Vou ler, obrigado pela referência!
Eu tentei ser sintético antes, mas o estilo pomposo não deve ter ajudado nas minhas definições
Então tentemos de novo:
- Eu acredito que atos (e não pensamentos) devam ser o objeto das leis.
- Acredito nos direitos à livre associação e livre discussão sobre
qualquer tema, por mais tabu que ele possa ser.
- Acredito que leis podem até ajudar a suprimir atos de preconceito, mas dificilmente atacarão a raiz do problema, que é o próprio pensamento preconceituoso.
- Acredito ainda que, visto já existem leis que cobrem o abuso, a ofensa, a violência física e a moral, seria desnecessário especificar penalidades maiores caso a vítima seja negra, homossexual, etc. Por quê? Porque isso significaria que essas pessoas são
mais iguais do que as outras, e eu francamente não vejo a necessidade disso. Isso posto, situações-limite podem e vão existir, nenhuma lei é perfeita. Exemplo: há uma lei contra pedofilia. Eu considero a pedofilia um crime horrível e aposto que todo mundo aqui concorda comigo. Mas se um pedófilo quiser vir a público explicar por que ele acha que a pedofilia é uma prática saudável? Deveríamos calar a boca dele e prendê-lo? Deveríamos ao menos ouvir o que ele tem a dizer? Espinhoso, isso.
Segue mais ou menos imediatamente (ao menos para mim) que a melhor forma de atacar o preconceito é o debate franco e aberto, sem que nenhum dos lados tenha que temer repressão judicial por falar o que pensa.
A opção, como disse acima, é criar várias classes de cidadãos especiais e de assuntos-tabu, os quais não podem ser objeto de debate
por definição. É só isso.