Tópico: Universitária morre por falta de R$ 10 para comprar remédio

[Luis Dantas]

Cara, nem é questão de crer.  Num desespero desses você pode até SABER que não adianta nada a bomba; se ela está à mão você tenta consegui-la e usá-la imediatamente, porque não tem nada a perder.  Pode muito bem ser a diferença entre ela chegar no pronto-socorro azul de asfixia e chegar respirando com dificuldade.

[Oceanos]

Você pensa mesmo que ela correria risco de demissão caso vendesse a bomba por R$ 12,00, retivesse os documentos do pai da moça como garantia do recebimento dos R$ 10,00 restantes, e explicasse para o gerente que a situação era uma emergência?

Em um mundo justo certamente não correria.

Neste mundo real, não tenho como saber só com as informações disponíveis.

Se eu tivesse filhos e fosse demitido para salvar a vida de uma pessoa, supondo uma situação maniqueísta em que salvar a vida realmente me fizesse perder o emprego. Meu, eu ia ter orgulho de ver os danadinhos chorando de fome.

[Oceanos]

Cara, nem é questão de crer.  Num desespero desses você pode até SABER que não adianta nada a bomba; se ela está à mão você tenta consegui-la e usá-la imediatamente, porque não tem nada a perder.  Pode muito bem ser a diferença entre ela chegar no pronto-socorro azul de asfixia e chegar respirando com dificuldade.

Isso vale tanto para chegar antes sem a bombinha quanto para chegar depois com a bombinha.

[Luis Dantas]

Se eu tivesse filhos e fosse demitido para salvar a vida de uma pessoa, supondo uma situação maniqueísta em que salvar a vida realmente me fizesse perder o emprego. Meu, eu ia ter orgulho de ver os danadinhos chorando de fome.

Não duvido, só acho muita ousadia cobrar esse tipo de coragem de outra pessoa sem conhecer melhor a situação.  Aliás, até que ponto a informação da notícia será completa e confiável?

[Thufir Hawat]

Mas aí é que está, a medida a ser tomada na hora do desespero é correr pra um posto de saúde.

Novamente: talvez os pais queriam a bombinha para tentar ajudar a filha enquanto iam para o posto de saúde.

Talvez, mas não fica claro na notícia.

Não os condeno, é apenas que se fosse eu, teria corrido para o hospital direto, na minha cabeça a parada na farmácia só me faria perder tempo.

Mas pode ser por que sou filho de médica de pronto socorro, minha mãe me pôs na cabeça que a primeira coisa a se fazer numa emergência, seja qual for, é procurar um médico.

[Spitfire]

Cara, eu vi minha filha praticamente morta, molinha (mole). Qual seria a atitude mais óbvia a ser tomada? Procurar uma farmácia e comprar uma bombinha que só funciona em casos mais amenos ou procurar uma emergência?

Aposto que no começo da crise você tentou dar a bombinha para ela.

Enquanto ela não estava agonizando sim... quando chegou a um ponto aonde nada resolvia, levei-a imediatamente ao pronto-socorro...

Além do mais aqui todo mundo esta pegando uma notícia crua e especulando sobre uma situação narrada com pouquíssimos detalhes (inclusive eu)... mas ninguém levou em consideração que talvez a balconista possa até ter orientado o pai a procurar um pronto-socorro imediatamente ao invés de perder precioso tempo com algo que seria inócuo. Se é para especular, então vamos especular para ambos os lados e dar a coitada da balconista também o benefício da dúvida... até mesmo porque depois do acontecido fica muito fácil para um pai relapso querer jogar a culpa na balconista.

[Luis Dantas]

Cara, nem é questão de crer.  Num desespero desses você pode até SABER que não adianta nada a bomba; se ela está à mão você tenta consegui-la e usá-la imediatamente, porque não tem nada a perder.  Pode muito bem ser a diferença entre ela chegar no pronto-socorro azul de asfixia e chegar respirando com dificuldade.

Isso vale tanto para chegar antes sem a bombinha quanto para chegar depois com a bombinha.

Desculpe, não entendi.

[Thufir Hawat]

Cara, nem é questão de crer.  Num desespero desses você pode até SABER que não adianta nada a bomba; se ela está à mão você tenta consegui-la e usá-la imediatamente, porque não tem nada a perder.  Pode muito bem ser a diferença entre ela chegar no pronto-socorro azul de asfixia e chegar respirando com dificuldade.

Isso vale tanto para chegar antes sem a bombinha quanto para chegar depois com a bombinha.

Desculpe, não entendi.

talvez se eles não tivessem perdido sei lá, os dois minutos pra chegar na farmácia, pagar a bombinha e usar, depois sair em direção ao hospital, eles também tivessem chegado a tempo.

[Spitfire]

Mas pode ser por que sou filho de médica de pronto socorro, minha mãe me pôs na cabeça que a primeira coisa a se fazer numa emergência, seja qual for, é procurar um médico.

Minha mãe é assistente social na secretária de saúde do RS... aprendi também que em uma emergência se deve procurar ajuda profissional adequada e competente e não me basear no meu leigo julgamento. 

Isto pode fazer diferença entre a vida e a morte... como no caso em questão fez... e como também poderia ter ocorrido com minha filhotinha se eu tivesse tentado contornar a situação.

[Thufir Hawat]

Mas pode ser por que sou filho de médica de pronto socorro, minha mãe me pôs na cabeça que a primeira coisa a se fazer numa emergência, seja qual for, é procurar um médico.

Minha mãe é assistente social na secretária de saúde do RS... aprendi também que em uma emergência se deve procurar ajuda profissional adequada e competente e não me basear no meu leigo julgamento. 

Eu não aprendi Spit, no meu caso foi lavagem cerebral da minha mãe mesmo.
Nem raciocino nessas horas, só penso: como eu vou daqui pro hospital?

[Oceanos]

Não duvido, só acho muita ousadia cobrar esse tipo de coragem de outra pessoa sem conhecer melhor a situação.  Aliás, até que ponto a informação da notícia será completa e confiável?

Estou me baseando na notícia... Se ela é completa e confiável, provavelmente não é. Mas é a única informação que temos.

E sem dúvida nenhuma essa coragem deve ser cobrada de todos. Talvez isso "humanize" melhor a sociedade...

Enquanto ela não estava agonizando sim... quando chegou a um ponto aonde nada resolvia, levei-a imediatamente ao pronto-socorro...

Exato... Não é uma atitude tão impensável assim, então.

Além do mais aqui todo mundo esta pegando uma notícia crua e especulando sobre uma situação narrada com pouquíssimos detalhes (inclusive eu)... mas ninguém levou em consideração que talvez a balconista possa até ter orientado o pai a procurar um pronto-socorro imediatamente ao invés de perder precioso tempo com algo que seria inócuo. Se é para especular, então vamos especular para ambos os lados e dar a coitada da balconista também o benefício da dúvida... até mesmo porque depois do acontecido fica muito fácil para um pai relapso querer jogar a culpa na balconista.

Isso é. O problema é tentar defender a atitude por mais errada que seja com "são ordens de cima". Isso não faz sentido e nem deveria fazer.

[Luz]

Cenário hipotético: eu sou a balconista.  O meu gerente, seja lá por qual motivo for, deu ordens expressas me proibindo de quebrar o galho em situações como essa (posso imaginar muitos bons motivos).  Eu preciso do emprego e acredito (talvez com bons motivos) que posso perdê-lo se descumprir essas ordens.

Não sei se foi o que aconteceu, mas não acho tão improvável.

Não é justo o que aconteceu com a moça, mas também não é justo pressupor que a balconista tinha autonomia e condições de fazer alguma coisa sem se prejudicar.

Entre o emprego e a saúde mental da balconista, não sei o que mais possa ser prejudicial. Soa estranho de qualquer forma, agir formalmente diante de uma situação, aparentemente, extrema.

[Spitfire]

Oceanos... estou tão somente especulado sobre o que pode (ou não) ter acontecido... não quero julgar ninguém sem ter o completo entendimento da situação... "são ordens de cima" é apenas uma das inúmeras variáveis que deveriam ser questionadas.

Só acho que esta muito mal contada esta história.

[Oceanos]

"são ordens de cima" é apenas uma das inúmeras variáveis que deveriam ser questionadas.

Isso nem deveria ser colocado em pauta. Ser "ordens de cima" não justifica em nenhuma das hipóteses a atitude de quem quer que seja.

Cara, aquilo é uma farmácia, não um boteco em que não se vende fiado para bêbados...

[Luz]

Spit, a bombinha salva vidas, em casos como este.

Os broncodilatadores dilatam as vias aéreas que estão contraídas na crise asmática, permitindo assim, a melhor passagem do ar.

http://www.asmasobcontrole.com.br/controlando/med_alivio.asp

Ou seja, o que eu sugeriria neste caso era sim, a venda da bombinha pra menina e um alerta para o pai e pra própria menina a irem procurar, urgentemente uma medicação mais eficaz, pois como o próprio site diz, ela não deve ser utilizada como única fonte de medicamentos para asmáticos.

Mas não teria sido mais responsável dos pais da moça terem ido a um posto de saúde direto em vez de pararem na farmácia e ficarem discutindo com a balconista, perdendo um tempo que a moça não tinha?

Imaginemos também, que, hipoteticamente, os pais, desesperados, tenham pensado na bombinha como socorro imediato - mais próximo.

[Spitfire]

"são ordens de cima" é apenas uma das inúmeras variáveis que deveriam ser questionadas.

Isso nem deveria ser colocado em pauta. Ser "ordens de cima" não justifica em nenhuma das hipóteses a atitude de quem quer que seja.

Cara, aquilo é uma farmácia, não um boteco em que não se vende fiado para bêbados...

Oceanos... o que estou tentando dizer é que não conhecemos a realidade plena da balconista para emitir um julgamento condenatório.

Podem existir atenuantes como também podem existir agravantes.... não sei.... você sabe?

[Thufir Hawat]

Além do mais aqui todo mundo esta pegando uma notícia crua e especulando sobre uma situação narrada com pouquíssimos detalhes (inclusive eu)... mas ninguém levou em consideração que talvez a balconista possa até ter orientado o pai a procurar um pronto-socorro imediatamente ao invés de perder precioso tempo com algo que seria inócuo. Se é para especular, então vamos especular para ambos os lados e dar a coitada da balconista também o benefício da dúvida... até mesmo porque depois do acontecido fica muito fácil para um pai relapso querer jogar a culpa na balconista.

Isso é. O problema é tentar defender a atitude por mais errada que seja com "são ordens de cima". Isso não faz sentido e nem deveria fazer.

Também não acho que faz sentido, nem estou defendendo a balconista, acho que naquela situação (supondo que ela tenha sido como descreve a notícia) ela deveria ter feito o que estivesse a seu alcance.

Mas isso não quer dizer que, por desespero ou não (o motivo é o de menos) o pai não errou em ficar discutindo com a balconista em vez de entrar no carro e correr pro posto-de-saúde mais próximo.

Spit, a bombinha salva vidas, em casos como este.

Os broncodilatadores dilatam as vias aéreas que estão contraídas na crise asmática, permitindo assim, a melhor passagem do ar.

http://www.asmasobcontrole.com.br/controlando/med_alivio.asp

Ou seja, o que eu sugeriria neste caso era sim, a venda da bombinha pra menina e um alerta para o pai e pra própria menina a irem procurar, urgentemente uma medicação mais eficaz, pois como o próprio site diz, ela não deve ser utilizada como única fonte de medicamentos para asmáticos.

Mas não teria sido mais responsável dos pais da moça terem ido a um posto de saúde direto em vez de pararem na farmácia e ficarem discutindo com a balconista, perdendo um tempo que a moça não tinha?

Imaginemos também, que, hipoteticamente, os pais, desesperados, tenham pensado na bombinha como socorro imediato - mais próximo.

claro que isso é possível. Só estou dando minha opnião, acho que o melhor teria sido ir ao hospital de cara se a crise era tão séria.

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De qualquer maneira, como disse antes, isso pode ser minha lavagem cerebral materna falando...

[Thufir Hawat]

E outra: a idéia por trás dessas bombinhas não é tê-las com você para o caso de ocorrer uma crise?
Da notícia entendi que a família sabia das crises da moça e tinha o dinheiro para a bombinha. Ela já não deveria estar disponível?

Spit, se não se importa de eu perguntar: quando do ocorrido com a sua filha, a bombinha que tentou usar não estava à mão? Você já não a tinha para o caso de precisar?

[Spitfire]

Tenho todo equipamento, desde o aerojet até um nebulizador, soro fisiológico e o Berotec (bronco dilatador). Uso-os em pequenas crises crônicas... seguindo as recomendações médicas.

[Oceanos]

Oceanos... o que estou tentando dizer é que não conhecemos a realidade plena da balconista para emitir um julgamento condenatório.

Ninguém está discordando disso. Só estou falando que o fato de "não criar as regras" não é atenuante algum para quem quer que seja.

Podem existir atenuantes como também podem existir agravantes.... não sei.... você sabe?

Não sei também. Mas com certeza o fato dela criar ou não regras não é atenuante algum.

[Thufir Hawat]

Tenho todo equipamento, desde o aerojet até um nebulizador, soro fisiológico e o Berotec (bronco dilatador). Uso-os em pequenas crises crônicas... seguindo as recomendações médicas.

Não sei se a pergunta vai fazer sentido, mas: quanto tempo "dura" em média essa bombinha? Para quantas crises serve?

[Oceanos]

Também não acho que faz sentido, nem estou defendendo a balconista, acho que naquela situação (supondo que ela tenha sido como descreve a notícia) ela deveria ter feito o que estivesse a seu alcance.

Pois é... Esse é meu ponto também.

[Spitfire]

Oceanos... a situação foi decorrência de um conjunto de fatores, não apenas de uma variável  em especifico, mas isto não significa que "obeceder ordens superiores" deva ser retirada do contexto. É um somatório de situações.   

[Spitfire]

Tenho todo equipamento, desde o aerojet até um nebulizador, soro fisiológico e o Berotec (bronco dilatador). Uso-os em pequenas crises crônicas... seguindo as recomendações médicas.

Não sei se a pergunta vai fazer sentido, mas: quanto tempo "dura" em média essa bombinha? Para quantas crises serve?

Depende muito da frequência das crises... nos meses frios uma bombinha, para a minha filha (isto varia muito de indivíduo para indivíduo), dura 1 mês e meio... no verão ela quase não tem crises então torna-se desnecessário o uso do aerojet, só o nebulizador esporadicamente. 

Quantas crises? Bom, isto depende muito também de como o organismo responde a aplicação... nunca contei.

[Oceanos]

[...]mas isto não significa que "obeceder ordens superiores" deva ser retirada do contexto.

Mas não justifica tirar a culpa dela por isso, ao contrário do que você disse aqui.

A não ser que você me diga que se expressou mal nessa frase.

É um somatório de situações.   

Disso acho que ninguém discorda...