Na verdade não é bem assim. Ter mais do que um amor não é "tudo", já que não teria muitas outras coisas ainda.
Eu não disse que era, eu disse que não se pode ter tudo. Sim teria sempre muitas outras coisas ainda, mas que ter uma forma de relacionamento assim é uma tentativa de ter tudo, algo que nunca se terá.
Reflete a falta de desejo de comprometer-se. Além da questão da completude, há também a questão do compromisso.
Então quer dizer que se um marido é super comprometido com esposa e filhos e tem uma amante ele é menos comprometido do que um pai que não tem amante mas não é comprometido?
Isto quer dizer, para você vale apenas o compromisso com a fidelidade? Isso resume um pouco o espectro do que realmente é um relacionamento.
Onde foi que eu disse isso? Isso é você quem esta dizendo.
Parece a manifestação de um desejo infantil de querer tudo, limitação que uma relação monogâmica, de uma ou outra forma propõe e admite.
Na defesa das premissas do poliamor, os que querem uma relação um-para-um são apontados direta ou indiretamente, como pessoas infantis que buscam no outro um "par perfeito, uma parte que lhe complete".
Cara, quem quer ter mais de uma pessoa quer dizer que... quer mais do que uma pessoa. O resto são inferências da sua cabeça
Essa eu já respondi.
Não vejo com uma conquista da humanidade a monogamia, vejo apenas como uma tradição de muitas religiões, notadamente a judaico-cristã. Acho meio moralismo mesmo taxar a pessoa de alguma coisa porque ela quer amar mais do que uma pessoa. Não dá para tirar nenhuma conclusão sobre o carater de quem quer isso, apenas que o cara quer amar outra pessoa ao mesmo tempo. So what? Não entendo qual o big deal aqui.
Se alguém falar que isso (poliamorismo) é a maneira "correta" de proceder, aí está falando groselha.
Esse é o " big deal", a idéia que se estatentando passar é que o poliamorismo é maneira correta, ea monogamia ficaria para os ultrapassados ou frustrados.
Não estou condenando nem uma nem outra forma,apenas tirando essa capa de romantismo que esta se tentando dar ao poliamorismo e a crucificação da monogamia.
Não afirmo que haja um jeito certo ou errado, penso que há jeitos diferentes para pessoas diferentes. Repeti isso várias vezes.
Eu sinceramente não vejo porque colocaram na cabeça das pessoas porque uma pessoa casada não pode dar vazão a seus desejos. O que acontece na prática? Uns 90% dos homens que conheço traem suas esposas. A mulherada não tem ficado para trás, mas não sai contando.
Então, todo mundo acha imoral, muita gente faz, e essa regra de ouro da monogamia fica sendo apenas uma hipocrisia, quando não apenas uma exigência para a monogamia por parte das mulheres, o que me irrita ainda mais.
Para muitos, a monogamia é apenas um acordo tácito que se faz para exigir da outra parte que não o traia, enquanto esse pode fazê-lo. Como diria sócrates, "só é corno quem é curioso" (ou outro filósofo de primeira linha)
Talvez isso seja assim para noventa por cento, se for, problema deles.
Nem por isso os dez por cento que vivem bem na monogamia devem ser oprimidos por novas idéias, nem oprimir os outros que queiram se relacionar de outro jeito.
Cada um vive do jeito que quer, se tem corno corna feliz, que sejam,se quiserem mudar que mudem.
O que eu falo é de liberdade.
Tenho a impressão que você fala muito de você acima, de uma regra para as relações que você não concorda e sofre em se submeter a ela (negrito), se for assim procure novas formas de se relacionar, com pessoas que aceitem e desejem essa outra ou nova forma,ai o poliamorismo pode ser uma opção.
Velho, não condeno ninquém, cada um viva do jeito que quiser, respeitando o outro. Só.
Mas não posso deixar de expressar minha opinião diante de generalizações. Elas são temerárias e estúpidas.
Não generalizo em nenhuma das minhas colocações.
Talvez passe essa impressão, quando emito uma opinião analítica usando uma linguagem que não é acessível a todos, a saber, a da psicanálise, mas ai, é uma interpretação do ofício que exerço, tenho base, mas em nenhum momento quando uso termos como egoismo, uso com carga de jizo de valor moral. Na verdade uso analiticamente, no sentido de satisfação das necessidades do ego. É isso que é.
Penso que na monogamia, realemente vivida, as necessidades do ego são mais contidas em favor do outro, abre-se mão de mais coisas, inclusive desejos.
Se isso gera sofrimento, o sujeito precisa lidar com isso ou mudar. Se é feliz assim que seja.
Sem preconceitos ou modelos mais ou menos certos.