma semelhante e que tem interesses semelhantes.

Não é apenas uma inocente bobagem,  é sim uma esperta tática política.




Offline JJ

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Re:Meritocracia
« Resposta #78 Online: 26 de Julho de 2018, 09:19:14 »
qualquer cracia é um erro. Os prefixos só mudam a que interesse escuso serve.


-cracia

(Política) domínio, poder



1) Qualquer cracia é um erro;


2)Cracia é uma coisa, e cracia significa poder;


3) O individuo Saint-Martin tem (um pouco de) poder;


4) Conclusão: O individuo Saint-Martin tem (um pouco) de coisa errada. 




Offline JJ

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Re:Meritocracia
« Resposta #79 Online: 26 de Julho de 2018, 09:23:55 »

Enfim, meritocracia é uma piada  :biglol:



A ideologia meritocracia não é uma piada, muito pelo contrário é um espertíssimo modo de  tentar obter poder sobre outras pessoas, é um espertíssimo modo de tentar obter obediência e domínio sobre outras pessoas.

É um erro achar que esta ideia que faz parte de uma esperta ideologia é apenas uma equivocada e inocente ideia.




Offline JJ

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Re:Meritocracia
« Resposta #80 Online: 26 de Julho de 2018, 09:39:22 »
Meritocracia é uma bobagem a priori: somos resultado de genes interagindo com o meio ambiente. Não existe mais nada na receita aí. E quem aqui escolheu seus genes ou o ambiente onde nasceu? E não faz sentido ter mérito sobre o que não escolheu! A meritocracia é por si ilógica.

Meritocracia = merecimento-cracia.

A negação de meritocracia como ideal que é ilógica. O que se pode negar ou questionar é o que é ou não merecido, ou o quanto a sociedade já se aproximaria de uma.

Mas a negação de meritocracia, de que as pessoas devam ter aquilo que merecem, é, literalmente, a defesa de injustiça: "as pessoas não merecem ser tratadas tal como merecem".



Aí tem pelo menos dois sérios problemas:


1) Conceito de justiça  (para se ter uma ideia, em termos de direito, a Teoria da Justiça normalmente é estudada na pós graduação, ou seja, justiça e justo não são conceitos simples como podem pensar muitas pessoas);

2) A ideia de merecimento. Pois como já observado, pessoas são determinadas (o comportamento delas) por  uma interação entre genes e informações recebidas do ambiente, e também pelo funcionamento bioquímico de um sistema nervoso que na maior parte (ou até, de certa forma, todo) é automático e independente de algum tipo de “livre escolha”, então de onde viria tal merecimento ?


« Última modificação: 26 de Julho de 2018, 11:17:18 por JJ »


Offline pehojof

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Re:Meritocracia
« Resposta #82 Online: 26 de Julho de 2018, 15:22:07 »
Meritocracia é uma bobagem a priori: somos resultado de genes interagindo com o meio ambiente. Não existe mais nada na receita aí. E quem aqui escolheu seus genes ou o ambiente onde nasceu? E não faz sentido ter mérito sobre o que não escolheu! A meritocracia é por si ilógica.



A ideologia da meritocracia  é conveniente para que alguns tipos de indivíduos grupos e possam tentar impor e manter alguns de  seus interesses.

Em outras palavras,  é uma ideologia adequada para os objetivos políticos de indivíduos e de grupos  que pensam de forma semelhante e que tem interesses semelhantes.

Não é apenas uma inocente bobagem,  é sim uma esperta tática política.

Não, a esperta tática política é a da "igualdade entre os indivíduos", mentira ultra populista que usam em benefício próprio, nada meritocrático, a propósito e diga-se! :wink:
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Offline pehojof

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Re:Meritocracia
« Resposta #83 Online: 26 de Julho de 2018, 15:23:48 »

Enfim, meritocracia é uma piada  :biglol:



A ideologia meritocracia não é uma piada, muito pelo contrário é um espertíssimo modo de  tentar obter poder sobre outras pessoas, é um espertíssimo modo de tentar obter obediência e domínio sobre outras pessoas.

É um erro achar que esta ideia que faz parte de uma esperta ideologia é apenas uma equivocada e inocente ideia.

Na verdade é a antimeritocracia que se caracteriza dessa forma que você descreve. :idea:
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Offline Fernando Silva

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Re:Meritocracia
« Resposta #84 Online: 26 de Julho de 2018, 15:36:34 »
A criança da favela NÃO TEM que competir com quem nasceu em famílias com recursos. Ela tem que competir com quem está no mesmo nível que ela.

Meritocracia é algo que a gente tem que praticar. Não cai do céu, não é uma lei da natureza.

Se tivermos que escolher entre duas crianças da favela, temos a obrigação dar a chance àquela que merece, seja porque se esforça mais ou porque tem mais talento.

Outras opções são ineficientes e injustas.

Offline _Juca_

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Re:Meritocracia
« Resposta #85 Online: 26 de Julho de 2018, 16:27:30 »
A criança da favela NÃO TEM que competir com quem nasceu em famílias com recursos. Ela tem que competir com quem está no mesmo nível que ela.

Meritocracia é algo que a gente tem que praticar. Não cai do céu, não é uma lei da natureza.

Se tivermos que escolher entre duas crianças da favela, temos a obrigação dar a chance àquela que merece, seja porque se esforça mais ou porque tem mais talento.

Outras opções são ineficientes e injustas.

Vocês precisam ler mais sobre o Liberalismo para opinar sobre meritocracia. A criança da favela não tem como competir com quem tem mais recursos mas é preciso que a sociedade providencie essa competição ( entre o pobre e o rico) de forma justa, para que os melhores se sobressaiam, isso é meritocracia. Pobre competindo com pobre, no fim só da pobreza. Por isso, no liberalismo oligopólios e monopólios são o pior dos mundos, porque as empresas pequenas tem que ter chances de se sobressair se forem mais competitivas que as grandes e assim contribuir para a inovação/crescimento.
« Última modificação: 26 de Julho de 2018, 16:32:09 por _Juca_ »

Offline Fernando Silva

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Re:Meritocracia
« Resposta #86 Online: 26 de Julho de 2018, 16:40:30 »
A criança da favela NÃO TEM que competir com quem nasceu em famílias com recursos. Ela tem que competir com quem está no mesmo nível que ela.

Meritocracia é algo que a gente tem que praticar. Não cai do céu, não é uma lei da natureza.

Se tivermos que escolher entre duas crianças da favela, temos a obrigação dar a chance àquela que merece, seja porque se esforça mais ou porque tem mais talento.

Outras opções são ineficientes e injustas.
Vocês precisam ler mais sobre o Liberalismo para opinar sobre meritocracia. A criança da favela não tem como competir com quem tem mais recursos mas é preciso que a sociedade providencie essa competição ( entre o pobre e o rico) de forma justa, para que os melhores se sobressaiam, isso é meritocracia. Pobre competindo com pobre, no fim só da pobreza.
É para isto que pagamos impostos: para criar chances e reduzir as desigualdade, dentro do possível, com educação, segurança, saúde e geração de empregos.

E, uma vez criadas as chances, dar preferência, quando isto depender de nós, a quem merece.
Por isso, no liberalismo oligopólios e monopólios são o pior dos mundos, porque as empresas pequenas tem que ter chances de se sobressair se forem mais competitivas que as grandes e assim contribuir para a inovação/crescimento.
Alguma empresa privada já começa grande?

Há leis contra oligopólios e monopólios.

« Última modificação: 26 de Julho de 2018, 16:43:13 por Fernando Silva »

Offline pehojof

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Re:Meritocracia
« Resposta #87 Online: 26 de Julho de 2018, 19:22:04 »
A criança da favela NÃO TEM que competir com quem nasceu em famílias com recursos. Ela tem que competir com quem está no mesmo nível que ela.

Não inicialmente, mas ela pode chegar lá sim. Mas só num sistema meritocrático. É como qualquer competição esportiva, com oitavas, quartas de final e finais. Insistir que todo mundo tem que competir já em pé de igualdade direto nas finais e (e aí é que está a tragédia do apocalipse :no: ) que todo mundo tem que empatar, realmente "empata" mesmo todo mundo. :olheira:




Meritocracia é algo que a gente tem que praticar. Não cai do céu, não é uma lei da natureza.

Se tivermos que escolher entre duas crianças da favela, temos a obrigação dar a chance àquela que merece, seja porque se esforça mais ou porque tem mais talento.

Outras opções são ineficientes e injustas.

É isso aí! :ok:
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Offline pehojof

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Re:Meritocracia
« Resposta #88 Online: 26 de Julho de 2018, 19:29:34 »
A criança da favela NÃO TEM que competir com quem nasceu em famílias com recursos. Ela tem que competir com quem está no mesmo nível que ela.

Meritocracia é algo que a gente tem que praticar. Não cai do céu, não é uma lei da natureza.

Se tivermos que escolher entre duas crianças da favela, temos a obrigação dar a chance àquela que merece, seja porque se esforça mais ou porque tem mais talento.

Outras opções são ineficientes e injustas.
Vocês precisam ler mais sobre o Liberalismo para opinar sobre meritocracia. A criança da favela não tem como competir com quem tem mais recursos mas é preciso que a sociedade providencie essa competição ( entre o pobre e o rico) de forma justa, para que os melhores se sobressaiam, isso é meritocracia. Pobre competindo com pobre, no fim só da pobreza.
É para isto que pagamos impostos: para criar chances e reduzir as desigualdade, dentro do possível, com educação, segurança, saúde e geração de empregos.

Só o mínimo necessário para que cada um que nasça possa ser e mostrar quem é e do que é capaz. Assim é um sistema social solidário e coeso, e de forma alguma comunista. :idea:

Mas o objetivo de uma sociedade jamais deve ser reduzir desigualdade, nem mesmo "dentro do possível". Isso é caminho para o caos. O que deve ser garantido é a desigualdade legítima, exatamente a dos méritos, não aquela invertida em que um lula está cheio de grana roubada quando não seria capaz de garantir um salário mínimo num trabalho honesto com qualquer "mérito pessoal" que tenha. Num sistema meritocrático, um lula ou dilma estariam vivendo de ninharias, que já é muito mais do que merecem, e seria pura misericórdia social alimentá-los com refeições modestas de cada dia.



E, uma vez criadas as chances, dar preferência, quando isto depender de nós, a quem merece.
Por isso, no liberalismo oligopólios e monopólios são o pior dos mundos, porque as empresas pequenas tem que ter chances de se sobressair se forem mais competitivas que as grandes e assim contribuir para a inovação/crescimento.
Alguma empresa privada já começa grande?

Claro que sim mas não necessariamente, e não há problema algum nisso.



Há leis contra oligopólios e monopólios.

O que é um erro. :no: O que não pode haver é leis os favorecendo ou, de outra forma, leis sendo violadas para beneficiá-los. :idea:
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Offline Fernando Silva

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Re:Meritocracia
« Resposta #89 Online: 27 de Julho de 2018, 07:08:00 »
É para isto que pagamos impostos: para criar chances e reduzir as desigualdade, dentro do possível, com educação, segurança, saúde e geração de empregos.
Mas o objetivo de uma sociedade jamais deve ser reduzir desigualdade, nem mesmo "dentro do possível". Isso é caminho para o caos. O que deve ser garantido é a desigualdade legítima, exatamente a dos méritos, não aquela invertida em que um lula está cheio de grana roubada quando não seria capaz de garantir um salário mínimo num trabalho honesto com qualquer "mérito pessoal" que tenha. Num sistema meritocrático, um lula ou dilma estariam vivendo de ninharias, que já é muito mais do que merecem, e seria pura misericórdia social alimentá-los com refeições modestas de cada dia.
Concordo. Eu deveria ter dito "reduzir ou acabar com a miséria" e não com a desigualdade, o que é impossível e contraproducente.

Na verdade, a desigualdade - desde que ela não seja o resultado de roubo e injustiça - indica que há oportunidades para que os capacitados melhorem de vida com o próprio esforço, ao contrário de países miseráveis onde todos são iguais na pobreza e dela não saem nunca.

Uma vez garantidas as chances, cada um que as aproveite como puder ou quiser. O resultado inevitável será a desigualdade.

Offline JJ

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Re:Meritocracia
« Resposta #90 Online: 27 de Julho de 2018, 08:09:27 »

O que manda no mundo não é essa baboseira falsa de meritocracia,  o que manda são os jogos políticos,  o que manda é a capacidade de corromper, de enganar, de falsificar, de ludibriar,  de enganar  indivíduos e grupos, tanto em pequena escala como em larga escala.


O que manda é a corrupção, a mentira, a enganação tanto em pequena escala como em escala mundial,  e por fim quando as torrentes de mentiras não são suficientes parte-se para o uso da  força bruta via forças armadas nacionais (a guerra é a continuação da [imunda] política por outros meios).


São estas coisas  que mandam neste mundo dominado por macacos mentirosos da espécie Homo sapiens sapiens que lutam para ter domínio sobre outros macacos e sobre recursos naturais, o resto é conversa fiada para enganar trouxas.

« Última modificação: 27 de Julho de 2018, 08:25:53 por JJ »

Offline Fernando Silva

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Re:Meritocracia
« Resposta #91 Online: 27 de Julho de 2018, 08:47:33 »
O que manda no mundo não é essa baboseira falsa de meritocracia,  o que manda são os jogos políticos,  o que manda é a capacidade de corromper, de enganar, de falsificar, de ludibriar,  de enganar  indivíduos e grupos, tanto em pequena escala como em larga escala.
A meritocracia não manda no mundo. Ela é algo que todos nós devemos praticar.

Praticar a meritocracia é uma forma de combater a corrupção e a política podre.
 

Offline pehojof

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Re:Meritocracia
« Resposta #92 Online: 27 de Julho de 2018, 14:56:31 »
É para isto que pagamos impostos: para criar chances e reduzir as desigualdade, dentro do possível, com educação, segurança, saúde e geração de empregos.
Mas o objetivo de uma sociedade jamais deve ser reduzir desigualdade, nem mesmo "dentro do possível". Isso é caminho para o caos. O que deve ser garantido é a desigualdade legítima, exatamente a dos méritos, não aquela invertida em que um lula está cheio de grana roubada quando não seria capaz de garantir um salário mínimo num trabalho honesto com qualquer "mérito pessoal" que tenha. Num sistema meritocrático, um lula ou dilma estariam vivendo de ninharias, que já é muito mais do que merecem, e seria pura misericórdia social alimentá-los com refeições modestas de cada dia.
Concordo. Eu deveria ter dito "reduzir ou acabar com a miséria" e não com a desigualdade, o que é impossível e contraproducente.

Na verdade, a desigualdade - desde que ela não seja o resultado de roubo e injustiça - indica que há oportunidades para que os capacitados melhorem de vida com o próprio esforço, ao contrário de países miseráveis onde todos são iguais na pobreza e dela não saem nunca.

Uma vez garantidas as chances, cada um que as aproveite como puder ou quiser. O resultado inevitável será a desigualdade.

 :idea: :ok:
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Offline pehojof

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Re:Meritocracia
« Resposta #93 Online: 27 de Julho de 2018, 15:09:43 »
 :o

Meu caro colega JJ, admito que estou muito confuso com essa sua postagem, bem mais que o normal... :? Necessito alguns esclarecimentos. :idea:


O que manda no mundo não é essa baboseira falsa de meritocracia,

Afora sua condenação seu julgamento pessoal (que soa provindo de uma profunda revolta pessoal... :| ) negativo sobre o respeito devido aos méritos das pessoas, quem aqui disse que é a meritocracia que "manda no mundo"?! :hein: :o

Para mim é só uma proposta basicamente de decência, só isso. De fato, no cômputo global, não é como o mundo tem funcionado... :( :hmph:




o que manda são os jogos políticos,  o que manda é a capacidade de corromper, de enganar, de falsificar, de ludibriar,  de enganar  indivíduos e grupos, tanto em pequena escala como em larga escala.


O que manda é a corrupção, a mentira, a enganação tanto em pequena escala como em escala mundial,  e por fim quando as torrentes de mentiras não são suficientes parte-se para o uso da  força bruta via forças armadas nacionais (a guerra é a continuação da [imunda] política por outros meios).


São estas coisas  que mandam neste mundo dominado por macacos mentirosos da espécie Homo sapiens sapiens que lutam para ter domínio sobre outros macacos e sobre recursos naturais,

 :hein:

Não consegui visualizar bem se essas suas "considerações" seriam uma crítica negativa ou uma ode... :? :umm: :olheira: :?:





o resto é conversa fiada para enganar trouxas.

 :o

Isso inclui aquelas suas conversas e do Peter Joseph preconizando o "mundo-paraíso 4.0"?! :hein: :? :stunned:
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Meritocracia
« Resposta #94 Online: 27 de Julho de 2018, 21:57:03 »
É para isto que pagamos impostos: para criar chances e reduzir as desigualdade, dentro do possível, com educação, segurança, saúde e geração de empregos.
Mas o objetivo de uma sociedade jamais deve ser reduzir desigualdade, nem mesmo "dentro do possível". Isso é caminho para o caos. O que deve ser garantido é a desigualdade legítima, exatamente a dos méritos, não aquela invertida em que um lula está cheio de grana roubada quando não seria capaz de garantir um salário mínimo num trabalho honesto com qualquer "mérito pessoal" que tenha. Num sistema meritocrático, um lula ou dilma estariam vivendo de ninharias, que já é muito mais do que merecem, e seria pura misericórdia social alimentá-los com refeições modestas de cada dia.
Concordo. Eu deveria ter dito "reduzir ou acabar com a miséria" e não com a desigualdade, o que é impossível e contraproducente.

Na verdade, a desigualdade - desde que ela não seja o resultado de roubo e injustiça - indica que há oportunidades para que os capacitados melhorem de vida com o próprio esforço, ao contrário de países miseráveis onde todos são iguais na pobreza e dela não saem nunca.

Uma vez garantidas as chances, cada um que as aproveite como puder ou quiser. O resultado inevitável será a desigualdade.

Os países com maior IDH devem muito disso a políticas que reduzem desigualdades, muito embora não as eliminem (tampouco busquem fazê-lo).

A Suécia (e/ou talvez a Noruega), por exemplo, vai ter mais bilionários per capita do que os EUA. Junto com melhor mobilidade social e IDH. Sob critérios (por mais questionáveis que sejam) de índices de liberdade econômica (estabelecidos por organizações direitistas pró-livre mercado), os países nórdicos, famosos pelas políticas de bem-estar-social (algumas vezes erroneamente chamadas de "socialistas"), são até mercados mais livres que o americano.

Offline -Huxley-

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Re:Meritocracia
« Resposta #95 Online: 27 de Julho de 2018, 22:13:23 »
Os quatro tigres asiáticos reduziram a pobreza absoluta mais rápido do que o país europeu típico do Welfare State sem gasto público e carga tributária de país europeu típico de Welfare State.

A China talvez também tenha feito isso recentemente.

O nível de IDH é bom de se observar, mas a variação de IDH ao longo do tempo é ainda melhor de se observar.
« Última modificação: 27 de Julho de 2018, 22:18:28 por -Huxley- »

Offline Skeptikós

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Re:Meritocracia
« Resposta #96 Online: 28 de Julho de 2018, 09:28:56 »
Já ouvi o argumento de que os países nórdicos só adotaram está política de bem estar social após um longo período de maior liberdade econômica, sendo a última a responsável pelo crescimento da economia que permitiu a implantação da primeira. Ou seja, eles seriam ricos graças ao livre mercado, e não a política de bem estar social.
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Meritocracia
« Resposta #97 Online: 28 de Julho de 2018, 15:53:48 »
Os quatro tigres asiáticos reduziram a pobreza absoluta mais rápido do que o país europeu típico do Welfare State sem gasto público e carga tributária de país europeu típico de Welfare State.

A China talvez também tenha feito isso recentemente.

O nível de IDH é bom de se observar, mas a variação de IDH ao longo do tempo é ainda melhor de se observar.

Países africanos também estão enriquecendo ou melhorando ítens do IDH a um ritmo mais rápido que os desenvolvidos fizeram originalmente, em parte isso provavelmente se deve a tecnologia, e mesmo redes comerciais mais desenvolvidas.

Talvez o fizessem ainda mais aceleradamente com maiores investimentos sociais, que tornam as pessoas mais empregáveis/produtivas/empreendedoras, com menor propensão a criminalidade ou morte.

Cingapura ao menos tem uma das melhores políticas de saúde pública do mundo, bem como 80% de habitação pública, então mesmo nesses casos pode ter havido contribuição significativa.




Citar
The Divergent Paths of the East Asian Welfare Regimes: The Effects of Production Regimes and Democratization

[...]

Common  Characteristics  of  East  Asian  Welfare  States
Recent studies of the East Asian welfare state programs offer the  following  common  characteristics  across  the  societies.  First,  the  colonial  experiences  influenced  the  initial  characteristics  of  welfare  state  programs  as  in  the  cases  of  Korea  from  Japan  and  Malaysia  from  the  United  Kingdom.  Second,  economic  develop-ment  was  the  central  goal  of  the  state,  and  welfare  state  pro-grams  were  part  of  developmental  efforts.  The  East  Asian  cases  illustrate clearly how economic and social policies were linked for the  goal  of  the  developmental  state.  Third,  due  to  its  peripheral  function to economic growth, the state sought to minimize its role and to maximize the role of firms and families in terms of financ-ing  and  providing  welfare  services.  In  other  words,  the  state  was  a regulator, not a provider, of welfare benefits. Fourth, similar to the  conservative  welfare  regime  in  Esping‐Anderson’s  typology,  the  welfare  state  programs  were  based  on  social  insurance  principles.  Such  principles  allowed  the  state  to  minimize  its  fi-nancial  burden  by  relying  on  private  contribution.  A  heavy  reli-ance  on  beneficiaries  and  their  employers  for  financing  welfare  resulted in a minimum level of redistribution. Fifth, welfare state programs  evolved  in  a  fragmented  and  gradual  fashion  in  which  state  employees  and  core  workers  were  covered  first  with  slower  expansion  to  other  groups.  Finally,  the  East  Asian  welfare  state  programs  neglected  welfare  services,  especially  for  women.  The  East Asian welfare state programs are similar to the conservative type  in  which  service  provision  is  minimal,  leaving  them  to  families.  At  the  same  time,  the  dividing  line  between  the  con-servative  welfare  regime  and  the  East  Asian  welfare  programs are the level of benefits: the conservative regime has a high level of  decommodification  for  its  beneficiaries,  while  the  East  Asian  welfare  programs  a  low  level.  In  short,  the  East  Asian  welfare  state  programs  share  such  characteristics  as  social  insurance  principles,  a  state’s  regulatory  role,  gradual  expansion  of  coverage,  and  a  heavy  reliance  on  families.  The  East  Asian  states  also  developed  welfare  programs  for  economic  development  and  political  legitimacy,  not  for  socio-economic  redistribution.  Such  common  characteristics  led  to  an  argument on the new fourth type, the East Asian welfare regime (Holliday,  2000;  Kwon,  2005;  Aspalter,  2006).

2. Intra‐regional  Divergence?
Despite  common  characteristics  of  the  East  Asian  welfare  states  in  their  initial  development,  a  few  studies  argued  that  the  region  diverged  into  different  types.  Hort  and  Kuhnle  (2000)  ar-gued  that  one  group  is  based  on  the  Germany‐style  social  in-surance  programs,  whereas  the  other  group  the  provident  funds  based  on  the  legacy  of  the  British  colonialism.  Kwon  (2005)  argued  that  developmental  welfare  states  di-verged  between  selective  and  inclusive  welfare  states.  They  are  different in terms of the scope of coverage and the state’s control over welfare programs. Compared with other East Asian societies, he  argued,  Korea  and  Taiwan  shifted  their  welfare  programs  to-wards  the  inclusive  type  due  to  productivity‐based  economic  de-velopment  strategy  and  democratization  since  the  late  1980s.  Holliday (2000) proposed three types: facilitative (Hong Kong), developmental‐particularlist  (Singapore),  and  developmental‐uni-versalist  (Korea  and  Taiwan).  Such  three  types  share  the  attrib-utes  of  the  productivist  welfare  capitalism  that  the  states  sub-ordinate  social  welfare  to  economic  growth.  But  the  three  types  differ  in  terms  of  the  institutionalization  of  social  rights,  redistributive outcomes, and public share in welfare provision. The fa-cilitative type shows the lowest of all three dimensions, the devel-opmental‐particularist  the  middle,  and  the  developmental‐univer-salist the highest. Thailand and Indonesia seem to be close to the developmental‐particularist  type  in  that  they  emphasize  the  role  of  families  and  communities  instead  of  the  state  (Gough,  2001).  Malaysia  is  mixed  between  the  developmental‐particularist  and  developmental‐universalist  in  that  it  enacted  the  British‐style  na-tional health service and the employee provident fund for pension programs  (Gough,  2001).

[...]

2. Democratization

[...]

When the workers dominated the government for a substantial amount of periods by forming a ruling leftist party as in the case of Sweden, they managed to establish  the  welfare  state  programs  that  could  “decommodify”  in-dividual  workers.  Esping‐Andersen’s  social  democratic  welfare  re-gime  represents  such  a  case  in  which  workers’  political  power  in  a  democratic  society  shaped  the  type  and  redistributive  outcomes  of  the  welfare  regime.The  Swedish  case  highlighted  the  democratic  class  struggle  approach,  but  the  effects  of  democratization  were  not  applied  to  the  East  Asian  cases.  First,  most  East  Asian  countries  were  un-der  an  authoritarian  regime  in  the  periods  of  forming  welfare  programs.  Only  in  late  1980s  and  even  later,  such  countries  as  Taiwan  and  Korea  started  a  full‐scale  democratization.  Second,  the  state‐led  industrialization  with  an  authoritarian  government  weakened   workers’   movement   from   the   beginning   of   industrialization.  Consequently,  these  countries  had  a  very  low  unionization  rate  without  any  political  representation  in  terms  of  a  leftist  party.  Other  social  groups  played  no  substantial  role  in  emerging  welfare  state  programs.  In  other  words,  the  state,  not  the  social  groups,  led  the  emergence  of  welfare  state  programs.  For  such  experiences,  the  strong  state  model  of  Germany  seems  to  be  a  better  example  than  the  social  democratic  model  of  Sweden  for  the  East  Asian  cases.

[...]

http://www.kossrec.org/wp-content/uploads/2015/04/KSSJ32007-2.pdf

Curioso. O estatismo está mais presente no estado do bem-estar-social dos tigres asiáticos do que no sueco.

Offline -Huxley-

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Re:Meritocracia
« Resposta #98 Online: 28 de Julho de 2018, 17:47:50 »
Os países europeus desenvolvidos de industrialização antiga também tiveram seu auge de crescimento do PIB per capita na revolução tecno-científica (no caso deles, principalmente no pós-guerra de 1950-1975). Todavia, eles foram eclipsados nesse quesito pelos quatro tigres asiáticos, que iniciaram sua forte arrancada rumo ao Primeiro Mundo já no início da década de 1960. Os países europeus mencionados continuaram a ser eclipsados fortemente mesmo depois que os tigres asiáticos alcançaram o Primeiro Mundo em algum momento da década de 1990.

Gasto social público pode crescer em ritmo igual ao crescimento do PIB e ainda assim isso ser um milagre do ponto de vista do crescimento desse tipo de gasto, pelo menos num país que está numa ascensão de milagre econômico. Já um país com longo desempenho ruim em crescimento de PIB per capita não conseguirá um milagre de crescimento de gasto social público.

Portanto, o foco na relação gasto público social/PIB é um fetiche injustificado.

Offline JJ

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Re:Meritocracia
« Resposta #99 Online: 28 de Julho de 2018, 18:18:06 »

o resto é conversa fiada para enganar trouxas.

 :o

Isso inclui aquelas suas conversas e do Peter Joseph preconizando o "mundo-paraíso 4.0"?! :hein: :? :stunned:



Não.  Bem pelo contrário é justamente por causa da forma majoritária  de organização política  e econômica  que  atualmente impera no mundo, a qual tem como valores primordiais o poder (busca e manutenção de poder e também busca e manutenção de controle sobre recursos econômicos),  a dominação, a hierarquia, a competição, é que basicamente  existe  grande parte da imundície e  canalhice que imperam nas sociedades.  E é justamente por causa desses valores lixos que muito provavelmente o mundo terá mais uma guerra mundial, só que dessa vez uma guerra nuclear, que terá consequências extremamente catastróficas para a vida na Terra.


A proposta do Peter Joseph vai justamente contra o império desses valores lixos  que tantas tragédias  já trouxeram e vão continuar trazendo para  a humanidade. 



« Última modificação: 28 de Julho de 2018, 19:45:04 por JJ »

 

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