OK, eu dei meu argumento a favor da conveniência, quando você vai apresentar os seus?
]
Eu sou contra o próprio conceito de propriedade intelectual
A propriedade intelectual é apenas um incentivo para que pessoas arrisquem muito dinheiro, passem noites em claro torrando neurônios, pesquisando, estudando, produzindo arte, etc.
Para quem acha que as inovações (tanto em tecnologia quanto em arte) são importantes para a sociedade, e que quanto mais houver, melhor, é burrice abolir qualquer direito exclusivo ou vantagem que oc criadores têm sobre as mesmas.
Você fez o "quote" errado, não fui eu quem disse que sou contra propriedade intelectual. Ainda assim, não misture copyright com patente, são duas coisas diferentes.
Patentes não são o assunto deste tópico, mas vamos lá: patente é monopólio sobre um produto por um certo tempo. Imagine se os carros tivessem sido patenteados logo quando a primeira "carroça motorizada" foi inventada. Para a empresa que fez isso a primeira vez é ótimo, de fato ela está lucrando muito. Agora as outras empresas não tem incentivo para investir em motores voltados a "carroças motorizadas" porque elas não podem produzir carroças motorizadas de qualquer forma. Por que tentar melhorar a aerodinâmica das carroças se eu não posso produzi-las?
São essas mesmas patentes que limitam o desenvolvimento de software. As grandes empresas do ramo hoje estão amarradas umas às outras. A IBM é dona de várias patentes de sistemas operacionais, a Microsoft é dona de outras, etc. Já viu a Microsoft ameaçando quem usa Linux dizendo que eles vão processar por infringimento de patente? Sabe por que ela só ameça? Por que se ela processar alguém por usar as patentes dela, a IBM cai de pau em cima dela por usar as patentes da IBM. É desse tipo de incentivo que você está falando? Para mim as patentes parecem mais entraves.
Copyright já é outra questão. Aqui eu defendo uma mudança no mercado, mas a mudança depende se estamos falando de filmes, jogos, software (em software há tanto copyright como patentes), música...
Acho tudo isto muito bom: Acabam-se a superproduções(...)
Para cada pessoa que não gosta há 1000 que gostam. Se não gostassem, não comprariam os piratas ou baixariam ilegalmente.
Se as pessoas que apoiam/praticam a pirataria realmente não gostassem de superproduções (seja filmes, músicas, jogos, etc), tudo isso seria mesmo muito bom. O problema é que GOSTAM...e vão ficar sem.
A "fantasia" que têm é de sempre haver superproduções, mesmo sem dinheiro.
filmes e músicas que sirvam para alguma coisa
Como assim?
Aqui entram juízos de valor, não acho que vamos chegar a algum lugar com isso. Algumas pessoas gostam de filmes e bandas superproduzidas, legal. Outros não gostam, legal também. A questão, pelo menos para mim é: o fim das superproduções é um problema para a arte? Podemos dividir isso em dois problemas menores:
"O fim das superproduções irá reduzir a quantidade de arte disponível". Não creio. Qualquer produtor musical que tenha passado numa rádio vai te dizer "existe jabá". Imagine quantas bandas não tocam em rádios porque assinaram com gravadoras menores que não têm verbas para bancar o jabá. Eu diria até que as superproduções diminuem a quantidade de arte que pode ser acessada de maneira fácil: a maior parte das rádios tocam as mesmas músicas, os cinemas passam os mesmos filmes e as gravadoras/produtoras só investem onde há lucro certo: ou seja, nas mesmas coisas que deram lucro antes. Existem poucos artistas que fazem muito sucesso e existem muitos artistas que fazem pouco sucesso. Estou usando bandas como exemplo, mas muitos filmes são lançados diretamente em DVD porque nunca seriam exibidos em cinemas.
"O fim das superproduções irá reduzir a qualidade da arte disponível". Talvez. Depende. Efeitos especiais provavelmente sofreriam, de fato, mas os efeitos especiais que devem ter custado uma fortuna à Lucas Arts quando o Star Wars foi gravado, hoje poderiam ser feitos em qualquer computador doméstico talvez até com qualidade melhor. Lembre-se que às vezes efeitos que parecem surpreendentes foram feitos com tecnologia simples, vide os
hobbits em SdA, que foram gravados com perspectiva forçada.