Cuidado gente, estão misturando alguns âmbitos, aqui. Também acho (um pouco) contraproducente se preocupar com cruzes, mas, mais uma vez, não confundam as coisas. A questão é que existem vários símbolos que conotam a história cultural de determinado campo, como no caso da medicina (cujo símbolo correto é o do bastão de Asclépio, e não o caduceu de Mercúrio, como erradamente mostra a figura), mas naturalmente se sabe serem apenas um sinal histórico de representação. Ninguém (espero) reza por Asclépio ou segue uma “doutrina lésbica” como uma religião. É diferente com uma cruz, uma vez que seu simbolismo denota explicitamente, aí sim, uma crença religiosa sectária e atuante que não deveria fazer parte em lugares ditados pelo estado, supostamente laico. Até entendo (embora não concorde) que se possa restaurar uma igreja matriz com dinheiro público, afinal existe uma história a contar, mas uma cruz atrás de um balcão de escritório público não conta nada a não ser uma crença em específico. Erra tendenciosamente quem quer colocar um bastão de Asclépio na mesma categoria de crença denotada por uma cruz.