Podemos dizer que o empreededorismo é o conhecimento econômico, conhecimento esse que possibilita o sucesso de negócios propulsores da economia. É esse tipo de informação que é necessária.
Conhecimento que alguns se dispõe a vender e outros, cientes de sua importância para crescer, compram. Simples assim!
O conhecimento não é todo vendido e sim investido e formalizado em prática econômica e empreendedora. Somente é vendido o conhecimento que não tem valor de utilidade para o agente econômico. Por exemplo a consultoria ensina um conhecimento de administração de negócios para a prática específica de um negócio, mas mantém para si o conhecimento da gestão de uma consultoria.
Aqui fica explícito a necessidade de participação governamental, de interferência em pról do desenvolvimento econômico. Ou seja uma parceria entre estado e mercado.
O outro parágrafo destaca a desigualdade tecnológica, e lembrando que a tecnologia está relacionada a informação da metodologia produtiva.
Logo as pequenas empresas, cujo principal inimigo é o governo altamente regulador e taxativo!
Você está simplificando a questão pois a pesquisa do Sebrae aponta os seguintes condições limitantes do empreendedorismo:
Políticas Governamentais 26,70% , Apoio Financeiro 23,80% , Educação e Capacitação 17,10%.
O que as empresas, principalmente as pequenas, precisam é justamente de menos participação governamental.
O Sebrae destaca a importância das políticas e programas governamentais para o empreendedorismo no Brasil. Um dos pontos é a burocracia governamental, que nesse sentido pode significar o que você chama de governo regulador. Outro é o desenvolvimento de infraestrutura.
O estado tarado por regulamentação e taxas simplesmente amassa a livre iniciativa. Pessoas do ramo chegam a falar que "empresa que não sonega não cresce".
A alta carga tributária também é apondata pelo Sebrae. Mas eu entendo que a corrupção juntamente com a burocracia tem um peso grande na alta carga tributária.
Mas eu não vejo sentido na sua fala de menos governo. Isso já ocorre, o que é preciso é de um governo atuante e eficiente compatível com o desenvolvimento econômico. Penso que é o que você chama de governo reduzido.
A principal divergência de nosso pensamento é que você é contra políticas sociais de tranferência de renda por considerar ser ineficiente e portanto um peso a mais nos tributos.
o que faz com que idéias fracas mas com capital para bancar uma consultoria tenha mais sucesso que idéias boas mas sem acesso a informação econômico/administrativa que a consultoria dispõe.
Idéias fracas sobrepujarão as boas por causa de um bom serviço de consultoria?
Concerteza, esse é o principío da assimetria de informações. Quem tem uma boa idéia de negócio mas não tem as informações necessárias para administrar seu negócio pode falir.
Consultoria não faz milagre, é apenas um auxílio a quem não dispõe da informação necessária o suficiente. Nem consultoria nem qualquer outra forma de comprar informação faz milagre. Se a idéia não for boa para o consumidor, o verdadeiro mandante na economia de mercado, ela não vai pra frente.
A pesquisa do Sebrae mostra que a educação e capacitação tem um peso de 17,10%. Isso em termos macroeconômicoa é uma externalidade negativa gigante.
Logo a informação é uma "mercadoria" necessária ao funcionamente perfeito do livre mercado, e quando a informação está concentrada em determinados grupos sociais e econômicos a tese de que o mercado se regula por si só é refutada.
Está levando a teoria da assimetria de informação longe demais!
Ou você que não a está entendendo?
Se por algum motivo obscuro a informação estiver concentrada, a tendência é a sua disseminação, não mais concentração: se há uma demanda grande por determinado tipo de informação a tendência é que ela seja vendida a esta demanda, ocorrendo rapidamente, então, sua descentralização.
Essa é a teoria neoclássica tradicional que argumenta que a o mercado atinge a eficiencia de Pareto (maximização). Mas não é condizente com a realidade. Veja o exemplo argumentativo de Stiglitz:
"Suponha que durante uma aula, como por milagre, 100 notas de 50 reais caíssem do forro, cada uma exatamente no pé esquerdo de cada aluno. Evidentemente os alunos poderiam esperar a aula terminar para apanhar o dinheiro a seus pés. Essa espera não alteraria em nada seus benefícios. Mas isso não seria um "equilíbrio de Nash": se todos os alunos fizessem isso, poderia ser beneficiado qualquer "espertinho" se agachasse imediatamente e apanhasse todas as notas que conseguisse do chão. Cada aluno individualmente, percebendo essa possibilidade, se abaixa para apanhar as notas ao mesmo tempo. O equilíbrio assim obtido não coloca nenhum dos alunos, nem a classe toda, em uma situação melhor do que se tivesem todos aguardado o fim da aula para apanhar o dinheiro - mas criou um "custo social imenso"; nesse exemplo, representado pela interrupção da aula. Existem potencialmente muitas outras ineficiências geradas pela aquisição da informação."