- Darwin era cristão, nunca deixou de ser. A própria expedição do Beagle tinha por meta comprovar o relato do Gênesis.
Olha, eu até acho que ele não tenha virado ateu, mas será mesmo que não deixou de ser cristão? Na
Wikipédia diz que a família dele era de livre-pensadores, mas que ele era religioso no começo, e que durante as pesquisas que mantinha meio que em segredo, foi perdendo a fé até virar um deísta agnóstico. Ele já não era mais cristão em 1851 quando a filha dele morreu.
E
Einstein a princípio era judeu, cresceu sendo educado cristão, mas deixou de ser religioso totalmente aos 20 anos. Depois passou a dar explicações panteístas quando perguntavam da religião dele, sempre mostrando o quanto o Cosmo era exuberante para ele.
- Crença em Deus não pode ser mesmo refutada com explicações racionais. Não faria sentido que fosse, já que são campos cognitivos distintos. Crer não é saber.
Exatamente. Crer é acreditar sem saber se é verdade ou não. Por isso nenhuma crença, por definição, pode representar a verdade, pois ela mesmo exige que se acredite sem saber se é mesmo.
Por isso, discussões sobre a "veracidade" das religiões nunca vão para a frente. Ateus não possuem crenças e nem as desejam. Ateus procuram por respostas embasadas na realidade, que não podem ser fornecidas por nenhuma crença. Se quiserem, aqueles que acreditam nessas crenças podem muito bem pesquisar para ver se é verdade, mas sairão do caminho da fé.
- Essa sua definição de ateísmo é exageradamente restrita. O que você descreve não é ateísmo propriamente dito, é Ateísmo Forte. Forte e caricato também, caricato a ponto de ser difícil encontrá-lo na prática. Mas ateísmo, em qualquer forma, não é uma "doutrina", no máximo pode ser parte de alguma doutrina.
Ateísmo não é uma doutrina. Digo, doutrina tenta ensinar algo, mas ateísmo apenas diz que deus não existe. Não há lições construtivas que se podem tirar do ateísmo. É o mesmo que perguntar o nome de uma pessoa e esta dizer que
não se chama João. Você vai continuar sem saber o nome da pessoa.