se fosse tão simples assim..... o que os cientístas descobrem, e aprendem, é que o que é preciso para formar vida, é muito mais, do que sería possível meramente mediante processos naturais.
Não, ainda não foi possível descartar a possibilidade de origem natural da vida. Na verdade, foi se avançando cada vez mais nesse campo.
Ao mesmo tempo, não se tem qualquer evidência da existência de fenômenos "sobrenaturais", nem esse tipo de especulação chega ao menos a poder ser considerada ciência. É essencialmente jogar a toalha e dizer, "desisto, não sei como aconteceu, logo foi mágica".
não, não acredito que foi magica. Acredito que foi Deus. Esta é uma explicação absolutamente racional .Para o crente no relato bíblico da Criação, a asserção de que somente o Criador pode criar a vida não é um argumento para o “Deus das lacunas”. Temos uma boa idéia do que seja necessário para criar a vida, somente não podemos fazê-lo. Essa é uma afirmação de que a vida não pode existir sem Deus. Com efeito, a vida torna-se uma evidência a favor de um Criador todo-sapiente, que decidiu criar a vida e partilhá-la conosco.Cinqüenta anos de pesquisa bioquímica demonstraram inequivocamente que, a despeito de quais sejam as condições, a abiogênese é uma impossibilidade. É apenas uma questão de tempo antes que o edifício chamado “evolução química” imploda sob o peso dos fatos.
Você acredita que Deus não é onipotente então, que seria
incapaz de criar um universo cujas regras culminassem na emergência espontânea da vida como sugerido pelos cientistas.
Sabemos exatamente como produzir matéria viva: Primeiro, projete e sintetize alguns milhares de diferentes aparelhos moleculares capazes de converter substâncias simples, comumente disponíveis no meio ambiente, em biopolímeros complexos. Segundo, certifiquese de que tais dispositivos sejam capazes de auto-reprodução precisa. Terceiro, certifique-se de que essas unidades possam sentir seu meio ambiente e se ajustar a quaisquer mudanças que nele ocorram. Então, é simplesmente uma questão de dar início simultâneo a centenas de rotas bioquímicas, mantendo o estado de desequilíbrio de cada conversão química, garantindo a disponibilidade de contínuo suprimento de matéria- prima, e provendo a remoção eficiente de refugos.
Se pesquisar por mais do que as caricatuas dos criacionistas, verá que os cientistas não sugerem algo assim. Há vários elementos que não precisam do rigor descrito aí; reprodução precisa, sensibilidade ao meio ambiente, início sumultâneo de centenas de rotas bioquímicas, etc.
Uma exigência mínima para se criar tais mecanismos biológicos complexos é a familiaridade absoluta com a matéria em nível atômico e molecular. Você também precisará de grandes idéias quanto ao uso dessas complexas maquinarias vivas, alimentando uma esperança proporcional ao esforço despendido em criá-las. Fabricar células vivas requer controle absoluto de cada molécula grande ou pequena. Essa é uma capacidade que a ciência não possui. Os químicos podem transformar grandes números de moléculas de uma forma em outra, mas não podem transportar moléculas selecionadas através de membranas para inverter as condições de equilíbrio.
Os cientistas não intencionam tanto "montar uma célula viva", "manualmente", como sugere, de forma que seja necessária a manipulação de moléculas nesse nível.
Todos os assuntos da física, química, e os processos biológicos conhecidos pelo homem, são universalmente sujeitos –sem exceção— às leis da termodinâmica (primeira e segunda)A teoria da evolução enfrenta um problema na segunda lei, já que se entende claramente que esta lei indica (assim como a observação empírica) que as coisas tendem à desordem, simplicidade, aleatoriedade, e desorganização, enquanto a teoria insiste ser precisamente o contrário a ocorrer desde o início do universo (supondo que ele teve um começo) a estória diz que – violando a segunda lei – no meio de certa população de moléculas automontadas,um ato de automontagem especialmente vasto e complexo (mas aleatório) ocorreu, produzindo a primeira molécula autoreplicante.
Acho estranho, grande demais, esse número, até para os EUA, onde o fundamentalismo é muito comum. Provavelmente é uma distorção dos criacionistas inflando o número contanto desde crentes em deus ou criacionistas de áreas que não são muito pertinentes a qualquer conhecimento sobre as afirmações do criacionismo. Como engenharia hidráulica ou prática médica. Isso é muito comum.
http://www.christianpost.com/article/20090716/survey-one-third-of-scientists-believe-in-god/index.html
“The take home message is that if science and religion are incompatible then there is no way we would still see 30-40 percent of scientists acknowledge there is a God or higher power behind everything,” he contended.
Como disse, são teístas ou deístas, não criacionistas.
Muitos religiosos, a maioria deles, não acredita na transmutação do barro e da terra nos seres vivos, coincidentemene com características de parentesco, que a Terra tenha só 6000 anos, arca de Noé/dilúvio universal, etc. Ou outras mitologias de criação.
Então não há cientístas de um lado, e criacionistas do outro. Ha a ciência, e várias interpretações das descobertas científicas.
Errado. Os criacionistas não tem qualquer produção científica, não produzem hipóteses científicas, muito menos as evidenciam (até porque precisariam inicialmente existir).
Você insiste num argumento falso. O criacionismo é uma crença, é uma confissão de fé, baseada na biblia. Nada mais.
e a teoría da evolução ? podemos observar uma parte da teoría da evolução, a micro - evolução. E a macro - evolução ?
Alguém observou o dinossauro a evoluir para passarinho? Não. Alguém observou a baleia a evoluir para um animal terreste ? Não. Alguém observou o primata a evoluir para o homo sapiens? Não. Portanto, segundo a tua definição de "ciência", esses eventos estão fora do domínio da mesma.
A macroevolução pode ser observada indiretamente na maior parte do tempo, e diretamente em raras circunstâncias.
A observação indireta se dá pelas expectativas, do que se esperaria observar de parentesco biológico entre espécies e grupos maiores, e do que realmente se observa. Que é apenas e tão somente o condizente com isso, apesar do universo de possibilidades contrárias ser infinitamente maior. Como disse antes, poderiam existir seres simplesmente incompatíveis com uma árvore genealógica de toda a vida, quimeras, uma distribuição de características dos seres não restrita por genealogias.
Mas nada disso é observado: sem a restrição da filogenia, poderia muito bem se esperar algo como asas de aves ou de morcegos tendo a mesma morfologia, sendo homólogas, mas não. As asas de morcegos surgiram só na linhagem dos morcegos, e a das aves, só na das aves. Não foi um cara que inventou asas para seres que queria que voasse, e usou as mesmas asas, como usou a mesma coluna vertebral, os mesmos músculos, e tantas outras particularidades menos significativas, exatamente apenas aquelas que seriam esperadas como herança de um ancestral comum vertebrado.
Outros exemplos interessantes de discrepância entre projeto e função:
Girafas e peixes-boi têm o mesmo número de vértebras no "pescoço". Enorme na girafa, praticamente inexistente no peixe-boi:
Enquanto isso, outros seres de pescoços compridos têm mais vértebras:
Plessiossauro, só nesse pequeno segmento, têm mais vértebras do que todo pescoço da girafa. Se não acredita em dinossauros e outros animais pré-históricos, ainda tem as cobras:
Há exemplo disso até em genes singulares. Peixes árticos e antárticos têm proteínas anti-congelantes. Eles não são parentes próximos. De um mecanismo que se esperasse que a forma fosse determinada pela função, seria razoável de se esperar o mesmo gene nesses dois seres (senão a ocorrência exatamente da mesma espécie nos dois lados do planeta). No entanto eles tem genes diferentes, para sintetizar uma proteína muito similar. Como se esperaria de histórias independentes de modificação em suas próprias linhagens, onde um não poderia herdar esse gene do outro.
Onde está por exemplo a suposta evidência científica de que o homem teve origem com um ancestral comum aos macacos ? Em nenhuma parte, por certo. É apenas um dogma de fé; de fé darwinista também..
Não é. O que inexiste é qualquer evidência de que não possam ser parentes. Você pode defender que os humanos são parentes dos grandes primatas, mas não pode defender igualmente que são parentes tão próximos de quaisquer outro ser, como polvos e/ou repolhos. Se não há o parentesco entre humanos e os grandes primatas, você poderia demonstrar que os humanos e chimpanzés são tão parentes tão próximos quanto humanos e repolhos ou polvos. Mas não pode.
Assim como não pode defender que os chihuahuas são parentes tão próximos do cão são bernardo quanto de um morango. Humanos e os grandes primatas são apenas variações aproximadamente da mesma natureza do que a existente entre essas raças de cães, anatomicamente muito mais díspares:
Crânio de chihuahua
Crânio de doberman
Crânio de shar-pei (raça de cão)
Também é interessante colocar umas outras espécies um pouco aparentadas para comparação:
Crânio de urso
Crânio de raposa
A comparação do desenvolvimento cranial em humanos e chimpanzés é especialmente interessante. Assim como em várias raças de cães, com relação aos lobos, nossas diferenças se dão através da conservação de características "infantis" dos ancestrais.
Perfil de um bebê chimpanzé.
As similaridades não se limitam ao crânio, de qualquer forma. Comparações entre humanos, e outros primatas:
E não pára aí. Não é simplesmente similaridade anatômica, que os criacionistas poderiam dizer ser mera coincidência, como ver uma nuvem em forma de coelho, mas que não tem nada a ver com um coelho. Há expectativas de parentesco, que deixam diversas linhas de evidência independentes. Além da anatomia "adulta", há o desenvolvimento (que até mencionei brevementesuperficialmente quanto ao aspecto da conservação de características infantis) e a genética. São coisas teoricamente independentes; genes idênticos poderiam fazer parte de seres bastante diferentes, e seres praticamente idênticos poderiam ter genes muito diferentes. Não há uma determinação 1:1 perfeita. Fenótipos adultos também poderiam teoricamente se desenvolver de forma diferentes, passando por estágios bem distintos, e ficando parecidos só bem no final.
No entanto, nada minimamente fora das expectativas do esperado pela ancestralidade comum universal é observado, apesar do universo de expectativas conflitantes possível ser incomparavelmente maior do que o limitadíssimo espectro de expectativas condizentes com o parentesco.
A evolução pretende ser biologia, contudo nos trata como tolos porque não fornece documentação de sucessos experimentais.
Fornece sim. O problema é que há aqueles que acreditam que não podem aceitá-las, os fundamentalistas desonestos, e suas vítimas, temo que muitas vezes vítimas voluntárias.
Não há tal coisa como, "bem, todos esses experimentos e cálculos excluem com toda certeza todas as possibilidades desse fenômeno natural, logo, só nos resta aceitar a criação literal por Jeová".
há sim. Ou tem outra alternativa ? A pantera cor de rosa ?
Digo que não foi demonstrada a impossibilidade de origem da vida natural.
Você crê que Deus seria incapaz de imaginar uma forma como a vida poderia ter surgido naturalmente? Se crê que sim, OK, a origem da vida natural seria impossível. Mas Deus também não seria onipotente, seria uma coisa além da sua capacidade.
Não somos exatamente onicientes e onipotentes, por isso descobrir como tal coisa poderia ter se dado não é exatamente algo fácil, muito embora se tenha relativo sucesso, em consideravelmente pouco tempo.
Bem, praticamente tudo. Os criacionistas vão se limitar a dizer a verdade integral e correta apenas até o momento que ela não confronta com alguma idéia que algum grupo particular deles proponha.
isto é um preconceito falácioso. Nós nos baseamos nas mesmas evidências científicas, como os que creem na evolução.
Não na sua totalidade. Os criacionistas, aqueles que mentiram para você, te contam apenas a realiade até o momento em que ela suporta as conclusões de que a evolução não é possível (no limite em que acharem aceitável, suficiente, para o grau de fundamentalismo particular de cada um). Como disse, pode procurar, verifique as alegações dos criacionistas por outras fontes, veja se as coisas são exatamente o que dizem, se estão dando uma descrição honesta daquilo que é proposto pela ciência e do que se têm como evidência.
talvez você queira mostrar as evidências, que lhe convenceram, e que apontam para um surgimento espontâneo da vida na terra ?
Basicamente, atualmente supõe-se que o universo não é eterno. Independentemente disso, ou até um pouco independentemente disso, mesmo que seja eterno, apesar das aparências, a sua aparente história sugere que ele não poderia ter abrigado a vida eternamente. Logo a vida necessariamente surgiu, não é eterna.
Como não acredito em mágica, ela deve ter surgido naturalmente, ou "espontaneamente".
Além disso, as pesquisas no sentido de se saber como isso ocorreu parecem bastante promissoras levando-se em consideração a complexidade do assunto.
gostei da resposta. Já que o universo não é eterno, ele teve um início. Quem deu o ponta-pé ? o monstro macarrão ?
O problema é que todas as evidências científicas apontam que este acontecimento de vida surgindo naturalmente, não tem como ter ocorrido. E praticamente impossível.
Não há essas tais "evidências da impossibilidade absoluta". Tudo que se pode fazer é propor um modelo, "a vida surgiu assim, nos passos A, B e C", então analisar, testar. O que se pode é então concluir que ela não poderia ter surgido assim, através desse modelo. Pode-se então ficar completamente perdido, e ter que começar do zero, ou fazer pequenos adendos entre A, B e C, ou ainda modificações mais drásticas em A, B e C. Ou ainda, eliminar por completo a hipótese A-B-C. Talvez seja D-E-F. Ou G-H-I. Uma hipótese de cada vez, se elimina o que não parece conduzir a nada, e se aproveita o que parece mais promissor.
Não há qualquer forma de especulação realmente científica que sugira, cientificamente, a impossibiliade da vida surgir de modo geral, sob toda e qualquer hipótese que pudesse se imaginar.
Na verdade o mais próximo disso leva a conclusão contrária, como disse. A vida não pode ser eterna, logo deve ter começado. Não se tem conhecimento de outra coisa existir senão fenômenos naturais. Logo a origem da vida deve ser um fenômeno natural.
Se é proposta uma origem da vida através de mágica, seria interessante se começar por provar que existe tal mecanismo, para começar. Até lá, está muito distante de ser uma hipótese científica, e mais ainda de se poder decretar a falência da ciência nessa investigação. Para o desagrado dos fundamentalistas.