Bom, você deve ter percebido que, mesmo fazendo uma citação seletiva dos textos, os dois links contestam positivamente a hipótese de que os Jogos pudessem representar qualquer risco epidemiológico a nível global, ou mesmo algum risco significativo de saúde para os próprios visitantes e/ou competidores.
“Se você não estiver grávida e decidir evitar os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro por medo de contrair zika, pode encontrar um motivo melhor; há muitos outros.”
É o que afirma o próprio pesquisador Eduardo Massad.
Também não é exata a sugestão/afirmação que houvesse duas posições em contraposição: epidemiologistas brasileiros em contraposição à epidemiologistas estrangeiros.
Vamos ser mais específicos: o que houve foi um documento ( carta aberta ) endereçado a OMS, cujos signatários eram um grupo de epidemiologistas de alguns países ( incluindo o Brasil ), expressando uma preocupação que era CONTRÁRIA a opinião da grande maioria dos pesquisadores, tanto brasileiros quanto estrangeiros.
Inclusive contrária até a própria posição oficial da Organização Mundial de Saúde.
E portanto, é menos exato ainda, sugerir que esta fosse uma posição unânime ou mesmo majoritária entre epidemiologistas estrangeiros. O oposto é que é verdadeiro.
Eu não posso avaliar as alegações técnicas, específicas, desse documento ( ou suas motivações ) mas, dentre outras coisas, o documento alega que houve no inicio de 2016 um aumento de 320% e 1150% dos casos registrados de dengue no Rio de Janeiro, em relação aos dois anos anteriores... indicando um crescente da epidemia.
E de fato houve, sim, um aumento. Mas foi de apenas 100%.
( ????? )