Autor Tópico: O Brasil não faz nada que presta?  (Lida 10301 vezes)

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Offline Adriano

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Re: O Brasil não faz nada que presta?
« Resposta #75 Online: 12 de Junho de 2007, 03:07:30 »
Não entendi o que você está dizendo, Adriano, mas você chegou a ler inteira a reportagem que postou?
É óbvio que li. O que eu percebi é que as políticas sociais não são consideradas como intervenção governamental. Os demais itens são velhos problemas conhecidos.
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Offline Barata Tenno

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Re: O Brasil não faz nada que presta?
« Resposta #76 Online: 12 de Junho de 2007, 08:06:09 »
Não entendi o que você está dizendo, Adriano, mas você chegou a ler inteira a reportagem que postou?
É óbvio que li. O que eu percebi é que as políticas sociais não são consideradas como intervenção governamental. Os demais itens são velhos problemas conhecidos.

Desde quando políticas sociais não são intervenção do estado?Se não é intervenção do estado na economia é o que?
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Offline Herf

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Re: O Brasil não faz nada que presta?
« Resposta #77 Online: 12 de Junho de 2007, 13:58:33 »
É intervenção sim.

Offline Herf

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Re: O Brasil não faz nada que presta?
« Resposta #78 Online: 12 de Junho de 2007, 14:07:49 »
E daí? é muito fácil baixar a tarifa alfandegária para produtos onde o mercado interno é forte. produtos industrializados em geral, por exemplo. Já no comércio agrícola a coisa é bem diferente. concedem subsídios aos agricultores locais e mantém todo tipo de medidas protecionistas. a ALCA minguou porque os EUA simplesmente não arredaram o pé em restringir a tal "abertura" a alguns produtos agrícolas, a rodada de DOHA também anda mal das pernas, e vai sendo protelada mais e mais.

liberalismo seguido à risca no dos outros  é refresco.

Ruim para os norte-americanos!

Adotar políticas de abertura econômica é mais vantajoso para um país mesmo se outros não o fizerem. Pense que apenas a classe "protegida" acaba tendo vantagens, na medida em que seu produto pode ter um preço menor dentro do país. O consumidor então acaba não tendo escolha: acaba comprando o produto nacional por ser mais barato, já que o importado é pesadamente taxado. Ele teria a oportunidade de consumir algo que além de mais barato (mesmo vindo de fora) teria uma qualidade maior. Acaba tendo seu poder de compra reduzido, e, em conseqüência, menos circulação de riquezas. Ruim para a economia nacional.

Protecionismo: bom para uma classe isoladamente, ruim para o resto da sociedade!
« Última modificação: 12 de Junho de 2007, 14:09:55 por Procedure »

Offline Adriano

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Re: O Brasil não faz nada que presta?
« Resposta #79 Online: 12 de Junho de 2007, 14:19:17 »
Não entendi o que você está dizendo, Adriano, mas você chegou a ler inteira a reportagem que postou?
É óbvio que li. O que eu percebi é que as políticas sociais não são consideradas como intervenção governamental. Os demais itens são velhos problemas conhecidos.

Desde quando políticas sociais não são intervenção do estado?Se não é intervenção do estado na economia é o que?
Intervenção é a atuação do estado na economia, num determinado setor da economia, seja com empresas estatais ou mistas.
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Offline Herf

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Re: O Brasil não faz nada que presta?
« Resposta #80 Online: 12 de Junho de 2007, 14:48:15 »
Taxar a sociedade, principalmente os ricos, para distribuir aos pobres é interferir no mercado.

Offline Adriano

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Re: O Brasil não faz nada que presta?
« Resposta #81 Online: 12 de Junho de 2007, 22:47:20 »
Taxar a sociedade, principalmente os ricos, para distribuir aos pobres é interferir no mercado.
São correções de mercado. Os mercados são imperfeitos:

Citar
Assimetria da Informação

É pela teoria deste novo núcleo da Economia, denominado de Teoria da Assimetria da Informação ou dos Mercados de Informação Assimétrica, que se evidencia a preocupação científica com relação aos mercados, mas do mercado para o mercado, como estrutura de riqueza e não como estrutura assimétrica de uma análise de distribuição de riqueza. Os economistas nortes-americanos George Akerlof, Michael Spence e Joseph E. Stiglitz [2] evidenciaram, empiricamente, que os mercados são imperfeitos porque seus atores não possuem as mesmas condições de processar, interpretar e utilizar informações, mesmo que as informações sejam de domínio coletivo. Os modelos econômicos neoclácssicos tradicionais presumem a existência de informações perfeitas para todos os participantes do mercado. Todos sempre souberam que as informações nunca são perfeitas, mas imaginava-se que, se a informação não fosse muito imperfeita, a economia real se comportaria de um maneira muito semelhante à indicada pelos modelos teóricos. A maior contribuição da pesquisa de Stiglitz foi demonstrar que isso não é verdade: basta uma pequena imperfeição nas informações para causar um profundo efeito na natureza do equilíbrio econômico
E não me venha com a falácia de que a informação é uma mercadoria. Essa é a teoria ganhadora do premio nóbel de 2001.
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Offline Herf

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Re: O Brasil não faz nada que presta?
« Resposta #82 Online: 12 de Junho de 2007, 22:55:34 »
HEIN??

"FALÁCIA" de que a informação é uma mercadoria? Me diga: quando vais fazer um curso de informática, ou de qualquer coisa que seja, está comprando o que?

Pelo trecho que li do trabalho merecedor do Nobel, ele de forma alguma nega que a informação seja uma mercadoria. Poderia me passar o link do texto completo?

Offline Worf

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Re: O Brasil não faz nada que presta?
« Resposta #83 Online: 12 de Junho de 2007, 23:51:28 »
Se há Assimetria da Informação, não significa que uma ação do governo consiga consertá-la. Pelo contrário, a ação do governo é também uma externalidade que interfere na informação, no equilíbrio, e assim por diante.


( Chegamos a iniciar uma discussão a esse respeito no seguinte tópico, que não deu em nada:
../forum/topic=11048.0.html :P

Quanto ao artigo do Stiglitz, continuo sugerindo a leitura desse artigo http://www.mises.org/story/2301 . Desculpem-me, não sei se há tradução.)

« Última modificação: 12 de Junho de 2007, 23:53:34 por Worf »

Offline Adriano

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Re: O Brasil não faz nada que presta?
« Resposta #84 Online: 13 de Junho de 2007, 01:18:00 »
HEIN??

"FALÁCIA" de que a informação é uma mercadoria? Me diga: quando vais fazer um curso de informática, ou de qualquer coisa que seja, está comprando o que?

Pelo trecho que li do trabalho merecedor do Nobel, ele de forma alguma nega que a informação seja uma mercadoria. Poderia me passar o link do texto completo?
A assimetria de informações no meu entendimento, se relaciona as informações financeiras e econômicas.
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Offline Adriano

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Re: O Brasil não faz nada que presta?
« Resposta #85 Online: 13 de Junho de 2007, 01:21:35 »
Se há Assimetria da Informação, não significa que uma ação do governo consiga consertá-la. Pelo contrário, a ação do governo é também uma externalidade que interfere na informação, no equilíbrio, e assim por diante.


( Chegamos a iniciar uma discussão a esse respeito no seguinte tópico, que não deu em nada:
../forum/topic=11048.0.html :P

Quanto ao artigo do Stiglitz, continuo sugerindo a leitura desse artigo http://www.mises.org/story/2301 . Desculpem-me, não sei se há tradução.)

Estou vendo o artigo, a tradução do google ficou muito boa. Mas também estou interessado no livro Para  além do capital de István Mészáros, é uma obra de atualização do marxismo, uma continuação da pretenção de Lukács.
Pelo visto descobri a minha vocação esquerdista.  :o
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Offline Herf

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Re: O Brasil não faz nada que presta?
« Resposta #86 Online: 13 de Junho de 2007, 06:35:03 »
A assimetria de informações no meu entendimento, se relaciona as informações financeiras e econômicas.

E empresas que oferecem cursos tal como os do Sebrae seriam o que? E serviços de consultoria em geral?

Offline Adriano

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Re: O Brasil não faz nada que presta?
« Resposta #87 Online: 13 de Junho de 2007, 09:16:49 »
A assimetria de informações no meu entendimento, se relaciona as informações financeiras e econômicas.

E empresas que oferecem cursos tal como os do Sebrae seriam o que?
Vou me utilizar da pesquisa do Sebrae para corroborar a assimetria de mercado:

http://www.sebrae.com.br/br/download/gem_2006_completo.pdf
Citar
Já no tocante à educação, nos ensinos fundamental e médio, dá-se pouca ênfase ao empreendedorismo e à criação de novas empresas, bem como é insuficiente a instrução oferecida sobre os princípios econômicos de mercado. Além disso, também se destaca o pouco encorajamento dado aos estudantes para um comportamento de auto-suficiência, criatividade e iniciativa pessoal. É interessante ainda ressaltar que, apesar dessa visão pessimista dos especialistas, a sociedade brasileira considera o empreendedor uma pessoa criativa, flexível e proativa, quiçá motivada pelas mazelas da economia nacional. Esta condição (Educação e Capacitação) foi considerada pelos especialistas estrangeiros a mais desfavorável (-0,85), pelas mesmas razões
destacadas anteriormente.
Podemos dizer que o empreededorismo é o conhecimento econômico, conhecimento esse que possibilita o sucesso de negócios propulsores da economia. É esse tipo de informação que é necessária. A maior luta do Sebrae é de disseminar esse conhecimento através de seus cursos e orientação. A problemática educacional brasileira é o grande entrave para a assimilação do conteúdo.

Citar
Uma terceira condição criticada pelos especialistas brasileiros constitui o suporte financeiro, em decorrência da insuficiente disponibilidade de capital de giro para empresas novas ou em crescimento e de financiamento dos
investidores privados. Já para os especialistas estrangeiros, a terceira condição mais desfavorável destacada foi a transferência e o desenvolvimento de tecnologia (-0,58), resultante das condições desiguais que as empresas novas têm para obter acesso a novas pesquisas e tecnologias se comparadas às empresas grandes e já estabelecidas como também às restrições das condições financeiras para tais atividades.
Aqui fica explícito a necessidade de participação governamental, de interferência em pról do desenvolvimento econômico. Ou seja uma parceria entre estado e mercado.
O outro parágrafo destaca a desigualdade tecnológica, e lembrando que a tecnologia está relacionada a informação da metodologia produtiva.

E serviços de consultoria em geral?
Os serviços de consultoria demonstram o abismo que se instala entre quem detem capital e quem não o possui. A consultoria é a contratação de profissionais especializados em empreendedorismo (nas suas diversas especialidades e ramos do mercado) e quanto maior a qualidade maior o preço, o que faz com que idéias fracas mas com capital para bancar uma consultoria tenha mais sucesso que idéias boas mas sem acesso a informação econômico/administrativa que a consultoria dispõe.
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Offline Barata Tenno

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Re: O Brasil não faz nada que presta?
« Resposta #88 Online: 13 de Junho de 2007, 09:51:04 »
Escola particular não vende informação?Quando compramos jornal não estamos comprando informação?

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Offline Adriano

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Re: O Brasil não faz nada que presta?
« Resposta #89 Online: 13 de Junho de 2007, 11:11:31 »
Escola particular não vende informação?
Veja que a assimetria de informação está relacionada ao capital. Quem tem recursos aquisitivos podem obter a informação. O que eu digo é que o fato de existir informações como mercadoria não refuta a teoria da assimetria de informações e sim confirma.

Quando compramos jornal não estamos comprando informação?
Até mesmo o jornal está relacionado a assimetria de informação. Os miseráveis e pobres do país não tem acesso a esse bem de consumo. Eu mesmo não tenho acesso a jornais e revistas que gostaria de assinar para ter o mérito de estar atualizado.
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Offline Barata Tenno

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Re: O Brasil não faz nada que presta?
« Resposta #90 Online: 13 de Junho de 2007, 11:44:48 »
O que pode ser comprado e vendido é mercadoria..........

Podemos comprar informação, podemos vender informação........... Logo.........
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Offline Adriano

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Re: O Brasil não faz nada que presta?
« Resposta #91 Online: 13 de Junho de 2007, 11:59:39 »
O que pode ser comprado e vendido é mercadoria……

Podemos comprar informação, podemos vender informação……. Logo……
Logo ocorre a assimetria de informações:
Citar
Os economistas nortes-americanos George Akerlof, Michael Spence e Joseph E. Stiglitz evidenciaram, empiricamente, que os mercados são imperfeitos porque seus atores não possuem as mesmas condições de processar, interpretar e utilizar informações, mesmo que as informações sejam de domínio coletivo. Os modelos econômicos neoclácssicos tradicionais presumem a existência de informações perfeitas para todos os participantes do mercado.

Logo a informação é uma "mercadoria" necessária ao funcionamente perfeito do livre mercado, e quando a informação está concentrada em determinados grupos sociais e econômicos a tese de que o mercado se regula por si só é refutada.
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Re: O Brasil não faz nada que presta?
« Resposta #92 Online: 13 de Junho de 2007, 13:14:30 »
Se há Assimetria da Informação, não significa que uma ação do governo consiga consertá-la.
Errado, se o governo consegue detectar a externalidade negativa pode atuar a eliminando. 

Pelo contrário, a ação do governo é também uma externalidade que interfere na informação, no equilíbrio, e assim por diante.
Errado, o governo atua nos bens públicos que são externalidades positivas. Caso ocorra uma externalidade negativa do governo é passível de correção. O governo controla a economia, mesmo a alternativa de um regime capitalista é uma imposição do governo ao defender o direito da propriedade privada e do trabalho. E a atuação corretiva do governo nas externalidades negativas do capitalismo vai ampliar as liberdades individuais.

Eu não entendo essa divisão de direita e esquerda, como se esquerda fosse contra a liberdade individual.  :|

( Chegamos a iniciar uma discussão a esse respeito no seguinte tópico, que não deu em nada:
../forum/topic=11048.0.html :P
Teve só uma citação do artigo, mas tem uma postagem do Hsette que é importante:
Worf, você tem razão em seus dois últimos posts. Mesmo porque não foi você quem desvirtuou o tema.

Mas minha opinião de que é difícil tratar de assuntos político/econômicos por aqui continua válida.
Só deveria estendê-la a todos, incluindo-se a mim mesmo, em várias circunstâncias.

Quanto ao artigo do Stiglitz, continuo sugerindo a leitura desse artigo http://www.mises.org/story/2301 . Desculpem-me, não sei se há tradução.)
Pelo que entendi do artigo, ele pressupõe que o governo é ruim e questiona a teoria de Stiglitz com base nessa premissa.
Mas o que ocorre é diferente, pois até mesmo o mercado e a sociedade tem influência, principalmente na política econômica. Os mercados de capitais voláteis também forçaram o desenvolvimento da economia através da rigides macroeconômica, que são as váriáveis como taxa de câmbio, inflação, moeda, juros, entre outras.

   
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Offline Herf

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Re: O Brasil não faz nada que presta?
« Resposta #93 Online: 13 de Junho de 2007, 13:47:41 »
Citar
Podemos dizer que o empreededorismo é o conhecimento econômico, conhecimento esse que possibilita o sucesso de negócios propulsores da economia. É esse tipo de informação que é necessária.

Conhecimento que alguns se dispõe a vender e outros, cientes de sua importância para crescer, compram. Simples assim!

Citar
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Uma terceira condição criticada pelos especialistas brasileiros constitui o suporte financeiro, em decorrência da insuficiente disponibilidade de capital de giro para empresas novas ou em crescimento e de financiamento dos
investidores privados. Já para os especialistas estrangeiros, a terceira condição mais desfavorável destacada foi a transferência e o desenvolvimento de tecnologia (-0,58), resultante das condições desiguais que as empresas novas têm para obter acesso a novas pesquisas e tecnologias se comparadas às empresas grandes e já estabelecidas como também às restrições das condições financeiras para tais atividades.

Aqui fica explícito a necessidade de participação governamental, de interferência em pról do desenvolvimento econômico. Ou seja uma parceria entre estado e mercado.
O outro parágrafo destaca a desigualdade tecnológica, e lembrando que a tecnologia está relacionada a informação da metodologia produtiva.

Logo as pequenas empresas, cujo principal inimigo é o governo altamente regulador e taxativo! O que as empresas, principalmente as pequenas, precisam é justamente de menos participação governamental. O estado tarado por regulamentação e taxas simplesmente amassa a livre iniciativa. Pessoas do ramo chegam a falar que "empresa que não sonega não cresce".

Citar
Os serviços de consultoria demonstram o abismo que se instala entre quem detem capital e quem não o possui.

Os serviços de consultoria demonstram que a informação é uma mercadoria, como você disse em seguida:

Citar
A consultoria é a contratação de profissionais especializados em empreendedorismo (nas suas diversas especialidades e ramos do mercado) e quanto maior a qualidade maior o preço

Viu?

Citar
o que faz com que idéias fracas mas com capital para bancar uma consultoria tenha mais sucesso que idéias boas mas sem acesso a informação econômico/administrativa que a consultoria dispõe.

Idéias fracas sobrepujarão as boas por causa de um bom serviço de consultoria?

Consultoria não faz milagre, é apenas um auxílio a quem não dispõe da informação necessária o suficiente. Nem consultoria nem qualquer outra forma de comprar informação faz milagre. Se a idéia não for boa para o consumidor, o verdadeiro mandante na economia de mercado, ela não vai pra frente.

O que pode ser comprado e vendido é mercadoria……

Podemos comprar informação, podemos vender informação……. Logo……
Logo ocorre a assimetria de informações:
Citar
Os economistas nortes-americanos George Akerlof, Michael Spence e Joseph E. Stiglitz evidenciaram, empiricamente, que os mercados são imperfeitos porque seus atores não possuem as mesmas condições de processar, interpretar e utilizar informações, mesmo que as informações sejam de domínio coletivo. Os modelos econômicos neoclácssicos tradicionais presumem a existência de informações perfeitas para todos os participantes do mercado.

Logo a informação é uma "mercadoria" necessária ao funcionamente perfeito do livre mercado, e quando a informação está concentrada em determinados grupos sociais e econômicos a tese de que o mercado se regula por si só é refutada.

Está levando a teoria da assimetria de informação longe demais!

Se por algum motivo obscuro a informação estiver concentrada, a tendência é a sua disseminação, não mais concentração: se há uma demanda grande por determinado tipo de informação a tendência é que ela seja vendida a esta demanda, ocorrendo rapidamente, então, sua descentralização.

Offline Adriano

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Re: O Brasil não faz nada que presta?
« Resposta #94 Online: 13 de Junho de 2007, 16:25:11 »
Citar
Podemos dizer que o empreededorismo é o conhecimento econômico, conhecimento esse que possibilita o sucesso de negócios propulsores da economia. É esse tipo de informação que é necessária.

Conhecimento que alguns se dispõe a vender e outros, cientes de sua importância para crescer, compram. Simples assim!
O conhecimento não é todo vendido e sim investido e formalizado em prática econômica e empreendedora. Somente é vendido o conhecimento que não tem valor de utilidade para o agente econômico. Por exemplo a consultoria ensina um conhecimento de administração de negócios para a prática específica de um negócio, mas mantém para si o conhecimento da gestão de uma consultoria.

Citação de: Adriano
Aqui fica explícito a necessidade de participação governamental, de interferência em pról do desenvolvimento econômico. Ou seja uma parceria entre estado e mercado.
O outro parágrafo destaca a desigualdade tecnológica, e lembrando que a tecnologia está relacionada a informação da metodologia produtiva.

Logo as pequenas empresas, cujo principal inimigo é o governo altamente regulador e taxativo!
Você está simplificando a questão pois a pesquisa do Sebrae aponta os seguintes condições limitantes do empreendedorismo:
Políticas Governamentais 26,70% , Apoio Financeiro 23,80% , Educação e Capacitação 17,10%.


O que as empresas, principalmente as pequenas, precisam é justamente de menos participação governamental.
O Sebrae destaca a importância das políticas e programas governamentais para o empreendedorismo no Brasil. Um dos pontos é a burocracia governamental, que nesse sentido pode significar o que você chama de governo regulador. Outro é o desenvolvimento de infraestrutura.
 
O estado tarado por regulamentação e taxas simplesmente amassa a livre iniciativa. Pessoas do ramo chegam a falar que "empresa que não sonega não cresce".
A alta carga tributária também é apondata pelo Sebrae. Mas eu entendo que a corrupção juntamente com a burocracia tem um peso grande na alta carga tributária.

Mas eu não vejo sentido na sua fala de menos governo. Isso já ocorre, o que é preciso é de um governo atuante e eficiente compatível com o desenvolvimento econômico. Penso que é o que você chama de governo reduzido.

A principal divergência de nosso pensamento é que você é contra políticas sociais de tranferência de renda por considerar ser ineficiente e portanto um peso a mais nos tributos.

Citar
o que faz com que idéias fracas mas com capital para bancar uma consultoria tenha mais sucesso que idéias boas mas sem acesso a informação econômico/administrativa que a consultoria dispõe.

Idéias fracas sobrepujarão as boas por causa de um bom serviço de consultoria?
Concerteza, esse é o principío da assimetria de informações. Quem tem uma boa idéia de negócio mas não tem as informações necessárias para administrar seu negócio pode falir.

Consultoria não faz milagre, é apenas um auxílio a quem não dispõe da informação necessária o suficiente. Nem consultoria nem qualquer outra forma de comprar informação faz milagre. Se a idéia não for boa para o consumidor, o verdadeiro mandante na economia de mercado, ela não vai pra frente.
A pesquisa do Sebrae mostra que a educação e capacitação tem um peso de 17,10%. Isso em termos macroeconômicoa é uma externalidade negativa gigante.

Citação de: Adriano
Logo a informação é uma "mercadoria" necessária ao funcionamente perfeito do livre mercado, e quando a informação está concentrada em determinados grupos sociais e econômicos a tese de que o mercado se regula por si só é refutada.
Está levando a teoria da assimetria de informação longe demais!
Ou você que não a está entendendo?

Se por algum motivo obscuro a informação estiver concentrada, a tendência é a sua disseminação, não mais concentração: se há uma demanda grande por determinado tipo de informação a tendência é que ela seja vendida a esta demanda, ocorrendo rapidamente, então, sua descentralização.
Essa é a teoria neoclássica tradicional que argumenta que a o mercado atinge a eficiencia de Pareto (maximização). Mas não é condizente com a realidade. Veja o exemplo argumentativo de Stiglitz:
Citar
"Suponha que durante uma aula, como por milagre, 100 notas de 50 reais caíssem do forro, cada uma exatamente no pé esquerdo de cada aluno. Evidentemente os alunos poderiam esperar a aula terminar para apanhar o dinheiro a seus pés. Essa espera não alteraria em nada seus benefícios. Mas isso não seria um "equilíbrio de Nash": se todos os alunos fizessem isso, poderia ser beneficiado qualquer "espertinho" se agachasse imediatamente e apanhasse todas as notas que conseguisse do chão. Cada aluno individualmente, percebendo essa possibilidade, se abaixa para apanhar as notas ao mesmo tempo. O equilíbrio assim obtido não coloca nenhum dos alunos, nem a classe toda, em uma situação melhor do que se tivesem todos aguardado o fim da aula para apanhar o dinheiro - mas criou um "custo social imenso"; nesse exemplo, representado pela interrupção da aula. Existem potencialmente muitas outras ineficiências geradas pela aquisição da informação."
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Offline Fabi

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Re: O Brasil não faz nada que presta?
« Resposta #95 Online: 13 de Junho de 2007, 17:05:10 »
Você está simplificando a questão pois a pesquisa do Sebrae aponta os seguintes condições limitantes do empreendedorismo:
Políticas Governamentais 26,70% , Apoio Financeiro 23,80% , Educação e Capacitação 17,10%.
Políticas governamentais:
Citar
Atualmente, o tempo médio para a abertura de uma empresa no Brasil é de 152 dias*.
Para se ter uma idéia, em média, são necessários 6 procedimentos, 8 por cento do rendimento per capita, e 27 dias para começar um negócio em um país rico*.

Já em um país pobre, ou de rendimento médio-baixo, o mesmo processo implica 11 procedimentos, 122 por cento do rendimento per capita, e 59 dias. Em mais de doze países pobres, demora mais que 100 dias para registrar uma nova empresa - entre estes, o Brasil. E, acredite, alterar as definições após a abertura do negócio é um procedimento ainda mais traumático - e muito caro.

*Dados extraídos do estudo "Doing Business in 2005: Removing Obstacles to Growth" (Fazendo Negócios em 2005: Removendo Obstáculos contra o Crescimento), do Banco Mundial.
Fonte: http://www.universia.com.br/materia/materia.jsp?materia=10742
Isso significa que o Brasil é burocrático na hora de abrir uma empresa, e que o governo atrapalha criando essa burocracia.

Citar
A taxa de mortalidade empresarial no Brasil, apurada para as empresas constituídas e registradas nas juntas comerciais dos Estados nos anos de 2000, 2001 e 2002, revela que 49,4% encerraram as atividades com até 02 (dois) anos de existência, 56,4% com até 03 (três) anos e 59,9% não sobrevivem além dos 04 (quatro) anos.
Fonte: http://www.sebrae.com.br/br/mortalidade%5Fempresas/pr_caracempresaextinta.asp
Ver gráficos.
( eu coloquei esse trecho acima, porque é importante saber o porque as empresas fecham, assim dá pra ver os erros cometidos)
Com educação e capacitação quer dizer o que? :umm:
não entendi...
O site do sebrae é interessante...uma coisa que é importante quando se vai abrir uma empresa é conhecer o mercado:
Citar
Mercado é a relação entre a oferta – pessoas ou empresas que desejam vender bens e serviços – e a procura – pessoas ou empresas que querem comprar bens ou serviços.

Assim, toda situação em que estão presentes a compra e a venda – real ou potencial – de alguma coisa é uma situação de mercado.

Quando alguém pretende abrir uma empresa, significa que se dispõe a desempenhar um novo papel no mercado – pretende atuar do lado da oferta. E, no novo papel, será necessário prestar atenção a componentes do mercado, que são fundamentais para o sucesso de seu desempenho.
O futuro empresário precisa de informações que o ajudem a enxergar o mais claramente possível:

1. O Mercado Consumidor – os clientes - para quem produzir e vender mercadorias ou prestar seus serviços;
2. O Mercado Concorrente – quem produz e vende mercadorias ou presta serviços idênticos ou similares aos que você pretende oferecer;
3. O Mercado Fornecedor – quem oferece equipamentos, matéria-prima, embalagens e outros materiais que você necessita para produzir e vender as mercadorias ou prestar os serviços pretendidos.
Fonte: http://www.sebrae.com.br/br/parasuaempresa/conhecaomercado.asp
Difficulter reciduntur vitia quae nobiscum creverunt.

“Deus me dê a serenidadecapacidade para aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar o que posso, e a sabedoria para saber a diferença” (Desconhecido)

Offline Sergiomgbr

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Re:O Brasil não faz nada que presta?
« Resposta #96 Online: 24 de Novembro de 2018, 23:21:17 »
Parece mesmo é que o brasileiro não que se passar por ingênuo, substasciando com isssoa ideia de levar vantagem em tudo. Tem também o viés de ter "as moral",  não se pode fazer nada sem que o outro critique suas ações sob uma ótica moral.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline JungF

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Re:O Brasil não faz nada que presta?
« Resposta #97 Online: 25 de Novembro de 2018, 13:35:53 »
Interessante que, ao ler o tópico desde o início fica claro que as previsões dos participantes não se concretizaram... pelo menos até agora.
Muita coisa boa, sem dúvida, mas um pessimismo próprio de idealismo quimérico. A Embraer contraria a afirmativa de que não teríamos capacidade para concorrer com o primeiro mundo, na aeronáutica comercial ou não.
Nossa agro-indústria é modelo para o mundo; de igual modo, programa de combate a doenças como a Aids e a erradicação de algumas moléstias endêmicas, antes mesmo de países mais desenvolvidos...
Acertaram com relação ao astronauta mas ele pelo menos ganhou um ministério no novo governo... kkk
Já mencionei em outro tópico, vale o reforço: um pais de dimensões continentais (significando difícil governabilidade) onde as organizações criminosas dominam empresas, instituições, a indústria da Educação e, naturalmente, a Política, só não estamos nas mesmas condições da Venezuela e assemelhados porque nosso cidadão ainda guarda um mínimo de dignidade que impede, se grasse de forma descontrolada, o desespero, que descamba para o caos social.
O Brasil tem um valor que ele mesmo desconhece... mas o mundo já suspeita e teme.

Offline Sergiomgbr

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Re:O Brasil não faz nada que presta?
« Resposta #98 Online: 26 de Dezembro de 2018, 19:56:21 »
Esterco da melhor qualidade.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline JJ

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Re:O Brasil não faz nada que presta?
« Resposta #99 Online: 27 de Dezembro de 2018, 10:19:59 »
Parece mesmo é que o brasileiro não que se passar por ingênuo, substasciando com isssoa ideia de levar vantagem em tudo. Tem também o viés de ter "as moral",  não se pode fazer nada sem que o outro critique suas ações sob uma ótica moral.




Brasileiro não que se passar por ingênuo, substanciando com isso a ideia de levar vantagem em tudo. Tem também o viés de ter "as moral",  não se pode fazer nada sem que o outro critique suas ações sob uma ótica moral.

Sergiomgbr é brasileiro.

Logo, Sergiomgbr não que se passar por ingênuo, substanciando com isso a ideia de levar vantagem em tudo. Tem também o viés de ter "as moral",  não se pode fazer nada sem que o outro critique suas ações sob uma ótica moral.


« Última modificação: 27 de Dezembro de 2018, 10:45:56 por JJ »

 

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