Autor Tópico: Lei pede mais rigor para fumantes em São Paulo  (Lida 16410 vezes)

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Offline Renato T

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Lei pede mais rigor para fumantes em São Paulo
« Online: 02 de Abril de 2009, 11:18:58 »

Lei pede mais rigor para fumantes em São Paulo

Projeto de lei em discussão na Assembléia Legislativa proíbe o fumo em ambientes públicos e privados, como bares, hotéis e restaurantes, em todo o estado.

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A Assembeia Legislativa de São Paulo discute um assunto que diz respeito ao Brasil inteiro: o combate ao fumo em ambientes públicos e privados. O projeto de lei deve ser votado já nos próximos dias e causa muita discussão.

 

Leia mais notícias sobre São Paulo no G1

É um assunto polêmico, e todos querem dar sua opinião. O projeto proíbe totalmente o fumo em locais de uso coletivo, como áreas de condomínio, por exemplo. Pelo texto, também não dá mais para reservar aquela área de varanda semi-aberta, como num restaurante por exemplo, para os fumantes. Se o ambiente tiver parede, telhado ou divisória, já está incluído na proibição.

Os fumantes se dividem. “Eu acho uma boa, apesar de fumar, mas respeitar o próximo”, defende um senhor.

 

“Eu sou completamente contra. Acho que tem que ter direito de fumar onde quer. Eu não vou nos lugares onde não se pode fumar”, alega uma senhora.

 

“Eu estou querendo deixar de fumar. Isso ajuda muito”, conta um rapaz.

Há os que sugerem outras soluções. “Talvez montaríamos restaurantes só para fumantes e os não fumantes não iriam. Ou então um andar só de fumantes e outro de não fumantes”, propõe uma jovem.

Seja nos quartos, corredores ou no saguão, em todo o hotel o aviso é o mesmo: o cigarro é proibido. É um alívio para quem sofria com a fumaça dos outros.

“Torna-se uma coisa bem mais agradável, porque a gente consegue respirar, ver as pessoas e ficar convivendo em um clima saudável”, opina o empresário Roberto Marinho.

Sensores alertam a portaria, quando o hóspede tenta furar o bloqueio. As medidas melhoram a imagem e diminuem as despesas.

“O rendimento é melhor, porque você não tem um custo maior com a limpeza, higienização e processos sofisticados para tentar remover o cheiro do tabaco”, afirma o gerente geral Hélio Gelinsky.

O que já é regra para alguns pode se transformar em obrigação para todos. Um projeto de lei em discussão na Assembleia Legislativa de São Paulo proíbe o consumo de cigarros e charutos em ambientes públicos e privados, como bares, hotéis e restaurantes de todo o estado.

A lei paulista proíbe também o fumo em locais de trabalho. Até hoje, a restrição é voluntária ou por exigência dos empregadores. Em muitos países, como Estados Unidos, Canadá, México, Chile e Equador, a proibição total do fumo no trabalho já está em vigor.

“Eu me sinto muito mal, quando alguém está fumando, ainda mais em ambiente fechado”, comenta uma jovem. “Tenho rinite alérgica e isso me faz mal no dia”, diz uma outra jovem.

Em um bar paulistano, de cada dez mesas nove são para fumantes. O maître acredita que, se aprovada, a lei pode mudar hábitos. “Vamos perder um pouco dos nossos clientes, mas tem de ser cumprida a lei”, comenta o gerente.

 

O projeto é de autoria do governador José Serra. “Elas continuarão com direito de fumar, mas não nesses locais, e continuarão frequentando esses locais, podendo fumar ao ar livre”, afirma o deputado estadual Samuel Moreira (PSDB), líder da bancada.

A oposição não é totalmente contra o projeto, mas acha que ele precisa de algumas modificações.

“É preciso retirar as medidas de cunho autoritário que nós apontamos ao fazer nossas emendas”, defende o deputado Rui Falcão (PT), líder da bancada.

Outro ponto considerado polêmico é quanto à participação dos donos de bares na fiscalização. Pelo texto que será votado, eles devem dar o alerta ao cliente, ma se a proibição não for respeitada devem chamar a polícia.

 

Caso os donos dos estabelecimentos se omitam, eles podem ser multados. As multas podem chegar a R$ 3 milhões.

Offline Spitfire

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Re: Lei pede mais rigor para fumantes em São Paulo
« Resposta #1 Online: 02 de Abril de 2009, 20:05:24 »
E se eu quiser fazer um bar, um hotel e/ou um restaurante para atender o público fumante, não posso???

Offline Gaúcho

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Re: Lei pede mais rigor para fumantes em São Paulo
« Resposta #2 Online: 02 de Abril de 2009, 20:13:27 »
Fecha o cerco!
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Offline Herf

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Re: Lei pede mais rigor para fumantes em São Paulo
« Resposta #3 Online: 02 de Abril de 2009, 23:20:17 »
Totalitarismo.

Offline Unknown

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Re: Lei pede mais rigor para fumantes em São Paulo
« Resposta #4 Online: 08 de Abril de 2009, 01:25:41 »
E se eu quiser fazer um bar, um hotel e/ou um restaurante para atender o público fumante, não posso???
Pode, se for uma tabacaria. Mas pelo que entendi do projeto há outra alternativa: se o estabelecimento possuir uma grande calçada e deixar algumas mesas lá, acho que não haverá problema.

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Assembleia de São Paulo aprova polêmico projeto de lei antifumo

A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou nesta terça-feira o projeto de lei do governador José Serra que proíbe o fumo em ambientes de uso coletivo, sejam eles públicos ou privados. Ao todo, 88 deputados participaram da votação, sendo que 69 votaram a favor, mais o presidente da Casa, e 18 contrários ao projeto. Três emendas também foram aprovadas e se referem ao tratamento gratuito para os que querem parar de fumar, ações educativas contra o fumo e  prazo de 90 dias para os estabalecimetos se adaptarem à nova lei, que deve ser encaminhada ao governador José Serra para ser regulamentada.

De acordo com o projeto, o indivíduo não poderá fumar em qualquer ambiente fechado que seja de uso coletivo, público ou privado. Será permitido fumar em casa, tabacarias, na rua e em cultos religiosos - caso faça parte do ritual.

A proposta gerou algumas controvérsias no Plenário entre a base governista e a oposição. Na terça-feira (1º), a Casa realizou a última audiência pública para discutir a nova lei com a sociedade. Já na quarta (2), os deputados discutiram o projeto por 3 horas e 15 minutos.

Durante a audiência pública, a bancada do PT, liderada pelo deputado Rui Falcão, caracterizou o projeto como “fundamentalista e autoritário”, pois “viola a autonomia das pessoas e a possibilidade delas decidirem sobre suas vidas”.


Diversas pessoas protestaram contra a aprovação da lei que restringe o fumo

Falcão afirmou ainda que com as emendas, negadas pela base governista, o PT pretendia “tirar o caráter policialesco” do projeto. Os deputados do PT defenderam as emendas para retirar o parágrafo que permite acionar a polícia em caso de flagrante do uso de fumo; para criação de área para fumantes dentro dos condomínios e horários para fumantes em hotéis, bares e restaurantes.

Já o presidente da Assembleia, deputado Barros Munhoz (PSDB), afirmou, durante a audiência, que proposta do governo percorria em caminho positivo. “As falas das pessoas que foram a favor do projeto são mais convincentes do que as pessoas que foram contrárias. Quem está contra o projeto defende uma posição mais comercial, mais os seus interesses do que a saúde pública”.

Paula Johns, uma das responsáveis pelo Comitê Estadual para Promoção de Ambientes Livres do Tabaco (CEPALT), participou do debate na Assembleia e concluiu que o “lobby da indústria” pressionava o projeto. "[...] Não há dúvida em relação às evidências científicas que embasam a necessidade do projeto. É uma questão básica, a liberdade individual de fumar não pode sobrepor o direito coletivo à saúde". Para ela, o direito individual termina quando começa o espaço coletivo.

Já o diretor jurídico da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Percival Maricato, afirma que existe um “excesso de  regulamentação” para um setor que envolve mais de 2 milhões de empresários. “O poder público deveria dirigir suas energias para os graves problemas da cidade, como a violência, em vez de ficar concentrado em Leis absurdas como essa”.

Maricato garante ainda que lutará contra a medida na Justiça, pois defende o “mínimo conceito de liberdade”, e que o projeto transformará o bar em um lugar “proibido, tenso e angustiado”. “As pessoas que defendem a saúde merecem todos os elogios, mas elas também têm que perceber que as pessoas querem viver livremente, ter liberdade e assumir os riscos por suas atitudes”.

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/04/07/assembleia+aprova+projeto+de+lei+antifumo+de+jose+serra+5402931.html
« Última modificação: 08 de Abril de 2009, 01:27:52 por Unknown »

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Offline Renato T

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Re: Lei pede mais rigor para fumantes em São Paulo
« Resposta #5 Online: 08 de Abril de 2009, 08:15:34 »

http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL1077374-5605,00-ENTENDA+O+QUE+VAI+MUDAR+COM+A+LEI+ANTIFUMO+EM+SAO+PAULO.html

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Assembleia aprova projeto de lei antifumo em São Paulo

Dezoito deputados votaram contra e 69 a favor do projeto.
Projeto proíbe fumo em 'recintos coletivos' e cria ambientes livres.



A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou na noite desta terça-feira (7) o projeto de lei antifumo proposto pelo governo do estado. A sessão foi marcada pelo protesto de entidades e pelas tentativas de obstrução da votação pelos deputados do Partido dos Trabalhadores (PT).

 

O projeto de lei 577/2008 "proíbe o consumo de quaisquer produtos fumígenos, derivados ou não do tabaco, em recintos de uso coletivo e cria ambientes livres de tabaco". Foram contrários os 17 deputados da bancada do PT e também o deputado Major Olímpio (PV). Sessenta e nove deputados foram favoráveis.

 

Foram aprovadas três emendas. Uma delas obriga o governo a oferecer tratamento na rede de saúde pública para fumantes que queiram parar de fumar. Outra determina que a lei entrará em vigor 90 dias após a sua promulgação. E a terceira estabelece ampla campanha educativa sobre a lei antes de sua entrada em vigor. Outras sete emendas foram rejeitadas em bloco.
 
O projeto de lei será enviado ao governador José Serra, que deve sancionar e regulamentar a lei. Ele terá 10 dias para fazer a sanção.

 

Ambientes livres

O cigarro ficará completamente proibido em bares, restaurantes e nos locais de trabalho. Não será possível nem mesmo usar fumódromos.

 

Os fumantes não poderão fumar em qualquer ambiente fechado ou parcialmente fechado que seja de uso coletivo, e não importa se o espaço é público ou privado. Só será permitido fumar em casa, em comércios especializados na venda de cigarros e de similares, como tabacarias, e em cultos religiosos em que o tabaco faça parte do ritual.

 

Penas indefinidas

De acordo com a lei aprovada nesta terça-feira, o empresário omisso ficará sujeito as sanções previstas no artigo 56 do Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990) , aplicáveis na forma dos artigos 57 a 60.

 

O artigo 57 do Código de Defesa do Consumidor afirma que "a multa será em montante não inferior a duzentas e não superior a três milhões de vezes o valor da Unidade Fiscal de Referência (Ufir), ou índice equivalente que venha a substituí-lo."

 

O  presidente da Assembleia Barros Munhoz (PSDB) afirmou que as possíveis penalidades serão definidas na regulamentação da lei. De acordo com ele, após ser sancionada, a lei entra em vigor dentro de 90 dias. Nesse período, o governo deverá promover uma campanha de conscientização.

 

"Vai ter de pagar a penalidade, mas pode estabelecer em regulamento. Sem dúvida nenhuma isso será previsto no decreto regulamentador da lei", disse Munhoz.

 

Emendas vetadas


Foram derrotadas em votação as quatro emendas ao projeto apresentadas pelos petistas. Elas buscavam impedir que o fumante que desrespeitasse a lei fosse denunciado à polícia e que autoridade policial fosse envolvida na fiscalização da lei. Além disso, tentavam permitir o fumo em áreas de condomínios e que fosse dada a possibilidade de criação de ambientes exclusivos para fumantes.

 

Protesto

A sessão que decidiu o tema começou às 17h. Pouco antes do começo da sessão, houve protesto de associações na porta da assembleia. A manifestação mobilizou cerca de 50 pessoas ligadas ao Sindicato dos Comerciários de São Paulo e à Associação Brasileira de Gastronomia, Hospedagem e Turismo (Abresi). Os manifestantes afirmaram ser a favor da restrição, mas querem impedir o banimento do fumo. Eles alegam que se a medida for aprovada vai provocar desemprego no setor.
« Última modificação: 08 de Abril de 2009, 08:18:21 por Renato T »

Offline Diego

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Re: Lei pede mais rigor para fumantes em São Paulo
« Resposta #6 Online: 08 de Abril de 2009, 08:18:33 »
A lei nem entrou em vigor e já está fadada ao fracasso.

É impossivel ter uma fiscalização ativa.

Vai acabar sendo igual a lei seca, no começo parece que funciona, mas depois ninguém mais liga pra ela.

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Re: Lei pede mais rigor para fumantes em São Paulo
« Resposta #7 Online: 07 de Maio de 2009, 16:43:54 »
Serra aprova lei "antifumo"; donos de bares e restaurantes protestam

O governador do Estado de São Paulo José Serra sancionou nesta quinta-feira a Lei 577, que proíbe o fumo em ambientes coletivos, públicos ou privados. A lei prevê punições para os estabelecimentos que permitiram o consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou de qualquer outro produto fumígeno. Fumantes não serão punidos. No máximo, a polícia pode pedir que apaguem seus cigarros.

A punição para os estabelecimentos infratores terá quatro etapas: na primeira, uma multa de R$ 792,50 será aplicada; na segunda infração, o valor da punição dobra (R$ 1.585,00); no terceiro flagrante, o funcionamento do local é suspenso por 48 horas; da quarta vez em diante, a suspensão será de um mês. Antes da Lei, as punições relativas ao fumo eram decididas pelo Código do Consumidor e pelo Código Sanitário.

O governo prevê forte fiscalização para fazer a lei ser respeitada. Serão cerca de 500 agentes capacitados a bordo de 35 viaturas estilizadas, sendo metade da Vigilância Sanitária Estadual e a outra metade do Procon. A promessa da secretaria é de que as ações, que começam em junho em 28 cidades do Estado, vão acontecer de segunda a segunda-feira, incluindo as madrugadas.

A lei também se aplica a táxis e veículos de transporte coletivo. Anteriormente, o fumo poderia ser permitido em taxis se o motorista estivesse de acordo. A partir de agora, o taxista pode ser multado.

Com as novas restrições, só será permitido fumar na rua, dentro da própria casa, em estádios, prisões, quartos de hotel, motel, em centros religiosos onde o fumo faça parte do rito, debaixo de toldos arejados, em instituições de saúde onde o fumo for prescrito por médicos, e em estabelecimentos destinados exclusivamente ao consumo de produtos fumígenos. Mas nesses casos, como em tabacarias, por exemplo, a venda de bebidas e comidas fica proibida. Os “fumódromos” de restaurantes, bares, casas noturnas e escritórios estão proibidos.

A lei só entrará em vigor 90 dias após sua publicação, ou seja, dia 7 de agosto. A partir desta data, estabelecimentos onde o fumo era comum terão que ter placas informativas sobre a proibição do fumo e seus donos serão responsáveis pelo respeito à lei. Se observarem alguém fumando, terão que pedir ao cliente que apague o cigarro. Se o cliente se recusar, o proprietário pode chamar a polícia.

Para aplicar uma multa, os fiscais não precisam necessariamente flagrar alguém fumando. Indícios de irregularidades, como cinzeiros cheios, ausência de placas informativas e bitucas no lixo ou no chão são suficientes para penalizar o local.

Donos de bares, restaurantes e casa noturnas protestam

“Eu até sou a favor da lei em ambientes onde se come e bebe. Mas sou contra a lei aplicada em estabelecimentos específicos para fumantes”. Paulo Macedo é “epicure sommelier”. Ele indica combinações de pratos e bebidas com charutos em uma tabacaria em São Paulo.
Com a lei, tabacarias ficam proibidas de vender bebidas e comidas. O motivo alegado é que alguns bares poderiam registrar-se como tabacarias apenas para burlar a lei e liberar o fumo aos seus clientes.

“Uma coisa aqui não sobrevive sem a outra. Se a gente não puder vender bebida e comida, a casa vai fechar. O público que vem aqui é apreciador de charutos. Eles vêem aqui para apreciar uma boa combinação de charuto com bebida ou comida.”


Paulo sugere combinações de charutos e refeições

Paulo entende que as pessoas devam ter o direito à livre escolha. “Trata-se do direito de cada um. A pessoa que vem aqui, vem conscientemente”. Para se tornar sommelier, fez três anos de cursos e participa, inclusive, de campeonatos nacionais. “É uma profissão nova, que estava crescendo bastante. Faz parte da gastronomia e da cultura. Mas, desse jeito, vou ficar desempregado”.

Assim como Paulo, os donos de casas noturnas da Vila Madalena em São Paulo Welton Rodriguez e Marcio de Souza concordam com a necessidade de se preservar a saúde do não-fumante, mas criticam a “rigidez” da lei. “Acredito que podiam permitir que locais que tivessem fumódromos com sistemas adequados de exaustão operassem sem restrição”. Welton, no entanto, está otimista e acredita que o movimento não vai cair. “Quem vai perder mais é o indivíduo, que perde sua liberdade de escolha”.

Marcio de Souza é mais pessimista. Prevê queda de público. “Desde a ‘lei seca’, o nosso movimento caiu 50%. Tínhamos oito garçons, e ficamos com quatro. Essa lei deve ter impacto parecido”. O empresário entende que as punições deveriam ser aplicadas aos fumantes, e não às casas noturnas. “Por quê não multam o fumante? Como é que eu vou ficar vigiando 80 mesas? Quer penalizar a casa pelo pecado alheio? É até deselegante eu ter que abordar o cliente e pedir para ele se retirar!”

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo prometeu entrar com um mandado de segurança coletivo e uma ação direta de inconstitucionalidade para reverter a lei. “Esta lei vai levar os negócios à falência. Com certeza a clientela vai cair e os produtos vão estragar. Vai ter impacto direto no emprego”, afirmou o diretor jurídico Marcus Vinicius Rosa.

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/05/07/serra+aprova+lei+antifumo+donos+de+bares+e+restaurantes+protestam+5987929.html

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Offline Renato T

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Re: Lei pede mais rigor para fumantes em São Paulo
« Resposta #8 Online: 08 de Maio de 2009, 08:17:40 »
De acordo com uma advogada da minha sala, essa lei é inconstitucional e aconteceu a mesma coisa no Rio. O resultado foi que a lei caiu por terra; e essa é a tendência em São Paulo também.

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05/06/2008 - 10h08

 
Liminiar suspende proibição de fumar em locais fechados
O desembargador Mário Guimarães Neto, da 12ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, suspendeu os efeitos do decreto do prefeito Cesar Maia, que proíbe o fumo em ambientes fechados da cidade.

 

A decisão, em caráter liminar, foi concedida em mandado de segurança impetrado pelo Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do município.

A açãoo tem como réus o prefeito do do Rio e o superintendente de Controle de Zoonoses, Vigilância e Fiscalização Sanitária. A decisão da Justiça fixa, ainda, multa de R$ 5 mil para cada auto de infração contra os filiados ao sindicato, ou qualquer ato derivado do poder de polícia municipal, com vistas a assegurar o cumprimento do decreto, considerado ilegal.

Em sua decisão, o desembargador lembra que a questão do tabagismo já foi disciplinada pela Lei Federal 9294/96, que em nenhum momento a lei proibiu – como o fez o decreto municipal - o fumo em ambientes fechados, mas permitiu que fosse reservada área para fumantes, com arejamento conveniente

- Não pode, portanto, um poder municipal, que possui competência legislativa apenas para suplementar a legislação federal e estadual no que couber, através do chefe do Poder Executivo, criar norma cogente proibitiva que possui o condão de, muito além do que suplementar (o que seria lícito), verdadeiramente derrogar uma legislaçãoo federal, criando modelos de condutas totalmente desconformes aos instituídos pela Lei n§ 9294/96 - escreveu o desembargador Mário Guimarães Neto, na liminar.

O decreto municipal entrou em vigor no dia 31 de maio. Dois dias antes, duas tabacarias do Centro conseguiram liminar que permitiu a seus clientes fumar dentro das lojas. A decisão judicial foi dada pelo desembargador Jorge Luiz Habib, da 18ª Câmara Cível. Na próxima segunda-feira, o órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio julga outro pedido de liminar, desta vez, feito pela Federação Nacional dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares, que impetrou ação de representação de inconstitucionalidade contra o decreto.

Offline Dodo

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Re: Lei pede mais rigor para fumantes em São Paulo
« Resposta #9 Online: 08 de Maio de 2009, 19:08:10 »
Acho que logo vão aprovar a pena de morte para fumantes.
Você é único, assim como todos os outros.
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Offline Lua

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Re: Lei pede mais rigor para fumantes em São Paulo
« Resposta #10 Online: 08 de Maio de 2009, 21:29:52 »

Se existe lei federal disciplinando a possibilidade de fumantes utilizarem áreas reservadas de espaços públicos e privados e não há menção à possibilidade do legislativo estadual ou municipal restringirem, a lei de SP não demora a cair.
A lei nem entrou em vigor e já está fadada ao fracasso.

É impossivel ter uma fiscalização ativa.

Vai acabar sendo igual a lei seca, no começo parece que funciona, mas depois ninguém mais liga pra ela.

Ou como a lei dos 15 minutos em filas de banco. O contador de minutos está lá... só que desligado... E você, cliente, espera longos minutos para ser atendido sem que haja qualquer fiscalização externa a respeito do cumprimento da lei. 

"Ajusto-me a mim, não ao mundo" Anais Nin

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Re: Lei pede mais rigor para fumantes em São Paulo
« Resposta #11 Online: 13 de Maio de 2009, 16:45:32 »
Ministra do Supremo Tribunal Federal nega liminar contra lei que proíbe o fumo

A ministra Ellen Gracie negou na noite desta terça-feira o prosseguimento no Supremo Tribunal Federal (STF) de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a Lei Antifumo sancionada pelo governador José Serra (SP). A ação havia sido apresentada pela Associação Brasileira de Restaurantes e Empresas de Entretenimento (Abrasel Nacional).

De acordo com a entidade, o governo de São Paulo, a pretexto de proteger a saúde dos não-fumantes, decidiu acabar por completo com os direitos dos fumantes, colidindo com a legislação federal e municipal sobre o tema.

A Abrasel alegava que tanto a Lei Federal 9.294, de 15 de julho de 1996, quanto a Lei Municipal 13.805, de 4 de julho de 2008, já proíbem o uso de cigarros e similares em bares, restaurantes e afins, mas asseguram espaço reservado aos não-fumantes.

Com a decisão da ministra Ellen Gracie, a entidade não conseguiu a liminar que pretendia para suspender temporariamente a lei estadual que entrará em vigor no dia 7 de agosto.

A lei

O fumo está proibido em todos os lugares fechados, de uso coletivo, sejam eles públicos ou privados. Isso inclui bares, restaurantes, cafés, shoppings, ambientes de trabalho e áreas comuns de condomínios. É permitido fumar em casa, nas tabacarias, na rua e em cultos religiosos (caso isso faça parte do ritual).

A nova lei aprovada também determinou o fim das áreas para fumantes dentro dos estabelecimentos fechados. Apesar disto, pode-se fumar em varandas e locais abertos dentro ou nas proximidades dos bares e restaurantes.

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/05/13/ministra+do+stf+nega+liminar+contra++lei+antifumo+6094919.html

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Re: Lei pede mais rigor para fumantes em São Paulo
« Resposta #12 Online: 18 de Maio de 2009, 04:39:03 »
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Donos de bares e restaurantes "fazem o que podem" para se adaptar à lei contra o fumo

Após ter o pedido de inconstitucionalidade da lei “antifumo” negado, os donos de bares e restaurantes não tem para onde correr. Têm que se adaptar às novas regras. Desde que foi sancionada em 7 de maio, a lei nº 577 proíbe o fumo em locais fechados de uso público. Mas só a partir do dia 6 de agosto, os estabelecimentos poderão ser penalizados. Com medo das multas, os estabelecimentos já começaram a fazer seus ajustes.

Além das casas noturnas, talvez um dos lugares que mais sofram com a nova lei sejam as tabacarias que, além de cigarros e charutos, vendem bebidas e comidas. Estes estabelecimentos não vão mais poder vender bebidas ou comidas. O governo alega que isso abriria uma janela na lei para que bares comuns inscrevessem sua “razão social” como tabacarias e liberassem o fumo em seus estabelecimentos.

Dias antes de a lei ser aprovada, o funcionário de uma tabacaria Paulo Macedo disse que temia ficar desempregado. Ele é epicure-sommelier. Seu trabalho é indicar combinações de pratos e bebidas com charutos em uma tabacaria em São Paulo. “Uma coisa aqui não sobrevive sem a outra. Se a gente não puder vender bebida e comida, a casa vai fechar.

Procurado pela nossa reportagem, Paulo ainda está apreensivo e não tem certeza do que vai acontecer. O governo afirma que a regulamentação da lei ainda pode sofrer alterações. “Vamos tentar manter nosso trabalho como está, mas não queremos problemas com a justiça”. O epicure-sommelier aguarda que um fiscal passe na tabacaria para poder se informar melhor.

“A gente já mandou fazer um cartaz que informa que este é um estabelecimento destinado ao fumo”. Além dos funcionários e donos, a clientela também teme perder o espaço. “Eles não veem tanta graça em fumar um charuto em casa. Querem vir aqui harmonizar o charuto com uma bebida. Falaram até em fazer um abaixo assinado”.

Gerente comercial de uma tabacaria, mas com opinião inversa, Marisa Carvalho aposta que o clientela vai aumentar. Sua tabacaria que não vende bebidas alcoólicas nem comidas. “Vamos ser um dos únicos lugares em que o fumante vai poder ir tranquilamente”.

Mas, entre donos de bares e restaurantes, a indignação é grande. “A gente faz o que pode. Mas não pode fazer quase nada”. Marcio Pinto de Souza é dono de um bar-restaurante na Vila Madalena, em São Paulo. “Tudo o que fizemos foi tirar os cinzeiros das mesas. E o pior é que já teve cliente que foi embora por causa disso”, reclama.

O também dono de bar Helton Altman está revoltado. “Achamos que essa lei tem erros brutais contra a liberdade individual. Enquanto eu não for multado, não vou alterar nada”. Ele sabe que, a partir do dia 6 de agosto, terá que pendurar um cartaz com recomendações sobre o fumo e tirar os cinzeiros das mesas. “Vou colocar um ‘cinzeirão’ num barril de chopp lá fora para não jogarem a bituca na rua. Se fumarem dentro do estabelecimento, vou ter que abordar as pessoas para apagarem”. Helton fará a fiscalização por obrigação, não porque concorda. “Ele põem o ônus da culpa para o dono. Eu não tenho dom de detetive nem investigador, mas vou ter que proibir senão eu pago a multa”.

Uma forma que alguns bares devem adotar é facilitar para que seus clientes possam sair para fumar. “A gente vai ter que reformular a portaria para as pessoas poderem entrar e sair”. Rosana Santos é gerente administrativa de um pub, espécie de bar inglês. “Mas fora isso, realmente não tem muito o que fazer”.

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/05/17/donos+de+bares+e+restaurantes+fazem+o+que+podem+para+se+adaptar+a+lei+antifumo+assista+6151938.html
Uma notícia já velha, mas importante:
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Fiscalização antifumo terá 'detector de fumaça' em São Paulo

O governador José Serra (PSDB) anunciou que deve sancionar nesta quinta-feira a lei antifumo. Para fazer valer a proibição do uso do tabaco em ambientes fechados de bares, restaurantes, shoppings e baladas, a fiscalização em São Paulo vai contar com “bafômetros do cigarro”.

Durante as blitze, serão usados 15 aparelhos que conseguem detectar a presença de fumaça, ainda que nenhum fumante seja flagrado no ato com a bituca em mãos.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, responsável por coordenar a fiscalização, os “fumômetros” serão uma das ferramentas para identificar o estabelecimento infrator. Além desses equipamentos, outros indícios podem render multa, como cinzeiros, bitucas, falta de placas informativas, além do flagrante do cliente (ou funcionário da empresa) fumando.

Luizemir Lago, diretora do Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod), afirma que os aparelhos são os mesmos usados para medir a concentração de poluentes. “Eles são capazes de identificar as partículas deixadas pelo tabaco, desde que tenham sido expelidas em excesso e em ambiente fechado”, explicou. Ela explica, porém, que se existir dispersão do ar as substâncias dificilmente serão identificadas.

O principal material liberado pelo tabaco é o monóxido de carbono, que, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca) e os oncologistas, pode provocar até câncer de pulmão no fumante passivo.

A justificativa da nova legislação, até por isso, é proteger a saúde de quem não fuma mas está sujeito aos malefícios provocados pela fumaça alheia, garante Luizemir.

Ainda que a sanção da nova lei aconteça nesta quinta, após a publicação no Diário Oficial do Estado está previsto um prazo de 90 dias para a adequação de todos os proprietários. Nesse período, serão realizadas só blitze educativas para orientar os proprietários - pessoas que vão receber as punições quando a restrição valer. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/05/07/blitze+antifumo+terao+detector+de+fumaca+em+sao+paulo+5984929.html

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Offline Renato T

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Re: Lei pede mais rigor para fumantes em São Paulo
« Resposta #13 Online: 18 de Maio de 2009, 09:06:20 »
Afe... tosco demais...

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Re: Lei pede mais rigor para fumantes em São Paulo
« Resposta #14 Online: 21 de Maio de 2009, 17:06:27 »
A primeira já é velha, mas achei importante colocá-la aqui. As outras são de hoje.
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Entenda o que muda para os fumantes com a nova lei antifumo em São Paulo

A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou, nesta terça-feira, o projeto de lei do governador José Serra que proíbe o fumo em ambientes de uso coletivo, sejam eles públicos ou privados. Foram aprovadas também três emendas que se referem ao tratamento gratuito para os que querem parar de fumar, ações educativas contra o fumo e um prazo de 90 dias para os estabelecimentos se adaptarem à nova lei.

Entenda o que muda na vida dos fumantes e dos donos de bares e restaurantes com a nova lei.

Onde está proibido e onde se pode fumar a partir de agora?

O fumo está proibido em todos os lugares fechados, de uso coletivo, sejam eles públicos ou privados. Isso inclui bares, restaurantes, cafés, shoppings, ambientes de trabalho e áreas comuns de condomínios. É permitido fumar em casa, nas tabacarias, na rua e em cultos religiosos (caso isso faça parte do ritual).

Não existem mais os “fumódromos” pela nova lei?

A nova lei aprovada determinou o fim das áreas para fumantes dentro dos estabelecimentos fechados. Apesar disto, pode-se fumar em varandas e locais abertos dentro ou nas proximidades dos bares e restaurantes.

Se alguém for pego fumando nos locais proibidos, quem paga pelo não cumprimento da lei?

O projeto de lei define que o proprietário do estabelecimento ou do espaço pode chamar a polícia caso algum frequentador descumpra a lei. Se nenhuma providência for tomada, o proprietário pode ser multado, o estabelecimento interditado e a licença de funcionamento do local retirada. O dono do estabelecimento é responsável, pela lei, por afixar avisos sobre a proibição do fumo.

Se a polícia for chamada pelo proprietário, o que pode acontecer com o fumante? Ele pode ser preso?

Se o fumante não ouvir os pedidos do proprietário do local para parar de fumar, ele pode chamar a polícia. A função principal dos policias, neste caso, é pedir que ele pare de fumar e respeite a lei. A pessoa pode ser presa apenas se desrespeitar a autoridade policial.

Se alguém está fumando do meu lado e sei da situação irregular, posso denunciar? Como devo proceder?

A primeira atitude que se deve tomar quando se vê alguém fumando irregularmente é chamar o proprietário do local, já que é ele quem paga pela infração. Quem deve denunciar e tomar as providências é o dono do estabelecimento.

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/04/08/entenda+o+que+muda+para+os+fumantes+com+a+nova+lei+que+proibe+o+cigarro+em+lugares+fechados+5414910.html
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Anvisa não vai mais regulamentar fumódromos e apoia lei que proíbe o fumo

Ao acabar com os fumódromos, a lei antifumo sancionada pelo governo de São Paulo abriu uma polêmica jurídica com donos de bares, restaurantes e tabacarias, entre outros estabelecimentos que mantêm ambientes isolados para fumantes.

Já são seis as ações ajuizadas pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e pela Associação Brasileira de Gastronomia, Hospedagem e Turismo (Abresi). O principal argumento das associações diz respeito ao conflito que a lei estadual, sancionada pelo governador José Serra no último dia 7 de maio, estabelece com a legislação federal.

Os advogados dos bares e restaurantes agarram-se à Lei 9.294, de 1996. Curiosamente, esta lei, considerada a “mãe” de todas as restrições ao fumo no Brasil, foi patrocinada pelo então ministro da Saúde José Serra, no primeiro governo FHC.

Além de estabelecer restrições à publicidade e obrigar a inclusão de advertências sobre os riscos do fumo à saúde nos maços de cigarro, a lei determina, logo no seu segundo artigo, que só será permitido fumar em recintos coletivos, privados ou públicos, desde que “em área destinada exclusivamente a esse fim, devidamente isolada e com arejamento conveniente”.

A lei, na prática, criou o chamado “fumódromo”, mas deixou em aberto a definição sobre as características que o espaço deveria ter. Só em 2007, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) propôs regulamentar a Lei 9.294, por meio de uma resolução submetida à consulta pública. A pesquisa foi feita, mas a regulamentação não saiu até hoje.

A Anvisa havia colocado como uma de suas metas para 2009 a regulamentação das áreas isoladas para fumantes.  A proposta da agência, muito rigorosa, prevê a criação de ambientes fechados com ventilação específica – “uma verdadeira sala de cirurgia de hospital”, nas palavras de um advogado.

Ainda assim, para donos de bares e restaurantes, seria melhor se submeter a uma regulamentação rigorosa a respeito de fumódromos do que não poder oferecer área alguma para fumo, como estabelece a lei estadual, em São Paulo.

Mas a Anvisa não vai mais fazer isso. Em entrevista ao Último Segundo, na manhã de quarta-feira, o diretor-geral da agência, Agenor Álvares, informou que a regulamentação dos fumódromos “perdeu eficácia” diante do apoio do governo federal ao projeto de lei do senador Tião Viana (PT-AC), que determina a proibição do fumo em qualquer ambiente coletivo, público ou privado no país.

O PL 315-08, de Viana, dá nova redação justamente ao artigo segundo da Lei 9.294, proibindo o fumo indiscriminadamente e fazendo desaparecer a frase que deu origem aos fumódromos – a permissão que se fumasse “em área destinada exclusivamente a esse fim, devidamente isolada e com arejamento conveniente”.

Ex-ministro da Saúde no primeiro governo Lula, Álvares entende que se a Anvisa regulamentar agora os fumódromos poderá dar prejuízo aos estabelecimentos que criarem esse espaço de acordo com as novas exigências. Isso porque, se o projeto de lei do senador Viana for aprovado, o fumódromo fica simplesmente proibido.

Além disso, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, já se manifestou publicamente a favor do projeto do senador – o que reforça a decisão da Anvisa de não se empenhar mais na regulamentação das salas especiais para fumantes.

O senador Tião Viana, porém, disse ao Último Segundo que está pessimista. “O lobby da indústria do tabaco é muito forte”. Imediatamente depois de apresentar o seu projeto, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) apresentou o PL 316-08, que dispõe sobre o mesmo assunto, com a diferença de manter a existência de fumódromos – em áreas com varanda e boa ventilação.

A tramitação em paralelo de dois projetos semelhantes dificulta as coisas. “É uma procrastinação legislativa”, diz Viana. O projeto ainda não saiu da Comissão de Constituição de Justiça.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mauricio_stycer/2009/05/21/anvisa+nao+vai+mais+regulamentar+fumodromos+e+apoia+lei+que+proibe+o+fumo+6247930.html
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Marrey evoca convenção da Organização Mundial de Saúde sobre proibição de fumo

Na disputa com bares e restaurantes, que lutam pela manutenção das áreas para fumantes em seus estabelecimentos, o secretário de Justiça de São Paulo, Luiz Antonio Marrey, argumenta que o governo estadual tem todo o direito de legislar a respeito, independentemente da existência de legislação federal sobre o mesmo assunto.

Marrey se apoia no decreto 5.658, de 2006. Assinado pelo presidente Lula, o decreto promulga a Convenção-Quadro sobre Controle do Uso do Tabaco, adotada pelos países membros da Organização Mundial de Saúde em 2003.

Em seu artigo oitavo, a convenção estabelece que os países signatários adotarão e aplicarão, “medidas eficazes de proteção contra a exposição à fumaça do tabaco” em ambientes fechados.

Marrey entende que a convenção da OMS não limita a atuação no combate ao fumo à esfera federal, o que autorizaria o governo do Estado a propor a lei que acaba de ser sancionada. “São medidas eficazes, como pede a convenção”, diz o secretário.

Marrey também argumenta que a Lei 9.294, de 1996, que prevê a existência de fumódromos, é hierarquicamente inferior à convenção da OMS. O secretário entende que, por tratar de direitos humanos (saúde), essa convenção tem o mesmo peso que um artigo da Constituição.

Uma emenda constitucional, a de número 45, aprovada em 2004, estabeleceu que “os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.”

“Dessa forma, qualquer tentativa liberalizante em relação ao fumo torna-se anticonstitucional”, raciocina Marrey.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mauricio_stycer/2009/05/21/marrey+evoca+convencao+da+organizacao+mundial+de+saude+sobre+probicao+de+fumo+em+sp+6247932.html

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Re: Lei pede mais rigor para fumantes em São Paulo
« Resposta #15 Online: 08 de Agosto de 2009, 04:24:16 »
Primeiro dia da Lei Antifumo altera hábitos durante tradicional happy-hour

A Lei 13.541, conhecida como Lei Antifumo, já começou a mudar os hábitos dos paulistas no seu primeiro dia de vigência. Durante o tradicional happy-hour de sexta-feira, os bares, botequins e restaurantes já ostentam as plaquinhas distribuídas pelo governo de São Paulo que restringem o fumo em lugares fechados. Contrários à lei ou não, os fumantes já se adaptaram: carregam seus copos de cerveja até a calçada para poder fumar.

A Lanchonete "Seu Pedroso", que, além de pratos rápidos, oferece cerveja e porções para os clientes, ficou com as mesas internas vazias. Clientes disputaram cadeiras na varanda e, mesmo quem não conseguiu, preferiu ficar de pé a abdicar do cigarro.

O gerente Antônio Berevaldo não gostou. Avalia que o "cliente não gosta" e que a lei "vai atrapalhar um pouco" o movimento.

Há fumantes que adaptaram-se às novas normas com bom-humor. "Adorei a lei. Vou fazer muitos amigos novos na calçada", disse Daniela Arruda, que é artesã de flores de pano. No “Botequim do Hugo”, os clientes pareceram nem incomodar-se. Fumantes conversam tranquilamente na calçada, onde há um grande cinzeiro improvisado.

De modo geral, donos e gerentes de bares e restaurantes estão mais preocupados com as multas previstas em lei do que com a possível queda de movimento. Até em espaços onde o fumo está permitido, como varandas, as gerências dos bares preferem proibir os cigarros, cigarrilhas e charutos. 

O "Bar e pizzaria Carcamano" tem uma varanda descoberta e arejada, apenas com uma espécie de porta "falsa" na entrada do ambiente, mas, ainda assim, desde esta sexta-feira, proibiu o fumo na área.

Bem humorada, a gerente Paula Hoedt, que aprova alguns elementos da lei, questionou: "Qual é a diferença de a pessoa dar a volta para fumar se a varanda não tem teto e é arejada?". O estabelecimento, que durante o happy-hour ficava com a varanda cheia de clientes, estava vazio às 19h30 desta sexta-feira. "Acho o fim da picada", completou.

Critérios confusos

Os donos de bares parecem não saber ainda o que fazer com seus toldos. A lei proíbe o fumo em "recintos de uso coletivo, total ou parcialmente fechados em qualquer dos seus lados por parede, divisória, teto ou telhado, ainda que provisórios".

Se respeitada literalmente, em nenhum tipo de varanda ou toldos o cigarro poderia ser permitido. Mas a assessoria da Secretaria de Saúde de São Paulo afirmou que “depende da dispersão de ar no local. Se não houver ligação com a parte de dentro, como uma janela ou porta, aí pode”.

O Restaurante e Bar “Manekem Pis” preferiu não arriscar. No segundo andar do estabelecimento, há uma varanda arejada, parcialmente encoberta por um toldo e isolada por uma porta de vidro. Seria o caso descrito como permitido. Mas, de acordo com a gerência, um fiscal da lei avisou que, se encontrasse vestígios de fumo na região, aplicaria a multa. "Realmente, está confuso” afirmou o garçom Cristiano Gomes.

O espaço restringiu o fumo a duas mesas que ficam na varanda e preferiram nem oferecer cinzeiro aos clientes. “Acho anti-higiênico”, protestou Marcelo Foresti, estudante de administração de empresas.

O bistrô “Le Vin” também tinha uma varanda onde o fumo era permitido. Também arejada e com uma porta de vidro que isola os ambientes, fumantes não são mais aceitos na varanda. "Ninguém está entendendo direito como funciona o toldo. A nossa assessoria afirmou que se fecharmos a porta, poderíamos manter o cigarro, mas preferimos deixar como está" disse o gerente Erivaldo Matias. Ele acredita que “o fumante está aceitando e compreendendo a lei". Ainda assim, a cliente Camila Siqueira, diretora de galeria de arte, protestou: "No happy-hour, ter que sair para fumar, é um saco".

Vídeo no site: http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/08/07/primeiro+dia+da+lei+antifumo+altera+habitos+durante+tradicional+happy+hour++7752935.html

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Offline Südenbauer

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Re: Lei pede mais rigor para fumantes em São Paulo
« Resposta #16 Online: 08 de Agosto de 2009, 07:33:23 »
Bobagem essa ideia global de que precisamos erradicar o fumo porque corrói o ser humano e blá, blá, blá... se o cara quer se destruir, deixa ele. A questão é as pessoas serem responsáveis pelos seus atos, donas de seu corpo.

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Offline Týr

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Re: Lei pede mais rigor para fumantes em São Paulo
« Resposta #17 Online: 08 de Agosto de 2009, 07:36:34 »
Bobagem essa ideia global de que precisamos erradicar o fumo porque corrói o ser humano e blá, blá, blá... se o cara quer se destruir, deixa ele. A questão é as pessoas serem responsáveis pelos seus atos, donas de seu corpo.

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Offline Herf

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Re: Lei pede mais rigor para fumantes em São Paulo
« Resposta #18 Online: 08 de Agosto de 2009, 13:43:51 »
Bobagem essa ideia global de que precisamos erradicar o fumo porque corrói o ser humano e blá, blá, blá... se o cara quer se destruir, deixa ele. A questão é as pessoas serem responsáveis pelos seus atos, donas de seu corpo.

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O pior é quando o seu direito me atinge, detesto cigarro e fumante, detesto ser fumante passivo.
É engraçado quando usam o fumo passivo como justificativa para aberrações como essa lei antifumo, ou mesmo para qualquer coisa menos restritiva que isso.

É tão difícil assim para não fumantes não frequentar lugares onde o fumo seja permitido?

Offline Herf

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Re: Lei pede mais rigor para fumantes em São Paulo
« Resposta #19 Online: 08 de Agosto de 2009, 13:48:50 »
Tinha que ter uma lei que proibisse som alto em qualquer lugar, tenha ele isolamento acústico ou não. Pois se eu entrar em uma boate com som alto, o direito dos outros de ouvir som alto interfere no meu direito de não ter minha audição danificada.

Offline Gaúcho

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Re: Lei pede mais rigor para fumantes em São Paulo
« Resposta #20 Online: 08 de Agosto de 2009, 14:59:00 »
Bobagem essa ideia global de que precisamos erradicar o fumo porque corrói o ser humano e blá, blá, blá... se o cara quer se destruir, deixa ele. A questão é as pessoas serem responsáveis pelos seus atos, donas de seu corpo.

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O pior é quando o seu direito me atinge, detesto cigarro e fumante, detesto ser fumante passivo.
É engraçado quando usam o fumo passivo como justificativa para aberrações como essa lei antifumo, ou mesmo para qualquer coisa menos restritiva que isso.

É tão difícil assim para não fumantes não frequentar lugares onde o fumo seja permitido?

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Offline Pellicer

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Re: Lei pede mais rigor para fumantes em São Paulo
« Resposta #21 Online: 09 de Agosto de 2009, 00:27:27 »
É tão difícil assim para não fumantes não frequentar lugares onde o fumo seja permitido?

É sim. É mais fácil proibir o fumo porque assim tanto os fumantes quanto os não fumantes podem frequentar um mesmo lugar sem um incomodar o outro.

Tinha que ter uma lei que proibisse som alto em qualquer lugar, tenha ele isolamento acústico ou não. Pois se eu entrar em uma boate com som alto, o direito dos outros de ouvir som alto interfere no meu direito de não ter minha audição danificada.

E existe essa lei. Chama-se lei do silêncio, que vai multar um estabelecimento que permita que o barulho gerado no próprio lugar incomode os vizinhos. E existe uma lei federal que impede qualquer um de emitir um som com mais de algum limite de decibéis durante o dia e um outro limite durante a noite, não lembro os valores.

Offline Herf

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Re: Lei pede mais rigor para fumantes em São Paulo
« Resposta #22 Online: 09 de Agosto de 2009, 01:28:42 »
É tão difícil assim para não fumantes não frequentar lugares onde o fumo seja permitido?

É sim.
Então aprendam.

Offline Pellicer

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Re: Lei pede mais rigor para fumantes em São Paulo
« Resposta #23 Online: 09 de Agosto de 2009, 01:30:15 »
É tão difícil assim para não fumantes não frequentar lugares onde o fumo seja permitido?

É sim.
Então aprendam.

Me obrigue.

Offline Herf

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Re: Lei pede mais rigor para fumantes em São Paulo
« Resposta #24 Online: 09 de Agosto de 2009, 01:32:41 »
Engraçado isso de haver "áreas exclusivas para fumantes" dentro dos bares - não sei se esse é o caso de São Paulo, mas em outras cidades um pouco menos totalitárias é assim.

E se um não fumante quiser entrar na área exclusiva para fumantes? O que irão fazer? Dividir novamente a área restrita dos fumantes, de modo que haja uma área de fumantes para não fumantes e uma área de fumantes para fumantes?

 

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