Certo, mas limitar-se a isto não seria uma forma de egoísmo? Não vejo problema em tentar ajudar pessoas desconhecidas, e já fui ajudado por desconhecidos várias vezes.
Ajudar desconhecidos, quando você julga adequadamente a quem ajudar, sempre rende algo de bom. Ajudar aleatoriamente é bobagem. Em geral é perda de tempo e muitas vezes não gera sequer um agradecimento.
Eu ajudo desconhecidos não por pena, empatia ou qualquer outro sentimento. Ajudo quando me pedem (somente se pedirem), quando julgo que merecem minha ajuda, quando está ao meu alcance ajudar e principalmente quando essa ajuda não vai me prejudicar de forma alguma.
A questão nem é agir por esse desconhecido e sim sentir algo por ele. Não tenho sentimentos por gente que nunca vi na vida. Não me coloco no lugar deles. Não sofro por eles. E considero o contrário desse comportamento uma bizarrice. Não tenho nada contra ir lá no Irã pedir pela vida das iranianas adúlteras. O que eu acho ridículo é supostamente sentir algo por elas ou por seus algozes.
E é importante destacar que egoísmo não é, nem nunca foi, um defeito. Apenas se ele te cega a ponto de lhe causar prejuízos ou prejudicar as pessoas com as quais você se importa. Se não for esse o caso, ele é uma característica muito bem vinda.