viver na Europa velha de guerra deve ser bem mais atraente. Eu preferiria (se fosse rico)...
Eu tou estudando pra fugir pra Europa não muito depois do doutorado!
E como é que o Brasil vai melhorar se todas as pessoas talentosas e com capacidade de fazer alguma diferença forem embora? A Europa, hoje, parece
crème de la crème da civilização. Verdade ou não, o fato é que para ostentar essa reputação eles tiveram que superar muitos problemas, essa mesma Europa que hoje vocês admiram cometeu atrocidades contra a humanidade que em nossa Pindorama tropical nunca se viu. em algum momento do século passado os alemães já acharam que matar judeus era uma coisa superlegal, os países da Escandinávia foram corruptos e atrasados e os italianos acharam seu país tão ruim que estavam migrando em massa para as Américas.
Se nesse intervalo de poucas gerações esse continente mudou, foi baseado em muito trabalho duro de quem ficou em seus países, assumiu sua responsabilidade de cidadão e lutou para fazer do lugar onde viviam um lugar melhor para as futuras gerações. Parafraseando John F. Kennedy, essas pessoas não perguntaram o que seus países podiam fazer por elas, elas se perguntaram o que elas poderiam fazer por seus países.
Eu não trocaria o Brasil por nenhum outro país como lugar para morar. E não é nem apenas por razões morais, há um motivo pessoal também: o Brasil é o meu lar, é onde eu me sinto à vontade. Eu não sei se eu me sentiria bem vivendo em um país onde não se fala português (por melhor que eu fale outro idioma, nunca vou dominá-lo como domino o português), onde os costumes são diferentes e onde todo mundo me olha como um cidadão de segunda classe e que não é bem vindo ali. Talvez só por alguns anos, para fazer uma pós graduação e depois voltar. Agora, se for para mudar de país (vocês vão me chamar de louco), eu não mudaria para o primeiro mundo. Muito pelo contrário, eu mudaria para um país latino-americano ou da África, onde eu sentisse que eu poderia contribuir para o seu desenvolvimento e me sentir útil e estimado. Sou mais Angola que Alemanha.