Geralmente, quando as pessoas perguntam, é mais ou menos nesse esquema comigo:
--Ah, vou na igreja amanhã, quer ir comigo?
--Não, obrigado.
--Você costuma ir em alguma igreja em específico, é isso?
--Não.
--Tem religião?
--Não.
--Unh... errr... mas em Deus você acredita, né?
--Não.
--Por quê?
[Ao que minha resposta varia de acordo com o interlocutor, o meu humor e vontade de debate de ambos, de "não interessa", "porque não", "pelo mesmo motivo que você não acredita em Papai Noel", a explicações mais detalhadas e razoáveis.]
E pronto. Não sei por que as pessoas tentam esmiuçar tanto a crença ou descrença dos outros, sendo que não é sequer curiosidade ou interesse - é vontade de fazer proselitismo! Enche o saco.
É natural que a gente tente defender nossas ideologias*, por que a gente acredita em X, desacredita em Y, e por aí vai. E é esse o principal ponto que evita que muitos saiam do armário.
Estamos falando de Brasil: um país que, apesar de seus problemas, garante liberdade de [des]credo constitucionalmente. Ainda assim, a enxurrada de perguntas de alguns teístas xaropes irrita a alguns de tal forma que acabam dizendo "ah, acredito" só pra não ter que ficar meeeeeeeeeeeeia hooooooooora explicando porquês.
Nada disso é necessário, basta um "porque não" e pronto, oras!
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Ideologia: empreguei como conjunto de idéias, crenças, "achômetros" e conclusões. Só isso.