vi aqui opiniões preconceituosas.
mas é claro que é preconceito, o pá. é imaginável que haja um mano por aí que seja profundo conhecedor da cortesia, das artes humanas e de tudo o mais? é concebível. acho que algum dia encontrarei esse mano? não acho. você acha?
O modo como alguem se veste indica a preferencia da pessoa por determinado estilo, seja ele manos/olha mãe, sou marginal!, ou Playba/olha mãe, sou viadinho que tem medo de "marginal"*. O modo como alguem se veste não é de maneira alguma indicador das ações futuras de tal pessoa.
o negrito não faz de uma inverdade uma verdade. por que eu imagino que haja uma probabilidade de tumulto bem maior por parte de um mano do que de um sujeito comum eu nem me atrevo a explicar, é auto-evidente.
interessante é que o que é aqui,
aparentemente, um conflito de classes, toma os ares, na inglaterra, de conflito de gerações. há uns meses pegou fogo o debate público lá quanto ao fato de jovens (de qualquer tipo) serem desejáveis ou não, em grupos, em lugares públicos. alegava-se que faziam muita baderna, assustavam as pessoas, etc. chegou-se inclusive a criar o tal do mosquito, frequência ultra-alta que só os jovens ouvem e que serve como repelente, dado o incômodo que causa. não sei como andam as coisas por lá.
não é tão diferente a situação por aqui. porquanto não se possa descartar o aspecto obviamente classista do conflito, o fator que mais conta, da maneira como vejo, é o de geração. esses jovens de hoje, os tais dos manos, comportam-se de uma maneira como seus pais nunca sonhariam se comportar. assumem um ar explícito de confronto e não se intimidam pelas regras burguesas de convivência. enquanto um colocador de pau na fogueira (i.e, marxista) pode achar isso legal, é mais do que compreensível que gerentes e freqüentadores de shoppings não achem. até porque há poucos símbolos tão representativos de tudo que há de burguês do que shopping centers.