Aqui esta, de Roberto C. G. Castro (antes de vim dizer que isso é coisa de evolucionista, procure pelo texto desde sujeito intitulado "Revelações Cientificas do Livro de Jó")
"O Laboratório de Datação Argônio-Argônio terá duas grandes aplicações. Uma delas se refere à formação de recursos humanos. Ele estará à disposição de professores e alunos de graduação e de pós-graduação. A outra aplicação está ligada à prestação de serviços. Graças à nova tecnologia e a um convênio com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) - que receberá amostras para submetê-las a seu reator nuclear, um processo necessário para a datação -, essa prestação de serviços será feita de forma muito mais rápida. Enquanto o método antigo exigia quatro horas para analisar uma amostra, o sistema argônio-argônio permite que 220 amostras sejam analisadas de 15 a 20 minutos. "Teremos uma outra escala de produção, que nem se compara à anterior", diz Teixeira. "Para as empresas, que têm cronogramas e prazos, isso será muito importante." Não é de hoje que o Centro de Pesquisas Geocronológicas realiza serviços para a sociedade: criado em 1964, ele já fez mais de 30 mil datações para pesquisadores e empresas.
Alguns convênios já foram firmados pelo centro. A Petrobras, por exemplo, vai utilizar os recursos do novo laboratório para aperfeiçoar seus métodos de busca de petróleo. A empresa quer datar a elita - um mineral presente em rochas sedimentares - de regiões em prospecção e comparar esses dados com a elita extraída de reservatórios de petróleo. Essa comparação poderá contribuir para a descobrir novos poços. "É uma maneira de a Petrobras refinar suas buscas", acrescenta Teixeira. Os primeiros resultados do convênio deverão ser conhecidos no primeiro semestre de 2001.
Mas não é só. Instigantes projetos científicos já estão sendo concebidos graças ao Laboratório Argônio-Argônio. Em parceria com o Instituto Astronômico e Geofísico (IAG) da USP, o Instituto de Geociências vai aplicar as novas tecnologias para trazer à luz informações sobre a migração dos continentes. Os pesquisadores vão conhecer melhor dados como a velocidade em que se deslocam as porções de terra - que estão literalmente "boiando" no manto, a camada de rochas fundidas que envolve o núcleo do planeta.
Outro estudo vai analisar rochas localizadas em Rondônia datadas em um bilhão de anos. Essa pesquisa será importante para traçar um longínquo passado do planeta. Sabe-se que os continentes hoje conhecidos - América, Europa, África, Ásia e Oceania - estavam reunidos num só e imenso continente chamado Pangéia. Este começou a se dividir há 260 milhões de anos. Mas, antes de Pangéia, as massas de terra se juntaram e se separaram várias vezes. As rochas de Rondônia que o Instituto de Geociências vai estudar formavam, há um bilhão de anos, um supercontinente chamado Rodínia, cuja ruptura teve início há 750 milhões de anos. "Nos quatro bilhões de anos de vida da Terra, esse fenônemo em que os continentes se juntam e depois se separam ocorreu cerca de 20 vezes, o que dá uma idéia do dinamismo do planeta", calcula Teixeira. Por causa desse dinamismo - continua o professor -, os oceanos não duram mais do que 200 milhões de anos. De acordo com esse cálculo, os atuais oceanos, formados há 180 milhões de anos, só têm mais 20 milhões de anos de vida. Com o Laboratório de Datação Argônio-Argônio, essa remota história geológica estará acessível aos cientistas.
Centro tem tradição em geocronologia
A inauguração do Laboratório de Datação Argônio-Argônio representa um merecido auge da história do Centro de Pesquisas Geocronológicas do Instituto de Geociências da USP. Criado em 1964 através de uma iniciativa conjunta da USP e da Universidade da Califórnia, o centro se dedica a formar recursos humanos e a prestar serviços na área de geocronologia. Em mais de 35 anos de atividades, ele já realizou a datação de cerca de 30 mil amostras. Além disso, contribui com assessoria técnica e científica para a instalação de laboratórios de geocronologia em universidades do Brasil e da América Latina. Mais de duas centenas de pesquisadores brasileiros e estrangeiros já exerceram atividades científicas no centro.
O centro é responsável por importantes pesquisas científicas. Ele ajudou a comprovar, por exemplo, a teoria da migração dos continentes - segundo a qual as porções de terra estão se deslocando, à média de um centímetro por ano, impulsionadas pela camada de rochas fundidas do interior da Terra. O centro obteve essa confirmação analisando as rochas do litoral brasileiro. Com o novo laboratório, ele deverá expandir ainda mais suas pesquisas e serviços.
Entre as linhas de atuação do centro está a determinação de idade absoluta de rochas ígneas, metamórficas e sedimentares, além de minerais, análises isotópicas visando a estudos de contaminação de magmas, cronologia de épocas de sedimentação e outros estudos. "O centro cumpre rigorosamente as normas e convenções laboratoriais, de modo a garantir a qualidade dos seus resultados", segundo o diretor do Instituto de Geociências, professor Wilson Teixeira. "
Tendo em vista não só o laboratório, mas também a história, me diga antes de eu desmontrar o erro óbvio do Rafael, você acha mesmo que essa bobagem que ele disse invalida alguma linha neste texto apresentado acima?
Diga apenas "sim" ou "não". Não quero textos prontos ou mudança de assunto, apenas "sim" ou "não"
Ai depois eu comento a frase dele.