Fabrício disse:
"Piadista..." e "sentados"
Camille Flammarion estava certo quando afirmou que:
"...A escola de Pitágoras, libertando-se das idéias comuns sobre a natureza, elevara-se até à noção do movimento diurno do nosso planeta, que poupa ao céu imenso e sem limites a obrigação absurda de girar em vinte e quatro horas em torno de um ponto insignificante. Que o sufrágio universal se revolte contra esta idéia genial, ainda se tolera: não se pode pedir a um elefante que voe até o ninho das águias. Mas a força dos prejuízos vulgares é tal que, mesmo espíritos superiores como o próprio Platão e Arquimedes, essas duas brilhantes inteligências, sentiram-se na impossibilidade de elevar-se a esta concepção, recusada até pelos astrônomos Hipparcho e Ptolomeu. Este não pôde conter-se de rir a bandeiras despregadas de uma tal chocarrice. Qualifica ele a teoria do movimento da Terra de “completamente ridícula”. A expressão é sobremodo pitoresca. Como que se vê o ventre de um bom monge, a sacudir-se e rebolar-se todo, diante de um gracejo desta força, panu guéloïotaton! Deus do céu, como isso é divertido! A Terra a girar! Estão doidos os pitagóricos: a cabeça deles é que gira.
Sócrates bebe a cicuta por se ter libertado das superstições de seu tempo. Anaxágoras é perseguido por ter ousado ensinar que o Sol é maior que o Peloponeso. Dois mil anos mais tarde, Galileu é perseguido, a seu turno, por afirmar a grandeza do sistema do mundo e a insignificância do nosso planeta.
A passos lentos avança a pesquisa da verdade, mas as paixões humanas e os cegos interesses dominadores permanecem inalteráveis...."
Flammarion afirmou isso em 1917, e, de lá para cá, alguns espíritos continuam os mesmos.
Se o conhecimento humano dependesse de seres como Fabrício, ainda estaríamos na idade da pedra!
Riem o quanto quiserem.
Quem reviver, verá!
Como sempre...