Autor Tópico: Poliamor  (Lida 16094 vezes)

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Offline Geotecton

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Re:Poliamor
« Resposta #100 Online: 06 de Janeiro de 2016, 21:19:21 »
Mas aí depois só teria sobrado uma quando voltasse.

Seleção natural.

E aí o ciclo recomeça.
Foto USGS

Offline -Huxley-

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Re:Poliamor
« Resposta #101 Online: 07 de Janeiro de 2016, 23:49:09 »
Ter várias mulheres bonitas? Se é para sonhar com uma utopia, então acho que a maioria dos homens preferiria simplesmente ter várias parceiras puramente sexuais bonitas e zero ou uma parceira romântica e sexual bonita...

Offline -Huxley-

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Re:Poliamor
« Resposta #102 Online: 08 de Janeiro de 2016, 00:22:35 »
"Parceira puramente sexual" pode ser somente uma aproximação teórica, pois o sexo casual pode levar a um interesse amoroso, mesmo que isso não seja muito provável (razão pela qual não existe "traição 100% sexual").

Offline Johnny Cash

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Re:Poliamor
« Resposta #103 Online: 08 de Janeiro de 2016, 08:19:32 »
"Parceira puramente sexual" pode ser somente uma aproximação teórica, pois o sexo casual pode levar a um interesse amoroso, mesmo que isso não seja muito provável (razão pela qual não existe "traição 100% sexual").

Eu já acho que existe "traição 100% sexual", colocando aí como conceito algo que não leve "amor" em conta. Um exemplo são os casos de gente trocando parceiros maravilhosos e relações bacanas por noites terríveis, fazendo sexo com as pessoas mais estranhas e não desejáveis em situações normais, somente por desejo/curiosidade sexual mesmo.

Mesmo acreditando que a motivação primeira seja puramente sexual, acredito também que esses casos podem levar a interesses "amorosos" posteriormente, mas não obrigatoriamente.

Pode haver nessa discussão algo problemático na definição de "interesse sexual" e "interesse amoroso", que talvez seja bom estar mais claro.

Offline -Huxley-

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Re:Poliamor
« Resposta #104 Online: 08 de Janeiro de 2016, 11:17:14 »
Não existe sexo 100% sem compromisso, pois há incerteza sobre as consequências geradas pelo mesmo.O sexo pode aumentar os níveis de dopamina - que provoca paixão e romance. E o orgasmo provoca a descarga de ocitocina e vasopressina - os hormônios da ligação. Se existisse traição sexual livre de risco de envolvimento amoroso, então a traição sexual consentida provavelmente já teria se transformado numa ideia amplamente aceita.
« Última modificação: 08 de Janeiro de 2016, 11:21:03 por -Huxley- »

Offline Johnny Cash

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Re:Poliamor
« Resposta #105 Online: 08 de Janeiro de 2016, 11:52:26 »
Não existe sexo 100% sem compromisso, pois há incerteza sobre as consequências geradas pelo mesmo.

O que estava em jogo não era bem compromisso, mas sim interesse amoroso.

De toda forma, não acho que incerteza levaria a compromisso obrigatoriamente.

O sexo pode aumentar os níveis de dopamina - que provoca paixão e romance.

"Pode" aumentar? Nem sempre aumenta?

De toda forma, eu não sei coisa alguma sobre isso. Aumentar os níveis de dopamina provoca paixão e romance? Achava que seria algo relacionado, ou que contribuísse em alguns casos, mas não que provocaria assim.

E o orgasmo provoca a descarga de ocitocina e vasopressina - os hormônios da ligação. Se existisse traição sexual livre de risco de envolvimento amoroso, então a traição sexual consentida provavelmente já teria se transformado numa ideia amplamente aceita.

Há mais envolvido no não suporte a traições (sexuais). Muito do aspecto pode estar ligado ao parceiro traído não querer receber doenças de terceiros, participar da criação de filhos de outros, ter compromissos quebrados em que a expectativa é de exclusividade, e é religioso, também.

Além disso, uma vez o Donatello (de-pai-fá-von-djick), se não me engano, postou aqui texto demonstrando a relação prevalência de relações monogâmicas e agressão intraespecífica relacionadas à abundância de recursos no ambiente, que variando, pelo que entendi, pode acabar impactando também nessa aceitação.

Duas perguntas pra você:
1) Não entendi mesmo o que você diz com "traição sexual consentida", como assim consentida?
2) Alguém que faz sexo com um cadáver tem por ele algum interesse amoroso?



Muito alto o risco de não estarmos falando da mesma coisa sobre "interesse amoroso", "romance".
« Última modificação: 08 de Janeiro de 2016, 11:54:38 por Johnny Cash »

Offline Johnny Cash

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Re:Poliamor
« Resposta #106 Online: 08 de Janeiro de 2016, 12:19:47 »
Só por curiosidade, me surgiu mais uma dúvida: Esses atores/atrizes pornô que fazem sexo com 50 pessoas numa cena tem interesse amoroso por todos? O mesmo acontece com pessoas que frequentam casas de swing e similares?

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Poliamor
« Resposta #107 Online: 08 de Janeiro de 2016, 22:30:53 »
Não existe sexo 100% sem compromisso, pois há incerteza sobre as consequências geradas pelo mesmo.O sexo pode aumentar os níveis de dopamina - que provoca paixão e romance. E o orgasmo provoca a descarga de ocitocina e vasopressina - os hormônios da ligação. Se existisse traição sexual livre de risco de envolvimento amoroso, então a traição sexual consentida provavelmente já teria se transformado numa ideia amplamente aceita.

Citar
[...] 65 percent of those who are autonomous and tend to be dismissive about commitment reported greater stress about sexual cheating than emotional cheating. And 77 percent of those who are more securely attached and committed in relationships found emotional betrayal to be worse than sexual duplicity.

Even within each sex the results were striking. Dismissive women were four times more likely to report greater sexual jealousy than securely committed women. And dismissive men were 50 times more likely to report sexual jealousy than securely committed men. [...]

http://www.scientificamerican.com/podcast/episode/sex-differences-in-jealousy-10-01-28/

Adultério: como as diferentes culturas encaram a questão

No Japão é bastante comum; na Rússia quase não é problema: como as pessoas, em diferentes países, encaram a infidelidade

...

Citar
http://brainblogger.com/2008/11/11/why-infidelity-may-not-be-cheating-anymore/

 But as new research suggests, the chances of infidelity in a relationship now varies between 40 and 76%; and this implies that infidelity itself could be the new norm. [...]








Só por curiosidade, me surgiu mais uma dúvida: Esses atores/atrizes pornô que fazem sexo com 50 pessoas numa cena tem interesse amoroso por todos? O mesmo acontece com pessoas que frequentam casas de swing e similares?

https://en.wikipedia.org/wiki/Dunbar's_number

Offline -Huxley-

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Re:Poliamor
« Resposta #108 Online: 08 de Janeiro de 2016, 23:54:37 »
Não existe sexo 100% sem compromisso, pois há incerteza sobre as consequências geradas pelo mesmo.

O que estava em jogo não era bem compromisso, mas sim interesse amoroso.

De toda forma, não acho que incerteza levaria a compromisso obrigatoriamente.

O sexo pode aumentar os níveis de dopamina - que provoca paixão e romance.

"Pode" aumentar? Nem sempre aumenta?

De toda forma, eu não sei coisa alguma sobre isso. Aumentar os níveis de dopamina provoca paixão e romance? Achava que seria algo relacionado, ou que contribuísse em alguns casos, mas não que provocaria assim.

E o orgasmo provoca a descarga de ocitocina e vasopressina - os hormônios da ligação. Se existisse traição sexual livre de risco de envolvimento amoroso, então a traição sexual consentida provavelmente já teria se transformado numa ideia amplamente aceita.

Há mais envolvido no não suporte a traições (sexuais). Muito do aspecto pode estar ligado ao parceiro traído não querer receber doenças de terceiros, participar da criação de filhos de outros, ter compromissos quebrados em que a expectativa é de exclusividade, e é religioso, também.

Além disso, uma vez o Donatello (de-pai-fá-von-djick), se não me engano, postou aqui texto demonstrando a relação prevalência de relações monogâmicas e agressão intraespecífica relacionadas à abundância de recursos no ambiente, que variando, pelo que entendi, pode acabar impactando também nessa aceitação.

Duas perguntas pra você:
1) Não entendi mesmo o que você diz com "traição sexual consentida", como assim consentida?
2) Alguém que faz sexo com um cadáver tem por ele algum interesse amoroso?



Muito alto o risco de não estarmos falando da mesma coisa sobre "interesse amoroso", "romance".

1- É, realmente não tinha pensado nesses outros aspectos do não-suporte a traições...Acho que a última frase do post não foi um bom argumento.
2- Traição sexual consentida...Traição alegada pelo traidor como puramente sexual e ... admitida pela pessoa traída.
3- Não vou responder a pergunta sobre necrofilia, pois não entendo como ela se relaciona com o tema abordado por mim.
« Última modificação: 09 de Janeiro de 2016, 00:49:44 por -Huxley- »

Offline -Huxley-

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Re:Poliamor
« Resposta #109 Online: 09 de Janeiro de 2016, 00:09:00 »
Só por curiosidade, me surgiu mais uma dúvida: Esses atores/atrizes pornô que fazem sexo com 50 pessoas numa cena tem interesse amoroso por todos? O mesmo acontece com pessoas que frequentam casas de swing e similares?

Provavelmente não e nem insinuei isso. Eu só disse que pessoas que alegam fazer sexo extraconjugal casual tem uma chance maior de se envolverem em compromisso e/ou paixão com um(a) parceiro (a) extraconjugal do que se nunca fizessem isso.
« Última modificação: 09 de Janeiro de 2016, 00:30:49 por -Huxley- »

Offline -Huxley-

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Re:Poliamor
« Resposta #110 Online: 09 de Janeiro de 2016, 00:27:13 »
Não existe sexo 100% sem compromisso, pois há incerteza sobre as consequências geradas pelo mesmo.O sexo pode aumentar os níveis de dopamina - que provoca paixão e romance. E o orgasmo provoca a descarga de ocitocina e vasopressina - os hormônios da ligação. Se existisse traição sexual livre de risco de envolvimento amoroso, então a traição sexual consentida provavelmente já teria se transformado numa ideia amplamente aceita.

Citar
[...] 65 percent of those who are autonomous and tend to be dismissive about commitment reported greater stress about sexual cheating than emotional cheating. And 77 percent of those who are more securely attached and committed in relationships found emotional betrayal to be worse than sexual duplicity.

Even within each sex the results were striking. Dismissive women were four times more likely to report greater sexual jealousy than securely committed women. And dismissive men were 50 times more likely to report sexual jealousy than securely committed men. [...]

http://www.scientificamerican.com/podcast/episode/sex-differences-in-jealousy-10-01-28/

Adultério: como as diferentes culturas encaram a questão

No Japão é bastante comum; na Rússia quase não é problema: como as pessoas, em diferentes países, encaram a infidelidade

...

Citar
http://brainblogger.com/2008/11/11/why-infidelity-may-not-be-cheating-anymore/

 But as new research suggests, the chances of infidelity in a relationship now varies between 40 and 76%; and this implies that infidelity itself could be the new norm. [...]








Só por curiosidade, me surgiu mais uma dúvida: Esses atores/atrizes pornô que fazem sexo com 50 pessoas numa cena tem interesse amoroso por todos? O mesmo acontece com pessoas que frequentam casas de swing e similares?

https://en.wikipedia.org/wiki/Dunbar's_number

Seria interessante ver pesquisas que mensurem quantas pessoas tem o viés "faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço". Infelizmente, as pesquisas de opinião não ajudariam muito, pois há uma assimetria entre "papo furado" e ação.

Offline Johnny Cash

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Re:Poliamor
« Resposta #111 Online: 09 de Janeiro de 2016, 00:53:48 »
Não existe sexo 100% sem compromisso, pois há incerteza sobre as consequências geradas pelo mesmo.

O que estava em jogo não era bem compromisso, mas sim interesse amoroso.

De toda forma, não acho que incerteza levaria a compromisso obrigatoriamente.

O sexo pode aumentar os níveis de dopamina - que provoca paixão e romance.

"Pode" aumentar? Nem sempre aumenta?

De toda forma, eu não sei coisa alguma sobre isso. Aumentar os níveis de dopamina provoca paixão e romance? Achava que seria algo relacionado, ou que contribuísse em alguns casos, mas não que provocaria assim.

E o orgasmo provoca a descarga de ocitocina e vasopressina - os hormônios da ligação. Se existisse traição sexual livre de risco de envolvimento amoroso, então a traição sexual consentida provavelmente já teria se transformado numa ideia amplamente aceita.

Há mais envolvido no não suporte a traições (sexuais). Muito do aspecto pode estar ligado ao parceiro traído não querer receber doenças de terceiros, participar da criação de filhos de outros, ter compromissos quebrados em que a expectativa é de exclusividade, e é religioso, também.

Além disso, uma vez o Donatello (de-pai-fá-von-djick), se não me engano, postou aqui texto demonstrando a relação prevalência de relações monogâmicas e agressão intraespecífica relacionadas à abundância de recursos no ambiente, que variando, pelo que entendi, pode acabar impactando também nessa aceitação.

Duas perguntas pra você:
1) Não entendi mesmo o que você diz com "traição sexual consentida", como assim consentida?
2) Alguém que faz sexo com um cadáver tem por ele algum interesse amoroso?



Muito alto o risco de não estarmos falando da mesma coisa sobre "interesse amoroso", "romance".

1- É, realmente não tinha pensado nesses outros aspectos do não-suporte a traições...Acho que a última frase do post não foi um bom argumento.
2- Traição sexual consentida...Traição alegada pelo traidor como puramente sexual e ... admitida pela pessoa traída.
3- Não vou responder a pergunta sobre necrofilia, pois não entendo com ela se relaciona com o tema abordado por mim.

;)

A questão sobre necrofilia e depois a pergunta subsequente sobre os atores pornô e swingers, respondida com o link colocado pelo Buckaroo Banzai ao Dunbar`s Number, é relevante sobre o que você defende de não existir traição de cunho 100% sexual e tendo obrigatoriamente algum componente amoroso. Se alguém flagra o parceiro metido numa dessas ocasiões escondidamente, vai ser bem comum achar que houve aí traição de cunho sexual e, nesses casos, conforme está demonstrado, há a possibilidade de não haver componente amoroso.

Certamente fora desses casos mais esdrúxulos é também possível que não haja nada além, mesmo ja sendo muito, do que intercurso sexual.

Offline Johnny Cash

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Re:Poliamor
« Resposta #112 Online: 09 de Janeiro de 2016, 01:00:58 »
Não existe sexo 100% sem compromisso, pois há incerteza sobre as consequências geradas pelo mesmo.O sexo pode aumentar os níveis de dopamina - que provoca paixão e romance. E o orgasmo provoca a descarga de ocitocina e vasopressina - os hormônios da ligação. Se existisse traição sexual livre de risco de envolvimento amoroso, então a traição sexual consentida provavelmente já teria se transformado numa ideia amplamente aceita.

Citar
[...] 65 percent of those who are autonomous and tend to be dismissive about commitment reported greater stress about sexual cheating than emotional cheating. And 77 percent of those who are more securely attached and committed in relationships found emotional betrayal to be worse than sexual duplicity.

Even within each sex the results were striking. Dismissive women were four times more likely to report greater sexual jealousy than securely committed women. And dismissive men were 50 times more likely to report sexual jealousy than securely committed men. [...]

http://www.scientificamerican.com/podcast/episode/sex-differences-in-jealousy-10-01-28/

Adultério: como as diferentes culturas encaram a questão

No Japão é bastante comum; na Rússia quase não é problema: como as pessoas, em diferentes países, encaram a infidelidade

...

Citar
http://brainblogger.com/2008/11/11/why-infidelity-may-not-be-cheating-anymore/

 But as new research suggests, the chances of infidelity in a relationship now varies between 40 and 76%; and this implies that infidelity itself could be the new norm. [...]








Só por curiosidade, me surgiu mais uma dúvida: Esses atores/atrizes pornô que fazem sexo com 50 pessoas numa cena tem interesse amoroso por todos? O mesmo acontece com pessoas que frequentam casas de swing e similares?

https://en.wikipedia.org/wiki/Dunbar's_number

Seria interessante ver pesquisas que mensurem quantas pessoas tem o viés "faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço". Infelizmente, as pesquisas de opinião não ajudariam muito, pois há uma assimetria entre "papo furado" e ação.

Hoje, por causa desse tema aqui, eu acabei trombando com esses estudos também e acabei vendo que pelo menos em algum deles é apresentado durante a parte de discussão justamente esse ponto, da dificuldade em se determinar "definitivamente" a resposta, por problemas mil, inclusive pela complexidade em se encontrar "amostras" realmente representativas.

Ainda assim parece que os resultados foram repetidos de forma bastante similar por pesquisadores distintos, o que já deve contribuir para o conhecimento no assunto (infidelidade sexual).

Me parece ser algum consenso em que há pelo menos dois tipos de infidelidade, sexual e emocional, e mesmo podendo haver alguma interseção sobre as duas e possíveis dissecções em outros níveis não quer dizer que as duas nunca aconteçam completamente isoladas em termos perceptíveis. O medo do parceiro traído é que pode ser mesmo motivado pela percepção que se tem sobre o que implica a "pulada de cerca", desde indisponibilidade reprodutiva a outros fatores múltiplos.
« Última modificação: 09 de Janeiro de 2016, 01:03:27 por Johnny Cash »

Offline -Huxley-

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Re:Poliamor
« Resposta #113 Online: 09 de Janeiro de 2016, 12:38:20 »
Não existe sexo 100% sem compromisso, pois há incerteza sobre as consequências geradas pelo mesmo.

O que estava em jogo não era bem compromisso, mas sim interesse amoroso.

De toda forma, não acho que incerteza levaria a compromisso obrigatoriamente.

O sexo pode aumentar os níveis de dopamina - que provoca paixão e romance.

"Pode" aumentar? Nem sempre aumenta?

De toda forma, eu não sei coisa alguma sobre isso. Aumentar os níveis de dopamina provoca paixão e romance? Achava que seria algo relacionado, ou que contribuísse em alguns casos, mas não que provocaria assim.

E o orgasmo provoca a descarga de ocitocina e vasopressina - os hormônios da ligação. Se existisse traição sexual livre de risco de envolvimento amoroso, então a traição sexual consentida provavelmente já teria se transformado numa ideia amplamente aceita.

Há mais envolvido no não suporte a traições (sexuais). Muito do aspecto pode estar ligado ao parceiro traído não querer receber doenças de terceiros, participar da criação de filhos de outros, ter compromissos quebrados em que a expectativa é de exclusividade, e é religioso, também.

Além disso, uma vez o Donatello (de-pai-fá-von-djick), se não me engano, postou aqui texto demonstrando a relação prevalência de relações monogâmicas e agressão intraespecífica relacionadas à abundância de recursos no ambiente, que variando, pelo que entendi, pode acabar impactando também nessa aceitação.

Duas perguntas pra você:
1) Não entendi mesmo o que você diz com "traição sexual consentida", como assim consentida?
2) Alguém que faz sexo com um cadáver tem por ele algum interesse amoroso?



Muito alto o risco de não estarmos falando da mesma coisa sobre "interesse amoroso", "romance".

1- É, realmente não tinha pensado nesses outros aspectos do não-suporte a traições...Acho que a última frase do post não foi um bom argumento.
2- Traição sexual consentida...Traição alegada pelo traidor como puramente sexual e ... admitida pela pessoa traída.
3- Não vou responder a pergunta sobre necrofilia, pois não entendo com ela se relaciona com o tema abordado por mim.

;)

A questão sobre necrofilia e depois a pergunta subsequente sobre os atores pornô e swingers, respondida com o link colocado pelo Buckaroo Banzai ao Dunbar`s Number, é relevante sobre o que você defende de não existir traição de cunho 100% sexual e tendo obrigatoriamente algum componente amoroso. Se alguém flagra o parceiro metido numa dessas ocasiões escondidamente, vai ser bem comum achar que houve aí traição de cunho sexual e, nesses casos, conforme está demonstrado, há a possibilidade de não haver componente amoroso.

Certamente fora desses casos mais esdrúxulos é também possível que não haja nada além, mesmo ja sendo muito, do que intercurso sexual.

O "há a possibilidade de não haver componente amoroso" é um argumento que não tem relevância prática para o processo de tomada de decisões. Alguém alegar para o cônjuge que sua traição é 100% sexual é algo que carece de significado, pois ninguém pode dizer "ali está uma transa casual do meu cônjuge que eu tenho certeza que não vai dar em nada", pois a regra é que o corpo tenha sensações emocionais de ligação, paixão e/ou romance causado por hormônios em um ato sexual. Não tem qualquer relevância prática para o processo de tomada de decisão se a origem da negação do "100% sexual" reside na incerteza ou na inexistência da traição puramente sexual.
« Última modificação: 09 de Janeiro de 2016, 12:47:36 por -Huxley- »

Offline Johnny Cash

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Re:Poliamor
« Resposta #114 Online: 09 de Janeiro de 2016, 12:54:28 »
Nah, a afirmação era: não existe traição 100% sexual.

Daí investigamos e vimos que não é o caso, existe sim.

Outra investigação se daria sobre isso servir num processo de decisão, como justificativa, ou até se os indivíduos conseguem detectar perfeitamente quando há esse componente ou não.

Offline -Huxley-

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Re:Poliamor
« Resposta #115 Online: 09 de Janeiro de 2016, 12:57:26 »
Não existe essa coisa de "A traição é 100% sexual". Como é que se prova isso?

Offline -Huxley-

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Re:Poliamor
« Resposta #116 Online: 09 de Janeiro de 2016, 13:01:15 »
Ok, corrigindo mais um erro meu, quero deixar claro que acho justo dizer que ausência de evidência não é evidência de ausência. Mas não há evidência dessa coisa de "traição 100% sexual".

Offline Johnny Cash

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Re:Poliamor
« Resposta #117 Online: 09 de Janeiro de 2016, 13:02:25 »
Como assim? Quando falando de um evento de infidelidade específico? Aí não sei como fariam pra provar ou detectar.

Mas se há a possibilidade de relações sexuais 100% sexuais , há a possibilidade de traições 100% sexuais. O que deve ser comum nessas casas de massagem com final feliz, por exemplo.

Você ainda afirma que não existe traição 100% sexual?


.........

So agora vi sua segunda mensagem. Acho que chegamos em acordo.  :ok:

Offline Sergiomgbr

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Re:Poliamor
« Resposta #118 Online: 09 de Janeiro de 2016, 13:06:48 »
Nah, a afirmação era: não existe traição 100% sexual.

Daí investigamos e vimos que não é o caso, existe sim.

Outra investigação se daria sobre isso servir num processo de decisão, como justificativa, ou até se os indivíduos conseguem detectar perfeitamente quando há esse componente ou não.
Bom, eu acho que se uma traição  é 100% sexual, é na verdade 0% traição.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Johnny Cash

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Re:Poliamor
« Resposta #119 Online: 09 de Janeiro de 2016, 13:10:42 »
Nah, a afirmação era: não existe traição 100% sexual.

Daí investigamos e vimos que não é o caso, existe sim.

Outra investigação se daria sobre isso servir num processo de decisão, como justificativa, ou até se os indivíduos conseguem detectar perfeitamente quando há esse componente ou não.
Bom, eu acho que se uma traição  é 100% sexual, é na verdade 0% traição.

Ué, mas traições são traições por definição. :lol:

Para os relacionamentos que contam com expectativa de exclusividade sexual, essas 100% sexuais não abrandam obrigatoriamente a percepção do parceiro traído.

Offline Sergiomgbr

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Re:Poliamor
« Resposta #120 Online: 09 de Janeiro de 2016, 13:26:44 »
Nah, a afirmação era: não existe traição 100% sexual.

Daí investigamos e vimos que não é o caso, existe sim.

Outra investigação se daria sobre isso servir num processo de decisão, como justificativa, ou até se os indivíduos conseguem detectar perfeitamente quando há esse componente ou não.
Bom, eu acho que se uma traição  é 100% sexual, é na verdade 0% traição.

Ué, mas traições são traições por definição. :lol:

Para os relacionamentos que contam com expectativa de exclusividade sexual, essas 100% sexuais não abrandam obrigatoriamente a percepção do parceiro traído.
Mas então como relativizá-la? Se o fato de alguém fazer sexo com alguém significa uma traição para com outrem o que estava em jogo era sexo? Por que se era não existe percentagem de traição, meio por cento ou 99% são a mesma coisa, se houve sexo. E se era outro tipo de ligação não fundamentada em sexo, se foi só sexo então não houve traição alguma.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Poliamor
« Resposta #121 Online: 09 de Janeiro de 2016, 16:34:38 »
Ok, corrigindo mais um erro meu, quero deixar claro que acho justo dizer que ausência de evidência não é evidência de ausência. Mas não há evidência dessa coisa de "traição 100% sexual".

http://lasvegas.cbslocal.com/2012/08/15/study-men-paying-for-sex-from-prostitute-looking-for-true-love/

Por essa eu não esperava.

Offline -Huxley-

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Re:Poliamor
« Resposta #122 Online: 10 de Janeiro de 2016, 21:34:38 »
Para muitas pessoas, o poliamor talvez resolva o problema do chifre, já que o permite. Mas quão comum é o chifre que é admitido em pesquisas de opinião?

Estudos demonstraram que, num ano qualquer, cerca de 4% das pessoas casadas traem seus cônjuges: http://www.usnews.com/news/national/articles/2008/03/27/how-common-are-cheating-spouses

Achei estranho a porcentagem mencionada dessa reportagem parecer divergir tanto da porcentagem que o Buckaroo pôs.


Offline -Huxley-

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Re:Poliamor
« Resposta #123 Online: 10 de Janeiro de 2016, 21:37:15 »
A probabilidade cumulativa do chifre indica que, apenas no décimo sétimo ano de relacionamento, é mais provável ser chifrudo(a) do que não ser. Mas será que a maioria dos relacionamentos dura tanto?

Offline Johnny Cash

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Re:Poliamor
« Resposta #124 Online: 10 de Janeiro de 2016, 22:38:00 »
Nah, a afirmação era: não existe traição 100% sexual.

Daí investigamos e vimos que não é o caso, existe sim.

Outra investigação se daria sobre isso servir num processo de decisão, como justificativa, ou até se os indivíduos conseguem detectar perfeitamente quando há esse componente ou não.
Bom, eu acho que se uma traição  é 100% sexual, é na verdade 0% traição.

Ué, mas traições são traições por definição. :lol:

Para os relacionamentos que contam com expectativa de exclusividade sexual, essas 100% sexuais não abrandam obrigatoriamente a percepção do parceiro traído.
Mas então como relativizá-la? Se o fato de alguém fazer sexo com alguém significa uma traição para com outrem o que estava em jogo era sexo? Por que se era não existe percentagem de traição, meio por cento ou 99% são a mesma coisa, se houve sexo. E se era outro tipo de ligação não fundamentada em sexo, se foi só sexo então não houve traição alguma.

Eu juro que só não comento algo mais substancial aqui porque não entendi nada do que você propôs.

 

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