Mesmo aceitando a necessidade de causa, causa não é necessariamente Jeová ou qualquer outro deus, quinze deuses, ou qualquer ser com vontade.
Pode ser simplesmente "a causa", qualquer que seja, o que quer que seja, não se precisa assumir que é um cara, que existiu uma vontade de alguém.
Isso é encher de assunções desnecessárias, não é mais lógico de dizer que esse alguém era verde ou usava um gorro azul, ou ainda, que foram vários seres.
Mas a própria aceitação da necessidade de causa pode ser questionada se para esse super-cara não é necessária causa alguma. Não é só um velho barbudo super-poderoso que ficou só coçando por toda a eterniadade que se eximiria dessa necessidade; uma causa mínima e não-pessoal, ainda que absolutamente incógnita, também pode. E isso é o mais lógico a assumir, não que era um cara, trigêmeos siameses ou uma aranha gigante.
eu creio que haja inúmeras, e fortes evidências, que é o Deus da biblia, que criou tudo.
A descrição científica do universo se expandindo a partir de um ponto inicial é fascinante, porque foi só a partir dos anos 60 que os físicos começaram a falar nisso. Por séculos, eles aceitaram a versão de Aristóteles, de que o universo sempre existiu. Mas a Bíblia sempre disse que houve um início. O que é mais interessante ainda, é como o primeiro versículo na biblia descreve tudo , que existe.
Um bem conhecido filósofo inglês, chamado Herbert Spencer, que viveu no século XIX, fez uma descoberta, que foi considerada uma categórica contribuição no campo científico, naquela época. Ele descobriu que toda a realidade, tudo o que existe no universo pode ser contida em cinco categorias: tempo, força, ação, espaço e matéria. Herbert Spencer disse tudo o que existe, existe em uma dessas categorias. Nada existe fora dessas categorias. Essa foi uma descoberta muito astuta, e não tinha sido feita e descrita antes do século XIX. Pense sobre isso. Spencer mesmo listou nessa ordem ... tempo, força, ação, espaço e matéria. Essa é uma seqüência lógica. E então com isto, em sua mente, ouve-Gênesis 1:1. "
No início," que é o tempo ... "
Deus", que é força, "
criou", que a ação, "
os céus", que é espaço ",
e da terra," que é a matéria. No primeiro verso da Bíblia Deus disse claramente o que o homem não catálogou até o século XIX. Tudo o que se pode dizer sobre tudo o que existe, está catalogado no primeiro versículo em Genesis. Você pode crer que o Deus da biblia é a força ou você acredita que o Deus da biblia não é a força que criou tudo. O debate se resume a isso, queira você acreditar no Deus da Bíblia ou não. Ou você acredita no livro de Gênesis, e na biblia, ou não.
Em todo processo físico há uma seqüência de estados. Um estado precedente é uma causa para outro estado que é seu efeito. E há sempre uma lei física que descreva esse processo .Mas o que existia antes desse átomo primordial? Essas questões, sem respostas pela física, encontram um ponto final na religião – ou seja, encontram Deus.
Robert Jastrow American astronomer, physicist and cosmologist:
"For the scientist who has lived by his faith in the power of reason, the story ends like a bad dream. He has scaled the mountain of ignorance; he is about to conquer the highest peak; as he pulls himself over the final rock, he is greeted by a band of theologians who have been sitting there for centuries."aonde a ciência não alcança, a fé chega. Por isto fé e ciência não se excluem, mas podem compor uma sinergia harmônica.
A causa do universo é diferente que todas as outras causas, pois esta causa é a causa da própria existência.
A causa deste Universo tem de ser imaterial, intemporal e poderosa:
a) Se criou o tempo, não pode estar sujeita a esse tempo. Esta causa é intemporal ou eterna.
b) Se criou o espaço e a matéria, não pode estar sujeita a esse espaço e matéria. Esta causa é imaterial ou espiritual.
O que nos leva a concluir que esta causa é, também, poderosa. Pelo menos mais poderosa do que aquilo que criou.
há, além do mais, o princípio antrópico, que até hoje não vi nenhuma resposta razoável , cabível, e lógica por parte dos atéus.
O principio antrópico não é uma "prova de Jeová" nem nada parecido.
eu nunca falo de provas, pode cancelar esta palavra do seu vocabulário, no debate comigo. Eu falo de
evidências.
É simplesmente a noção de que, se o universo é assim, tal como é, as suas condições iniciais, e o seu passado, devem ser necessariamente de tal forma que resultasse nisso.
Não quer dizer que foi "projetado" para resultar nisso, que é a interpretação criacionista/teísta/deísta.
justamente. E nossa interpretação. E temos excellentes motivos para crer assim.
http://www.sinaisdostempos.org/ateus/aevidenciadeDeus.htm1. "Um Universo nem tão aleatório"
Tal é o título do capítulo 1º, no qual Patrick Glynn se associa aos físicos que afirmam "o princípio antrópico", a saber: "as inúmeras leis da Física foram orquestradas ordenadamente desde o início do universo até o aparecimento do homem; o universo em que habitamos aparenta ser explicitamente planejado para o surgimento dos seres humanos" (p. 29). "Brandon Carter e outros cientistas descobriram uma série de misteriosas coincidências ou acidentes de sorte no universo, cujo único denominador comum era preparar o aparecimento do homem. A mais leve alteração das forças fundamentais da Física - gravidade, eletromagnetismo, a sólida energia nuclear ou a fraca energia nuclear - teria como resultado um universo irreconhecível: universo formado de hélio, sem prótons ou átomos, sem estrelas, universo que desmoronaria sobre si mesmo antes dos primeiros momentos de sua existência. Modificar as proporções exatas da massa das partículas subatômicas em relação umas às outras traria efeitos semelhantes. Mesmo a base da vida, como carbono e água, depende de uma fina sintonia extraordinária em nível subatômico, coincidências estranhas nos valores, para as quais os físicos não possuem explicação" (p 334). Patrick Glynn apresenta alguns exemplos dessa fina sintonia sem a qual não haveria o universo:
"A gravidade é cerca de 1039 vezes mais fraca que a força eletromagnética. Se a gravidade fosse 1033 vezes mais fraca, as estrelas teriam um bilhão de vezes menos massa e queimariam um milhão de vezes mais rápido.
A fraca energia nuclear tem 1028 vezes a força da gravidade. Se a fraca energia nuclear fosse levemente mais fraca, todo o hidrogênio no universo se teria transformado em hélio (impossibilitando a existência de água, por exemplo).
Uma forte energia nuclear (de 2%) teria impedido a formação dos prótons, produzindo um universo sem átomos. Decrescendo seu valor em 5%, teríamos um universo sem estrelas.
Se a diferença em massa entre um próton e um nêutron não fosse exatamente a que é - cerca de duas vezes a massa de um elétron -, então todos os nêutrons se transformariam em prótons e vice-versa. E diríamos 'adeuzinho' à química como a conhecemos - e à vida.
A natureza propriamente dita da água - tão vital para a vida - é algo misterioso... A água, única entre as moléculas, é mais leve em estado sólido que em estado líquido: o gelo flutua. Se isso não acontecesse, os oceanos congelariam de baixo para cima e a Terra, agora, estaria coberta de gelo sólido. Por sua vez, essa propriedade pode ser atribuída a propriedades exclusivas do átomo de hidrogênio.
A síntese do carbono - o núcleo vital de todas as moléculas orgânicas - em uma escala de importância, envolve aquilo que os cientistas denominam uma 'estarrecedora' coincidência na proporção da energia forte (strong force) para o eletromagnetismo. Essa proporção permite ao Carbono 12 atingir um estado estimulado de exatidão da ordem de 7,65 MeV na temperatura típica do centro das estrelas, o que cria uma ressonância que envolve o Hélio 4, o Berilo 8 e o Carbono 12, possibilitando a ligação necessária que ocorre durante uma janela diminuta de oportunidade, que dura 10E-17 segundos" (p. 35).