Fiquei meio surpreso de não ter lido nada do tipo até agora, dada a superficialidade do grupo, que seria maior até do que eu imaginava. Não que eu tenha ido atrás, também. Como que uma "feminista engajada", se torna segunda no comando de um grupo assim? Que coisa estranha.
Elas tiveram papel substancial na idealização da "marcha das vadias" ("slut walk")?
(sem sugestão implícita/irônica de que "são umas vadias", apenas está dentro do padrão de protestos em topless)
Ela certamente não é uma feminista engajada, assim como nenhuma mulher do Femen do Brasil. (Espero que essa não seja mais uma pergunta retórica).
Esse grupo não teve grande importância na idealização, mas na disseminação, da marcha das vadias. A slut walk começou no Canadá (depois daquela onda de denúncias de casos de estupro na Universidade de Toronto e da recomendação de um policial dizendo para as mulheres evitarem se vestir como vadias para não serem vítimas), unindo feministas ativistas, estudantes e mulheres em geral, indignadas com a declaração. Os grupos do Femen, a começar pelo ucraniano (o primeiro deles e provavelmente o de maior visibilidade), aproveitaram a ideia e replicaram a marcha em vários países, mas associados a outros grupos feministas.
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Eu sou uma feminista, como você diz, de dicionário. E como um dos padrões citados não gosto do rótulo. Na verdade, pouca coisa me irrita mais quando ao conversar com alguma feminista
engajada (na falta de palavra melhor) e expor os meus pontos contrários ao feminismo, elas venham com aquele papo de que quem faz/diz/pensa o que eu desaprovo são as
femistas e não as
feministas. Inventaram um termo para segregar os membros mais radicais do movimento que, por sinal, quase nunca se identificam como tal e aí ficou fácil se esquivar de qualquer crítica
"fulana escreveu isso? Ah, mas ela só se diz feminista, ela é femista na verdade...". Ahã, sei...
