Eu não creio no criacionismo bíblico, mas penso que o universo teve sua origem fora dele mesmo. Não faz sentido este universo ter tido sua origem do nada absoluto (a partir dele mesmo), pois o nada é nulo e nada produz, é 0. É como dizer que 0+0 pode ser igual a 1. Não há como concebermos algo que do nada surge.
É como dizer que um coelho pode surgir do nada de uma cartola, mas este fenômeno não existe, de algo surgir do nada. Por causa disso digo seguramente que o nada é algo que gera as coisas. Portanto já não poderia ser o nada. E digo isso porque parece haver evidências de que o universo teve um início. Ou seja, o universo material não poderia ter sido eterno...
O "nada" é que seria algo eterno. Este nada seria algo, mas como o desconhecemos, continua sendo como nada. Este "nada" me faz mais sentido ser uma espécie de matéria prima de onde tudo vem, matéria prima esta sim eterna. Não estou afirmando, mas se existe um deus, este não teria nada a ver com o religioso, como defendo, mas seria apenas como um mecanismo primário que regeria todas as leis naturais. Melhor dizendo, este mecanismo seriam as leis primárias.
O que rege nosso universo teria tido sua origem num mecanismo primário, este sim eterno, junto com o "nada. Este mecanismo eterno seria um produto direto deste nada e, em tese, a partir deste é que surgiriam universos, multiversos ou o que for, e então, vida. Já a vida espiritual (não a estou comprovando aqui), estaria inserida dentro disso. Seria um mecanismo paralelo ao nosso universo, mas que teria alguma relação com este, pois que tudo teria tido uma origem em comum.
Eis aqui a relação que criei:
{X (W) [ Y (Z) ] } (baseado no entendimento espírita somado às minhas definições)
É assim. X é o mecanismo primário baseado no "nada" (que na verdade é algo). Y são os multiversos. Z são os universos. W é o espírito. Z estaria em função de Y que estaria em função de X. W estaria diretamente em função de X e habitaria Y e Z, dependendo de uma série de fatores. O mecanismo primário (Deus) não seria a fórmula inteira, pois isso seria panteísmo, algo do qual discordo, pois não me permitiria identificar o mecanismo primário na natureza, mas X, que seria, como vou dizer, a natureza-mãe. Todas as outras naturezas (W, Y e Z) se baseiam na primária, X. É questão de lógica.
As leis que regem nosso universo e nosso universo seriam somente parte de algo ainda maior. As leis que regem nosso universo não seriam absolutas para todos, apenas para o nosso. Tudo em nosso universo se basearia num ou mais mecanismos externos a este. Mas teria que haver um mecanismo primário, atemporal. Pois não faz sentido atribuir uma causa infinitamente para trás. Tem que haver um limite a que tudo determina. Este é o meu raciocínio.
Também não faz sentido tudo surgir aleatoriamente do nada, pois o nada é nulo, como disse. Me faz MUITO mais sentido sim atribuir que tudo o que existe teve uma origem em comum. Tudo o que existe teria algo em comum, compartilharia uma mesma essência (e daí então o meu raciocínio monista).
Um detalhe, este mecanismo primário não seria um ser pensante. Apenas um mecanismo que fez tudo existir e se mantém. E não, este SUPOSTO mecanismo não vai me salvar dos meus problemas diários. O espírito, diferente do que o espiritismo prega, como eu defino, seria só uma peça de manutenção cósmica (ou seja, é para isso que existiríamos, para servirmos como peças de uma espécie de manutenção, e isso estaria de acordo com o princípio altruísta defendido pelos espiritualistas). Isso, claro, me baseando no entendimento espírita. Mas pode ser que a realidade ainda esteja para ser descoberta e seja diferente disso.
Este foi o meu maior esforço para unir o mecanicismo com o espiritualismo numa coisa só. Enquanto os dois andarem paralelos, o mundo não estará sossegado.
Outro detalhe, este meu modelo levaria em conta todas as leis da natureza, até mesmo a evolução das espécies... É a partir das leis que regem este universo que poderíamos deduzir o que haveria para além deste, até chegarmos a um limite.