Autor Tópico: Rio: a capital mundial da cordialidade, né?  (Lida 10775 vezes)

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Offline Herf

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Re: Rio: a capital mundial da cordialidade, né?
« Resposta #100 Online: 03 de Agosto de 2007, 17:36:14 »
Não exatamente. Isso não significa achar que o conteúdo das veiculações deve ser regulado pelo estado, mesmo com aqueles quatro itens.

Pode-se deixar as freqüências em mãos privadas sem intervir em nada das suas veiculações pois estas gerariam uma melhor qualidade da programação por meio da competição por audiência. O estado poderia atuar eliminando concessões de emissoras que não atingissem um nível estipulado de audiência. Não haveria motivo para as não-assistidas continuarem a existir, visto que o espaço é pequeno, e outras emissoras com mais a oferecer poderiam ocupar este espaço.

Perceba que quando eu falo de uma melhor qualidade da programação gerada por uma TV liberalizada, estou me referindo àquilo que as pessoas querem assistir, e não o que alguns acham que elas devam querer. Pensei que você havia falado aquilo sobre a TV Cultura, mas de qualquer forma, você não acha que dentre as emissoras existentes ela é a que mais se aproxima daquelas quatro exigências? Novamente, se o interesse da sociedade é o que está em jogo, não são os burocratas do estado que poderão determiná-lo, é a própria sociedade por meio do controle remoto.

E não acho que seja válido falar que a Cultura é intelectual demais a ponto de não poder ser assistida se a programação lá apresentada fosse de real interesse de grande parte da população. Dando uma olhada em sua grade, vejo apenas um ou outro programa que pode ser classificado como, digamos, "pesado" demais neste sentido (o Provocações e talvez as entrevistas do Roberto D'ávila, por exemplo).

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The Funto, e sobre o UHF: ele vai do 14 ao 99, não? É possível que todos estes canais sejam usados ou há a limitação de impossibilidade de dois canais em seqüência, também?

Offline Sr. Bradley P. Richfield

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Re: Rio: a capital mundial da cordialidade, né?
« Resposta #101 Online: 06 de Agosto de 2007, 14:34:25 »
De 14 a 69.

Se for analógico precisa do espaço entre os canais. Uma das vantagens da TV digital é que o sinal digital não precisa desse espaço. Na verdade é esse o motivo que faz aumentar o numero de canais.
"O problema da internet é que ninguém sabe quando as citações realmente pertencem a quem se atribui." -- Abraham Lincoln

Offline Südenbauer

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Re: Rio: a capital mundial da cordialidade, né?
« Resposta #102 Online: 10 de Agosto de 2007, 06:13:11 »
Um exemplo claro e recente foi a cobertura do acidente da TAM. Enquanto todas os outros canais davam a "notícia" de forma escandalosamente sensacionalista, quebrando um dos principais princípios éticos do jornalismo (registros de catástrofes só devem ser dados quando se conseguir obter informação suficiente sobre o caso, para evitar que haja um surto de desepero) a Globo agiu exatamente dentro do que o código de ética define como norma.
O mesmo ocorreu no caso do acidente da Gol. Como a Globo não tinha nada de concreto enquanto o JN estava sendo transmitido, acabaram não informando nada. Já o Terra e outros vínculos se aproveitam de tudo. Como nesse caso da TAM, agora tu passa os canais e vê como as outras emissoras se aproveitam dos familiares da vítima para atrairem audiência. Tenebroso.

Offline Lorentz

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Re: Rio: a capital mundial da cordialidade, né?
« Resposta #103 Online: 10 de Agosto de 2007, 15:13:43 »
Brasileiro não sabe o que é um esporte. Até no esporte ele quer tirar vantagem, pois ainda não percebeu que não é a vitória, e sim a competição que torna um evento esportivo algo ...esportivo. E vencer uma competição não traz nada mesmo. Tem gente que se sente muito realizado pela quantidade de títulos da seleção brasileira na Copa do Mundo, mas eu trocaria todos os títulos por uma educação de qualidade. Eu DUVIDO que a maioria dos brasileiros aceitaria mexer nos números de títulos. Garanto que se a FIFA resolvesse zerar os títulos de todos os times para um novo tipo de evento, por exemplo, choveria correntes de emails, boicotes e tudo mais, como se o número fosse mais importante que o evento em si.

Esse negócio de torcida me incomoda tanto que nem a Formula 1, que é o único esporte que acompanho, eu consigo assistir com alguém. Muito menos discutir. E nem pela Globo eu assisto mais. Baixo via torrent a transmissão americana ou a inglesa que são muito mais profissionais. Aqui eu tenho que aguentar o torcedor (Galvão incluído) falar que para o brasileiro vencer (ou ganhar, como erroneamente dizem), basta que os carros na frente quebrem ou os pilotos errem. É como torcer pela vitória no futebol através de um W.O.

Ainda por cima, os brasileiros torcem contra os pilotos brasileiros mais velhos e a favor dos mais novos, sempre, e ainda dizem que são patriotas e não gostam dos estrangeiros na categoria, segundo comentários em blogs e sites de notícias com espaço para opiniões de internautas.

PQP, assistir a F1, tradicionalmente européia, e dizer que não gosta de estrangeiro?! Só o brasileiro domesticado pelo Galvão para falar besteiras assim...

Sobre o Oscar, o André Petry escreveu um belo texto sobre isso, mas infelizmente não tenho mais a assinatura da Veja. Se eu conseguir o texto, postarei aqui. Mas se alguém se dispuser a postar, ficaria muito grato.
« Última modificação: 10 de Agosto de 2007, 15:17:19 por Lorentz »
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

 

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