Não existe sexo 100% sem compromisso, pois há incerteza sobre as consequências geradas pelo mesmo.
O que estava em jogo não era bem compromisso, mas sim interesse amoroso.
De toda forma, não acho que incerteza levaria a compromisso obrigatoriamente.
O sexo pode aumentar os níveis de dopamina - que provoca paixão e romance.
"Pode" aumentar? Nem sempre aumenta?
De toda forma, eu não sei coisa alguma sobre isso. Aumentar os níveis de dopamina provoca paixão e romance? Achava que seria algo relacionado, ou que contribuísse em alguns casos, mas não que provocaria assim.
E o orgasmo provoca a descarga de ocitocina e vasopressina - os hormônios da ligação. Se existisse traição sexual livre de risco de envolvimento amoroso, então a traição sexual consentida provavelmente já teria se transformado numa ideia amplamente aceita.
Há mais envolvido no não suporte a traições (sexuais). Muito do aspecto pode estar ligado ao parceiro traído não querer receber doenças de terceiros, participar da criação de filhos de outros, ter compromissos quebrados em que a expectativa é de exclusividade, e é religioso, também.
Além disso, uma vez o Donatello (de-pai-fá-von-djick), se não me engano, postou aqui texto demonstrando a relação prevalência de relações monogâmicas e agressão intraespecífica relacionadas à abundância de recursos no ambiente, que variando, pelo que entendi, pode acabar impactando também nessa aceitação.
Duas perguntas pra você:
1) Não entendi mesmo o que você diz com "traição sexual consentida", como assim consentida?
2) Alguém que faz sexo com um cadáver tem por ele algum interesse amoroso?
Muito alto o risco de não estarmos falando da mesma coisa sobre "interesse amoroso", "romance".