Autor Tópico: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema  (Lida 8788 vezes)

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Offline DDV

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #75 Online: 14 de Outubro de 2009, 15:45:21 »
Citação de: Pellicer

Pelo menos não deveria ser.

Por quê?

Isso é apenas um gosto pessoal seu. Não espere que os demais tenham as mesmas preferências suas, e nem ache que deveriam ter.

Citação de: Pellicer
A menos que a obra dele tenha sido encomendada. Aí obviamente há a expectativa de uma recompensa em dinheiro. E se alguem vai lucrar em cima da expressão dele, então ele deve ganhar algo também.

Se ele fez uma obra que não fica confinada a um objeto (escultura, pintura...), mas sim à memória de quem ouviu e/ou viu, como ele pode ser dono dessa obra? Desse jeito teríamos que cobrar um valor de cada pessoa que cantasse no chuveiro sua música preferida...

O Copyright só se aplica à obra em sua forma gravada/impressa/escrita, pelo menos é o que eu acho.

Você poderia citar direito? Eu perdi o contexto daquela frase isolada, mas já te respondo que o que eu estou dizendo é pura opinião minha e eu não acho que a minha opinião é a melhor alternativa possível, só é a melhor alternativa que eu vejo. Achei que isso já era meio implícito. E não fui eu que escrevi os dois últimos parágrafos que você citou.

Já corrigi a citação.
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Offline Pellicer

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #76 Online: 14 de Outubro de 2009, 15:48:24 »
Nem sei nem porque essa discussão. Quem deve decidir a forma de negociar ou disponibilizar um produto são seus donos. Se eles virem vantagem em fazer as propostaa que vocês estão postando aqui, com certeza farão.

Eu estou questionando esse conceito que eu coloquei em negrito. Eu acho que um artista não deveria ser dono das suas obras
                                                                               
Por quê, se as obras dependem do artista para existirem e dão trabalho para serem produzidas?

Os filhos também dependem dos pais para existirem. E eu já falei como os artistas podem ser remunerados e as músicas serem distribuidas de graça.

Sim. Pintores e artesãos vendem as obras deles, mas se alguém com a mesma habilidade consegue copiar, deveria apenas pagar uma parte do lucro pro autor original da obra, e não deveria ser proibido de fazer a cópia. E a coca-cola sabe muito bem que se o segredo da fórmula dela for revelado todo mundo copia, e ela já sabia disso muito antes de existir o conceito de propriedade intelectual.

Não perguntei da fórmula, perguntei da Logomarca.

Quanto ao resto... Se alguém copia uma obra artística é plágio. Não vi relação na pirataria.

Direito de usar uma logomarca é diferente de copyright. E plágio seria se os artistas que copiaram venderam como se fosse sua obra, sem citar o autor original, o que é independente de copyright.

Offline Mr. Mustard

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #77 Online: 14 de Outubro de 2009, 15:51:06 »
Direito de usar uma logomarca é diferente de copyright. E plágio seria se os artistas que copiaram venderam como se fosse sua obra, sem citar o autor original, o que é independente de copyright.

Sim, mas se este artista pensa como você, copiar a obra alheia não tem problema, já que fere o direito a cultura...

Offline Barata Tenno

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #78 Online: 14 de Outubro de 2009, 15:53:42 »
E autor de livro faz o que? Show?
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline Pellicer

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #79 Online: 14 de Outubro de 2009, 15:54:16 »
Citação de: Pellicer
Se um avião pudesse ser copiado sem custos, assim como o seu combustível, e pudesse ser pilotado por computadores, aí sim a sua comparação faria sentido. E a comparação válida no caso das boates é se uma boate tem o direito de me impedir de usar equipamentos iguais para eu simular na minha casa um ambiente igual ao das boates.

O custo da obra está em ser produzida. Esse custo não "desaparece" como num passe de mágica só porque a obra é copiável sem mais custos.


E esse custo pode ser remunerado dando ao autor da obra direito sobre parte do lucro gerado pela obra.

Direito de usar uma logomarca é diferente de copyright. E plágio seria se os artistas que copiaram venderam como se fosse sua obra, sem citar o autor original, o que é independente de copyright.

Sim, mas se este artista pensa como você, copiar a obra alheia não tem problema, já que fere o direito a cultura...


Ser contra o copyright não implica em ser a favor do plágio. Se um artista faz uma cópia de uma obra, cita o autor, e paga ao autor uma parte dos lucros, eu não vejo problemas mesmo.

Offline Beholder

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #80 Online: 14 de Outubro de 2009, 15:54:42 »
Mas ninguem é obrigado a viver de arte.

Da mesma forma que ninguém é obrigado a ver ou ouvir qualquer arte que não seja do seu agrado

Concordo.

Citação de: Beholder
E nem precisa viver de arte.

Você deve conhecer o conceito de "divisão do trabalho", não?
Uma pessoa que se dedica a um ramo qualquer se torna superior a 99% das demais em sua atividade.

De qualquer forma, a obra é dele e ele decide como e em que condições ela deverá ser disponibilizada. Quem não quiser, não compre.

Ou não. Alguns podem dedicar 100% do tempo e ainda serem inferiores a alguns que dedicam apenas 10%. Não generalize.

E eu discordo que a obra é dele. Era dele quando estava confinada em sua mente. Quando ele tornou pública, passou a ser de todos que viram e ouviram.
 
Citação de: Beholder
Produzindo uma música ou filme, o artista não está trabalhando de graça.

Está dizendo que arte não dá trabalho nenhum para ser produzida?

Estou dizendo o que está escrito: que ele não está trabalhando de graça. Seria a mesma coisa que dizer que se eu sento aqui em casa e faço um desenho estou trabalhando de graça... Não estou. Estou me distraindo, me expressando, fazendo o que quero, porque quero com o meu tempo livre.

Citação de: Beholder
Está se expressando. O dinheiro pode vir ou não. Mas não é o objetivo do artista.

"Expressar-se" não enche barriga. E você não leu a mente de todos os artistas para saber quais são seus objetivos.

Repito: Quem quiser disponibilizar suas obras de graça, NÃO é impedido.

Os 95% de artistas que deixariam de fazer arte caso não haja retorno financeiro fariam falta a 95% da população, que os paga de bom grado para que produzam.

E nem você leu a mente de 95% da população para afirmar o que lhes faria falta ou não. Se expressar-se não enche barriga então ninguem deve esperar encher a barriga com isso.

Citação de: Beholder

Pelo menos não deveria ser.

Por quê?

Isso é apenas um gosto pessoal seu. Não espere que os demais tenham as mesmas preferências suas, e nem ache que deveriam ter.

É minha opinião. Apenas isso.

Citação de: Beholder
A menos que a obra dele tenha sido encomendada. Aí obviamente há a expectativa de uma recompensa em dinheiro. E se alguem vai lucrar em cima da expressão dele, então ele deve ganhar algo também.

Se ele fez uma obra que não fica confinada a um objeto (escultura, pintura...), mas sim à memória de quem ouviu e/ou viu, como ele pode ser dono dessa obra? Desse jeito teríamos que cobrar um valor de cada pessoa que cantasse no chuveiro sua música preferida...

O Copyright só se aplica à obra em sua forma gravada/impressa/escrita, pelo menos é o que eu acho.

Sorte nossa... Mas ainda assim acho demais.



Mas ninguem é obrigado a viver de arte. E nem precisa viver de arte.

É partindo deste argumento que eu vou piratear um AutoCAD 2010?

O software AutoCAD 2010 não é uma obra de arte. Ele é feito desde o início com a intenção de ser vendido e não de expressar idéias e sentimentos de seus criadores. Como uma cadeira, um computador ou um carro.

E se você vai baixar o AutoCAD para um uso sem fim lucrativo (estudar o programa por curiosidade, se distrair fazendo projetos fictícios nele, etc.), não vejo problema. Se você vai baixar o programa para vender ou para trabalhar com ele, aí sim eu considero pirataria.

Offline DDV

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #81 Online: 14 de Outubro de 2009, 15:55:48 »
Nem sei nem porque essa discussão. Quem deve decidir a forma de negociar ou disponibilizar um produto são seus donos. Se eles virem vantagem em fazer as propostaa que vocês estão postando aqui, com certeza farão.

Eu estou questionando esse conceito que eu coloquei em negrito. Eu acho que um artista não deveria ser dono das suas obras
                                                                               
Por quê, se as obras dependem do artista para existirem e dão trabalho para serem produzidas?

Os filhos também dependem dos pais para existirem.

Obras artísticas não são "gente". (Espero que seja o suficiente dizer isso).

Citação de: Pellicer
E eu já falei como os artistas podem ser remunerados e as músicas serem distribuidas de graça.

Se eles quiserem e acharem bom, farão sua proposta. A decisão é deles. Nada atualmente impede que eles o façam.


Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

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Offline Mr. Mustard

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #82 Online: 14 de Outubro de 2009, 15:56:43 »
Ser contra o copyright não implica em ser a favor do plágio. Se um artista faz uma cópia de uma obra, cita o autor, e paga ao autor uma parte dos lucros, eu não vejo problemas mesmo.

Por isto que eu acho que tudo que é artístico tem seu valor comercial, pois na prática isto não funciona.

Offline Mr. Mustard

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #83 Online: 14 de Outubro de 2009, 15:59:17 »
O software AutoCAD 2010 não é uma obra de arte. Ele é feito desde o início com a intenção de ser vendido e não de expressar idéias e sentimentos de seus criadores. Como uma cadeira, um computador ou um carro.

E se você vai baixar o AutoCAD para um uso sem fim lucrativo (estudar o programa por curiosidade, se distrair fazendo projetos fictícios nele, etc.), não vejo problema. Se você vai baixar o programa para vender ou para trabalhar com ele, aí sim eu considero pirataria.

Todo desenho arquitetônico é uma representação também artística. Pirateá-lo continua ferindo a propriedade intelectual.

Offline Beholder

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #84 Online: 14 de Outubro de 2009, 16:04:03 »
O software AutoCAD 2010 não é uma obra de arte. Ele é feito desde o início com a intenção de ser vendido e não de expressar idéias e sentimentos de seus criadores. Como uma cadeira, um computador ou um carro.

E se você vai baixar o AutoCAD para um uso sem fim lucrativo (estudar o programa por curiosidade, se distrair fazendo projetos fictícios nele, etc.), não vejo problema. Se você vai baixar o programa para vender ou para trabalhar com ele, aí sim eu considero pirataria.

Todo desenho arquitetônico é uma representação também artística. Pirateá-lo continua ferindo a propriedade intelectual.

Arquitetura é arte. Não a programação de um software para criação de desenhos arquitetônicos.

E só considero pirataria se você vai ganhar dinheiro (trabalhando ou revendendo) com o software sem pagar por ele.

Offline Pellicer

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #85 Online: 14 de Outubro de 2009, 16:05:34 »
E autor de livro faz o que? Show?

Autor de livro é um outro problema e de fato o que eu estou falando de música não serve pra autores de livros. E eu não vejo uma maneira de remunerar os autores se só um livro for vendido e todos os outros copiados. Uma coisa que ajuda por enquanto é que as cópias ainda não possuem a mesma qualidade de um livro original, então quem quer ler continua comprando livros, mas eu não vejo uma boa alternativa pros escritores.

E defendendo o copyright pros livros, biblioteca seria algo ilegal. Uma coisa é o autor ter direito a uma remuneração pela sua obra. Outra é as pessoas não terem direito a ir numa biblioteca porque a editora não deixa ninguém ler o livro publicado por ela sem pagar.

Offline Pellicer

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #86 Online: 14 de Outubro de 2009, 16:09:26 »
Obras artísticas não são "gente". (Espero que seja o suficiente dizer isso).

Eu não estou dizendo que obras artísticas são "gente". Estou dizendo que o fato de algo depender de uma pessoa pra existir não dá a essa pessoa o direito de propriedade.


Offline Mr. Mustard

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #87 Online: 14 de Outubro de 2009, 16:11:01 »
O software AutoCAD 2010 não é uma obra de arte. Ele é feito desde o início com a intenção de ser vendido e não de expressar idéias e sentimentos de seus criadores. Como uma cadeira, um computador ou um carro.

E se você vai baixar o AutoCAD para um uso sem fim lucrativo (estudar o programa por curiosidade, se distrair fazendo projetos fictícios nele, etc.), não vejo problema. Se você vai baixar o programa para vender ou para trabalhar com ele, aí sim eu considero pirataria.

Todo desenho arquitetônico é uma representação também artística. Pirateá-lo continua ferindo a propriedade intelectual.

Arquitetura é arte. Não a programação de um software para criação de desenhos arquitetônicos.

E só considero pirataria se você vai ganhar dinheiro (trabalhando ou revendendo) com o software sem pagar por ele.

Rodopiamos e não chegamos a nenhum denominador...

Offline DDV

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #88 Online: 14 de Outubro de 2009, 16:14:37 »
Citação de: Beholder
Citação de: DDV
Você deve conhecer o conceito de "divisão do trabalho", não?
Uma pessoa que se dedica a um ramo qualquer se torna superior a 99% das demais em sua atividade.

De qualquer forma, a obra é dele e ele decide como e em que condições ela deverá ser disponibilizada. Quem não quiser, não compre.

Ou não. Alguns podem dedicar 100% do tempo e ainda serem inferiores a alguns que dedicam apenas 10%. Não generalize.

Não generalizei. Eu disse 99%, e não 100%.

Citação de: Beholder
E eu discordo que a obra é dele. Era dele quando estava confinada em sua mente. Quando ele tornou pública, passou a ser de todos que viram e ouviram.

Sua imagem e honra também não são suas. São coisas abstratas que existem apenas nas mentes das pessoas. Logo, não tem por que serem protegidas por lei.
 
Citação de: Beholder
Citação de: DDV link=topic=21576.50.html#msg484
244 date=1255545125
Citação de: Beholder
Produzindo uma música ou filme, o artista não está trabalhando de graça.

Está dizendo que arte não dá trabalho nenhum para ser produzida?

Estou dizendo o que está escrito: que ele não está trabalhando de graça. Seria a mesma coisa que dizer que se eu sento aqui em casa e faço um desenho estou trabalhando de graça... Não estou. Estou me distraindo, me expressando, fazendo o que quero, porque quero com o meu tempo livre.

A produção de arte é uma profissão como outra qualquer. Quem quiser produzir e vender, tem seu direito. Quem quiser comprar, tem seu direito. Quem não quiser comprar também tem o seu direito.

Não entendo qual é o "grilo". Do que reclamam?

E outra, o fato de você fazer rabiscos ou jogar uma "pelada" em casa por diversão não implica que desenho/pintura ou futebol não devam ser meios de vida. Não há nada que impede ou proibe alguem de ganhar a vida com artes plásticas ou futebol. Se ela faz por gosto ou pelo dinheiro, isso é problema dela.

Citação de: Beholder
Citação de: Beholder
Está se expressando. O dinheiro pode vir ou não. Mas não é o objetivo do artista.

"Expressar-se" não enche barriga. E você não leu a mente de todos os artistas para saber quais são seus objetivos.

Repito: Quem quiser disponibilizar suas obras de graça, NÃO é impedido.

Os 95% de artistas que deixariam de fazer arte caso não haja retorno financeiro fariam falta a 95% da população, que os paga de bom grado para que produzam.

E nem você leu a mente de 95% da população para afirmar o que lhes faria falta ou não. Se expressar-se não enche barriga então ninguem deve esperar encher a barriga com isso.

Logo, as pessoas que QUEREM a arte dos "mercenários" (artistas que ganham a vida com isso), estando dispostas a pagar, deverão ficar sem? Não é um problema que diz respsito apenas a elas e aos artistas se pagam pela arte ou não?

Citação de: Beholder
O software AutoCAD 2010 não é uma obra de arte. Ele é feito desde o início com a intenção de ser vendido e não de expressar idéias e sentimentos de seus criadores.

Então basta apenas o artista colocar estampado na sua obra que ela tem a intenção de ser vendida que tudo se resolve?

Opinião estranha essa sua (a de que devem vir estampadas nas obras o dizer "Obra destinada à venda"). Mas não tenho do que discordar.




« Última modificação: 14 de Outubro de 2009, 16:20:11 por DDV »
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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #89 Online: 14 de Outubro de 2009, 16:17:57 »
Obras artísticas não são "gente". (Espero que seja o suficiente dizer isso).

Eu não estou dizendo que obras artísticas são "gente". Estou dizendo que o fato de algo depender de uma pessoa pra existir não dá a essa pessoa o direito de propriedade.

Errado. O direito de propriedade para quem o produziu se aplica a qualquer COISA (repito: qualquer COISA).
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Andre

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #90 Online: 14 de Outubro de 2009, 16:19:38 »
E pra que gravadora? Grava por conta própria, coloca na rede... se fizer sucesso sorte dele....
Já falei porque. As grandes gravadoras detêm um oligopólio dos meios de comunicação e o artista assinar contrato com elas é uma forma de tentar ser melhor divulgado. Um artista sem divulgação não é nada.

Uma possível réplica seria dizer "e com o fim das gravadoras, quem irá divulgar o artista?". Não acho que as gravadoras irão acabar, mas terão seu poder ($$) reduzido. Com isso, outras gravadoras menores começarão a ter mais possibilidade de mostrar seus artistas. Essa é uma possibilidade, a outra possibilidade é fazer trilhas para filmes, séries, ou comerciais. Além de garantir uma renda ao artista, ter sua música tocando "naquele comercial de carros" não deixa de ser uma forma de divulgação.

E autor de livro faz o que? Show?
Boa pergunta, mas pelo menos por enquanto que leitores de livros eletrônicos são caros, os autores ainda não tem muito com que se preocupar. Lembre-se que o Paulo Coelho* ganhou grande parte da sua divulgação atual distribuindo seus livros gratuitamente na internet e que depois as pessoas compraram nas livrarias.

Com a melhora e barateamento das tecnologias citadas a cima, o caso dos autores de livros fica mesmo mais complicado que os outros, o que não desqualifica as soluções propostas para outros tipos de mídia.

*Eu sei, urgh  :nojo:, mas é um exemplo de artista que soube usar a internet a seu favor.

Obras artísticas não são "gente". (Espero que seja o suficiente dizer isso).

Eu não estou dizendo que obras artísticas são "gente". Estou dizendo que o fato de algo depender de uma pessoa pra existir não dá a essa pessoa o direito de propriedade.

Errado. O direito de propriedade para quem o produziu se aplica a qualquer COISA (repito: qualquer COISA).
O que é "coisa"? Idéias são "coisas"?
Se Jesus era judeu, então por que ele tinha um nome porto-riquenho?

Offline DDV

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #91 Online: 14 de Outubro de 2009, 16:22:34 »
Citação de: André
O que é "coisa"? Idéias são "coisas"?

Olhe no dicionário.
« Última modificação: 14 de Outubro de 2009, 16:24:59 por DDV »
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Andre

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #92 Online: 14 de Outubro de 2009, 16:23:57 »
Novamente, citação errada.

E não quero olhar no dicionário, eu quero que você me dê a sua definição.
Se Jesus era judeu, então por que ele tinha um nome porto-riquenho?

Offline DDV

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #93 Online: 14 de Outubro de 2009, 16:26:30 »
Novamente, citação errada.

E não quero olhar no dicionário, eu quero que você me dê a sua definição.

Citação corrigida

No meu entender, "coisa" é qualquer coisa  :histeria:
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #94 Online: 14 de Outubro de 2009, 16:28:17 »
Obras artísticas não são "gente". (Espero que seja o suficiente dizer isso).

Eu não estou dizendo que obras artísticas são "gente". Estou dizendo que o fato de algo depender de uma pessoa pra existir não dá a essa pessoa o direito de propriedade.

Errado. O direito de propriedade para quem o produziu se aplica a qualquer COISA (repito: qualquer COISA).

Então vamos ter que entrar no mérito de coisas intangíveis. Eu entendo ter que pagar por um cd, porque entendo o direito de propriedade sobre o cd, mas não pra copiar uma música. E é justamente esse o problema, porque pela lei de copyright que as gravadoras defendem, se eu compro um cd eu não posso emprestar pros meus amigos ouvirem e não posso revendê-lo. E isso é porque eu não paguei pelo cd, e sim pelo direito de ouvir a música. Isso é um problema muito maior do que a remuneração dos artistas.

Offline DDV

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #95 Online: 14 de Outubro de 2009, 16:28:43 »
Falando um pouco mais sério, coisa é uma denominação genérica (a mais genérica de todas) para qualquer ser, objeto ou idéia inanimada.
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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #96 Online: 14 de Outubro de 2009, 16:34:20 »
(…)O direito de propriedade para quem o produziu se aplica a qualquer COISA (repito: qualquer COISA).
(…)coisa é uma denominação genérica (a mais genérica de todas) para qualquer ser, objeto ou idéia inanimada.

Se eu fosse desonesto, poderia pelas frases acimas retiradas do contexto falar que você é a favor da escravidão.

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #97 Online: 15 de Outubro de 2009, 19:00:17 »
Li o tópico e vi bons argumentos de ambos os lados, mas para mim há algo importante que ficou de fora das discussões. O grande argumento contra a pirataria é o de que as gravadoras, artistas, empresas de software e etc deixam de receber dinheiro que vai para o vendedor de produtos piratas. Mas será mesmo que as pessoas comprariam os produtos originais caso não houvesse a oferta pirata? Alguém que deseja ter o Windows mas o considera muito caro e não tem a opção da pirataria ou download ilegal faria o quê? Economizaria para comprar, se conformaria em não ter ou buscaria uma alternativa mais barata, mesmo que inferior no seu ponto de vista? Somente se as pessoas se comportassem como no primeiro caso que a pirataria representaria um problema para as gravadoras, empresas de software e etc, mas não dá para ter certeza que todo mundo - ou pelo menos a maioria - iria agir assim.

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #98 Online: 15 de Outubro de 2009, 21:21:51 »
Obras artísticas não são "gente". (Espero que seja o suficiente dizer isso).

Eu não estou dizendo que obras artísticas são "gente". Estou dizendo que o fato de algo depender de uma pessoa pra existir não dá a essa pessoa o direito de propriedade.



Dá sim:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Convenção_da_União_de_Berna

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #99 Online: 15 de Outubro de 2009, 21:56:03 »

Citação de: Beholder
Produzindo uma música ou filme, o artista não está trabalhando de graça.

Está dizendo que arte não dá trabalho nenhum para ser produzida?

Estou dizendo o que está escrito: que ele não está trabalhando de graça. Seria a mesma coisa que dizer que se eu sento aqui em casa e faço um desenho estou trabalhando de graça... Não estou. Estou me distraindo, me expressando, fazendo o que quero, porque quero com o meu tempo livre.

Quem trabalha com isso, não o faz no seu tempo livre, mas no seu tempo de trabalho. Se alguém, de qualquer forma, produzir algo no seu tempo livre, com o "agravante" de ter prazer com isso, de ser um lazer, também não deve ser por isso impedido de explorar comercialmente sua obra.


Citação de: Beholder
Está se expressando. O dinheiro pode vir ou não. Mas não é o objetivo do artista.

"Expressar-se" não enche barriga. E você não leu a mente de todos os artistas para saber quais são seus objetivos.

Repito: Quem quiser disponibilizar suas obras de graça, NÃO é impedido.

Os 95% de artistas que deixariam de fazer arte caso não haja retorno financeiro fariam falta a 95% da população, que os paga de bom grado para que produzam.

E nem você leu a mente de 95% da população para afirmar o que lhes faria falta ou não. Se expressar-se não enche barriga então ninguem deve esperar encher a barriga com isso.

A criação de propriedade intelectual enche a barriga daqueles que trabalham com isso sim. Isso é em boa parte facilitado ou possibilitado por leis protegendo essa propriedade, análogas as que protegem a propriedade material.


 

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