Autor Tópico: Poliamor  (Lida 16091 vezes)

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Offline Pandora

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Re: Poliamor
« Resposta #25 Online: 04 de Fevereiro de 2010, 17:37:28 »
Eu me referia exlusivamente ao 1985. Mas lendo os posts do adriano, discordo do seu posicionamento bulldog, pois ele se mostra contra a idéia do texto de que o poliamor é mais sincero.


Entendi e vi o trecho que passa bem essa impressão:

Citar
A maior vantagem do poliamor é a sinceridade. Ser sincero com você mesmo e com seu parceiro. As pessoas se dividem em dois grupos: as que traem e as que não traem mas sentem vontade. No primeiro caso, você está mentindo para a pessoa com quem deveria ser o mais leal possível. No segundo caso, você está sendo desleal com você mesmo. Se você ama uma pessoa incondicionalmente, quer que ela seja feliz

Realmente diz que quem não é poliamorista não está sendo sincero, um grande erro.


Offline Diegojaf

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Re: Poliamor
« Resposta #26 Online: 04 de Fevereiro de 2010, 18:10:51 »
Eu me referia exlusivamente ao 1985. Mas lendo os posts do adriano, discordo do seu posicionamento bulldog, pois ele se mostra contra a idéia do texto de que o poliamor é mais sincero.


Entendi e vi o trecho que passa bem essa impressão:

Citar
A maior vantagem do poliamor é a sinceridade. Ser sincero com você mesmo e com seu parceiro. As pessoas se dividem em dois grupos: as que traem e as que não traem mas sentem vontade. No primeiro caso, você está mentindo para a pessoa com quem deveria ser o mais leal possível. No segundo caso, você está sendo desleal com você mesmo. Se você ama uma pessoa incondicionalmente, quer que ela seja feliz

Realmente diz que quem não é poliamorista não está sendo sincero, um grande erro.


2. Também entendi que ele criticou o que disse o artigo.

Na minha opinião uma sociedade baseada em sua maioria no núcleo familiar tradicional é melhor e mais saudável.
Porque? Você acha que filhos de casais poligâmicos são infelizes?

Quem disse isso foi o 1985, não o Adriano...
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline Bulldog

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Re: Poliamor
« Resposta #27 Online: 04 de Fevereiro de 2010, 19:47:03 »
Eu me referia exlusivamente ao 1985. Mas lendo os posts do adriano, discordo do seu posicionamento bulldog, pois ele se mostra contra a idéia do texto de que o poliamor é mais sincero.


Entendi e vi o trecho que passa bem essa impressão:

Citar
A maior vantagem do poliamor é a sinceridade. Ser sincero com você mesmo e com seu parceiro. As pessoas se dividem em dois grupos: as que traem e as que não traem mas sentem vontade. No primeiro caso, você está mentindo para a pessoa com quem deveria ser o mais leal possível. No segundo caso, você está sendo desleal com você mesmo. Se você ama uma pessoa incondicionalmente, quer que ela seja feliz

Realmente diz que quem não é poliamorista não está sendo sincero, um grande erro.


2. Também entendi que ele criticou o que disse o artigo.
Ok, reli,  meu entendimento da que Adriano disse estava equivocado. Sorry.
Na minha opinião uma sociedade baseada em sua maioria no núcleo familiar tradicional é melhor e mais saudável.
Porque? Você acha que filhos de casais poligâmicos são infelizes?

Quem disse isso foi o 1985, não o Adriano...
:?: Não fiz referência a essas falas. Onde dei essa impressão?
"Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
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Re: Poliamor
« Resposta #28 Online: 04 de Fevereiro de 2010, 19:52:56 »
O foxes citou errado, mas eu não discuto com o foxes...
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Offline Gaúcho

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Re: Poliamor
« Resposta #29 Online: 04 de Fevereiro de 2010, 20:11:52 »
Eu não conseguiria manter um relacionamento sério, desse jeito. Eu geralmente me entrego totalmente quando estou gostando de alguém, e espero entrega total, da outra parte, também. Não acho que isso aconteceria em um relação nesse estilo.

Claro, estou falando estritamente nesses casos onde cada um pode ter um mundão de "namorados(as)" e tal. Eu, por exemplo, estou ficando com uma menina que tem curiosidade/vontade, mais curiosidade, no momento, de convidar outra menina para uma "festinha" entre nós. Isso já seria totalmente adequado :D
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Re: Poliamor
« Resposta #30 Online: 04 de Fevereiro de 2010, 20:50:31 »
Seria a proposta do poliamorismo uma forma de relacionamento egoista?
"Na primeira noite eles se aproximam
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Re: Poliamor
« Resposta #31 Online: 04 de Fevereiro de 2010, 20:54:48 »
Seria a proposta do poliamorismo uma forma de relacionamento egoista?

Eu acho, afinal, pega-se a parte boa e deixa a responsabilidade e o comprometimento para trás. Ao menor sinal de adversidade, muda-se de "amor" e pronto. É bem típico da cultura das novas gerações.
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Offline Adriano

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Re: Poliamor
« Resposta #32 Online: 05 de Fevereiro de 2010, 02:29:16 »
Seria a proposta do poliamorismo uma forma de relacionamento egoista?
E por que seria? A questão proposta pelo poliamor é de se amar mais de uma pessoa. Geralmente com isso se tem uma relação aberta para novos relacionamentos mas existem relações poliamoristas fechadas com exclusividade entre os componentes, apenas não são dois como na monogamia.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Adriano

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Re: Poliamor
« Resposta #33 Online: 05 de Fevereiro de 2010, 02:45:06 »
Seria a proposta do poliamorismo uma forma de relacionamento egoista?

Eu acho, afinal, pega-se a parte boa e deixa a responsabilidade e o comprometimento para trás. Ao menor sinal de adversidade, muda-se de "amor" e pronto. É bem típico da cultura das novas gerações.
Esse não é o ponto do poliamor. A monogamia em série é um exemplo disso que cita já que em busca da deificação da fidelidade sexual ocorrem trocas sucessivas para que não ocorra a "traição". No poliamor é possível conciliar mais de um relacionamento de forma aberta e sem enganar o(a) parceiro(a). Aliás a outra pessoa também pode.
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Offline Adriano

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Re: Poliamor
« Resposta #34 Online: 05 de Fevereiro de 2010, 02:56:51 »
Eu não conseguiria manter um relacionamento sério, desse jeito. Eu geralmente me entrego totalmente quando estou gostando de alguém, e espero entrega total, da outra parte, também. Não acho que isso aconteceria em um relação nesse estilo.
E por que não aconteceria? Poliamoristas geralmente não esperam que seus parceiros lhes completem totalmente e por isso abrem a possibilidade a novas relações que venham acrescentar mais para todos os envolvidos.

Claro, estou falando estritamente nesses casos onde cada um pode ter um mundão de "namorados(as)" e tal. Eu, por exemplo, estou ficando com uma menina que tem curiosidade/vontade, mais curiosidade, no momento, de convidar outra menina para uma "festinha" entre nós. Isso já seria totalmente adequado :D
Essa é uma fantasia masculina muito comum. Mas essa é uma abertura mais sexual e nem tanto poliamorista. O exemplo de poliamor seria você namorar com essa menina também. Claro que não ocorre um mundão de namorados, tem limite pra se administrar isso mas como o comum é dois, então três já é considerado demais.
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Offline Adriano

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Re: Poliamor
« Resposta #35 Online: 05 de Fevereiro de 2010, 03:11:25 »

Quanto a essa liberdade de pensar e a aceitação das diferenças, não parece ser esse o pensamento do texto, dos adeptos ou do Adriano.
Em seus posts, parece para mim, que ele afirma ser o poliamor "A" forma sincera e saudável de construir relações afetivas, estando  a mongamia indelevelmente marcada pela hipocrisia e pela mentira, tanto para sai quanto para o outro.
Embora tenha tentado desfazer esse ato falho em uma resposta anterior, relendo seus outros posts, essa impressão não se desfez.
Quanta desconfiança!!! Mesmo eu retificando o que escrevi ainda pensou que fosse sacanagem minha!  |(

Eu me referia exlusivamente ao 1985. Mas lendo os posts do adriano, discordo do seu posicionamento bulldog, pois ele se mostra contra a idéia do texto de que o poliamor é mais sincero.


Entendi e vi o trecho que passa bem essa impressão:

Citar
A maior vantagem do poliamor é a sinceridade. Ser sincero com você mesmo e com seu parceiro. As pessoas se dividem em dois grupos: as que traem e as que não traem mas sentem vontade. No primeiro caso, você está mentindo para a pessoa com quem deveria ser o mais leal possível. No segundo caso, você está sendo desleal com você mesmo. Se você ama uma pessoa incondicionalmente, quer que ela seja feliz

Realmente diz que quem não é poliamorista não está sendo sincero, um grande erro.


Eu me referia exlusivamente ao 1985. Mas lendo os posts do adriano, discordo do seu posicionamento bulldog, pois ele se mostra contra a idéia do texto de que o poliamor é mais sincero.


Entendi e vi o trecho que passa bem essa impressão:

Citar
A maior vantagem do poliamor é a sinceridade. Ser sincero com você mesmo e com seu parceiro. As pessoas se dividem em dois grupos: as que traem e as que não traem mas sentem vontade. No primeiro caso, você está mentindo para a pessoa com quem deveria ser o mais leal possível. No segundo caso, você está sendo desleal com você mesmo. Se você ama uma pessoa incondicionalmente, quer que ela seja feliz

Realmente diz que quem não é poliamorista não está sendo sincero, um grande erro.


2. Também entendi que ele criticou o que disse o artigo.

Obrigado pelos esclarecimentos, entenderam bem o que eu quis dizer.  :ok:
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Re: Poliamor
« Resposta #36 Online: 05 de Fevereiro de 2010, 09:59:15 »
Quanta desconfiança!!! Mesmo eu retificando o que escrevi ainda pensou que fosse sacanagem minha!  |(
:'( Chorão, eu já tinha me retratado!!!

Ok, reli,  meu entendimento do que o Adriano disse estava equivocado. Sorry.
;P
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Re: Poliamor
« Resposta #37 Online: 05 de Fevereiro de 2010, 11:31:01 »
Eu gosto da ideia, mas não consigo arrumar nem uma, imagina mais que uma. :P
2. :(

Se você acha que sua crença é baseada na razão, você a defenderá com argumentos e não pela força e renunciará a ela se seus argumentos se mostrarem inválidos. (Bertrand Russell)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Humanismo_secular
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Re: Poliamor
« Resposta #38 Online: 05 de Fevereiro de 2010, 12:56:23 »
Eu gosto da ideia, mas não consigo arrumar nem uma, imagina mais que uma. :P
2. :(



3  :'(

Offline Gaúcho

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Re: Poliamor
« Resposta #39 Online: 05 de Fevereiro de 2010, 13:31:39 »
Citar
E por que não aconteceria? Poliamoristas geralmente não esperam que seus parceiros lhes completem totalmente e por isso abrem a possibilidade a novas relações que venham acrescentar mais para todos os envolvidos.

Ué, você mesmo respondeu sua pergunta :P
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Offline Bulldog

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Re: Poliamor
« Resposta #40 Online: 05 de Fevereiro de 2010, 14:22:07 »
Seria a proposta do poliamorismo uma forma de relacionamento egoista?

Eu acho, afinal, pega-se a parte boa e deixa a responsabilidade e o comprometimento para trás. Ao menor sinal de adversidade, muda-se de "amor" e pronto. É bem típico da cultura das novas gerações.

Na verdade apresentei como uma pergunta retórica, para fomentar a discussão.
Pois bem, também penso que é por ai.
Um discurso bonito, mas não tão novo, para justificar a incapacidade de lidar com os limites e frustrações próprios da vida, a saber o mais imperativo deles: não se pode ter tudo.
Reflete a falta de desejo de comprometer-se. Além da questão da completude, há também a questão do compromisso.
Parece a manifestação de um desejo infantil de querer tudo, limitação que uma relação monogâmica, de uma ou outra forma propõe e admite.
Na defesa das premissas do poliamor, os que querem uma relação um-para-um são apontados direta ou indiretamente, como pessoas infantis que buscam no outro um "par perfeito, uma parte que lhe complete".
Bobagem. Miopia e preconceito.
Não é bem assim.
Bem como nada garante que no poliamorismo, por mais que você tenha mais de um parceiro/amor/companheiro, você não esteja buscando o que lhe complete. Na verdade parece que é muito mais isso do que em uma relação monogâmica. Pois parece ser sempre mais de um necessário , veja, para satisfazer suas necessidades (egoismo) as necessidades do outro, são consequência.
Outra hipocrisia do discurso é tentar colocar as coisas como se o sexo não estivesse envolvido na questão. Está.
Relação afetiva intensa, sem sexo, é amizade. Para isso não precisa ser poliamorista.
O que se está falando é da possibilidade de ter vários parceiros sexuais sem ser discriminados socialmente, quanto a isso, nada tenho a dizer contra.
Penso que é um dreito de quem quer viver assim.
Respeitadas as questões ligadas a moral, que são conquistas caras para a espécie humana em sua evolução, como por exemplo o respeito as crianças e adolescentes, nas questões ligadas a sexualidade, de acordo com a fase de seu desenvolvimento psico-biológico.
Mas dai a ser apresentado como algo que seja um passo adiante na evolução das relações intimas e sociais, não dá, por que não é.
« Última modificação: 05 de Fevereiro de 2010, 14:34:28 por Bulldog »
"Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
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Re: Poliamor
« Resposta #41 Online: 06 de Fevereiro de 2010, 00:38:52 »
Poliamor é compromisso sério com mais de uma pessoa e ponto. Não adianta querer mudar o sentido de um termo que já está bem difundido mundialmente. Quando se fala de famílias poliamorista é algo muito sério.

Relacionamento aberto que é uma forma onde o sexo com terceiros é permitido mas sem envolvimento emocional. Assim como é possível o amor sem sexo que é a amizade também é possível o sexo sem amor. Assim existem também os casais swinguers.

Eu acho errado ser exclusivo para uma pessoa por você querer exclusividade dela. Eu como não quero ser exclusivo (e penso que muitos também não querem, é a fantasia de muitos) não exigo isso de quem me relaciono e deixo as regras bem claras para que ninguém se engane.

O poliamor é uma evolução no sentido de dar liberdade para quem quer se relacionar de outras formas.

Se fizermos um histórico dos relacionamentos amorosos, o amor romântico surgiu como um evolução dos casamentos tradicionais e arranjados pelas famílias por motivos econômicos principalmente. A partir do momento em que se pode eleger a pessoa com a qual vai conviver através das qualidades pessoais que lhe agradassem muito mudou com isso.

Mas surgiu muito exagero em torno disso com o amor sendo declarado eterno e merecedor da própria vida se preciso for, como foi eternizado em Romeu e Julieta.

Mas o que temos nos dias atuais é muito mais liberdade, é liberdade de poder se relacionar com alguém que se gosta mas também não precisamos ficar presos a esse modelo apenas. Já é uma conquista de nossa sociedade, todos procuram um grande amor para viver felizes para sempre. Mas com o poliamor fica a pergunta: Não podemos ir além?
« Última modificação: 06 de Fevereiro de 2010, 01:07:37 por Adriano »
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Re: Poliamor
« Resposta #42 Online: 06 de Fevereiro de 2010, 00:48:52 »
Isso é um retorno ao barbarismo grego antigo, isso sim...
Total preconceito.  :no:

2
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Offline Moro

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Re: Poliamor
« Resposta #43 Online: 06 de Fevereiro de 2010, 00:51:30 »
Gosto da idéia!!! E já dei um passo em direção ao poliamor: nunca achei que uma outra pessoa pudesse me completar, sempre achei isso absurdo!  :P
Relacionamento aberto eu já tive, mas eu não amava a pessoa... e sinceramente, não sei mesmo se amaria mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Mas tenho vontade de tentar, sempre quis namorar um menino e uma menina ao mesmo tempo... só não tive a oportunidade!

Legal. Acho bacana que vivemos em um tempo onde barreiras podem ser questionadas.
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Re: Poliamor
« Resposta #44 Online: 06 de Fevereiro de 2010, 04:57:51 »
Não deseje.

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Re: Poliamor
« Resposta #45 Online: 06 de Fevereiro de 2010, 10:43:01 »
Belo discurso. E é Só.

Poliamor é compromisso sério com mais de uma pessoa e ponto. Não adianta querer mudar o sentido de um termo que já está bem difundido mundialmente. Quando se fala de famílias poliamorista é algo muito sério.
Como você afirma isso se o próprio termo família mudou e muda com o passar do tempo, e você mesmo usa o  termo em um sentido diferente do tradicional.

Relacionamento aberto que é uma forma onde o sexo com terceiros é permitido mas sem envolvimento emocional. Assim como é possível o amor sem sexo que é a amizade também é possível o sexo sem amor. Assim existem também os casais swinguers.
Eu acho errado ser exclusivo para uma pessoa por você querer exclusividade dela. Eu como não quero ser exclusivo (e penso que muitos também não querem, é a fantasia de muitos) não exigo isso de quem me relaciono e deixo as regras bem claras para que ninguém se engane.
Como eu disse, a questão é sexual, talvez num grupo mais ou menos fechado,embora diferente das outras formas de vivência sexual citadas por você. Entenda que me refiro a sexual em duas perspectivas, a do ato sexual em sí e do sexual no sentido psicanalítico.

O poliamor é uma evolução no sentido de dar liberdade para quem quer se relacionar de outras formas.
Uma evolução no sentido das pessoas assumirem seus desejos de se relacionarem dessa forma, lutando para nãoserem discriminadas por isso. Elas tem esse direito. Faço coro para que ele seja respeitado. Nem por isso deixarei de analisar em um debate o que esse tipo de relação mostra da personalidade dessas pessoas, menos ainda considerar que sua apresentação romântica como um novo passo na evolução das relações esteja correta. É umaforma de se relacionar, que atendeo desejo de alguns e não de outros. Nada mais.

Se fizermos um histórico dos relacionamentos amorosos, o amor romântico surgiu como um evolução dos casamentos tradicionais e arranjados pelas famílias por motivos econômicos principalmente. A partir do momento em que se pode eleger a pessoa com a qual vai conviver através das qualidades pessoais que lhe agradassem muito mudou com isso.
Novamente você tenta colocar como uma escala evolutiva. Escalas evolutivas não costumam permitir involução, ou seja, todas as relações tenderiam a ser dessa maneira, com o tempo, relações monogâmicas ficariam ultrapassadas. É isso que voccê acredita? Eu não. Acho que as pessoas sempre deverão ter diferenças, essas devendo ser respeitadas.

Mas surgiu muito exagero em torno disso com o amor sendo declarado eterno e merecedor da própria vida se preciso for, como foi eternizado em Romeu e Julieta.
Talvez essa forma de amor, ou dar a vida por alquém seja exagero para você, já que não consegue nem mesmo se relacionar com  apenas uma pessoa. Mas será que é exagero para todos? Mais uma expressão do egoismo ao qual me refiro.
Existem pessoas que são capazes de se sacrificar por desconhecidos, desde policiais e bombeiros até "pessoas comuns", quanto mais pelas que amam.

Mas o que temos nos dias atuais é muito mais liberdade, é liberdade de poder se relacionar com alguém que se gosta mas também não precisamos ficar presos a esse modelo apenas. Já é uma conquista de nossa sociedade, todos procuram um grande amor para viver felizes para sempre. Mas com o poliamor fica a pergunta: Não podemos ir além?
De novo tentando colocar seu ideal de relação  como forma de relação ideal.
Não tenho certeza se isso é ir além, mas se  você acha que é, vá em frente. sou alquém que defenderá seu direito a isso. Desdeque não ofenda, machuque, mate ou subtraia direitos dos outros.

Uma pergunta: numa relação poliamorista fechada entre cinco pessoas, se uma delas deixa de amar  uma das outras, ela sai do grupo ou fica se relacionando comas outras três? Ela sai da casa?

Outra: Nasce um filho nessa família poliamorista, como todos transam com todos, sefaz um DNA para saber quem é o pai biológico. A família se separa, quem fica com a guarda? Quem paga os alimentos? More um dos membros do quinteto, a criança nãoé filha biológica dele, então tem direito a herança ou pensão?
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Re: Poliamor
« Resposta #46 Online: 06 de Fevereiro de 2010, 14:00:43 »
Belo discurso. E é Só.

Poliamor é compromisso sério com mais de uma pessoa e ponto. Não adianta querer mudar o sentido de um termo que já está bem difundido mundialmente. Quando se fala de famílias poliamorista é algo muito sério.
Como você afirma isso se o próprio termo família mudou e muda com o passar do tempo, e você mesmo usa o  termo em um sentido diferente do tradicional.
O que era tradicional já não é mais real. As novas configurações de famílias vão desdes as mães e pais solteiros até as famílias formadas por madrastros/padrastros e filhos dos casamentos anteriores. Além das famílias homossexuais.

A igreja católica que mantém o casamento como um dos seus setes sacramentos.

Relacionamento aberto que é uma forma onde o sexo com terceiros é permitido mas sem envolvimento emocional. Assim como é possível o amor sem sexo que é a amizade também é possível o sexo sem amor. Assim existem também os casais swinguers.
Eu acho errado ser exclusivo para uma pessoa por você querer exclusividade dela. Eu como não quero ser exclusivo (e penso que muitos também não querem, é a fantasia de muitos) não exigo isso de quem me relaciono e deixo as regras bem claras para que ninguém se engane.
Como eu disse, a questão é sexual, talvez num grupo mais ou menos fechado,embora diferente das outras formas de vivência sexual citadas por você. Entenda que me refiro a sexual em duas perspectivas, a do ato sexual em sí e do sexual no sentido psicanalítico.
A questão não é sexual e sim amorosa. Psicanalise é algo muito abrangente e vago para servir de parâmetro para relacionamentos.

O poliamor é uma evolução no sentido de dar liberdade para quem quer se relacionar de outras formas.
Uma evolução no sentido das pessoas assumirem seus desejos de se relacionarem dessa forma, lutando para nãoserem discriminadas por isso. Elas tem esse direito. Faço coro para que ele seja respeitado. Nem por isso deixarei de analisar em um debate o que esse tipo de relação mostra da personalidade dessas pessoas, menos ainda considerar que sua apresentação romântica como um novo passo na evolução das relações esteja correta. É umaforma de se relacionar, que atendeo desejo de alguns e não de outros. Nada mais.
Nada a mais, concordo. Porém nada a menos também, não pode ser considerado inferior pelas pessoas que não concordam e vivênciam o poliamor. É algo muito honesto para quem tem o perfil cognitivo (personalidade) voltado para o poliamor. Assim não vai precisar usar regras gerais que não servem para si. Esse é o aspecto pessoal, mas é desejo também não sermos considerados hipócritas nem egoístas por um pensamento diferente. Nem de um lado nem de outro.  :wink:

Se fizermos um histórico dos relacionamentos amorosos, o amor romântico surgiu como um evolução dos casamentos tradicionais e arranjados pelas famílias por motivos econômicos principalmente. A partir do momento em que se pode eleger a pessoa com a qual vai conviver através das qualidades pessoais que lhe agradassem muito mudou com isso.
Novamente você tenta colocar como uma escala evolutiva. Escalas evolutivas não costumam permitir involução, ou seja, todas as relações tenderiam a ser dessa maneira, com o tempo, relações monogâmicas ficariam ultrapassadas. É isso que voccê acredita? Eu não. Acho que as pessoas sempre deverão ter diferenças, essas devendo ser respeitadas.
Sim é algo que acredito e algo muito polêmico mesmo. Mas, ao meu ver, você também deixa subentendido acreditar que o poliamor é safadeza. Nos distanciamos nesses entendimentos.

Mas surgiu muito exagero em torno disso com o amor sendo declarado eterno e merecedor da própria vida se preciso for, como foi eternizado em Romeu e Julieta.
Talvez essa forma de amor, ou dar a vida por alquém seja exagero para você, já que não consegue nem mesmo se relacionar com  apenas uma pessoa. Mas será que é exagero para todos? Mais uma expressão do egoismo ao qual me refiro.
Existem pessoas que são capazes de se sacrificar por desconhecidos, desde policiais e bombeiros até "pessoas comuns", quanto mais pelas que amam.
Egoísmo é a expressão de nossas necessidades pessoais. Por isso deixo sempre deixei claro minhas intenções de relacionamento aberto e de poliamor. Amei duas pessoas e conviver com dois amores em nossa sociedade é algo muito mais complicado. Eu me sentia como um ganhador da loteria do amor, já que tinha o dobro de amores que as pessoas normalmente conseguem ter. *Além de outros fracassados que não consegue nem tem um amor.

O mais importante é nos amarmos primeiro, nos entender como pessoas e com a melhor maneira de se relacionar. Eu percebi que não era eu o mal monogâmico (traidor) e sim a monogamia que não servia para mim.

Mas o que temos nos dias atuais é muito mais liberdade, é liberdade de poder se relacionar com alguém que se gosta mas também não precisamos ficar presos a esse modelo apenas. Já é uma conquista de nossa sociedade, todos procuram um grande amor para viver felizes para sempre. Mas com o poliamor fica a pergunta: Não podemos ir além?
De novo tentando colocar seu ideal de relação  como forma de relação ideal.
Não tenho certeza se isso é ir além, mas se  você acha que é, vá em frente. sou alquém que defenderá seu direito a isso. Desdeque não ofenda, machuque, mate ou subtraia direitos dos outros.

Uma pergunta: numa relação poliamorista fechada entre cinco pessoas, se uma delas deixa de amar  uma das outras, ela sai do grupo ou fica se relacionando comas outras três? Ela sai da casa?

Outra: Nasce um filho nessa família poliamorista, como todos transam com todos, sefaz um DNA para saber quem é o pai biológico. A família se separa, quem fica com a guarda? Quem paga os alimentos? More um dos membros do quinteto, a criança nãoé filha biológica dele, então tem direito a herança ou pensão?
Não existem regras claras para os relacionamentos poliamoristas, eles são construidos de acordo com as necessidades de casa grupo. Na internet em inglês tem muitos vídeos de poliamoristas em diversos arranjos.

Teve um caso na justiça de uma pessoa com duas famílias em que o juiz usou a teoria do poliamor na justiça para fundamentar o direito das duas mulheres.

A regra fundamental do poliamor é que podemos viver amores de formas diferentes sem sermos  imorais, como vocês moralistas costumam fazer ( e fizeram neste tópico). O poliamor é ético e moral por privilegiar o amor (e não o sexo apenas) mesmo que muita gente não acredite que o amor é possível assim, somente com certas regras pré-determinadas. 

 
*Brincadeira com vocês do tópico que disseram que não conseguem nem um amor  :hihi:, espero que não se ofendam. Eu sei que o amor para acontecer não depende muito da gente, tem que ter, pelo menos, a outra pessoa que combina com nossas características pessoais. Dejeso muita sorte no amor para vocês.  :clap:
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Moro

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Re: Poliamor
« Resposta #47 Online: 06 de Fevereiro de 2010, 19:03:28 »
Seria a proposta do poliamorismo uma forma de relacionamento egoista?

Eu acho, afinal, pega-se a parte boa e deixa a responsabilidade e o comprometimento para trás. Ao menor sinal de adversidade, muda-se de "amor" e pronto. É bem típico da cultura das novas gerações.

Na verdade apresentei como uma pergunta retórica, para fomentar a discussão.
Pois bem, também penso que é por ai.
Um discurso bonito, mas não tão novo, para justificar a incapacidade de lidar com os limites e frustrações próprios da vida, a saber o mais imperativo deles: não se pode ter tudo.

Na verdade não é bem assim. Ter mais do que um amor não é "tudo", já que não teria muitas outras coisas ainda.


Reflete a falta de desejo de comprometer-se. Além da questão da completude, há também a questão do compromisso.

Então quer dizer que se um marido é super comprometido com esposa e filhos e tem uma amante ele é menos comprometido do que um pai que não tem amante mas não é comprometido?
Isto quer dizer, para você vale apenas o compromisso com a fidelidade? Isso resume um pouco o espectro do que realmente é um relacionamento.

Parece a manifestação de um desejo infantil de querer tudo, limitação que uma relação monogâmica, de uma ou outra forma propõe e admite.
Na defesa das premissas do poliamor, os que querem uma relação um-para-um são apontados direta ou indiretamente, como pessoas infantis que buscam no outro um "par perfeito, uma parte que lhe complete".

Cara, quem quer ter mais de uma pessoa quer dizer que... quer mais do que uma pessoa. O resto são inferências da sua cabeça

Não vejo com uma conquista da humanidade a monogamia, vejo apenas como uma tradição de muitas religiões, notadamente a judaico-cristã. Acho meio moralismo mesmo taxar a pessoa de alguma coisa porque ela quer amar mais do que uma pessoa. Não dá para tirar nenhuma conclusão sobre o carater de quem quer isso, apenas que o cara quer amar outra pessoa ao mesmo tempo. So what? Não entendo qual o big deal aqui.

Se alguém falar que isso (poliamorismo) é a maneira "correta" de proceder, aí está falando groselha.

Eu sinceramente não vejo porque colocaram na cabeça das pessoas porque uma pessoa casada não pode dar vazão a seus desejos. O que acontece na prática? Uns 90% dos homens que conheço traem suas esposas. A mulherada não tem ficado para trás, mas não sai contando.

Então, todo mundo acha imoral, muita gente faz, e essa regra de ouro da monogamia fica sendo apenas uma hipocrisia, quando não apenas uma exigência para a monogamia por parte das mulheres, o que me irrita ainda mais.

Para muitos, a monogamia é apenas um acordo tácito que se faz para exigir da outra parte que não o traia, enquanto esse pode fazê-lo. Como diria sócrates, "só é corno quem é curioso" (ou outro filósofo de primeira linha)


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"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Offline FxF

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Re: Poliamor
« Resposta #48 Online: 06 de Fevereiro de 2010, 20:01:44 »
Não vejo com uma conquista da humanidade a monogamia
A monogamia é mais uma maneira de garantir a origem dos filhos em uma época que não existia exame de DNA. Não é algo bem da nossa época...
Então quer dizer que se um marido é super comprometido com esposa e filhos e tem uma amante ele é menos comprometido do que um pai que não tem amante mas não é comprometido?
Isto quer dizer, para você vale apenas o compromisso com a fidelidade? Isso resume um pouco o espectro do que realmente é um relacionamento.
Isso me lembra uma coisa... é engraçado quando o assunto é relacionamento/sexo, é essa necessidade de comparar as questões íntimas das pessoas com outras coisas da vida.

Veja por exemplo o caso dos homossexuais. Segundo os religiosos conservadores, homossexuais são infelizes, não sabem tomar decisões, não respeitam a ética são até perigosos. Filhos de um casal homossexual são as pessoas que mais sofrem no planeta!

Offline Bulldog

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Re: Poliamor
« Resposta #49 Online: 06 de Fevereiro de 2010, 23:52:03 »
Seria a proposta do poliamorismo uma forma de relacionamento egoista?

Eu acho, afinal, pega-se a parte boa e deixa a responsabilidade e o comprometimento para trás. Ao menor sinal de adversidade, muda-se de "amor" e pronto. É bem típico da cultura das novas gerações.

Na verdade apresentei como uma pergunta retórica, para fomentar a discussão.
Pois bem, também penso que é por ai.
Um discurso bonito, mas não tão novo, para justificar a incapacidade de lidar com os limites e frustrações próprios da vida, a saber o mais imperativo deles: não se pode ter tudo.

Na verdade não é bem assim. Ter mais do que um amor não é "tudo", já que não teria muitas outras coisas ainda.


Reflete a falta de desejo de comprometer-se. Além da questão da completude, há também a questão do compromisso.

Então quer dizer que se um marido é super comprometido com esposa e filhos e tem uma amante ele é menos comprometido do que um pai que não tem amante mas não é comprometido?
Isto quer dizer, para você vale apenas o compromisso com a fidelidade? Isso resume um pouco o espectro do que realmente é um relacionamento.

Parece a manifestação de um desejo infantil de querer tudo, limitação que uma relação monogâmica, de uma ou outra forma propõe e admite.
Na defesa das premissas do poliamor, os que querem uma relação um-para-um são apontados direta ou indiretamente, como pessoas infantis que buscam no outro um "par perfeito, uma parte que lhe complete".

Cara, quem quer ter mais de uma pessoa quer dizer que... quer mais do que uma pessoa. O resto são inferências da sua cabeça

Não vejo com uma conquista da humanidade a monogamia, vejo apenas como uma tradição de muitas religiões, notadamente a judaico-cristã. Acho meio moralismo mesmo taxar a pessoa de alguma coisa porque ela quer amar mais do que uma pessoa. Não dá para tirar nenhuma conclusão sobre o carater de quem quer isso, apenas que o cara quer amar outra pessoa ao mesmo tempo. So what? Não entendo qual o big deal aqui.

Se alguém falar que isso (poliamorismo) é a maneira "correta" de proceder, aí está falando groselha.

Eu sinceramente não vejo porque colocaram na cabeça das pessoas porque uma pessoa casada não pode dar vazão a seus desejos. O que acontece na prática? Uns 90% dos homens que conheço traem suas esposas. A mulherada não tem ficado para trás, mas não sai contando.

Então, todo mundo acha imoral, muita gente faz, e essa regra de ouro da monogamia fica sendo apenas uma hipocrisia, quando não apenas uma exigência para a monogamia por parte das mulheres, o que me irrita ainda mais.

Para muitos, a monogamia é apenas um acordo tácito que se faz para exigir da outra parte que não o traia, enquanto esse pode fazê-lo. Como diria sócrates, "só é corno quem é curioso" (ou outro filósofo de primeira linha)
Agnóstico, acho que você chegou de paraquedas na discussão e escreveu um bocado sem entender o que escrevi.
Seguinte, lê de novo o que escrevi, tenta entender, e ai talvez, perceba que muito do que você citou me contestando esta na verdade confirmamndo o que estou dizendo. Não to a fim de ter trabalho agora te explicando.
Quanto as "inferências da minha cabeça", não são, são uma análise profissional com base no que li e pesquisei sobre o poliamorismo. Opinião sim, não emocional, analítica.
"Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada."
No Caminho com Maiakovski

 

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