Bill , colocando um pouco de lenha na fogueira , uma coisa que fica confusa na discussão sobre as provas da (in)existência de Deus é quanto ao conceito de deus que cada uma das partes faz referência.
Quando me defino como ateu o faço em relação a um deus pessoal , do qual emanam as normas que orientam a moral humana bem como a ordenação do Universo , deus este que nego a existência por considerá-lo contraditório com sua própia definição ( que incluem a onisciência , onipresença e onipotência , já questionadas por Epicuro) e incompatível com o conhecimento científico que temos do mundo.
Quanto ao Deus como fundamento último da realidade , o Deus impessoal, a posição agnóstica em princípio parece a mais coerente mas aí fica uma colocação:
Um Deus que pode ser considerado como o conjunto das leis do Universo , que é incomensurável com a existência humana , e do qual não podem ser derivadas normas morais ( porque a esfera cósmica não tem correlação imediata com a esfera humana) , qual a diferença de dizermos que ele existe ou não?