"Recado" à professores, e incentivo a denuncismo:
ATAQUE NOMINAL A PROFESSORES É MÉTODO NAZISTA, DIZ PESQUISADOR
O professor de História da Arte da Unicamp Jorge Coli avaliou neste domingo, 11, um método utilizado pelo nazismo e pelo fascismo o ataque do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) aos professores; "Os próximos poderemos ser nós, professores ou não. A denúncia pública, vinda de um presidente eleito, tem peso enorme", diz ele
11 DE NOVEMBRO DE 2018 ÀS 10:00 // INSCREVA-SE NA TV 247 Youtube
247 - O professor de História da Arte da Unicamp Jorge Coli avaliou neste domingo, 11, um método utilizado pelo nazismo e pelo fascismo o ataque do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) aos professores.
Em artigo na Folha de S. Paulo, Coli lembra do vídeo em que Bolsonaro ataca professores da Fundação João Pinheiro, vinculada ao governo de Minas Gerais, que forma especialistas em administração pública. "A acusação de Bolsonaro a esses docentes tem a estupidez boçal do gaiato que grita no botequim: 'Vá pra Cuba!'. Penso nesses colegas intimidados e constrangidos. Os próximos poderemos ser nós, professores ou não. A denúncia pública, vinda de um presidente eleito, tem peso enorme", diz ele.
Segundo o professor, a denúncia nominal sempre existiu nos regimes autoritários. "Sob o nazismo, jornais reservavam um espaço para expor os nomes de judeus denunciados. Bolsonaro e seus asseclas convidaram também alunos de todas as idades a filmarem seus professores e denunciá-los caso percebam algo suspeito. Outro traço dos regimes totalitários é a manipulação da juventude para que, com seu entusiasmo ingênuo, tornem-se espiões traiçoeiros. Delatar faz parte da cultura nazifascista", avalia.
Leia o artigo na íntegra.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jorge-coli/2018/11/ataques-nominais-de-bolsonaro-a-professores-tem-peso-enorme.shtml?loggedpaywall