Autor Tópico: Minha comunidade: Ateus de Jesus  (Lida 18409 vezes)

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Offline uiliníli

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Minha comunidade: Ateus de Jesus
« Online: 25 de Fevereiro de 2009, 13:58:08 »
Uma comunidade para ateus e agnósticos que, mesmo discordando e sendo críticos do Cristianismo, respeitam a essência da mensagem de Jesus, que era antes de tudo a do amor ao próximo e que acreditam que crentes e não crentes podem e devem conviver com harmonia e fraternidade. Não é porque somos ateus que não podemos admitir que Jesus era um cara legal... Tudo bem, talvez ele não seja o cara mais legal de todos os tempos, como o fã-clube oficial dele acredita, mas ainda assim, um cara muito legal ;)

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Offline Gaúcho

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Re: Minha comunidade: Ateus de Jesus
« Resposta #1 Online: 25 de Fevereiro de 2009, 13:59:29 »
Nah...Jesus era Javé...o mesmo cara que fez correr rios de sangue no VT... ele não me engana!! ::)
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline uiliníli

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Re: Minha comunidade: Ateus de Jesus
« Resposta #2 Online: 25 de Fevereiro de 2009, 14:06:44 »
Era nada, Jesus provavelmente foi um ser humano normal, filho de José e de Maria, que nunca realizou nenhum milagre, mas que tinha umas ideias legais que eram revolucionárias para o lugar e a época em que ele vivia, que foi perseguido injustamente, apanhou e morreu de forma cruel e sanguinária :( 

Jesus foi uma vítima de perseguição religiosa, gente! Ele foi assassinado porque tinha ideias que iam contra as da religião majoritária! E o coitado nem sabia que suas ideias um dia iam acabar dando origem a uma nova religião que por sua vez ia torturar e matar do mesmo jeito. Ele não queria nada disso, ele só queria paz e amor, bicho :)

Offline Penny Lane

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Re: Minha comunidade: Ateus de Jesus
« Resposta #3 Online: 25 de Fevereiro de 2009, 14:12:33 »
Concordo com o Uili, apesar dos pesares, Jesus foi um cara legal que tinha uma mensagem para a humanidade.
::)

Offline guicn

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Re: Minha comunidade: Ateus de Jesus
« Resposta #4 Online: 25 de Fevereiro de 2009, 14:20:47 »
Não foi o Dawkins que lançou uma campanha assim também?

Lembro de ter visto uma foto dele com uma camiseta "Ateus de Jesus".

Offline Penny Lane

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Re: Minha comunidade: Ateus de Jesus
« Resposta #5 Online: 25 de Fevereiro de 2009, 14:26:45 »
Ateus não tem que ter nada contra Jesus, do mesmo jeito que não tem que deixar de comemorar o natal ou a páscoa porque tem simbolismo cristão. Antes de pensar nestas coisas eu prefiro pensar que são datas que nos dão a oportunidade de estar mais perto de quem amamos e isso é maior do que qualquer simbolismo religioso.
::)

Offline Gaúcho

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Re: Minha comunidade: Ateus de Jesus
« Resposta #6 Online: 25 de Fevereiro de 2009, 14:55:23 »
Vocês sabem que não existem provas de que JC existiu, não sabem?
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Offline uiliníli

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Re: Minha comunidade: Ateus de Jesus
« Resposta #7 Online: 25 de Fevereiro de 2009, 14:59:03 »
Ateus não tem que ter nada contra Jesus, do mesmo jeito que não tem que deixar de comemorar o natal ou a páscoa porque tem simbolismo cristão. Antes de pensar nestas coisas eu prefiro pensar que são datas que nos dão a oportunidade de estar mais perto de quem amamos e isso é maior do que qualquer simbolismo religioso.

O Comte-Sponville toca nesse assunto no livro "O espírito do ateísmo" ao lembrar dos judeus ateus. Os judeus têm um forte sentimento de unidade, de apego às suas tradições, que vai além do sentimento religioso. Antes de uma religião, eles são um povo, eles têm orgulho de sua história e são fiéis aos seus valores, por isso muitos judeus ateus ainda participam de cerimônias religiosas e até incentivam seus filhos a participar delas. No caso do Cristianismo, nós não somos um povo só, não temos uma história só, como é o caso dos judeus, mas somos uma civilização. Mesmo nós que somos ateus fazemos parte dessa civilização que o Cristianismo, assim como o próprio judaísmo e a cultura greco-romana ajudaram a construir; por que não podemos nós mesmos sermos fiéis (não no sentido de ter fé, mas no de ter fidelidade) a essa tradição, a essa cultura, a essa civilização?

Claro que devemos ser críticos, mas isso não significa ser levianos. O Cristianismo trouxe muita coisa ruim, mas trouxe muita coisa boa também e é triste que, com a mesma facilidade com que os cristãos ignoram o que a Bíblia tem de ruim, os ateus ignoram o que ela tem de boa. Não podemos julgar Jesus, o Cristianismo, a Bíblia e tudo mais como eles merecem? Atribuindo mérito onde lhe cabe e culpa onde ela é devida? Não podemos usar o que nos une aos cristãos para promover a paz e o entendimento, em vez de nos apegarmos ao que nos separa, que só causa ódio e intolerância? Então por que não celebrarmos o amor ao próximo, mesmo que dentro de um contexto religioso? Não precisamos ficar fazendo birrinha contra o Natal, contra a Páscoa, contra casamanetos religiosos... O que importa mesmo não é a simbologia, mas o amor, a tal da caridade, cristã ou não.
« Última modificação: 25 de Fevereiro de 2009, 15:01:12 por uiliníli »

Offline uiliníli

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Re: Minha comunidade: Ateus de Jesus
« Resposta #8 Online: 25 de Fevereiro de 2009, 14:59:51 »
Vocês sabem que não existem provas de que JC existiu, não sabem?

Não importa, ao menos o personagem, mesmo que seja fictício, existe.

Offline Gaúcho

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Re: Minha comunidade: Ateus de Jesus
« Resposta #9 Online: 25 de Fevereiro de 2009, 15:05:00 »
 :umm:
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Mussain!

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Re: Minha comunidade: Ateus de Jesus
« Resposta #10 Online: 25 de Fevereiro de 2009, 15:24:04 »
Vocês sabem que não existem provas de que JC existiu, não sabem?
Isso também me intrigou..... E o Gabriel sabe de toda essa história.... :?

Mas referente ao tópico:

Levando-se em consideração que ele tenha existido (mesmo com todos os plágios que há em sua "historicidade" e seus livros controversos), Jesus e Deus (Javé, Iavé, Yahweh, Jahweh, Deus, Jesus, espírito santo, senhor dos exércitos e por aí vai...), segundo a crença,  são a mesma coisa. E se assim for, digo-lhes que javé, segundo a crença, é um intolerante ditador, logo....

Sendo ele apenas fictício, sugeria que buscassem outras alternativas para a busca de uma moral respeitável, já que há vários livros e etc... Não é nada bom cultivar uma ideologia contraditória, cheia de preconceitos, mesmo que fictícia, na minha opinião.
« Última modificação: 25 de Fevereiro de 2009, 15:27:57 por Mussain! »

Offline Tupac

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Re: Minha comunidade: Ateus de Jesus
« Resposta #11 Online: 25 de Fevereiro de 2009, 15:36:54 »
Ué... Já ficou provado que algum Jesus tenha realmente existido e dado origem ao mito?

Ja ficou provado que suas idéias eram as mesmas que a biblia revela?

Sei la... muita forçação isso aí...
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida."
 - Carl Sagan

"O que é afirmado sem argumentos, pode ser descartado sem argumentos." - Navalha de Hitchens

Offline uiliníli

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Re: Minha comunidade: Ateus de Jesus
« Resposta #12 Online: 25 de Fevereiro de 2009, 15:47:27 »
Vocês sabem que não existem provas de que JC existiu, não sabem?
Isso também me intrigou..... E o Gabriel sabe de toda essa história.... :?

Sim, eu sei de toda essa história :)  Sei que além da Bíblia não há nenhuma outra evidência da existência de um Jesus histórico, sei que a Bíblia ela mesma pode não ser fidedigna, afinal, ninguém garante que eles não tenham inventado algumas coisas, omitido outras e deliberadamente tentado forjar uma biografia que mostrasse só as partes boas e nobres doo suposto personagem, eu sei de todas essas coisas, assim como vocês. Mas o Jesus a que estou me referindo é o personagem que está na Bíblia. Analizado criticamente claro... Eu sei que provavelmente ele não ando sobre as águas nem curou cegos, pois isso não é verossímil. Já a parte dos ensinamentos morais, das parábolas, o sermão da montanha, etc, todos eles são verossímeis e posso aceitar que um ser humano comum, como acho que ele foi, se ele existiu mesmo, poderia enunciá-los.

Citar
Levando-se em consideração que ele tenha existido (mesmo com todos os plágios que há em sua "historicidade" e seus livros controversos), Jesus, segundo a crença, é Deus (Javé, Iavé, Yahweh, Jahweh, Deus, Jesus, espírito santo, senhor dos exércitos e por aí vai...) são a mesma coisa. E se assim for, digo-lhes que javé, segundo a crença, é um intolerante ditador, logo....

Isso segundo a crença dos Cristãos, e mesmo assim de nem todos entre eles. Eu, como ateu e humanista, vejo Jesus como um ser humano com grande sabedoria para o seu tempo.

Citar
Sendo ele apenas fictício, sugeria que buscassem outras alternativas para a busca de uma moral respeitável, já que há vários livros e etc... Não é nada bom cultivar uma ideologia contraditória, cheia de preconceitos, mesmo que fictícia, na minha opinião.

E existem outras alternativas! Eu sou um humanista, não um cristão. Mas nem por isso posso deixar de admitir que Jesus pode ter sido um grande homem. Assim como Buda, Sócrates, Epicuro, Zeno, Sêneca, Lucrécio... Todos eles deixaram grandes contribuições para a humanidade, todos ajudaram com algum tijolo na construção de nossa moralidade moderna.

Sem Jesus o Humanismo não teria surgido, explico: antes do Cristianismo, a filosofia predominate no Ocidente era o Estoicismo. O Estoicismo tinha grandes qualidades, mas tinha um detalhe relevante que hoje em dia nos choca um pouco: para os estóicos, as pessoas não eram todas iguais. Algumas eram melhores do que as outras e cada uma tinha seu lugar na sociedade. Uma pessoa inteligente era um ser humano mais virtuoso que uma pessoa estúpida, uma forte era mais virtuosa que uma fraca, e assim por diante. Os inferiores deviam obediência aos superiores e deviam aceitar seu lugar na sociedade.

Com o Cristianismo mudou tudo: já não haviam mais pessoas melhores e piores, todos eram iguais aos olhos do "Pai", o que fazia de uma pessoa mais ou menos vituosa não era sua condição inata, mas suas escolhas. Esse conceito era revolucionário para a época e devemos ele a Jesus. Como podemos imaginar o Humanismo, a Declaração Universal dos Direitos Humanos e a Democracia moderna sem esse conceito?

Ué... Já ficou provado que algum Jesus tenha realmente existido e dado origem ao mito?

Ja ficou provado que suas idéias eram as mesmas que a biblia revela?

Sei la... muita forçação isso aí...

Faz diferença? Se não é o homem, é o personagem que merece nossa admiração. Pegue o Jesus da Bíblia, retire os milagres, o misticismo e tudo o mais que for inverossímil. O que é que sobra? Sobra um grande humanista.

Offline uiliníli

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Re: Minha comunidade: Ateus de Jesus
« Resposta #13 Online: 25 de Fevereiro de 2009, 18:45:04 »
Não foi o Dawkins que lançou uma campanha assim também?

Lembro de ter visto uma foto dele com uma camiseta "Ateus de Jesus".

Encontrei este artigo aqui na página dele:

Atheists for Jesus

by Richard Dawkins
The argument, like a good recipe, needs to be built up gradually, with the ingredients mustered in advance. First, the apparently oxymoronic title. In a society where the majority of theists are at least nominally Christian, the two words are treated as near synonyms. Bertrand Russell's famous advocacy of atheism was called Why I am not a Christian rather than, as it probably should have been, Why I am not a theist. All Christians are theists, it seems to go without saying.

Of course Jesus was a theist, but that is the least interesting thing about him. He was a theist because, in his time, everybody was. Atheism was not an option, even for so radical a thinker as Jesus. What was interesting and remarkable about Jesus was not the obvious fact that he believed in the God of his Jewish religion, but that he rebelled against many aspects of Yahweh's vengeful nastiness. At least in the teachings that are attributed to him, he publicly advocated niceness and was one of the first to do so. To those steeped in the Sharia-like cruelties of Leviticus and Deuteronomy; to those brought up to fear the vindictive, Ayatollah-like God of Abraham and Isaac, a charismatic young preacher who advocated generous forgiveness must have seemed radical to the point of subversion. No wonder they nailed him.

Citar
"Ye have heard that it hath been said, An eye for an eye, and a tooth for a tooth: But I say unto you, That ye resist not evil: but whosoever shall smite thee on thy right cheek, turn to him the other also. And if any man will sue thee at the law, and take away thy coat, let him have thy cloke also. And whosoever shall compel thee to go a mile, go with him twain. Give to him that asketh thee, and from him that would borrow of thee turn not thou away. Ye have heard that it hath been said, Thou shalt love thy neighbour, and hate thine enemy. But I say unto you, Love your enemies, bless them that curse you, do good to them that hate you, and pray for them which despitefully use you, and persecute you."

My second ingredient is another paradox, which begins in my own field of Darwinism. Natural selection is a deeply nasty process. Darwin himself remarked,

Citar
"What a book a devil's chaplain might write on the clumsy, wasteful, blundering low and horridly cruel works of nature."

It was not just the facts of nature, among which he singled out the larvae of Ichneumon wasps and their habit of feeding within the bodies of live caterpillars. The theory of natural selection itself seems calculated to foster selfishness at the expense of public good, violence, callous indifference to suffering, short term greed at the expense of long term foresight. If scientific theories could vote, evolution would surely vote Republican. My paradox comes from the un-Darwinian fact, which any of us can observe in our own circle of acquaintances, that so many individual people are kind, generous, helpful, compassionate, nice: the sort of people of whom we say, "She's a real saint." Or, "He's a true Good Samaritan."

We all know people (is it significant that the ones I can think of are mostly women?) to whom we can sincerely say: "If only everybody were like you, the world's troubles would melt away." The milk of human kindness is only a metaphor but, na�ve as it sounds, I contemplate some of my friends and I feel like trying to bottle whatever it is that makes them so kind, so selfless, so apparently un-Darwinian.

Darwinians can come up with explanations for human niceness: generalisations of the well-established models of kin selection and reciprocal altruism, the stocks-in-trade of the 'selfish gene' theory, which sets out to explain how altruism and cooperation among individual animals can stem from self-interest at the genetic level. But the sort of super niceness I am talking about in humans goes too far. It is a misfiring, even a perversion of the Darwinian take on niceness. Well, if that's a perversion, it's the kind of perversion we need to encourage and spread.

Human super niceness is a perversion of Darwinism because, in a wild population, it would be removed by natural selection. It is also, although I haven't the space to go into detail about this third ingredient of my recipe, an apparent perversion of the sort of rational choice theory by which economists explain human behaviour as calculated to maximize self-interest.

Let's put it even more bluntly. From a rational choice point of view, or from a Darwinian point of view, human super niceness is just plain dumb. And yes, it is the kind of dumb that should be encouraged - which is the purpose of my article. How can we do it? How shall we take the minority of super nice humans that we all know, and increase their number, perhaps until they even become a majority in the population? Could super niceness be induced to spread like an epidemic? Could super niceness be packaged in such a form that it passes down the generations in swelling traditions of longitudinal propagation?

Well, do we know of any comparable examples, where stupid ideas have been known to spread like an epidemic? Yes, by God! Religion. Religious beliefs are irrational. Religious beliefs are dumb and dumber: super dumb. Religion drives otherwise sensible people into celibate monasteries, or crashing into New York skyscrapers. Religion motivates people to whip their own backs, to set fire to themselves or their daughters, to denounce their own grandmothers as witches, or, in less extreme cases, simply to stand or kneel, week after week, through ceremonies of stupefying boredom. If people can be infected with such self-harming stupidity, infecting them with niceness should be childsplay.

Religious beliefs most certainly spread in epidemics and, even more obviously, they pass down the generations to form longitudinal traditions and promote enclaves of locally peculiar irrationality. We may not understand why humans behave in the weird ways we label religious, but it is a manifest fact that they do. The existence of religion is evidence that humans eagerly adopt irrational beliefs and spread them, both longitudinally in traditions and horizontally in epidemics of evangelism. Could this susceptibility, this palpable vulnerability to infections of irrationality be put to genuinely good use?

Humans undoubtedly have a strong tendency to learn from and copy admired role models. Under propitious circumstances, the epidemiological consequences can be dramatic. The hairstyle of a footballer, the dress sense of a singer, the speech mannerisms of a game show host, such trivial idiosyncrasies can spread through a susceptible age cohort like a virus. The advertising industry is professionally dedicated to the science - or it may be an art - of launching memetic epidemics and nurturing their spread. Christianity itself was spread by the equivalents of such techniques, originally by St Paul and later by priests and missionaries who systematically set out to increase the numbers of converts in what turned out to be exponential growth. Could we achieve exponential amplification of the numbers of super nice people?

This week I had a public conversation in Edinburgh with Richard Holloway, former Bishop of that beautiful city. Bishop Holloway has evidently outgrown the supernaturalism which most Christians still identify with their religion (he describes himself as post-Christian and as a 'recovering Christian'). He retains a reverence for the poetry of religious myth, which is enough to keep him going to church. And in the course of our Edinburgh discussion he made a suggestion which went straight to my core. Borrowing a poetic myth from the worlds of mathematics and cosmology, he described humanity as a 'singularity' in evolution. He meant exactly what I have been talking about in this essay, although he expressed it differently. The advent of human super niceness is something unprecedented in four billion years of evolutionary history. It seems likely that, after the Homo sapiens singularity, evolution may never be the same again.

Be under no illusions, for Bishop Holloway was not. The singularity is a product of blind evolution itself, not the creation of any unevolved intelligence. It resulted from the natural evolution of the human brain which, under the blind forces of natural selection, expanded to the point where, all unforeseen, it over-reached itself and started to behave insanely from the selfish gene's point of view. The most transparently un-Darwinian misfiring is contraception, which divorces sexual pleasure from its natural function of gene-propagation. More subtle over-reachings include intellectual and artistic pursuits which squander, by the selfish genes' lights, time and energy that should be devoted to surviving and reproducing. The big brain achieved the evolutionarily unprecedented feat of genuine foresight: became capable of calculating long-term consequences beyond short-term selfish gain. And, at least in some individuals, the brain over-reached itself to the extent of indulging in that super niceness whose singular existence is the central paradox of my thesis. Big brains can take the driving, goal-seeking mechanisms that were originally favoured for selfish gene reasons, and divert (subvert? pervert?) them away from their Darwinian goals and into other paths.

I am no memetic engineer, and I have very little idea how to increase the numbers of the super nice and spread their memes through the meme pool. The best I can offer is what I hope may be a catchy slogan. 'Atheists for Jesus' would grace a T-shirt. There is no strong reason to choose Jesus as icon, rather than some other role model from the ranks of the super nice such as Mahatma Gandhi (not the odiously self-righteous Mother Teresa, heavens no). I think we owe Jesus the honour of separating his genuinely original and radical ethics from the supernatural nonsense which he inevitably espoused as a man of his time. And perhaps the oxymoronic impact of 'Atheists for Jesus' might be just what is needed to kick start the meme of super niceness in a post-Christian society. If we play our cards right - could we lead society away from the nether regions of its Darwinian origins into kinder and more compassionate uplands of post-singularity enlightenment?

I think a reborn Jesus would wear the T-shirt. It has become a commonplace that, were he to return today, he would be appalled at what is being done in his name, by Christians ranging from the Catholic Church to the fundamentalist Religious Right. Less obviously but still plausibly, in the light of modern scientific knowledge I think he would see through supernaturalist obscurantism. But of course, modesty would compel him to turn his T-shirt around: Jesus for Atheists.


Offline guicn

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Re: Minha comunidade: Ateus de Jesus
« Resposta #14 Online: 25 de Fevereiro de 2009, 19:05:38 »
Era essa foto que eu tinha visto junto com esse mesmo artigo.

Offline Tupac

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Re: Minha comunidade: Ateus de Jesus
« Resposta #15 Online: 27 de Fevereiro de 2009, 12:12:16 »
Citar
Jesus provavelmente foi um ser humano normal, filho de José e de Maria, que nunca realizou nenhum milagre, mas que tinha umas ideias legais que eram revolucionárias para o lugar e a época em que ele vivia, que foi perseguido injustamente, apanhou e morreu de forma cruel e sanguinária Sad

Jesus foi uma vítima de perseguição religiosa, gente! Ele foi assassinado porque tinha ideias que iam contra as da religião majoritária! E o coitado nem sabia que suas ideias um dia iam acabar dando origem a uma nova religião que por sua vez ia torturar e matar do mesmo jeito. Ele não queria nada disso, ele só queria paz e amor, bicho Smile

Citar
Ué... Já ficou provado que algum Jesus tenha realmente existido e dado origem ao mito?

Ja ficou provado que suas idéias eram as mesmas que a biblia revela?

Sei la... muita forçação isso aí...

Citar
Faz diferença?...
Faz.

=============================
Edit

Muita afirmação pra pouca evidencia.
« Última modificação: 27 de Fevereiro de 2009, 13:21:49 por Tupac »
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida."
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"O que é afirmado sem argumentos, pode ser descartado sem argumentos." - Navalha de Hitchens

Offline Dbohr

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Re: Minha comunidade: Ateus de Jesus
« Resposta #16 Online: 27 de Fevereiro de 2009, 12:39:11 »
A Sociedade do Anel nunca existiu, mas dá para tirar algumas lições de moral interessantes da obra de Tolkien. Então, já que não dá para convencer bilhões de cristãos que Jesus não existiu (e eu acho isso uma grande besteira, sinceramente), diria que de fato não faz diferença nenhuma :-)

Offline Tupac

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Re: Minha comunidade: Ateus de Jesus
« Resposta #17 Online: 27 de Fevereiro de 2009, 13:28:49 »
Citar
A Sociedade do Anel nunca existiu, mas dá para tirar algumas lições de moral interessantes da obra de Tolkien. Então, já que não dá para convencer bilhões de cristãos que Jesus não existiu (e eu acho isso uma grande besteira, sinceramente), diria que de fato não faz diferença nenhuma Smile
Ninguem aqui esta afirmando veracidade historica da existencia de Gandalf ou Aragorn, já ao Jesus, se dá um ar de: "ahh, ele existiu sim, mas foi apenas mortal como outro qualquer, coitado, perseguido por suas ideias..."

Ué, se não se sabe nada dele, então não se sabe nada po...

Quer usa-lo como baluarte de preceitos morais? legal, mas deixe bem claro antes que esta tratando apenas de um personagem, até o momento, ficticio.
« Última modificação: 27 de Fevereiro de 2009, 16:33:25 por Tupac »
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida."
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Offline Gaúcho

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Re: Minha comunidade: Ateus de Jesus
« Resposta #18 Online: 27 de Fevereiro de 2009, 15:06:00 »
Isso, isso, isso.

E pô, sacanagem querer comparar Senhor dos Anéis com a bíblia |(

SdA é muito melhor!
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Offline gogorongon

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Re: Minha comunidade: Ateus de Jesus
« Resposta #19 Online: 28 de Fevereiro de 2009, 23:56:18 »
A Sociedade do Anel nunca existiu, mas dá para tirar algumas lições de moral interessantes da obra de Tolkien. Então, já que não dá para convencer bilhões de cristãos que Jesus não existiu (e eu acho isso uma grande besteira, sinceramente), diria que de fato não faz diferença nenhuma :-)
Não sei se uma comunidade "Ateus de Tolkien" faria sucesso, mas uma "Atéias de Legolas" certamente faria.

Offline André Luiz

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Re: Minha comunidade: Ateus de Jesus
« Resposta #20 Online: 03 de Março de 2009, 11:37:54 »
Uma comunidade para ateus e agnósticos que, mesmo discordando e sendo críticos do Cristianismo, respeitam a essência da mensagem de Jesus, que era antes de tudo a do amor ao próximo e que acreditam que crentes e não crentes podem e devem conviver com harmonia e fraternidade. Não é porque somos ateus que não podemos admitir que Jesus era um cara legal... Tudo bem, talvez ele não seja o cara mais legal de todos os tempos, como o fã-clube oficial dele acredita, mas ainda assim, um cara muito legal ;)

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Espere um pouco, mas nao é o mesmo cara que falava em trazer a espada, executar os inimigos na presença dele e mandar gente queimar eternamente?   :?

Offline Contini

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Re: Minha comunidade: Ateus de Jesus
« Resposta #21 Online: 03 de Março de 2009, 15:25:42 »
Isso, isso, isso.

E pô, sacanagem querer comparar Senhor dos Anéis com a bíblia |(

SdA é muito melhor!
2...
Tolkien foi muito mais "divinamente" inspirado que as centenas de escritores biblicos...
"A idade não diminui a decepção que a gente sente quando o sorvete cai da casquinha"  - anonimo

"Eu não tenho medo de morrer, só não quero estar lá quando isso acontecer"  - Wood Allen

    “O escopo da ciência é limitado? Sim, sem dúvida: limitado a tratar daquilo que existe, não daquilo que gostaríamos que existisse.” - André Cancian

Offline uiliníli

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Re: Minha comunidade: Ateus de Jesus
« Resposta #22 Online: 03 de Março de 2009, 17:39:43 »
Espere um pouco, mas nao é o mesmo cara que falava em trazer a espada, executar os inimigos na presença dele e mandar gente queimar eternamente?   :?

A história da espada é no sentido de que Jesus pregava que a salvação era individual e que deveria ser perseguida ainda que às custas de romper os laços familiares ["Não julgueis que vim trazer a paz à terra. Vim trazer não a paz, mas a espada. Eu vim trazer a divisão entre o filho e o pai, entre a filha e a mãe, entre a nora e a sogra, e os inimigos do homem serão as pessoas de sua própria casa. " (Mt, 10: 34-36)]. Não é algo que considero exatamente lindo, mas é uma afirmação realista: toda ideia nova desperta incompreensão e resistência e aqueles que iam seguir Jesus deveriam estar preparados para encontrá-la. De certa forma não acontece a mesma coisa com o ateísmo? Ao nos assumirmos ímpios para nossas famílias, também corremos o risco de cortar nossos laços, gerar discórdia (a espada) e nos separarmos daqueles que amamos - mas mesmo assim não preferimos a verdade? Tenho objeções quanto à "verdade" prometida por Cristo, mas moralmente não vejo problemas nessa passagem.

Quanto à parte do "executar os inimigos na frente dele", eu não me recordo dessa passagem, mas me lembro do Jesus que disse para amarmos nossos inimigos e fazer bem aos que nos odeiam. Aliás, acho que se ele é moralmente criticável nesse aspecto, é pelo radicalismo desse pacifismo, uma vez que nos recomendava oferecer a outra face quando agredidos. Mas por que razão, senão por preconceito, a não-violência de Gandhi é linda e maravilhosa, mas a de Jesus não?

Quanto a mandar gente queimar eternamente, bom, lembre-se que você está conversando com um ateu. É óbvio que eu não acredito que Jesus fosse Deus, para mim, se ele existiu, ele foi somente um humano, e sendo assim, claro que ele não tinha o poder de mandar ninguém queimar no inferno. Podemos questionar se ele queria que as pessoas que não lhe seguissem fossem para o inferno após morrerem ou se ele só acreditava que isso iria acontecer. Levando-se em conta o parágrafo anterior, essa história de amar os inimigos, não creio que ele desejasse ardentemente o mal aos outros. Não é esse Jesus que pediu que seu "Pai" perdoasse seus executores, pois eles não sabiam o que faziam? Acho que ele acreditava legitamamente que o inferno era o destino de quem não lhe seguisse, não que ele desejava que todos fossem para o inferno.

Offline Contini

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Re: Minha comunidade: Ateus de Jesus
« Resposta #23 Online: 03 de Março de 2009, 17:52:51 »
Olha uilinili, eu vejo uma "virtude" em um movimento desse tipo. Independente de ser baseado em um personagem ficticio, sendo esse personagem pertencente a mitologia cristã esse "conceito" tem mais chances de ser aceito e assimilado pelos cristãos não tão "ortodoxos" (fanaticos?!) e mais exclarecidos mostrando que ateus/agnosticos podem ser pessoas boas e de princípios... E quem sabe levando essas pessoas a repensarem suas ideologias...

Que a moralidade não está diretamente relacionada a religião ou a falta dela isso pode ser óbvio para os mais esclarecidos, mas não o é para as massas...

Sua comunidade tem minha simpatia por essa razão...
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Offline gogorongon

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Re: Minha comunidade: Ateus de Jesus
« Resposta #24 Online: 03 de Março de 2009, 17:54:09 »
Acho que ser "bonzinho demais" com os teístas não dá certo. Eles sempre vão pegar o que você fala e pensar distorcidamente que você tá acreditando nas superstições da religião deles.

Aí voltamos a ser chamados de revoltados porque eles acham que a gente acredita que o deus deles exista e que apenas nos recusamos a servi-lo.

O que no final das contas mina todas as nossas tentativas de sermos aceitos e entendidos racionalmente.

 

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