Autor Tópico: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema  (Lida 8787 vezes)

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Offline Andre

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #50 Online: 14 de Outubro de 2009, 15:01:43 »
E o autor morre de fome porque lhe e conveniente baixar as musicas? Só porque o bonitão não quer pagar pelo que consome o cara tem que ser cantor/pedreiro, escrito/lixeiro?
Se você não trabalha de graça porque diabos os outros tem que trabalhar?
Não morre de fome. Se artistas dependessem do lucro dos álbuns vendidos para se sustentar, eles já teriam morrido de fome (exceto, talvez, aqueles poucos artistas muito famosos).

Como eu falei, o copyright deve continuar existindo, mas deve haver uma mudança no mercado. O artista foi fazer um show? Ele recebe seu cachê. A música de um artista foi escolhida para fazer parte de um filme? Ele recebe uma quantia.

Essa é a mesma idéia empregada pelas empresas que vendem software como serviço. Você pode baixar o software gratuitamente, na maior parte das vezes até o código fonte é disponível publicamente. Você contrata a empresa para prestar um serviço, no caso implementar o software na sua empresa e prestar assistência.

No caso do músico, ele é contratado para fazer um show (prestar um serviço) ou a trilha sonora de um filme.

Sobre direitos autorais e de propriedade, não acho que alguem possa ser dono de uma música, texto ou filme. Autor sim. Mas não dono. O autor pode ganhar uma porcentagem quando alguem estiver lucrando com sua música, por exemplo. E exigir que seu nome conste sempre como autor. Mas não vejo sentido em tentar impedir que as pessoas compartilhem. Se não estão baixando para vender, não devem nada para o autor. Ele deixou de ser dono da música assim que a tocou ou cantou publicamente.

Essa é minha opinião também. Eu acho que qualquer um poderia pegar o Star Wars e fazer um trabalho em cima disso, seja publicar um livro, fazer um filme utilizando o cenário e coisas do tipo. Se essa nova obra gerou lucro, o George Lucas tem direito a parte desse lucro, mas eu não acho que ele deveria ter o direito de vetar obras do tipo por ter propriedade intelectual sobre a obra dele.
Ta, digamos que você faca um filme sobre um assunto x, eu que discordo do que diz o seu filme, edito ele inteiro de uma maneira que de a entender que o filme e um lixo e você e um fracassado. Você nao deveria ter o direito de evitar isso?
Espantalho...

Trabalhos derivados são uma coisa, difamação outra. O que impede a difamação é a possibilidade de ser processado, por exemplo. Copyright nem entra nessa história.
Se Jesus era judeu, então por que ele tinha um nome porto-riquenho?

Offline DDV

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #51 Online: 14 de Outubro de 2009, 15:03:46 »
Eu achei muito mais divertido assistir Transformers 2 do que Distrito 9.

Todos tem o direito de gostar de filmes de baixa qualidade como Transformers 2.

Capaz, é divertidão.

Para quem gosta de estereótipos, baixaria, vulgaridade e etc. eu tenho certeza que foi muito divertido.


Caraca, esse filme é pornográfico?

Ainda não o assisti esse, mas se for pelo menos igual ao primeiro, vai ser muito bom.  

Citação de: Beholder
Sobre direitos autorais e de propriedade, não acho que alguem possa ser dono de uma música, texto ou filme. Autor sim. Mas não dono. O autor pode ganhar uma porcentagem quando alguem estiver lucrando com sua música, por exemplo. E exigir que seu nome conste sempre como autor. Mas não vejo sentido em tentar impedir que as pessoas compartilhem. Se não estão baixando para vender, não devem nada para o autor. Ele deixou de ser dono da música assim que a tocou ou cantou publicamente.


Reiterando a pergunta do Barata: por que você acha que os produtores intelectuais devam trabalhar de graça?(ao contrário dos demais). Ou você acha que obra intelectual não dá trabalho ou gasto para ser feita?

É só raciocinar: pra que diabos alguém iria escrever um livro, uma revista ou um jornal se qualquer um tivesse o direito de fazer fotocópias ou escanear para distribuir?

Mesmo que 20% dos artistas fizessem as coisas por puro hobby (estou chutando para cima, mas deve ser bem menos), ainda assim teriam uma barriga pra encher, o que significa menos tempo disponível para produzir e/ou aperfeiçoar-se.

Se um produto exige trabalho para ser produzido, as mesmas leis econômicas  aplicáveis em geral aplicam-se a ele, e as consequências do pouco ou nenhum retorno são exatamente iguais.


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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #52 Online: 14 de Outubro de 2009, 15:04:25 »
Essa é a mesma idéia empregada pelas empresas que vendem software como serviço. Você pode baixar o software gratuitamente, na maior parte das vezes até o código fonte é disponível publicamente. Você contrata a empresa para prestar um serviço, no caso implementar o software na sua empresa e prestar assistência.

Não creio que a Microsoft trabalhe desta forma...

Offline DDV

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #53 Online: 14 de Outubro de 2009, 15:09:32 »
Citação de: Pellicer
Música é cultura, e você vai impedir o acesso à cultura cobrando das pessoas o direito de ter acesso a essa cultura?

 :histeria: :histeria:

Imaginem Pellicer chegando no aeroporto pra viajar de graça, sendo barrado, e protestando que estão infringindo seu direito de ir e vir.

Imaginem ele querendo entrar numa boate sem pagar, e ao ser barrado diz que seu "direito ao lazer" está sendo desrespeitado.
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Offline Barata Tenno

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #54 Online: 14 de Outubro de 2009, 15:10:22 »
André, não precisa de uma mudança de copyright, se o artista quiser e do disponibilizar na rede as musicas...... Porque será que todos não o fazem, já que e tão vantajoso pra eles? Porque será?
E autores de livros? E filmes?
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Offline Andre

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #55 Online: 14 de Outubro de 2009, 15:10:55 »
Essa é a mesma idéia empregada pelas empresas que vendem software como serviço. Você pode baixar o software gratuitamente, na maior parte das vezes até o código fonte é disponível publicamente. Você contrata a empresa para prestar um serviço, no caso implementar o software na sua empresa e prestar assistência.

Não creio que a Microsoft trabalhe desta forma...
E quem disse que eu estava falando da Microsoft? Está bem claro que estou falando de "empresas que vendem software como serviço".
Se Jesus era judeu, então por que ele tinha um nome porto-riquenho?

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #56 Online: 14 de Outubro de 2009, 15:13:27 »
E quem disse que eu estava falando da Microsoft? Está bem claro que estou falando de "empresas que vendem software como serviço".

Eu entendi. Só não entendi porque você sitou empresas que vendem softwares como serviços quando a pirataria come solta nos produtos da Microsoft...

Offline Beholder

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #57 Online: 14 de Outubro de 2009, 15:14:56 »
Mas ninguem é obrigado a viver de arte. E nem precisa viver de arte.

Produzindo uma música ou filme, o artista não está trabalhando de graça. Está se expressando. O dinheiro pode vir ou não. Mas não é o objetivo do artista. Pelo menos não deveria ser.

A menos que a obra dele tenha sido encomendada. Aí obviamente há a expectativa de uma recompensa em dinheiro. E se alguem vai lucrar em cima da expressão dele, então ele deve ganhar algo também.

Se ele fez uma obra que não fica confinada a um objeto (escultura, pintura...), mas sim à memória de quem ouviu e/ou viu, como ele pode ser dono dessa obra? Desse jeito teríamos que cobrar um valor de cada pessoa que cantasse no chuveiro sua música preferida...

Offline Pellicer

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #58 Online: 14 de Outubro de 2009, 15:15:15 »
A produção dessa cultura e feita através de muito trabalho e suor, pra escrever uma música o cara tem que ter uma casa pra morar, água, comida, acesso a informação, e tudo isso tem um custo. Quem vai pagar isso?

Quem for no show ver o sujeito tocar, quem lucrar de alguma maneira com a obra dele. Se o artista for apenas um compositor e ninguém lucrar com as composições dele, aí sim temos um problema.


Música é cultura, e você vai impedir o acesso à cultura cobrando das pessoas o direito de ter acesso a essa cultura?

Mas não é isso o que os donos de imóveis fazem com seus inquilinos? Ou direito a moradia é diferente do direito a cultura?

Direito de moradia é sim diferente de direito a cultura. Mas junto com o direito de moradia vem o direito de que ninguém mais more na mesma casa que você, isso não seria problema se uma casa pudesse ser copiada sem custos.

Imaginem Pellicer chegando no aeroporto pra viajar de graça, sendo barrado, e protestando que estão infringindo seu direito de ir e vir.

Imaginem ele querendo entrar numa boate sem pagar, e ao ser barrado diz que seu "direito ao lazer" está sendo desrespeitado.

Se um avião pudesse ser copiado sem custos, assim como o seu combustível, e pudesse ser pilotado por computadores, aí sim a sua comparação faria sentido. E a comparação válida no caso das boates é se uma boate tem o direito de me impedir de usar equipamentos iguais para eu simular na minha casa um ambiente igual ao das boates.

Offline DDV

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #59 Online: 14 de Outubro de 2009, 15:16:41 »
Exatamente. Pra quê mudar Copyright? Quem quiser disponibilizar suas obras não tem nenhum impedimento.

Nem sei nem porque essa discussão. Quem deve decidir a forma de negociar ou disponibilizar um produto são seus donos. Se eles virem vantagem em fazer as propostaa que vocês estão postando aqui, com certeza farão.

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #60 Online: 14 de Outubro de 2009, 15:17:44 »
Mas ninguem é obrigado a viver de arte. E nem precisa viver de arte.

É partindo deste argumento que eu vou piratear um AutoCAD 2010?

Offline Pellicer

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #61 Online: 14 de Outubro de 2009, 15:19:02 »
Nem sei nem porque essa discussão. Quem deve decidir a forma de negociar ou disponibilizar um produto são seus donos. Se eles virem vantagem em fazer as propostaa que vocês estão postando aqui, com certeza farão.

Eu estou questionando esse conceito que eu coloquei em negrito. Eu acho que um artista não deveria ser dono das suas obras, assim como os pais não deveriam ser donos dos filhos.

Offline Andre

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #62 Online: 14 de Outubro de 2009, 15:21:43 »
André, não precisa de uma mudança de copyright, se o artista quiser e do disponibilizar na rede as musicas...... Porque será que todos não o fazem, já que e tão vantajoso pra eles? Porque será?
E autores de livros? E filmes?
Não fazem porque as gravadoras não deixam.

Isso sem contar que muitas vezes os álbuns "vazam" antes de serem lançados no mercado legal. Quem será que vaza esses álbuns? Por que ninguém faz alguma coisa contra isso?

E os copyrights estão mudando. Eles são muito mais restritivos do que já foram, a ponto de que se os livros viessem com as mesmas restrições que vêm nas EULAS dos softwares, não seria possível existirem bibliotecas.
A Autodesk não queria nem deixar venderem licenças de AutoCAD usadas, imagina se ela deixaria "emprestarem" licenças como são feitos com livros em bibliotecas. http://arstechnica.com/tech-policy/news/2008/05/court-smacks-autodesk-affirms-right-to-sell-used-software.ars

PS: eu vou ficar devendo os links porque minha internet ta uma droga, depois eu edito esta mensagem e coloco os links. Se vocês pesquisarem no google "Artist not allowed to stream his own music" encontrarão artigos sobre um artista que foi proibido de colocar as músicas dele no MySpace pela gravadora.
Se Jesus era judeu, então por que ele tinha um nome porto-riquenho?

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #63 Online: 14 de Outubro de 2009, 15:21:59 »
Direito de moradia é sim diferente de direito a cultura.

Concordo. Mais um motivo pelo qual a música, filmes e afins devam ser cobrados... E se forem muito bons, na opinião da maioria, muito caro. É um trabalho como outro qualquer.

Com relação a moradia... Bem, isto é outra história.

Offline Mr. Mustard

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #64 Online: 14 de Outubro de 2009, 15:24:45 »
Eu acho que um artista não deveria ser dono das suas obras, assim como os pais não deveriam ser donos dos filhos.

Isto vale para os artesãos, pintores, etc.?
A Marca Coca-Cola, Pepsi, etc.?

Offline Andre

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #65 Online: 14 de Outubro de 2009, 15:25:45 »
E quem disse que eu estava falando da Microsoft? Está bem claro que estou falando de "empresas que vendem software como serviço".

Eu entendi. Só não entendi porque você sitou empresas que vendem softwares como serviços quando a pirataria come solta nos produtos da Microsoft...
Por isso que eu defendo uma mudança na forma como é o mercado atual. Não estou entrando no mérito se pirataria é legal ou não, se deveria ser legal ou não, se é moral ou se não é, se é ético, etc. Estou falando que dificilmente vão vencer a pirataria e se alguém quiser ainda lucrar, vai ter de se adaptar a um novo tipo de mercado.
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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #66 Online: 14 de Outubro de 2009, 15:27:59 »
Por isso que eu defendo uma mudança na forma como é o mercado atual. Não estou entrando no mérito se pirataria é legal ou não, se deveria ser legal ou não, se é moral ou se não é, se é ético, etc. Estou falando que dificilmente vão vencer a pirataria e se alguém quiser ainda lucrar, vai ter de se adaptar a um novo tipo de mercado.

Eu já cansei de dizer que a pirataria é inevitável e a palavra de ordem é exatamente a que você disse: "Adaptar".

Offline Barata Tenno

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #67 Online: 14 de Outubro de 2009, 15:30:04 »
E pra que gravadora? Grava por conta própria, coloca na rede... se fizer sucesso sorte dele....
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Offline DDV

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #68 Online: 14 de Outubro de 2009, 15:32:05 »
Mas ninguem é obrigado a viver de arte.

Da mesma forma que ninguém é obrigado a ver ou ouvir qualquer arte que não seja do seu agrado

Citação de: Beholder
E nem precisa viver de arte.

Você deve conhecer o conceito de "divisão do trabalho", não?
Uma pessoa que se dedica a um ramo qualquer se torna superior a 99% das demais em sua atividade.

De qualquer forma, a obra é dele e ele decide como e em que condições ela deverá ser disponibilizada. Quem não quiser, não compre.
 
Citação de: Beholder
Produzindo uma música ou filme, o artista não está trabalhando de graça.

Está dizendo que arte não dá trabalho nenhum para ser produzida?

Citação de: Beholder
Está se expressando. O dinheiro pode vir ou não. Mas não é o objetivo do artista.

"Expressar-se" não enche barriga. E você não leu a mente de todos os artistas parasaber quais são seus objetivos.

Repito: Quem quiser disponibilizar suas obras de graça, NÃO é impedido.

Os 95% de artistas que deixariam de fazer arte caso não haja retorno financeiro fariam falta a 95% da população, que os paga de bom grado para que produzam.

Citação de: Beholder

Pelo menos não deveria ser.

Por quê?

Isso é apenas um gosto pessoal seu. Não espere que os demais tenham as mesmas preferências suas, e nem ache que deveriam ter.

Citação de: Beholder
A menos que a obra dele tenha sido encomendada. Aí obviamente há a expectativa de uma recompensa em dinheiro. E se alguem vai lucrar em cima da expressão dele, então ele deve ganhar algo também.

Se ele fez uma obra que não fica confinada a um objeto (escultura, pintura...), mas sim à memória de quem ouviu e/ou viu, como ele pode ser dono dessa obra? Desse jeito teríamos que cobrar um valor de cada pessoa que cantasse no chuveiro sua música preferida...

O Copyright só se aplica à obra em sua forma gravada/impressa/escrita, pelo menos é o que eu acho.
« Última modificação: 14 de Outubro de 2009, 15:40:50 por DDV »
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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #69 Online: 14 de Outubro de 2009, 15:33:49 »
Eu acho que um artista não deveria ser dono das suas obras, assim como os pais não deveriam ser donos dos filhos.

Isto vale para os artesãos, pintores, etc.?
A Marca Coca-Cola, Pepsi, etc.?

Sim. Pintores e artesãos vendem as obras deles, mas se alguém com a mesma habilidade consegue copiar, deveria apenas pagar uma parte do lucro pro autor original da obra, e não deveria ser proibido de fazer a cópia. E a coca-cola sabe muito bem que se o segredo da fórmula dela for revelado todo mundo copia, e ela já sabia disso muito antes de existir o conceito de propriedade intelectual.

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #70 Online: 14 de Outubro de 2009, 15:34:39 »
Nem sei nem porque essa discussão. Quem deve decidir a forma de negociar ou disponibilizar um produto são seus donos. Se eles virem vantagem em fazer as propostaa que vocês estão postando aqui, com certeza farão.

Eu estou questionando esse conceito que eu coloquei em negrito. Eu acho que um artista não deveria ser dono das suas obras
                                                                               
Por quê, se as obras dependem do artista para existirem e dão trabalho para serem produzidas?
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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #71 Online: 14 de Outubro de 2009, 15:35:25 »
Mas ninguem é obrigado a viver de arte.
Da mesma forma que ninguém é obrigado a ver ou ouvir qualquer arte que não seja do seu agrado

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Offline Mr. Mustard

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #72 Online: 14 de Outubro de 2009, 15:39:55 »
Sim. Pintores e artesãos vendem as obras deles, mas se alguém com a mesma habilidade consegue copiar, deveria apenas pagar uma parte do lucro pro autor original da obra, e não deveria ser proibido de fazer a cópia. E a coca-cola sabe muito bem que se o segredo da fórmula dela for revelado todo mundo copia, e ela já sabia disso muito antes de existir o conceito de propriedade intelectual.

Não perguntei da fórmula, perguntei da Logomarca.

Quanto ao resto... Se alguém copia uma obra artística é plágio. Não vi relação na pirataria.

Offline Pellicer

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #73 Online: 14 de Outubro de 2009, 15:42:34 »
Citação de: Pellicer

Pelo menos não deveria ser.

Por quê?

Isso é apenas um gosto pessoal seu. Não espere que os demais tenham as mesmas preferências suas, e nem ache que deveriam ter.

Citação de: Pellicer
A menos que a obra dele tenha sido encomendada. Aí obviamente há a expectativa de uma recompensa em dinheiro. E se alguem vai lucrar em cima da expressão dele, então ele deve ganhar algo também.

Se ele fez uma obra que não fica confinada a um objeto (escultura, pintura...), mas sim à memória de quem ouviu e/ou viu, como ele pode ser dono dessa obra? Desse jeito teríamos que cobrar um valor de cada pessoa que cantasse no chuveiro sua música preferida...

O Copyright só se aplica à obra em sua forma gravada/impressa/escrita, pelo menos é o que eu acho.

Você poderia citar direito? Eu perdi o contexto daquela frase isolada, mas já te respondo que o que eu estou dizendo é pura opinião minha e eu não acho que a minha opinião é a melhor alternativa possível, só é a melhor alternativa que eu vejo. Achei que isso já era meio implícito. E não fui eu que escrevi os dois últimos parágrafos que você citou.

Offline DDV

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Re: Bem-estar do pirateiro X disponibilidade de superproduções - O dilema
« Resposta #74 Online: 14 de Outubro de 2009, 15:45:01 »
Citação de: Pellicer
Se um avião pudesse ser copiado sem custos, assim como o seu combustível, e pudesse ser pilotado por computadores, aí sim a sua comparação faria sentido. E a comparação válida no caso das boates é se uma boate tem o direito de me impedir de usar equipamentos iguais para eu simular na minha casa um ambiente igual ao das boates.

O custo da obra está em ser produzida. Esse custo não "desaparece" como num passe de mágica só porque a obra é copiável sem mais custos.
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