Ultimamente ando pensando bastante, refletindo e pesquisando a cerca de qual é a verdadeira natureza do nosso Ser.
Muitos de nós temem a morte, achamos que a morte é o fim, e que com ela, a "nossa" consciência que é "gerada" pelo cerebro, simplesmente desaparece e isso é tudo.
Porém eu começo a compreender que nós vemos as coisas dessa maneira por estarmos vivendo em um nível muito superficial, mesmo entre nós aqui do forum, que são pessoas com um nivel de esclarecimento maior, que dirá a massa populacional.
Quando nos perguntamos, Quem sou eu?
Essa pergunta é respondida de muitas maneiras. Algumas pessoas acham que são o corpo, algumas pessoas acham que são a imagem que passam para os outros, alguns acham que são a personalidade, e alguns que conseguem enchergar mais profundamente veem que são o ego.
Sendo assim, e por não lembrarmos de eventos das nossas vidas passadas, vemos como um fato que a existência é essêncialmente materialista e que tudo o que eu sou é um resultado de interações com o mundo exterior. Portanto vemos a morte como o fim, já que ela dissolve todos os bens materiais conquistados, familia, amigos, emoções, sentimentos, personalidade. Tudo isso parece se dissolver no momento da morte junto com a nossa consciência.
Mas o que é realmente a consciência? A consciência não é o corpo, não são as emoções nem os sentimentos, e também não é a personalidade. Nós muitas vezes achamos que a consciência é uma dessas coisas porque estamos apegados a elas, e não conseguimos perceber a consciência pura, sem os ruidos dos outros elementos mentais e corporais.
Então eu penso que o que nós somos, realmente, e essêncialmente, é a consciência. Porém nossa sociedade nos faz adquirir certas caracteristicas desde que nascemos, nos impoe formas de agir, de ver o mundo, e a nossa consciência experimenta esse eventos e com isso a mente passa a funcionar. Gerando memórias, pensamentos, ansiedade, emoções e etc, tudo isso ruido que faz com que nós não vejamos o que realmente somos, e que nós pensemos que somos essa mascara que foi adquirida durante o tempo.
Pois bem, penso que a morte dissolve também todas essas experiencias externas que nós tivemos, e que o que sobra é a consciência, que não é nenhum desses ruidos. Se nós focamos toda a nossa vida nesses ruidos, buscando satisfazer os desejos, adquirindo bens, familia, amigos, ideias e teorias a respeito do mundo, tudo o que nós fizemos foi acumular mais e mais ruidos, e a morte vai dissolver todos eles, porque eles não são reais, eles são ilusórios.
Se nós não conseguimos perceber o ser interno mais profundo de nós mesmo, que é o que realmente somos. Nossa vida parece ser em vão, já que tudo o que lutamos para consquistar, vai ser tirado de nós com a nossa morte e porque perdemos a oportunidade de desenvolver aquilo que é real e que não é destruido com a morte corporal.
A cada dia que passa eu vejo como o mundo e a mente limitam nosso ser, esse Mauricio Rubio, que faz faculdade e trabalha, é só uma ilusão criada pelas minhas experiências passadas e eu estou preso a elas, não consigo enchergar além desse ego que está tão fortalecido pelos jogos da mente. Mas eu não sou a mente, nem os jogos dela apesar de estar preso a eles. Meu Ser real é outra coisa, muito menos limitada que essa mascara que nós adquirimos durante a vida. Como dizem os budistas e hindus. Esse corpo humano é uma oportunidade espetacular para se libertar de todas essas ilusões e perceber aquilo que realmente É. A REALIDADE sem esses véus de ignorância em que todos nós estamos mergulhados.
Então, porque não tentar e ver por si mesmo o que acontece?

Abraços.