Autor Tópico: Tópico para notícias bizarras  (Lida 547394 vezes)

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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Tópico para notícias bizarras
« Resposta #7100 Online: 14 de Maio de 2019, 16:19:44 »
Analogias completamente descabidas, quase que uma transformação em "fábula" do pensamento xenofóbico, para doutrinar crianças.

Também tem formiguinha escravinha, então tudo bem termos nossos escravinhos.

Já o recebimento de um completo estranho em seu lar é mais dentro do pânico moral mais "adulto," porém ainda sem muita conexão com a realidade. Basicamente uma valorização do coletivismo acima dos direitos individuais, coisa típica dos comunistas.

Offline Sergiomgbr

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Re:Tópico para notícias bizarras
« Resposta #7101 Online: 14 de Maio de 2019, 16:55:37 »
Formiga escrava simplesmente  é um juízo seu sobre a forniga. Alias, todo o seu raciocínio é. E não poderia ser de outra forma, pra caber dentro da retórica oca.
« Última modificação: 14 de Maio de 2019, 16:59:04 por Sergiomgbr »
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Tópico para notícias bizarras
« Resposta #7102 Online: 14 de Maio de 2019, 17:05:58 »
?!

Assim como julgar ruim haver "pessoas escravas" é um juizo de valor.

(Na verdade meu o juízo de valor aqui é simplesmente que o comportamento animal não deve servir de parâmetro de ideal para ética humana)


Todo "juizo de valor" é oco?

Menos para o juízo de valor de que os países devam ser "estados raciais" ou algo próximo disso?

Offline Sergiomgbr

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Re:Tópico para notícias bizarras
« Resposta #7103 Online: 14 de Maio de 2019, 17:27:53 »
?!

Assim como julgar ruim haver "pessoas escravas" é um juizo de valor.
Falácia do apelo à emocionalidade. Declive esxorregadinho.
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Offline Pedro Reis

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Re:Tópico para notícias bizarras
« Resposta #7104 Online: 14 de Maio de 2019, 17:56:31 »
Engraçado, o Sergio quase parafraseou Hitler. Que dizia que os chimpanzés estraçalhavam qualquer estranho que penetrasse no grupo. E o que é bom para os macacos deveria ser ainda melhor para os humanos.

Um exemplo de retórica oca e difícil encontrar um melhor. Porque, ainda que os macacos façam mesmo isso, não explica porque seria bom os humanos fazerem o mesmo.  Um retórica tão pertinente quanto dizer que se as vacas cagam e andam se outro bovino entra ou sai do rebanho, então isso também deve servir para os humanos.

E como seria uma retórica não oca? Assim óh:

Se um país não tem condições de receber imigrantes então existe uma razão real para não receber imigrantes. Se um país não tem porque não receber imigrantes, então qualquer discurso xenófobo é retórica oca.

Se um país precisa receber imigrantes e mesmo assim vertentes políticas adotam um discurso xenófobo, então este discurso além de oco é burro e prejudicial à sociedade.

É o que ocorre com idiotas como Trump e a extrema direita na Europa. Usando de um discurso oco e apelando para a ignorância e a superficialidade analítica de muitos eleitores, culpam os imigrantes por todos os problemas, quando na verdade estes imigrantes são parte da solução de vários destes problemas.

O Trump ameaçou expulsar todos os mexicanos. Só os idiotas acreditaram, porque os EUA precisam mais destes mexicanos que os mexicanos de estarem lá. Se ele fizesse isso, não haveria trabalhadores para as colheitas na Califórnia, por exemplo.

Para além de retóricas ocas e comparações hitleristas estapafúrdias, o ser humano enriquece culturalmente com a diversidade, as sociedades se enriquecem. Ser um país multicultural é um dos fatores primordiais para os EUA terem sucedido o império britânico. E isto pode ser evidenciado de muitas formas, a mais clara dela se observando como a força de penetração da cultura norte-americana ajudou a este país a expandir mais que simplesmente sua cultura pelo mundo. E o que seria da cultura pop americana se não fosse a influência de muitas culturas, especialmente a africana na música e artes plásticas?

O próprio Brasil é um exemplo disso, porque a nossa cultura é muito consumida nos países de língua espanhola e portuguesa, especialmente. Mas não só.

Aliás, só 3 países produzem música popular de qualidade. EUA, Brasil e Inglaterra. E a Inglaterra porque absorveu da música americana. Ah, tem a Jamaica e o reggae, mas falta diversidade.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Tópico para notícias bizarras
« Resposta #7105 Online: 14 de Maio de 2019, 18:18:33 »
?!

Assim como julgar ruim haver "pessoas escravas" é um juizo de valor.
Falácia do apelo à emocionalidade. Declive esxorregadinho.

Saída pela esquerda alardeando falsamente falácias aleatórias, sem nenhum nexo com qualquer colocação.

Offline Sergiomgbr

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Re:Tópico para notícias bizarras
« Resposta #7106 Online: 14 de Maio de 2019, 18:24:49 »
?!
O que se pode ver num contexto envolvendo uma formiga subjugada por um outro indivíduo, objetivamente é apenas uma relação de domínio deste indivíduo sobre a formiga, dizer que a formiga é uma escrava, ou mártir,ou apaixonada, se trata de juízos sobre aquela relação.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Tópico para notícias bizarras
« Resposta #7107 Online: 14 de Maio de 2019, 18:51:12 »
Foi você quem trouxe formigas e outros animaizinhos ao tema, dentro da falácia lógica de que se os animaizinhos bonitinhos fazem, então é bom.

Haver essa escravidão entre formigas, dentre outros comportamentos selvagens naturais, coisas não consideradas compatíveis com uma moral humana civilizada (não-selvagem), é só um dos exemplos que deveriam deixar clara a falácia.

"Escravização" aqui apenas calha de ser o rotulo normalmente/academicamente dado ao fenômeno de parasitismo eussocial, e não qualquer termo mais floreado que você invente para tentar dizer que tudo que é natural é bom e deve ser imitado pela sociedade.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Tópico para notícias bizarras
« Resposta #7108 Online: 14 de Maio de 2019, 19:20:32 »
Uma curiosidade: os algarismos arábicos foram criados na Índia.

E alguns países árabes são os poucos lugares do mundo em que não são utilizados.

Na verdade em árabe os símbolos para estes algarismos são outros.












O indiano é a origem última, mas o adotado hoje é uma evolução do ramo árabe especificamente:






O alfabeto romano também evoluiu. Manuscrito de Claudius:






https://www.lib.umich.edu/reading/4301/



https://en.wikipedia.org/wiki/Roman_cursive



Esse tipo de coisa só mostra a urgência em resguardar e resgatar nossos antigos valores e costumes. O MEC tem que exigir a adoção dessa versão do alfabeto em vez dessas degenerações posteriores que a esquerda globalista nos força a usar.


Offline Sergiomgbr

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Re:Tópico para notícias bizarras
« Resposta #7109 Online: 14 de Maio de 2019, 19:59:22 »
Foi você quem trouxe formigas e outros animaizinhos ao tema, dentro da falácia lógica de que se os animaizinhos bonitinhos fazem, então é bom.
O exemplo dos bichos e sua resistência à intrusos teve a proposta de ressaltar tal susceptibilidade também presente no ser humano.

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Haver essa escravidão entre formigas, dentre outros comportamentos selvagens naturais, coisas não consideradas compatíveis com uma moral humana civilizada (não-selvagem), é só um dos exemplos que deveriam deixar clara a falácia.
Impor a quem com propriedade discorda de certas preferências fortuitas de algumas maiorias, como por exemplo, usar inseticidas repelentes que afetem pessoas próximas, colocar som alto, uso de perfumes, poluição visual sobre pretexto de arte(ou outro), admissão de imigrantes de forma nao consensual, é uma forma insidiosa de escravidão pavorosa das minorias pela maioria.

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"Escravização" aqui apenas calha de ser o rotulo normalmente/academicamente dado ao fenômeno de parasitismo eussocial, e não qualquer termo mais floreado que você invente para tentar dizer que tudo que é natural é bom e deve ser imitado pela sociedade.
Ah, tá, se assim fosse não seria uma tentativa de (anti)argumento que se constituiu em falácia do apelo à misericórdia. Se "então tudo bem,  temos nossos escravinhos" não teve viés moral então nada mais ali tem!
« Última modificação: 14 de Maio de 2019, 20:07:08 por Sergiomgbr »
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Tópico para notícias bizarras
« Resposta #7110 Online: 14 de Maio de 2019, 21:55:07 »
Foi você quem trouxe formigas e outros animaizinhos ao tema, dentro da falácia lógica de que se os animaizinhos bonitinhos fazem, então é bom.
O exemplo dos bichos e sua resistência à intrusos teve a proposta de ressaltar tal susceptibilidade também presente no ser humano.

Somos animais, mas não somos mais selvagens. A sociedade civilizada tem como característica fundamental o abandono ou mesmo criminalização de comportamento animal mais primitivo, quando este não se dá por debilidade mental.



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Haver essa escravidão entre formigas, dentre outros comportamentos selvagens naturais, coisas não consideradas compatíveis com uma moral humana civilizada (não-selvagem), é só um dos exemplos que deveriam deixar clara a falácia.
Impor a quem com propriedade discorda de certas preferências fortuitas de algumas maiorias, como por exemplo, usar inseticidas repelentes que afetem pessoas próximas, colocar som alto, uso de perfumes, poluição visual sobre pretexto de arte(ou outro), admissão de imigrantes de forma nao consensual, é uma forma insidiosa de escravidão pavorosa das minorias pela maioria.

O influxo de indivíduos de uma região para a outra não tem qualquer analogia com escravidão, contaminação do ar por repelentes, com som alto, perfumes, polução visual sob pretexto de arte, etc. É uma petição de princípio, você simplesmente dá que pessoas "de fora" são análogas a veneno ou visualmente grotescas, e portanto devam ser proibidas. Isso é absurdo. Enfiar escravidão nisso perde ainda mais a analogia, é coitadismo puro.




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"Escravização" aqui apenas calha de ser o rotulo normalmente/academicamente dado ao fenômeno de parasitismo eussocial, e não qualquer termo mais floreado que você invente para tentar dizer que tudo que é natural é bom e deve ser imitado pela sociedade.
Ah, tá, se assim fosse não seria uma tentativa de (anti)argumento que se constituiu em falácia do apelo à misericórdia. Se "então tudo bem,  temos nossos escravinhos" não teve viés moral então nada mais ali tem!

???

Mas é CLARO que tem "viés moral", é um tema fundamentalmente moral.

Meu deus, não consigo entender a dificuldade nisso.

Seu argumento inicial era:

Formigas/chimpanzés fazem X, logo X é bom; devemos imitar as formigas/chimpanzés em X.

Onde X seria "não aceitar imigrantes". A "lógica"/falácia é, "se é natural, se os bichinhos fazem, então é bom".

O que tentei expor como falso substituindo o X por "escravidão", que é mais "universalmente" condenado, moralmente repugnante, do que a contrariedade a imigração. Poderia ser também maior violência entre os chimpanzés, etc. Nenhuma dessas coisas se sustenta só porque "os animais também fazem."




Acho que cabe aqui ainda algumas observações sobre "apelo à misericórdia" ou a emoção. Tais coisas não são inerentemente falaciosas; o são quando inseridas num silogismo que tenta corroborar logicamente uma asserção com base apenas em emoção ou piedade.

Isso é, "veja só, esse aluno se esforçou tanto para resolver esse problema de matemática, ele escreveu folhas e folhas inteiras, e ainda jogou outras inteiras fora. Você não pode simplesmente analisar os números e dizer que todo seu trabalho, que todo seu esforço, está simplesmente errado... você não tem coração." Ou, "ao redor do mundo, bilhões de pessoas têm na idéia de que Deus existe a coisa mais reconfortante em suas vidas, é simplesmente algo cruel dizer que Deus não existe."

O que é fundamentalmente diferente de termos um embasamento emocional como imperativo/axioma moral, que é o que nos leva a ser contra assassinato, estupro, escravidão, tratamentos injustamente discriminatórios, etc. Essa oposição é fundamentalmente emocional (empática), não "lógica", e nem por isso é inválida ou falaciosa. A lógica subjacente é só a da "regra de ouro," mas esta em si é fundamentada em empatia, ainda que possa se argumentar que pode ser justificada como ideal mesmo "egoisticamente". Haverá sempre um fundo emocional, não existe moral puramente lógica, pela lei de Hume, não se deriva logicamente um "deve-se" de um "é," ou, ao menos não sem se ter como fim satisfazer necessidades emocionais.


Offline Sergiomgbr

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Re:Tópico para notícias bizarras
« Resposta #7111 Online: 14 de Maio de 2019, 23:10:28 »
Nao era pra ter viés. A idéia de argumento  objetivo é sair da subjetividade dos juizos e apelos emocionais.

A argumentação relativa aos bichos territoriais principalmente os gregários não aceitarem muito bem os intrusos e que portanto isso é um conportamento humano que se respalda na natureza e não um mero constructo cultural dispensa o viés do juízo de que algo seja ruim, ou  bom, como você continua insistindo mesmo depois de demonstrado equivocado, mas sim se é ou não válido. A falácia do apelo à misericórdia não se sustenta.

Como sempre, esquerda não tem o que importa, os tais dos argumentos. É só o tal do bait, das generalizações, do tal do bordejo, da retórica oxa, pra ver se de tanto martelar a  falácia cabeluda vira verdade. Simplesmente, nada de novo debaixo do Sol  :lol:
« Última modificação: 15 de Maio de 2019, 00:19:28 por Sergiomgbr »
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Offline Fernando Silva

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Re:Tópico para notícias bizarras
« Resposta #7112 Online: 15 de Maio de 2019, 07:34:22 »
No caso das formigas, abelhas e assemelhados, eu diria que o "indivíduo" é o formigueiro ou colmeia, não uma formiga ou abelha isolada.
Elas seriam como as células do corpo humano: às vezes nós temos que destruir algumas para salvar o conjunto.

Já o ser humano e outros animais tendem a se agrupar para viver melhor, mas muitos indivíduos preferem algum grau de isolamento.

Eu diria que leis morais dependem da abundância e escassez de recursos. Quando eles sobram, ficamos bonzinhos e justos. Quando eles desaparecem, é cada um por si, tipo "farinha pouca, meu pirão primeiro". Mesmo as sociedades mais civilizadas de nosso tempo não estão tão longe assim da moral de um mundo "Mad Max".

Offline Pedro Reis

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Re:Tópico para notícias bizarras
« Resposta #7113 Online: 15 de Maio de 2019, 11:02:59 »
Eu acho que você, Sergio, não está querendo trollar, embora muitas vezes pareça.

É a sua forma de pensar que é mesmo assim: imprecisa, confusa, caótica. Você parece não compreender nem aplicar corretamente os conceitos e chega a se sentir perseguido quando alguns dão a impressão de discordar sistematicamente, o que na verdade ocorre por você cometer sistematicamente equívocos conceituais.

Como nestas suas cômicas e já folclóricas acusações sobre uso de falácias, quando raramente é capaz de "ligar o nome à pessoa". Isto é, encontrar uma falácia pertinente. Até porque na maioria das vezes não ha falácia nenhuma.

"Estado de direito", "pacto social", "esquerda", "direita", "ideologia"... são apenas alguns dos inúmeros exemplos de conceitos que você simplesmente não compreende.

Então não pense que eu sou seu "hater" só porque vou tentar realizar uma "autópsia" do seu comentário, menos com a intenção de debater o tema do que mostrar como você atropela o raciocínio lógico mais elementar nas suas colocações.

Citação de: Sergiomgbr
Nao era pra ter viés. A idéia de argumento  objetivo é sair da subjetividade dos juizos e apelos emocionais.

Dá preguiça. São inúmeras confusões em uma frase tão sucinta.

Se não era para ter viés então falhou miseravelmente, porque só o seu viés cronicamente ideologizado para enxergar retórica oca na crítica que se faz à retórica vazia dos discursos xenófobos. Que, embora críticos deste discurso possam ter a tendência de rejeitar certas ideologias devido aos seus valores morais, tais críticas podem se limitar apenas a apontar a quase completa falsidade em que se baseiam estes discursos. Porque OBJETIVAMENTE é falso que os imigrantes causem desemprego, que arruinem a economia, que destruam a cultura por serem racialmente inferiores, etc, etc...

Veja, estes sim são belos exemplos de apelos emocionais usados maliciosamente para mascarar a realidade traduzida nos dados econômicos disponíveis.

Assim como os que defendem os imigrantes se valem de retóricas humanistícas bonitinhas, quando na verdade os imigrantes só estão lá por um único motivo: são úteis. Na Alemanha, para pegarmos um exemplo, a taxa de fertilidade está em 1,5 e já é baixa há 50 anos. (Na Itália ainda mais dramático: 1,35). E o mais desconcertante é que seria ainda muito mais baixa se não fosse pelos imigrantes, porque nestas famílias a taxa de fertilidade é bem superior. Significa que os arianos, assim como o mico leão dourado, são uma espécie em extinção.

Se não fosse pela imigração, Alemanha hoje seria um país de velhinhos de bengala. É por isso que lá está cheio de turcos e poloneses, e por nenhuma outra razão. Apenas porque a mulher alemã tem um alto nível educacional e econômico, e uma bela carreira profissional, e não pensa em ter mais de 2 filhos, o que já é muito. Ainda por cima adiam cada vez mais a maternidade em função do trabalho, de aproveitarem a juventude desimpedidas com dinheiro no bolso, etc, etc...

Mas a pujança econômica desse país por si só já refuta 90% de toda a retórica oca da extrema direita.

Há ainda outro aspecto econômico não menos importante: alemães étnicos, ou que já estão lá há algumas gerações, geralmente possuem um padrão econômico e de educação elevado, e portanto têm pouco interesse por trabalhos que exigem pouca qualificação. A não ser que sejam muito bem remunerados, mas como vários destes serviços são privados e não são empresas de alta rentabilidade, fica difícil pagar estes altos salários. Se você visitar uma pequena obra na Europa vai ver muitos operários imigrantes porque o custo da mão de obra só viabiliza grandes projetos de engenharia. Mas nenhum alemão vai querer pagar outro alemão para fazer uma reforma no banheiro da sua casa.

Mas sim, um fluxo tão grande de imigrantes acaba gerando tensões sociais, e aproveitando-se disso surgem e crescem os partidos de extrema direita com seu discurso xenófobo oco, e na medida do possível alimentam o quanto podem estas tensões. Mas no fundo sabem perfeitamente que não podem fazer nada quanto às expectativas que criam porque não há mais como convencer suas mulheres a parirem como coelhas. Se um dia chegarem ao poder vão fazer exatamente como o Trump: muita ameaça e discursos odiosos, mas na prática muito pouco. Sabem que estão mentindo, que estão enganando gente como você, mas não se importam porque são políticos e só pensam em si mesmos.

Citação de: Sergiomgbr
A idéia de argumento  objetivo é sair da subjetividade dos juizos e apelos emocionais.

E não há objetividade em argumentar que rejeitar estrangeiros é um instinto humano.

1 - Não existe base científica para essa crença.

2 - Relacionar espécies que não acolhem indivíduos de fora do grupo não permite extrapolar esse padrão para todas as espécies. Não permite nem mesmo relacionar, como tendo uma mesma origem e finalidade, chimpanzés que atacam intrusos com formigas que atacam intrusas.

3 - Se existisse mesmo essa tendência natural em humanos ( o que uma análise mais criteriosa desmente ), isso não significaria que este é um bom argumento para um país desenvolvido se arruinar economicamente só para satisfazer um instinto de xenofobia.

4 - Se existir alguma base biológica no impulso de um estuprador, ainda assim isto não serviria como um bom argumento para respaldar o estupro.

5 - Não há nem mesmo um argumento aí. Se existisse o argumento seria: "Todos os dados e fatos citados acima não passam de retórica oca porque chimpanzés estraçalham intrusos."

Bom, falando em objetividade, agora devo terminar algo mais objetivo... depois eu concluo essa "autópsia".

Offline Pedro Reis

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Re:Tópico para notícias bizarras
« Resposta #7114 Online: 15 de Maio de 2019, 11:06:17 »

Eu diria que leis morais dependem da abundância e escassez de recursos. Quando eles sobram, ficamos bonzinhos e justos. Quando eles desaparecem, é cada um por si, tipo "farinha pouca, meu pirão primeiro". Mesmo as sociedades mais civilizadas de nosso tempo não estão tão longe assim da moral de um mundo "Mad Max".

Sim. A forma tranquila como o Brasil sempre acolheu imigrantes nega algumas suposições do Sergio e é mais bem explicada apenas pela nossa baixa (era baixa) população e a abundância de terras, recursos, etc.

Offline JJ

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Re:Tópico para notícias bizarras
« Resposta #7115 Online: 15 de Maio de 2019, 11:32:41 »
Sobre essa retórica oca do xenofobismo, assim como não tem muita formiga sendo admitida em outras colônias, nem abelhas mudando para colneias de verão, nem muito macaco não sendo estraçalhado ao tentar ingressar em grupos diferentes dos do dele, também nao deve ter muita família realmente disposta a receber um completo estranho dentro do seio do seu lar.





Burgueses  (proprietários de meios de produção)   burros   não sabem e não entendem as enormes vantagens que poderiam ter  ao se aplicar o liberalismo  (juntamente com algumas modificações liberais em outras leis aqui dentro do Brasil) em relação  ao movimento  livre de pessoas de  outros países  que quisessem vir para trabalhar no Brasil  (obviamente apenas restringindo a entrada de terroristas e semelhantes).


Burgueses burros  são mesmo uma piada.


 :hihi:



« Última modificação: 15 de Maio de 2019, 11:36:26 por JJ »

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Tópico para notícias bizarras
« Resposta #7116 Online: 15 de Maio de 2019, 12:00:15 »
Nao era pra ter viés. A idéia de argumento  objetivo é sair da subjetividade dos juizos e apelos emocionais.

Não existe moral sem fundamentação emocional, subjetiva, ou "subjetiva coletiva".

Inclusive é esta a verdadeira motivação que você expressou, ao caracterizar a sua rejeição a "gente de fora" como nojo e medo, comparando-os a veneno e coisas visual e sonoramente repulsivas.

A falácia naturalista (animais fazem, logo o animalesco é bom) apenas tenta endossar isso.

Talvez mais importante do que estas sejam as duas principais, apelo a emoção e generalização insustentável. Cuja imoralidade está talvez algo implícita dentro do princípio moral da "regra de ouro".


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A argumentação relativa aos bichos territoriais principalmente os gregários não aceitarem muito bem os intrusos e que portanto isso é um conportamento humano

Como diversos outros comportamentos animais/humanos considerados imorais na sociedade civilizada. Roubo, assassinato, estupro.



Citar
que se respalda na natureza e não um mero constructo cultural dispensa o viés do juízo de que algo seja ruim, ou  bom, como você continua insistindo mesmo depois de demonstrado equivocado, mas sim se é ou não válido. A falácia do apelo à misericórdia não se sustenta.

Essas frases estão bem confusas.

Parece essencialmente uma tentativa de reafirmação da falácia naturalista, "os animais fazem, logo o animalesco é bom sim, só construto social não-animalesco deve ser sujeito alguma avaliação," e uma reiteração implícita do do seu apelo emocional de nojo e medo de pessoas de fora, como emoção que deva ser priorizada em vez de misericórdia/empatia a pessoas que imigrem.
 


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Como sempre, esquerda não tem o que importa, os tais dos argumentos. É só o tal do bait, das generalizações, do tal do bordejo, da retórica oxa, pra ver se de tanto martelar a  falácia cabeluda vira verdade. Simplesmente, nada de novo debaixo do Sol  :lol:

É até engraçado ler isso. Muita cara de pau! :biglol:

Só falácia, nenhum argumento, e ainda é o que faz acusações de falaćias aleatórias para ver se alguma cola, e então ainda acusa de fazer tudo isso!

Offline Sergiomgbr

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Re:Tópico para notícias bizarras
« Resposta #7117 Online: 15 de Maio de 2019, 13:35:52 »
Foi você quem trouxe formigas e outros animaizinhos ao tema, dentro da falácia lógica de que se os animaizinhos bonitinhos fazem, então é bom.
O exemplo dos bichos e sua resistência à intrusos teve a proposta de ressaltar tal susceptibilidade também presente no ser humano.

Somos animais, mas não somos mais selvagens. A sociedade civilizada tem como característica fundamental o abandono ou mesmo criminalização de comportamento animal mais primitivo, quando este não se dá por debilidade mental.



Citar
Haver essa escravidão entre formigas, dentre outros comportamentos selvagens naturais, coisas não consideradas compatíveis com uma moral humana civilizada (não-selvagem), é só um dos exemplos que deveriam deixar clara a falácia.
Impor a quem com propriedade discorda de certas preferências fortuitas de algumas maiorias, como por exemplo, usar inseticidas repelentes que afetem pessoas próximas, colocar som alto, uso de perfumes, poluição visual sobre pretexto de arte(ou outro), admissão de imigrantes de forma nao consensual, é uma forma insidiosa de escravidão pavorosa das minorias pela maioria.

O influxo de indivíduos de uma região para a outra não tem qualquer analogia com escravidão, contaminação do ar por repelentes, com som alto, perfumes, polução visual sob pretexto de arte, etc. É uma petição de princípio, você simplesmente dá que pessoas "de fora" são análogas a veneno ou visualmente grotescas, e portanto devam ser proibidas. Isso é absurdo. Enfiar escravidão nisso perde ainda mais a analogia, é coitadismo puro.





Não é uma questão de juízos, de apelos falaciosos, mas de susceptilidades ao que é imprevisto, a modificação do pacto, que é do que se trata acolher forasteiros.

Esses povos de outras cukturas e valores não aceitam que intervenham em suas culturas e quando vem como imigrantes muitas vezes rechaçam e desestabilizam a cutura de quem os acolhe. E sim o ser humano objetivamente é um animal, se é selvagen ou não isso é subjetivo. 

Aproveito a ocasião para te exortar a caminhar pelos arredores da sua casa e ir recolhendo pessoas desvalidas muitas vezes até con dramas pessoais muito mais intensos que o de qualquer imigrante e levando pra sua casa e dai quero que você se desculpa com essa quantidade de prosipopeia ai que se dispôs a expressar, esses apelos emocionais ou mesmo com uma vírgula de racionalidade para se recusar a fazer isso . Quero ver se nao se revela a mesma reserva irredutível de qualquer macaco lobo ou vespa que foram por mim aludidos. Mostra o quanto você e animà, mas nun é servagi.
« Última modificação: 15 de Maio de 2019, 13:47:21 por Sergiomgbr »
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Tópico para notícias bizarras
« Resposta #7118 Online: 15 de Maio de 2019, 14:40:38 »
Não tem nada de modificação em qualquer "pacto".

O que se tem é a questão de se tratar indivíduos como indivíduos, ou generalizadamente, como grupo.

Pela "regra de ouro", todos queremos ser tratados como indivíduos, não julgados por ações de outros.

Um país não é análogo à casa de uma família, compatriotas não são familiares, imigração não é uma família sendo obrigada a hospedar um estranho.

Considerar errado impedir generalizadamente que indivíduos possam imigrar em busca de uma vida melhor não tem como corolário o dever de ter a própria casa como um abrigo para necessitados -- isso seria na verdade mais alinhado com a posição oposta, no que se refere aos cidadãos nativos, por serem alegadamente vistos como "membros da família," diferentemente de imigrantes. 


O que sobra é apenas o medo e nojo de estrangeiros como motivação.


Offline Sergiomgbr

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Re:Tópico para notícias bizarras
« Resposta #7119 Online: 15 de Maio de 2019, 17:38:27 »
Nojo e medo são assuntos de valor suas, uma flagrante postura de julgar os outros, uma notória intenção de polarizar na linha do nós x eles, truculenta. Passando por cima do direito do outro e de suas susceptibilidades.
« Última modificação: 15 de Maio de 2019, 17:40:32 por Sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Sergiomgbr

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Re:Tópico para notícias bizarras
« Resposta #7120 Online: 15 de Maio de 2019, 17:45:35 »
Só aguardando saber se e há quanto tempo você ao menos orocuriu conversar con seu próximo em situação de atenção pra saber ao menos como ele está ou levando um café quente con pão pra ele se alimentar, ou outra ação semelhante...
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Tópico para notícias bizarras
« Resposta #7121 Online: 15 de Maio de 2019, 19:12:07 »
Nojo e medo são assuntos de valor suas, uma flagrante postura de julgar os outros, uma notória intenção de polarizar na linha do nós x eles, truculenta. Passando por cima do direito do outro e de suas susceptibilidades.

Nojo e medo são interpretações naturais/literais de:

Impor a quem com propriedade discorda de certas preferências fortuitas de algumas maiorias, como por exemplo, usar inseticidas repelentes que afetem pessoas próximas, colocar som alto, uso de perfumes, poluição visual sobre pretexto de arte(ou outro), admissão de imigrantes de forma nao consensual, é uma forma insidiosa de escravidão pavorosa das minorias pela maioria.




Só aguardando saber se e há quanto tempo você ao menos orocuriu conversar con seu próximo em situação de atenção pra saber ao menos como ele está ou levando um café quente con pão pra ele se alimentar, ou outra ação semelhante...

Não é do meu interesse nem de relevância ao tópico discorrer sobre minha vida pessoal.

Offline Pedro Reis

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Re:Tópico para notícias bizarras
« Resposta #7122 Online: 15 de Maio de 2019, 19:37:11 »
"Escravidão pavorosa das minorias pela maioria". Hahahahaahaha...

Meu caro, "as minorias se adequam, ou desaparecem!!". Já vaticinava um grande estadista e filósofo contemporâneo.

Serginho, mais uma vez não faz o menor sentido. Se em relação a alguma determinada política pública é a vontade de uma minoria que prevalece, então teríamos a escravidão da maioria por uma minoria. E se você considera a "escravidão" da minoria uma aberração, o que dirá da escravidão da maioria?

Mas eu ajudo, na medida do possível, pessoas necessitadas. E poderia falar sobre isso mas não teria muita serventia já que você não terá como saber se é historinha ou não... Mas o problema é que não tem nada a ver, realmente. São argumentos malucos... Se alguém opina: "Eu acho que o holocausto foi uma barbaridade", aí você retruca: "E você dá esmola a mendigos? Não? Então não pode falar nada logo o holocausto não foi uma barbaridade."

Offline Sergiomgbr

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Re:Tópico para notícias bizarras
« Resposta #7123 Online: 15 de Maio de 2019, 20:00:10 »
Mas a intenção não é questionar a liberdade de dar esmolinha mas sim isso de querer que os outros pratiquem o que a pessoa ela mesma não quer praticar. 

Alguém ao menos ser solidário com seu irmão precisando claramente de ajuda, diante do seu nariz, ainda que não justifique que o outro tenha que fazer o mesmo ao menos valida sua petição. Mas a realidade é bem diferente, quem quer onerar os outros com suas demandas será sempre um dos primeiros a não aceitar a mesma demanda para si.

Queres demonstrar o quanto é aceitavel receber estranhos no seio do seu convívio, demonstre. Pegue um desvalido e leve pra sua casa, ou pelo menos pra sua calçada. Faça coisas assim sem nenhum critério. Experimente seu próprio chão sair de você antes de propor tirar o chão dos outros.
« Última modificação: 15 de Maio de 2019, 23:48:41 por Sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Pedro Reis

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Re:Tópico para notícias bizarras
« Resposta #7124 Online: 15 de Maio de 2019, 20:46:17 »
Eu não sei do que você está falando. Já foi demonstrado que não é nenhum sacrifício receber imigrantes, muito menos caridade. Obviamente dentro de certos limites, que na realidade nunca são ultrapassados.

Os imigrantes só vão para países onde existem oportunidades. E estas oportunidades precisam de imigrantes. É o capitalismo, oferta e procura.

https://veja.abril.com.br/ciencia/imigrantes-fazem-bem-a-economia-conclui-estudo/

http://revistapesquisa.fapesp.br/2018/08/17/imigrantes-estimulam-a-economia-de-paises-europeus/

https://www.nexojornal.com.br/expresso/2016/12/30/Qual-a-contribui%C3%A7%C3%A3o-dos-imigrantes-para-a-economia-mundial

https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/a-imigracao-aberta-beneficia-a-populacao-e-a-economia-a6f560wmggjsdskny4j63hv24/

https://www.bbc.com/portuguese/internacional-45330780

Citar
Como países como o Brasil podem se beneficiar da vinda de refugiados

Marina Wentzel
De Basileia (Suíça) para a BBC News Brasil

2 setembro 2018

Estudos mostram que, onde a onda migratória é bem gerida, ela pode ser positiva para a economia

A chegada de venezuelanos no Brasil tem estampado manchetes devido às tensões entre moradores de Pacaraima (RR) e os estrangeiros. A situação da cidade fronteiriça e do Estado é descrita por moradores como crítica, à medida que migrantes pobres se instalam nas ruas, a sensação de insegurança aumenta e os serviços públicos ficam ainda mais sobrecarregados. Nesta semana, o presidente Michel Temer autorizou o envio das Forças Armadas a Roraima, para atuar na segurança pública.


Crises do tipo se repetem em diversas fronteiras onde o fluxo de refugiados é ainda maior. Mas, embora as tensões sejam latentes, a imigração pode representar oportunidade de desenvolvimento aos países que a recebem. De acordo com estudos e especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, uma onda migratória, se for bem gerida, pode ser positiva.

Mundialmente os imigrantes correspondem a 3,4% da população, mas contribuem desproporcionalmente mais à economia, produzindo quase 10% de toda a riqueza mundial (PIB), aponta levantamento de 2015 da consultoria McKinsey. Imigrantes contribuem com US$ 6,7 trilhões à economia global - cerca de US$ 3 trilhões a mais do que teriam gerado se tivessem apenas permanecido nos países de origem.

ONU diz que crise migratória na Venezuela já está quase no nível de fluxo de refugiados no Mediterrâneo

Grave crise em Roraima justifica fechamento da fronteira? Entenda os argumentos contra e a favor
Em países como a Suíça - onde há políticas de integração -, os imigrantes pagam mais impostos do que recebem de benefícios. Nesse caso o aumento líquido da arrecadação chega a até 2% do PIB, apontam dados da OCDE, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico.

Outro estudo vai na mesma linha: uma onda migratória proporcional a 1% da população local resultaria em ganhos econômicos de até 4,35% no PIB per capita a esse local após uma década. A simulação, feita pelo professor Hyppolyte d´Albis, da Paris School of Economics, tomou por base dados compilados de 19 países, entre 1985 e 2015.

Mas tudo depende da forma como um governo irá receber esses imigrantes, explica a pesquisadora Cindy Huang, da organização Center for Global Development (CGD): "Se os imigrantes e refugiados são um peso ou uma oportunidade depende das escolhas políticas", diz.

"Garantir direito a trabalhar, a ter um negócio e a viajar livremente permite a eles que contribuam mais integralmente. Restringir o acesso ao trabalho ou à liberdade de movimento dificulta o potencial dos imigrantes de se tornarem contribuintes econômicos e consumidores e pode deixá-los dependentes de ajuda."

Imigrantes geraram crescimento do PIB na Suécia

Questão de gestão

Um levantamento do Carnegie Endowment for International Peace reconhece que, quando imigrantes forçados chegam em grandes números a Estados frágeis, "pode haver perda de bem-estar social" temporária. Mas para que uma piora definitiva se materialize é necessário que o número de imigrantes seja "relativamente grande em relação à população local".

No caso do Brasil, vieram 50 mil venezuelanos até abril de 2018, segundo relatório de julho da Organização Internacional para Migrações (OIM). Trata-se de 0,024% de uma população de 208 milhões.

Um exemplo de boa gestão, a Suécia é um país de população pequena (9,6 milhões) que ainda assim recebeu uma onda migratória expressiva. Desde a virada do século, o país escandinavo acolheu 15 mil pessoas a cada ano no período entre 2000 e 2014. Esse influxo resultou em um crescimento de meio ponto percentual no PIB. Isso se explica porque os imigrantes aumentaram a população economicamente ativa, trazendo talentos complementares e se inserindo em segmentos onde havia déficit de mão de obra, aponta relatório da Delegação para Estudos da Imigração da Suécia.

"No caso da Suécia houve um forte investimento público em integração também porque estava claro que a maioria das pessoas iriam permanecer no país", explica Thomas Liebig, especialista em imigração na OCDE.

Como inserir migrantes em meio ao desemprego?

Há uma diferença entre refugiados e imigrantes econômicos: a definição clássica de refugiado é "o imigrante (que sofre de) fundado temor de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas", diferentemente de um migrante que busca melhores condições econômicas. Mas a Acnur (agência da ONU para refugiados) já incorpora na definição de refugiados as vítimas de uma crise humanitária, com fome generalizada e a ausência de acesso a medicamentos e serviços básicos, que é o caso de muitos venezuelanos.

Arredondando os números da OIM, dentre os cerca de 50 mil venezuelanos que se encontram no Brasil, pouco menos de 33 mil se inscreveram para receber status de refugiados. Os restantes 17 mil solicitaram residência.


Para usar a imigração a favor do país, é preciso inserir a população de migrantes no mercado de trabalho

Entre os que chegaram ao Brasil no primeiro trimestre desse ano a maioria (71%) está na faixa etária economicamente ativa, tendo entre 25 e 49 anos, é do sexo masculino (58%) e possui nível educacional secundário (51%) e superior (26%), segundo a OIM.

Esse é justamente o perfil de indivíduo apto a se inserir produtivamente no mercado de trabalho. Mas como aproveitar 50 mil pessoas a mais em um Brasil que já regista 13 milhões de desempregados?

"Não é que simplesmente irá aumentar o número de desempregados. Essa não é a dinâmica. Essas são pessoas qualificadas, com demandas, e haverá atividade econômica criada ao redor disso, o que também pode gerar oportunidades", defende Liebig, da OCDE.

"Isso não quer dizer que não haverá problemas ou que será um êxito. O impacto vai depender muito da vontade de se investir em integração e o idioma é fundamental nisso", opina.

Hyppolyte d´Albis concorda: "Nossa perspectiva macroeconômica mostra que a imigração gera um aumento de demanda global que impulsiona a economia e reduz o desemprego."


Dentre os que chegaram ao Brasil no primeiro trimestre desse ano a maioria (71%) está na faixa-etária economicamente ativa, tendo entre 25 e 49 anos, e possui nível educacional secundário (51%) e superior (26%), segundo a OIM.

"Além disso, a maioria dos imigrantes estão em idade de trabalhar e por isso ajudam a diminuir a taxa de dependência na maioria das populações, promovendo um dividendo demográfico que é benéfico às economias dos países receptores", argumenta d´Albis, em referência à proporção de trabalhadores ativos frente ao número crescente de aposentados.

"Ao contrário do que muitos temem, a maioria das pesquisas concluiu que os efeitos gerais de um influxo de refugiados sobre os salários e o desemprego é mínimo ou nulo", afirma Cindy Huang, do CGD.

Contribuintes líquidos

"Veja os Estados Unidos, por exemplo. Um estudo concluiu que refugiados se tornam contribuintes líquidos (ou seja, passam a gerar mais dinheiro em impostos do que o que recebem em benefícios estatais) à economia apenas oito anos após a chegada deles ao país", continua.

"Um relatório do departamento americano de Saúde e Serviços Humanos calculou que os refugiados contribuíram com US$ 63 bilhões a mais em renda ao governo do que custaram ao longo da última década", diz Huang.

Apesar de serem números oficiais, os dados do estudo ao qual ela se refere foram rechaçados publicamente pelo governo Donald Trump. Na prática, até 2016 o país vinha acolhendo grande número de imigrantes, tendo recebido mais de 290 mil venezuelanos naquele ano.


Nos EUA, estudo mostrou que refugiados se tornam contribuintes líquidos à economia apenas oito anos após a chegada deles

"É normalmente verdadeiro e os economistas tendem a concordar que os imigrantes contribuem proporcionalmente mais porque são mais jovens e estão na faixa etária economicamente ativa. Eles trazem novas ideias, novos talentos. Há de certa forma um consenso de que a contribuição deles à sociedade é positiva também pelo pagamento de impostos e arrecadação aos sistemas de segurança social", resume o pesquisador especialista em imigração Jasper Tjaden da OIM.

Política para dar retorno

Huang explica que, quando os refugiados chegam, precisam de assistência pública, mas que esse gasto é "um investimento que pode ser mais do que repago", porque com o tempo eles também passam a pagar impostos.

"Quão cedo e quanto os refugiados vão contribuir de volta em termos fiscais econômicos depende em grande parte de quão rapidamente eles conseguirão ser integrados ao mercado de trabalho do país anfitrião", diz.

Os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil afirmaram que casos bem-sucedidos de integração (como a Suécia e a Suíça) contaram com governos engajados, que promoveram, por exemplo, o ensino gratuito do idioma local, a promoção do acesso das crianças às escolas, o reconhecimento das qualificações acadêmicas dos imigrantes e a redistribuição dos imigrantes dentro do país.


Casos bem-sucedidos de integração, como Suíça e Suécia, envolveram políticas para integrar os imigrantes e dar a eles acesso a educação, além de reconhecimento de seus diplomas nas áreas de especialidade

"Pelo que já foi observado em outros países, a experiência nos mostra claramente que saber falar o idioma é a primeira coisa que você precisa para se integrar. Apoiar as pessoas nesse sentido é fundamental", aponta Liebig.

"Muitas vezes os cursos de idioma podem ser combinados com treinamento vocacional, para que as pessoas se encaminhem mais facilmente a um aperfeiçoamento local, ou um emprego", exemplifica Tjaden, da OIM.

"Investir na educação dos que buscam asilo e ajudá-los a se integrar ao mercado de trabalho rapidamente são as políticas-chave que precisam ser implementadas para que um país se beneficie", reforça d´Albis.

Para evitar sobrecarregar a região de Roraima, o governo brasileiro está redistribuindo os venezuelanos para outras regiões do Brasil. São Paulo, Cuiabá, Manaus, Brasília e Rio de Janeiro acolheram os imigrantes. Há planos de enviar 646 deles ao Rio Grande do Sul, para as cidades de Esteio e Canoas.

"Se alguém está fugindo de desastres, de guerra, você tem uma obrigação internacional de ajudar essas pessoas e de oferecer abrigo. Isso não deveria ser uma discussão econômica", opina Tjaden. "Antes de mais nada, é um dever moral e humano."

Entendeu?

Imigrantes são necessários. A retórica oca está com os xenofobistas da extrema direita.

 

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