Vamos chamar tempo de deslocamento no espaço para facilitar, então. Tudo que há estava num ponto sem se deslocar no espaço - parado, inerte, sem movimento. De repente, puf, as coisas se movem - começa a contagem e lá se vão, até onde sabemos, quinze bilhões de anos.
Falta saber como tudo que há surgiu e como passou da inércia à expansão - não importando a improbabilidade já que estamos aqui. Penso que ainda não temos essas respostas.
Bom, mas voltando ao tópico, o fato é que a falta de respostas para todas as perguntas que ainda temos sobre a origem do universo não incuem nem excluem um ser sumpremo, necessariamente - é um opcional.
Afinal, se tudo que há é obra de um ser supremo, mas ele foi sutil o suficiente para não deixar pistas, isso sugere que o que importa não é conhecê-lo, mas - se me permitem repetir uma licença poética - ler seus pensamentos. E se não existir - também não muda nada - existem coisas que continuam pedindo por uma explicação.