Absurdo até é, mas não tenho como saber se é um absurdo que ela tinha condição de contornar. Não conheço a situação real e não ouso confiar em que ela tinha esses dez reais. Já encontrei muitas situações em que gente empregada não tinha esse dinheiro.
Venda fiado. Roube o remédio. Venda por 12 reais e diga para o chefe que bateu o preço errado depois. Pergunte ao gerente. Peça para algum colega de trabalho. Peça na loja ao lado. Ligue para a mãe. Roube do caixa.
Depois que a moça morreu é fácil definir o grau de gravidade da situação, qualquer leigo, como eu, pode afirmar isto... mas
antes, só profissionais estão gabaritados a fazê-lo. A balconista não tem qualificação profissional para tanto.
Culpa tem o responsável pela moça, o pai, que convivia diariamente com ela e que deveria tomar as medidas cabíveis...
Torno a repetir, se a crise era gravíssima, não seria um simples aerojet que iria salvar a vida da menina... no máximo iria proporcionar poucos minutos a mais.