Autor Tópico: Bombardeio israelense mata ao menos 160 em Gaza  (Lida 29917 vezes)

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Offline Muad'Dib

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Re:Bombardeio israelense mata ao menos 160 em Gaza
« Resposta #325 Online: 16 de Janeiro de 2017, 09:24:54 »
Eu concordo em parte com o JJ.

Se o EUA realmente quisesse levar a aliança com Israel às últimas consequências, duvido que outro país ousasse uma devastação nuclear por causa disto.

Para isto, o governo e o povo do EUA teriam que estar conscientes do imenso risco, inclusive para eles. E neste ponto, eu acho que ninguém por lá, entre aqueles que comandam, seria inconsequente neste grau.

E quem disse que não querem? Se partirmos de uma visão realista de geo(É VC!!!)política, o Estado tem por objetivo acumular poder, recursos, ser maior. Kissinger escreveu: "Impérios não têm o menor interesse em operar num sistema internacional; aspiram ser o sistema internacional. Impérios não precisam de um equilíbrio de poder. É como os Estados Unidos vêm sua política exterior nas Américas[...]"

Vocês consideram que eles "poderiam" se quisessem, mas não querem, devido unicamente ao fator militar e econômico. Eu considero que eles querem, mas não podem, porque poder militar e econômico são só dois fatores dentre um universo de novos fatores "soft power" existentes em uma sociedade democrática.

O peso político da insatisfação popular pode alterar radicalmente o status quo, derrubar um governante e pela forma que os americanos enxergam sua própria política, esse tipo de decisão traria facilmente essas consequências.

Você fala que eles querem, mas não podem.

Eles não podem de forma "aguda" tomar uma iniciativa neste sentido, mas de forma "crônica", com medidas pontuais e ambíguas, é exatamente o que se está sendo feito por lá. Pequenos atos que a longo prazo causam um efeito similar ao que uma medida descarada --como ao que o JJ defende-- causaria.

Offline JJ

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Re:Bombardeio israelense mata ao menos 160 em Gaza
« Resposta #326 Online: 16 de Janeiro de 2017, 09:33:24 »

E agora vem a questão de logística. Nas condições geopolíticas atuais, existe alguma maneira de expulsar todos os árabes daquela pequena faixa de terra sem que para isso se recorra a genocídio?



Gás lacrimogênio, gás de pimenta,  jatos de água, tratores caterpillar ou Komatsu para demolição.  Não é preciso bombardear uma área para  conseguir sua desocupação. 

E também poderia-se  fazer antes um tipo de PDV, plano de desocupação voluntária, onde seria oferecida  uma indenização justa para as pessoas comprarem suas casas em outros países, e irem viver suas vidas em outro país (de preferência islâmico).


« Última modificação: 16 de Janeiro de 2017, 12:25:11 por JJ »

Offline Diegojaf

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Re:Bombardeio israelense mata ao menos 160 em Gaza
« Resposta #327 Online: 16 de Janeiro de 2017, 09:36:15 »
Você fala que eles querem, mas não podem.

Eles não podem de forma "aguda" tomar uma iniciativa neste sentido, mas de forma "crônica", com medidas pontuais e ambíguas, é exatamente o que se está sendo feito por lá. Pequenos atos que a longo prazo causam um efeito similar ao que uma medida descarada --como ao que o JJ defende-- causaria.

As medidas não tão pontuais assim tomadas pelos EUA simplesmente reduziram o papel do país na região, empurrou os países para uma solução regional (vide o recente acordo de cessar fogo que será fiscalizado pela Turquia e pela Rússia) e tem tudo para, nos próximos meses, reaquecer as tensões na região a partir do momento em que Trump potencialmente passar a apoiar Israel de forma irrestrita. Não tem um analista político que tenha um conclusão diferente de que a política americana na região foi um fracasso.

De forma ainda mais geral, a Liga Árabe está tendo um papel cada vez mais forte em questionar a legitimidade das ingerências do ocidente na região e tentar resolver as coisas entre eles mesmos. Isso criou uma nova "guerra de influências" em que a Rússia está ganhando de lavada dos EUA.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline Muad'Dib

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Re:Bombardeio israelense mata ao menos 160 em Gaza
« Resposta #328 Online: 16 de Janeiro de 2017, 09:57:31 »
Você fala que eles querem, mas não podem.

Eles não podem de forma "aguda" tomar uma iniciativa neste sentido, mas de forma "crônica", com medidas pontuais e ambíguas, é exatamente o que se está sendo feito por lá. Pequenos atos que a longo prazo causam um efeito similar ao que uma medida descarada --como ao que o JJ defende-- causaria.

As medidas não tão pontuais assim tomadas pelos EUA simplesmente reduziram o papel do país na região, empurrou os países para uma solução regional (vide o recente acordo de cessar fogo que será fiscalizado pela Turquia e pela Rússia) e tem tudo para, nos próximos meses, reaquecer as tensões na região a partir do momento em que Trump potencialmente passar a apoiar Israel de forma irrestrita. Não tem um analista político que tenha um conclusão diferente de que a política americana na região foi um fracasso.

De forma ainda mais geral, a Liga Árabe está tendo um papel cada vez mais forte em questionar a legitimidade das ingerências do ocidente na região e tentar resolver as coisas entre eles mesmos. Isso criou uma nova "guerra de influências" em que a Rússia está ganhando de lavada dos EUA.

Na questão Israel/palestina, justamente a ideia defendida de que essa é uma questão que deve ser resolvida em negociações bilaterais é um exemplo de medida ambígua que tem um claro viés pró-Israel. Todo o histórico de vetos do EUA no CS da ONU em relação à Israel também são medidas pontuais que ajudaram a matar o processo de paz.

Isso e a propensão dos palestinos a radicalismos inviabilizaram a política de dois povos, dois Estados.

Na Síria o Obama até tentou se impor sem sujar as mão. Aquela história da linha vermelha foi uma péssima jogada, ele blefou, o Assad pagou para ver e quem pegou o monte foi a Russia.

Offline Muad'Dib

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Re:Bombardeio israelense mata ao menos 160 em Gaza
« Resposta #329 Online: 16 de Janeiro de 2017, 10:02:14 »
E, mesmo hoje, o EUA não está tão inativo assim.

https://www.theguardian.com/commentisfree/2017/jan/09/america-dropped-26171-bombs-2016-obama-legacy

Nós só não percebemos porque não é uma guerra convencional. É a conta gotas.

Offline DDV

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Re:Bombardeio israelense mata ao menos 160 em Gaza
« Resposta #330 Online: 16 de Janeiro de 2017, 10:04:21 »
Considerando que :

1- O Hamas nunca aceitará uma solução onde o estado de Israel continue existindo;

2- O Hamas é uma força política dominante entre os palestinos, sem previsão de perder influência em um futuro vislumbrável;


Conclui-se que nunca haverá paz na região.


Existem grupos radicais de ambos os lados, mas o Hamas é o único com influência e capacidade de ditar os rumos da política palestina.





Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline DDV

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Re:Bombardeio israelense mata ao menos 160 em Gaza
« Resposta #331 Online: 16 de Janeiro de 2017, 10:07:12 »
"Em maio de 2011, o líder do Hamas Ismail Haniya condenou a operação norte-americana que matou Osama bin Laden, responsável pelos Ataques de 11 de setembro de 2001, denominando Bin Laden de "guerreiro sagrado", e a operação como um assassinato"


https://pt.wikipedia.org/wiki/Hamas



Poderiam me dizer como é possível haver paz com um grupo terrorista e fundamentalista controlando um dos lados?
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Offline DDV

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Re:Bombardeio israelense mata ao menos 160 em Gaza
« Resposta #332 Online: 16 de Janeiro de 2017, 10:09:01 »
 "É essencialmente nacionalista e Laico. O partido é menos radical que o Hamas e atualmente prega a reconciliação entre palestinos e israelenses. Esta é uma das principais razões de sua aceitação internacional"

https://pt.wikipedia.org/wiki/Fatah


A única esperança.
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Offline Shadow

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Re:Bombardeio israelense mata ao menos 160 em Gaza
« Resposta #333 Online: 16 de Janeiro de 2017, 10:11:11 »
"Em maio de 2011, o líder do Hamas Ismail Haniya condenou a operação norte-americana que matou Osama bin Laden, responsável pelos Ataques de 11 de setembro de 2001, denominando Bin Laden de "guerreiro sagrado", e a operação como um assassinato"


https://pt.wikipedia.org/wiki/Hamas



Poderiam me dizer como é possível haver paz com um grupo terrorista e fundamentalista controlando um dos lados?

Imagina... segundo o Postulado de Janete Clair os israelenses são 100% malvados, e os palestinos 100% bonzinhos...

http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,palestinos-comemoram-nas-ruas,20010911p26580
http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/190901/p_048a.html

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Re:Bombardeio israelense mata ao menos 160 em Gaza
« Resposta #334 Online: 16 de Janeiro de 2017, 10:12:22 »
"É essencialmente nacionalista e Laico. O partido é menos radical que o Hamas e atualmente prega a reconciliação entre palestinos e israelenses. Esta é uma das principais razões de sua aceitação internacional"

https://pt.wikipedia.org/wiki/Fatah


A única esperança.

Parece-me que depois do Arafat o Fatah não se reerguerá.
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Offline Diegojaf

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Re:Bombardeio israelense mata ao menos 160 em Gaza
« Resposta #335 Online: 16 de Janeiro de 2017, 10:13:25 »
E, mesmo hoje, o EUA não está tão inativo assim.

https://www.theguardian.com/commentisfree/2017/jan/09/america-dropped-26171-bombs-2016-obama-legacy

Nós só não percebemos porque não é uma guerra convencional. É a conta gotas.

Do seu link: "What does the administration have to show for eight years of fighting on so many fronts? Terrorism has spread, no wars have been “won” and the Middle East is consumed by more chaos and divisions than when candidate Barack Obama declared his opposition to the invasion of Iraq."

Jogar bombas não fez dos EUA parte da solução, mas do problema. Turquia, que estava próxima dos americanos, foi pra zona de influência russa e afastou os EUA da elaboração de uma solução. A vitória no horizonte ditador sírio vai ser a demonstração de que os EUA falharam, seus objetivos não foram cumpridos.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Re:Bombardeio israelense mata ao menos 160 em Gaza
« Resposta #336 Online: 16 de Janeiro de 2017, 10:15:30 »
E, mesmo hoje, o EUA não está tão inativo assim.

https://www.theguardian.com/commentisfree/2017/jan/09/america-dropped-26171-bombs-2016-obama-legacy

Nós só não percebemos porque não é uma guerra convencional. É a conta gotas.

Do seu link: "What does the administration have to show for eight years of fighting on so many fronts? Terrorism has spread, no wars have been “won” and the Middle East is consumed by more chaos and divisions than when candidate Barack Obama declared his opposition to the invasion of Iraq."

Jogar bombas não fez dos EUA parte da solução, mas do problema. Turquia, que estava próxima dos americanos, foi pra zona de influência russa e afastou os EUA da elaboração de uma solução. A vitória no horizonte ditador sírio vai ser a demonstração de que os EUA falharam, seus objetivos não foram cumpridos.
Só para constar a Turquia hoje é uma ditadura a plenos pulmões e barrada na União Europeia. Parece adequado alinhar-se com a Rússia.
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Offline Muad'Dib

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Re:Bombardeio israelense mata ao menos 160 em Gaza
« Resposta #337 Online: 16 de Janeiro de 2017, 10:17:15 »
Considerando que :

1- O Hamas nunca aceitará uma solução onde o estado de Israel continue existindo;

2- O Hamas é uma força política dominante entre os palestinos, sem previsão de perder influência em um futuro vislumbrável;


Conclui-se que nunca haverá paz na região.


Existem grupos radicais de ambos os lados, mas o Hamas é o único com influência e capacidade de ditar os rumos da política palestina.

Hamas ---------> Gaza
Fatah------------>Cisjordânia

Bibi Netanyahu fez de tudo para minar o Fatah que reconhece o Estado de Israel e queria a paz. Fazia questão de chamar o Abas de Abu Mazen, trabalhou incansavelmente peloas assentamentos, pelos check point, pelas estradas controladas, fazia questão de chamar a Cisjordânia de Judea e Samaria, era intransigênte no assunto da "indivisibilidade de Jerusalem", quer continuar?

Tem duas Palestinas, uma radical com o Hamas e outra moderada com o Fatah, o que o governo Netanyahu fez? Tratou de esculhambar com a Palestina moderada.

O hamas ajudou, mas quem matou mesmo o processo de paz foi o governo Netanyahu.

Offline Diegojaf

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Re:Bombardeio israelense mata ao menos 160 em Gaza
« Resposta #338 Online: 16 de Janeiro de 2017, 10:21:38 »
"Em maio de 2011, o líder do Hamas Ismail Haniya condenou a operação norte-americana que matou Osama bin Laden, responsável pelos Ataques de 11 de setembro de 2001, denominando Bin Laden de "guerreiro sagrado", e a operação como um assassinato"

https://pt.wikipedia.org/wiki/Hamas

Poderiam me dizer como é possível haver paz com um grupo terrorista e fundamentalista controlando um dos lados?
Eu já citei aqui um artigo: How Terrorism Ends.

Em resumo ele diz que a vitória militar, acabando com grupos terroristas ocorre em 7% dos casos desde a década de 70.

No entanto, o uso de políticas públicas de repressão internas (prisão, julgamento, multas) e a atração do grupo para o debate político somam cerca de 80% das causas do fim de um grupo terrorista.

Então a questão não é tanto acabar com o Hamas, mas, através de ofertas políticas, fortalecer os indivíduos menos radicais (que existem), até que estes se tornem mais fortalecidos. Isso ocorre quando se retiram as desculpas para se recorrer ao terrorismo (perseguição sem critérios objetivos, assassinato de civis com a desculpa de "dano colateral", etc) e leva tempo, mais de uma geração e deve ser feito com o cuidado de que o grupo fortalecido não seja identificado como "marionete" do ocidente ou de grupos externos.

Dá trabalho, é até mais barato, mas não dá pra usar como mote de campanha, justamente porque se exige um nível de discrição que não é comum aos políticos de hoje.
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Re:Bombardeio israelense mata ao menos 160 em Gaza
« Resposta #339 Online: 16 de Janeiro de 2017, 10:25:45 »
E, mesmo hoje, o EUA não está tão inativo assim.

https://www.theguardian.com/commentisfree/2017/jan/09/america-dropped-26171-bombs-2016-obama-legacy

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Jogar bombas não fez dos EUA parte da solução, mas do problema. Turquia, que estava próxima dos americanos, foi pra zona de influência russa e afastou os EUA da elaboração de uma solução. A vitória no horizonte ditador sírio vai ser a demonstração de que os EUA falharam, seus objetivos não foram cumpridos.
Só para constar a Turquia hoje é uma ditadura a plenos pulmões e barrada na União Europeia. Parece adequado alinhar-se com a Rússia.
Já era há um ano quando os EUA ainda estavam próximos dela. O que muda é que o Obama e a Europa fortaleceram o papel da Turquia e do Erdogan e quando quiseram colocar um freio nele, ele passou a buscar alguém que o protegeria. A Turquia é o posto mais avançado da OTAN. O que mudou não foi ser uma ditadura, mas sim não querer mais prestar obediência.
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Re:Bombardeio israelense mata ao menos 160 em Gaza
« Resposta #340 Online: 16 de Janeiro de 2017, 10:26:23 »
A Cisjordânia efetivamente não é a antiga região da Judeia (e Samaria)?

"Divisibilidade" de Jerusalém? Como assim? Salvo engano além de conquistar a região os judeus pagaram por Jerusalém. Aliás, compraram muitas terras lá:

http://conib.org.br/noticias/3160/parente-de-arafat-vendeu-terras-aos-judeus-no-incio-do-sculo-20-anlise-de-argumento-clssico-da-esquerda

Aliás, até a Bíblia, se a considerarmos como um indício de relato histórico, relata a propriedade da terra:

Abraão, uma propriedade no sul da terra (Gn 23.1-20); Jacó, no norte (Gn 33.19-20); Davi, o monte do templo (2 Sm 24.18-25).

Então...dividir Jerusalém? Ah tá.... ok, Jerusalém como cidade livre, aberta, multicultural, tudo bem. Mas ela tem dono.
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Offline Muad'Dib

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Re:Bombardeio israelense mata ao menos 160 em Gaza
« Resposta #341 Online: 16 de Janeiro de 2017, 10:27:29 »
"Em maio de 2011, o líder do Hamas Ismail Haniya condenou a operação norte-americana que matou Osama bin Laden, responsável pelos Ataques de 11 de setembro de 2001, denominando Bin Laden de "guerreiro sagrado", e a operação como um assassinato"


https://pt.wikipedia.org/wiki/Hamas



Poderiam me dizer como é possível haver paz com um grupo terrorista e fundamentalista controlando um dos lados?

Imagina... segundo o Postulado de Janete Clair os israelenses são 100% malvados, e os palestinos 100% bonzinhos...

http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,palestinos-comemoram-nas-ruas,20010911p26580
http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/190901/p_048a.html



 ::)

Imagina... segundo o Postulado de Janete Clair os palestinos são 100% malvados e os israelenses são 100% bonzinhos...

Até onde sei ninguém aqui está propondo a santidade dos palestinos. Você, ao fazer esse tipo de declaração, parece que está acusando os outros de uma falácia que você mesmo está cometendo.

Uma nova falácia: Preemptive Disqualification, eu acuso os outros de estarem usando de uma falácia quando o falacioso sou eu.

Offline Shadow

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Re:Bombardeio israelense mata ao menos 160 em Gaza
« Resposta #342 Online: 16 de Janeiro de 2017, 10:37:05 »
"Em maio de 2011, o líder do Hamas Ismail Haniya condenou a operação norte-americana que matou Osama bin Laden, responsável pelos Ataques de 11 de setembro de 2001, denominando Bin Laden de "guerreiro sagrado", e a operação como um assassinato"


https://pt.wikipedia.org/wiki/Hamas



Poderiam me dizer como é possível haver paz com um grupo terrorista e fundamentalista controlando um dos lados?

Imagina... segundo o Postulado de Janete Clair os israelenses são 100% malvados, e os palestinos 100% bonzinhos...

http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,palestinos-comemoram-nas-ruas,20010911p26580
http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/190901/p_048a.html



 ::)

Imagina... segundo o Postulado de Janete Clair os palestinos são 100% malvados e os israelenses são 100% bonzinhos...

Até onde sei ninguém aqui está propondo a santidade dos palestinos. Você, ao fazer esse tipo de declaração, parece que está acusando os outros de uma falácia que você mesmo está cometendo.

Uma nova falácia: Preemptive Disqualification, eu acuso os outros de estarem usando de uma falácia quando o falacioso sou eu.

Ao contrário: Espero deixar claro que fora no mundo das novelinhas da Globo não existe gente boazinha o tempo nem malvada o tempo todo. Ainda mais quando envolve política. É procurar a virgem da zona. Isso não existe. Cada um dos lados defende seus interesses, que por sua vez sofre influência de interesses maiores, ideologia, disputas intestinas de poder, religião, história e ódios ancestrais. etc. Creditar o problema lá como sendo por culpa das (más) opções de Israel é simplificar por demais a questão.
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Offline Diegojaf

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Re:Bombardeio israelense mata ao menos 160 em Gaza
« Resposta #343 Online: 16 de Janeiro de 2017, 10:42:04 »
Então...dividir Jerusalém? Ah tá.... ok, Jerusalém como cidade livre, aberta, multicultural, tudo bem. Mas ela tem dono.

É verdade que no final do Séc. XIX já tinham empresas financiando a compra de terras na região. Os palestinos não viam problema nenhum na questão da propriedade dos judeus.

O que gerou as tensões não foi a propriedade, mas a intenção de exercer a posse de maneira alheia à lei da região.

É o equivalente de eu vender uma fazenda do tamanho da Bélgica no meio do Estado de MG pra uma empresa chinesa, a empresa revender essas terras para 1 milhão de chineses virem morar e eles do nada declararem a independência da fazenda e pedir o reconhecimento como Estado soberano, não pagar mais impostos e impedir o acesso das autoridades com poder de polícia.

Eu comprar um terreno gigante não me torna desobrigado de desobedecer as normas internas da cidade/estado/país onde ela está localizada. Por isso, atribuir um "dono" a Jerusalém é bem mais complexo do que isso. É retirar o reconhecimento prévio de uma soberania e dar a outro país. Os ingleses viram a mala e passaram pra ONU.
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Re:Bombardeio israelense mata ao menos 160 em Gaza
« Resposta #344 Online: 16 de Janeiro de 2017, 11:44:18 »
O que gerou as tensões não foi a propriedade, mas a intenção de exercer a posse de maneira alheia à lei da região.

É o equivalente de eu vender uma fazenda do tamanho da Bélgica no meio do Estado de MG pra uma empresa chinesa, a empresa revender essas terras para 1 milhão de chineses virem morar e eles do nada declararem a independência da fazenda e pedir o reconhecimento como Estado soberano, não pagar mais impostos e impedir o acesso das autoridades com poder de polícia.


A analogia não é adequada porque nunca existiu um estado palestino. O território em questão fazia parte do Império Otomano (ou seja, se obedecia às leis, eram as otomanas), que foi desfeito (deixou de existir). Quando isso ocorre, geralmente cada nação dentro do império busca a soberania.

Os judeus já formavam uma maioria na região quando o Estado de Israel foi criado.

A reivindicação de soberania deles é tão válida quanto a dos palestinos ou qualquer outro grupo nacional saído de um domínio imperial.
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Re:Bombardeio israelense mata ao menos 160 em Gaza
« Resposta #345 Online: 16 de Janeiro de 2017, 12:07:00 »
O que gerou as tensões não foi a propriedade, mas a intenção de exercer a posse de maneira alheia à lei da região.

É o equivalente de eu vender uma fazenda do tamanho da Bélgica no meio do Estado de MG pra uma empresa chinesa, a empresa revender essas terras para 1 milhão de chineses virem morar e eles do nada declararem a independência da fazenda e pedir o reconhecimento como Estado soberano, não pagar mais impostos e impedir o acesso das autoridades com poder de polícia.


A analogia não é adequada porque nunca existiu um estado palestino. O território em questão fazia parte do Império Otomano (ou seja, se obedecia às leis, eram as otomanas), que foi desfeito (deixou de existir). Quando isso ocorre, geralmente cada nação dentro do império busca a soberania.

Os judeus já formavam uma maioria na região quando o Estado de Israel foi criado.

A reivindicação de soberania deles é tão válida quanto a dos palestinos ou qualquer outro grupo nacional saído de um domínio imperial.

É... só que não. Ele se desfez, mas não virou terra de ninguém. Inglaterra, França e Rússia assumiram a região. Inglaterra (em especial no pedaço em questão) manteve a administração nos mesmos moldes do Império Otomano e prometeu apoio ao país independente Palestino. Fez o mesmo com os judeus.

Só que com o passar do tempo, os judeus passaram a ter maior autonomia e um favorecimento foi sentido pela população árabe. A Inglaterra até mesmo tentou impedir a migração de judeus para a região e proibir a venda de terras de palestinos para judeus (o que demonstra que até esse momento, 1930 e tantos) a hostilidade ainda não era uma unanimidade), e quando viu que o negócio era muito mais complicado, passou a bola.

Eu vejo com menos simpatia a soberania dos judeus justamente pela premeditação deles.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline Shadow

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Re:Bombardeio israelense mata ao menos 160 em Gaza
« Resposta #346 Online: 16 de Janeiro de 2017, 12:19:25 »
O que gerou as tensões não foi a propriedade, mas a intenção de exercer a posse de maneira alheia à lei da região.

É o equivalente de eu vender uma fazenda do tamanho da Bélgica no meio do Estado de MG pra uma empresa chinesa, a empresa revender essas terras para 1 milhão de chineses virem morar e eles do nada declararem a independência da fazenda e pedir o reconhecimento como Estado soberano, não pagar mais impostos e impedir o acesso das autoridades com poder de polícia.


A analogia não é adequada porque nunca existiu um estado palestino. O território em questão fazia parte do Império Otomano (ou seja, se obedecia às leis, eram as otomanas), que foi desfeito (deixou de existir). Quando isso ocorre, geralmente cada nação dentro do império busca a soberania.

Os judeus já formavam uma maioria na região quando o Estado de Israel foi criado.

A reivindicação de soberania deles é tão válida quanto a dos palestinos ou qualquer outro grupo nacional saído de um domínio imperial.

É... só que não. Ele se desfez, mas não virou terra de ninguém. Inglaterra, França e Rússia assumiram a região. Inglaterra (em especial no pedaço em questão) manteve a administração nos mesmos moldes do Império Otomano e prometeu apoio ao país independente Palestino. Fez o mesmo com os judeus.

Só que com o passar do tempo, os judeus passaram a ter maior autonomia e um favorecimento foi sentido pela população árabe. A Inglaterra até mesmo tentou impedir a migração de judeus para a região e proibir a venda de terras de palestinos para judeus (o que demonstra que até esse momento, 1930 e tantos) a hostilidade ainda não era uma unanimidade), e quando viu que o negócio era muito mais complicado, passou a bola.

Eu vejo com menos simpatia a soberania dos judeus justamente pela premeditação deles.

Mas por qual motivo as leis ou tutoria britânicas deveriam ser consideradas mais adequadas que autodeterminação israelense? Não se pode esquecer do forte sentido colonialista da intervenção britânica por todo o Oriente Médio.
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Offline Diegojaf

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Re:Bombardeio israelense mata ao menos 160 em Gaza
« Resposta #347 Online: 16 de Janeiro de 2017, 12:46:28 »
Mas por qual motivo as leis ou tutoria britânicas deveriam ser consideradas mais adequadas que autodeterminação israelense? Não se pode esquecer do forte sentido colonialista da intervenção britânica por todo o Oriente Médio.

Não acho que sejam mais adequadas, mas houve uma clara tendência a favorecer os judeus (que contavam com um lobby melhor), enquanto não se proporcionou a mesma oferta de soberania ao outro lado.
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Re:Bombardeio israelense mata ao menos 160 em Gaza
« Resposta #348 Online: 16 de Janeiro de 2017, 12:56:01 »
Mas por qual motivo as leis ou tutoria britânicas deveriam ser consideradas mais adequadas que autodeterminação israelense? Não se pode esquecer do forte sentido colonialista da intervenção britânica por todo o Oriente Médio.

Não acho que sejam mais adequadas, mas houve uma clara tendência a favorecer os judeus (que contavam com um lobby melhor), enquanto não se proporcionou a mesma oferta de soberania ao outro lado.

Então, mas curiosamente o primeiro ataque não veio dos palestinos, mas de Líbano, Síria, Egito, Iraque e "Transjordânia", treinados por britânicos e bem armados, contra o incipiente Estado, no mesmo dia de sua criação. O que mostra que a situação não é um simples Israel X Territórios Ocupados, mas algo muito mais profundo.
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Offline Diegojaf

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Re:Bombardeio israelense mata ao menos 160 em Gaza
« Resposta #349 Online: 16 de Janeiro de 2017, 13:49:54 »

Então, mas curiosamente o primeiro ataque não veio dos palestinos, mas de Líbano, Síria, Egito, Iraque e "Transjordânia", treinados por britânicos e bem armados, contra o incipiente Estado, no mesmo dia de sua criação. O que mostra que a situação não é um simples Israel X Territórios Ocupados, mas algo muito mais profundo.

Acho que o único que pensa que a questão é simples é o JJ.
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