Autor Tópico: Governador do DF no xilindró  (Lida 7015 vezes)

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Offline DDV

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Re: Governador do DF no xilindró
« Resposta #100 Online: 16 de Fevereiro de 2010, 12:34:27 »
Estarei em uma situação melhor se eles gastarem mais do que podem e não me pagarem?

Aí depende da forma que você concede créditos. Se não fou criterioso...

A questão é o seguinte: segundo você, as pessoas DEVEM reduzir os seus gastos. Imagine então que todos os seus clientes reduzam em 50% ou mais as compras/encomendas na sua mão. Isso será uma coisa boa, já que redução de gastos é algo sempre bom?


Vamos pensar da seguinte forma, alguém financia um carro em 60 meses supondo que poderá pagar a dívida toda, se correr tudo bem, ótimo. Então vc só pagou dois carros para ficar com um deles.

Mas se deixar de pagar por um problema qualquer, mesmo que vc venda o tal carro ainda não saldará a dívida e em pouco tempo estará devendo um montante ainda maior, estou certo?

Então qual seria a pior situação se acontecer algo generalizado como nos EUA? Deixar de vender algo ou levar calote pelo que foi vendido e não pagar meus fornecedores tb?



Estou pressupondo aqui gastos à vista, ou então perfeitamente compatíveis com a renda do indivíduo.

É óbvio que se as pessoas gastarem o que não têm, será azar para os comerciantes e banqueiros que concederem esses créditos, não contesto isso (daí a defesa de regulamentação estatal maior no mercado financeiro por parte de muitas pessoas). A minha pergunta acima se refere a gastos que serão pagos.

E aí? As pessoas deixarem de gastar é algo sempre bom?
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Governador do DF no xilindró
« Resposta #101 Online: 16 de Fevereiro de 2010, 12:36:43 »
Ah, agora a culpa é da chuva...

Ou do governo que não corta gastos e precisa de dinheiro para se financiar, afinal não deve sair barato por exemplo, manter quase 40 ministérios sustentando vagabundos.

Offline Adriano

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Re: Governador do DF no xilindró
« Resposta #102 Online: 16 de Fevereiro de 2010, 12:43:01 »
A existência dos bancos já é baseada no efeito multiplicador da moeda, ou seja, ganhar dinheiro com o próprio dinheiro. Se todos retirassem seus depósitos e investimentos simultaneamente das instituições financeiras haveria uma quebradeira no sistema.

Com o mercado de ações também não é diferente, os preços são baseados nas expectativas de lucros dos investidores nas empresas que escolhem.

É uma questão de credibilidade na capacidade gerencial dos bancos e das empresas.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Governador do DF no xilindró
« Resposta #103 Online: 16 de Fevereiro de 2010, 12:44:40 »
Citar
Estou pressupondo aqui gastos à vista, ou então perfeitamente compatíveis com a renda do indivíduo.

É óbvio que se as pessoas gastarem o que não têm, será azar para os comerciantes e banqueiros que concederem esses créditos, não contesto isso (daí a defesa de regulamentação estatal maior no mercado financeiro por parte de muitas pessoas).

E é exatamente sobre o que eu falava.

Citar
A minha pergunta acima se refere a gastos que serão pagos.

Citar
A questão é o seguinte: segundo você, as pessoas DEVEM reduzir os seus gastos. Imagine então que todos os seus clientes reduzam em 50% ou mais as compras/encomendas na sua mão. Isso será uma coisa boa, já que redução de gastos é algo sempre bom?


Vou fazer uma pequena correção: As pessoas e o governo devem reduzir seus gastos a um nível mais  realista.

Se para uma pessoa física não existe qualquer garantia de pagar uma dívida em um prazo de 60 meses com juros maiores que os cobrados por agiotas estrangeiros, que garantia um governo tem de poder pagar uma dívida que aumenta cada vez mais e consome quase 60% do PIB em um prazo longo e dependendo do comércio exterior?

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Governador do DF no xilindró
« Resposta #104 Online: 16 de Fevereiro de 2010, 12:47:33 »
A existência dos bancos já é baseada no efeito multiplicador da moeda, ou seja, ganhar dinheiro com o próprio dinheiro. Se todos retirassem seus depósitos e investimentos simultaneamente das instituições financeiras haveria uma quebradeira no sistema.

Com o mercado de ações também não é diferente, os preços são baseados nas expectativas de lucros dos investidores nas empresas que escolhem.

É uma questão de credibilidade na capacidade gerencial dos bancos e das empresas.


Já aconteceu uma quebradeira geral justamente porque os bancos têm dinheiro sem lastro, é papel pintado que não vale nada se não for pago.

E ao que parece vai ter outra crise, andaram lendo sobre a Grécia?

Offline Adriano

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Re: Governador do DF no xilindró
« Resposta #105 Online: 16 de Fevereiro de 2010, 12:59:39 »
Por isso mesmo que é muito discutico, como o DDV citou, a regulamentação do mercado financeiro. Assim a intervenção necessária ocorre como um aumento da credibilidade destas instituições.

A Grécia é um exemplo de uma intervenção de um órgão político maior que o estado, no caso a União Européia, para salvar a economia deste.
« Última modificação: 16 de Fevereiro de 2010, 13:01:52 por Adriano »
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline DDV

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Re: Governador do DF no xilindró
« Resposta #106 Online: 16 de Fevereiro de 2010, 13:07:15 »
Citação de: Arcanjo Lúcifer

Vou fazer uma pequena correção: As pessoas e o governo devem reduzir seus gastos a um nível mais  realista.

Melhorou.

Como corolário disso, concorda que em crises recessivas (como a Grande Depressão iniciada em 1929 e a crise mais atual) quanto mais as pessoas e o governo gastarem, melhor?


Citação de: Arcanjo Lúcifer
Se para uma pessoa física não existe qualquer garantia de pagar uma dívida em um prazo de 60 meses com juros maiores que os cobrados por agiotas estrangeiros, que garantia um governo tem de poder pagar uma dívida que aumenta cada vez mais e consome quase 60% do PIB em um prazo longo e dependendo do comércio exterior?

A relação dívida/PIB total se manteve estável governo Lula. No gráfico do link abaixo, percebe-se que houve queda na dívida externa (ficando negativa) e pequeno aumento na dívida interna, mantendo-se a relação dívida/PIB total no mesmo patamar anterior.

http://www.investindonotesouro.com/dnn/Gr%C3%A1ficos/Rela%C3%A7%C3%A3oD%C3%ADvidaPIB/tabid/75/Default.aspx


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Offline DDV

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Re: Governador do DF no xilindró
« Resposta #107 Online: 16 de Fevereiro de 2010, 13:12:04 »
Citação de: Arcanjo Lúcifer
Já aconteceu uma quebradeira geral justamente porque os bancos têm dinheiro sem lastro, é papel pintado que não vale nada se não for pago.

Só agora você descobriu isso? Desde o século XVII os bancos não têm lastro para papel-moeda, aliás... apenas o banco central tem o poder de emitir moeda, e os mesmos também não têm lastro para as moedas emitidas há MUITO tempo.

O valor da moeda depende da credibilidade das intituições financeiras do país, bem como da força de sua economia e do estado das contas públicas.
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Offline Fernando Silva

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Re: Governador do DF no xilindró
« Resposta #108 Online: 16 de Fevereiro de 2010, 13:17:46 »
Seria por causa da inflação que andou dando as caras, por conta das chuvas em excesso e do mercado consumidor muito ativo por causa do 1.000.000 de empregos criados no ano passado, por conta dos gastos do governo?
Será que foram só os gastos do governo que geraram esses empregos? Ou foi a diminuição da crise que levou as firmas a recontratarem?
Foram gastos do governo em coisas produtivas ou a redução de impostos que baixou os preços?
Lembrando que empregos no setor público, a menos que sejam absolutamente necessários, não passam de uma forma disfarçada de distribuir dinheiro em troca de nada. Não são produtivos e um dia a conta é apresentada.

Offline Fernando Silva

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Re: Governador do DF no xilindró
« Resposta #109 Online: 16 de Fevereiro de 2010, 13:21:28 »
A bolha financeira no Brasil, aconteceu na época do FHC que custou uma pequena fortuna ao contribuinte e um maior controle sobre os bancos. Por isso a possibilidade de haver uma bolha no Brasil hoje, com um poder de alavancagem dos bancos de 9 vezes contra mais de 30 dos americanos é muito pequeno, mesmo porque o grau de endividamento dos brasileiros ainda é pequeno contra a maioria dos países do mundo.
Sim, aconteceu no começo do governo FHC, que usou o Proer (tão criticado na época pelo Lula e agora elogiado) para sanear o sistema financeiro.

Mas o Proer não foi feito com o dinheiro dos impostos (ao contrário do que aconteceu no resto do mundo naquela época), e sim com o depósito compulsório, que era dinheiro dos bancos e dos correntistas, não do povão em geral.

Não me lembro bem, o Proer não foi consequência da quebradeira? Não houve a liquidação de bancos antes e o tesouro assumindo esses bancos e depois liquidando? Se não me engano isso custou uma graninha boa sim, confere?. Inclusive o US$ 1 bi que o presidente do banco central deu pro Caciolla na época.
O Proer foi um conjunto de medidas para sanear os bancos grandes em risco de falir, vendendo-os a outros bancos (os bancos pequenos faliram e dane-se).
E o dinheiro gasto não era dinheiro do Estado, era dinheiro dos bancos retido no depósito compulsório.
O governo não deu dinheiro de mão beijada a Cacciola, quando muito emprestou.
Aliás, Cacciola está preso.

Mais sobre o assunto:
http://alertabrasilartigos.blogspot.com/2008/09/proer-blindou-o-sistema-bancrio.html
« Última modificação: 16 de Fevereiro de 2010, 13:29:19 por Fernando Silva »

Offline DDV

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Re: Governador do DF no xilindró
« Resposta #110 Online: 16 de Fevereiro de 2010, 13:37:19 »
Eu às vezes fico imaginando a situação calamitosa que um país ficaria caso um dos nossos ultra-liberais  detivesse o poder no país em um momento de grande crise recessiva.

Seria legal se houvesse uma forma de colocar um ultraliberal no poder em momentos de expansão econômica e hiperinflação, e um keynesiano em momentos de depressão.  :biglol:
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Re: Governador do DF no xilindró
« Resposta #111 Online: 16 de Fevereiro de 2010, 13:43:04 »
Aliás, tenho sérias dúvidas se um ultraliberal conseguiria combater a inflação inercial, como foi feito no Plano Real com a URV, já que eles são avessos a qualquer tipo de intervenção estatal no andamento "natural" das coisas. E não havia nada mais "natural" no Brasil do que a inflação inercial.  
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Offline _Juca_

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Re: Governador do DF no xilindró
« Resposta #112 Online: 16 de Fevereiro de 2010, 16:36:11 »
Seria por causa da inflação que andou dando as caras, por conta das chuvas em excesso e do mercado consumidor muito ativo por causa do 1.000.000 de empregos criados no ano passado, por conta dos gastos do governo?
Será que foram só os gastos do governo que geraram esses empregos? Ou foi a diminuição da crise que levou as firmas a recontratarem?
Foram gastos do governo em coisas produtivas ou a redução de impostos que baixou os preços?
Lembrando que empregos no setor público, a menos que sejam absolutamente necessários, não passam de uma forma disfarçada de distribuir dinheiro em troca de nada. Não são produtivos e um dia a conta é apresentada.

A crise ainda não passou. Foram os gastos do governo, aliados aos bancos estatais e a redução dos impostos que seguraram a crise, por aqui e pelo mundo afora também. Concordo que maquina de governo inchada não é nada produtiva, mas quando falamos de empregos públicos, temos que lembrar que são empregos, que também fazem a economia girar, e gerar mais empregos privados, o que no Brasil estão intimamente ligados, agora se não gostam de petistas nesses empregos, já é outra história.

http://www.investimentosenoticias.com.br/ultimas-noticias/artigos-especiais/no-brasil-o-setor-publico-gera-riquezas.html

http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=20017&codp=21&codni=3

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Governador do DF no xilindró
« Resposta #113 Online: 16 de Fevereiro de 2010, 18:48:00 »
Citar
A relação dívida/PIB total se manteve estável governo Lula. No gráfico do link abaixo, percebe-se que houve queda na dívida externa (ficando negativa) e pequeno aumento na dívida interna, mantendo-se a relação dívida/PIB total no mesmo patamar anterior.

Acho que não é bem assim, notícia de um jornal comunista para vcs não me chamarem de tendencioso, tem até um desenho da foice e da picareta deles sobre fundo vermelho-comuna:

http://inverta.org/jornal/edicao-impressa/292/economia/divida-interna-do-brasil-dobra

A dívida pública brasileira no mercado financeiro em 1994 equivalia a R$ 62 bilhões, cerca de 12,3% do PIB do Brasil, mas em abril deste ano chegou a R$ 554 bilhões, o que dá em torno 46,7% do PIB.

A dívida pública brasileira no mercado financeiro em 1994 equivalia a R$ 62 bilhões, cerca de 12,3% do PIB do Brasil, mas em abril deste ano chegou a R$ 554 bilhões, o que dá em torno 46,7% do PIB.

Desde a crise cambial de janeiro de 1999, a dívida pública com títulos federais aumentou bastante de 38% para 46% do total do PIB. Com o aumento do dólar a partir do início de 2001, o Banco Central fez vários leilões de Títulos Públicos Federais com variação cambial que chegam a um total de R$ 152 bilhões em janeiro deste ano que é uma parte da dívida pública do país.

Para estancar a subida do dólar, o Banco Central tem feito várias intervenções no mercado financeiro para derrubar a cotação da moeda norte-americana, mas até o momento as autoridades monetárias brasileiras não estão conseguindo segurar a subida do dólar. O Banco Central está apostando numa queda de braço com os investidores do mercado, principalmente com alguns bancos que estão especulando para aumentar a cotação do dólar. Até o momento foi trocado através de títulos da dívida pública com correção cambial o total de R$ 194 bilhões.

A mega-troca de papéis pela Argentina como forma de aumentar o prazo da dívida externa do país que, segundo os analistas de mercado, deve girar em torno de US$ 20 bilhões, faz com que o “spread” seja muito alto. Existe uma grande possibilidade de o país decretar moratória da dívida externa se não conseguir vender todos os papéis no mercado internacional, onde os títulos da América Latina estão cada dia mais desvalorizados.

A venda de Títulos Públicos pelo governo para segurar a pressão sobre o dólar faz com que a dívida pública interna aumente muito chegando a quase 50% do PIB, ou mais de R$ 553 bilhões. As reservas cambiais do Brasil continuam no mesmo patamar, em torno de US$ 34 bilhões. Com a crise energética, os investimentos estrangeiros irão baixar, já que há uma grande insegurança quanto ao retorno do que foi investido pelas empresas. Em alguns casos muito graves, o Banco Central tem queimado reservas cambiais para segurar a alta de dólares. Na última semana de maio, foram gastos cerca de R$ 1 bilhão para acalmar o mercado, que fez com que o dólar chegasse a sua cotação mais alta desde a implantação do Plano Real custando, R$ 2,38 no comercial e mais de R$ 2,50 no paralelo.

O dólar, na realidade, é o investimento financeiro que mais rendeu este ano, com uma valorização de 20%, enquanto outras aplicações ficam abaixo do rendimento da moeda norte-americana. A Bolsa de Valores de São Paulo, por exemplo, está acumulando uma perda no ano de -3,09% com muita saída de capitais estrangeiros e com um volume de negócios em torno de R$ 400 milhões, já que não foi aprovada a isenção da CPMF nas transações no mercado acionário.

Os números da economia dos EUA não estão mostrando tendência de recuperação. As Bolsas de Valores de Nova York continuam em queda, já que o Dow Jones e a Bolsa Eletrônica Nasdaq acumulam perdas no decorrer do ano refletindo as dificuldades da economia dos EUA que segue o seu processo de desaceleração. Vários indicadores estão negativos, como a diminuição da capacidade industrial, a falta de confiança do consumidor norte-americano na economia do país e o desemprego em alta, principalmente nos setores de tecnologia e de informática (Nova Economia).


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Melhorou.

Como corolário disso, concorda que em crises recessivas (como a Grande Depressão iniciada em 1929 e a crise mais atual) quanto mais as pessoas e o governo gastarem, melhor?


Em algumas situações é preciso mesmo, mas o caso é que o modo como o governo gasta hoje só produz dependentes do Bolsa-eleição e empreguismo de apadrinhados.


Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Governador do DF no xilindró
« Resposta #114 Online: 16 de Fevereiro de 2010, 18:52:08 »
Citação de: Arcanjo Lúcifer
Já aconteceu uma quebradeira geral justamente porque os bancos têm dinheiro sem lastro, é papel pintado que não vale nada se não for pago.

Só agora você descobriu isso? Desde o século XVII os bancos não têm lastro para papel-moeda, aliás... apenas o banco central tem o poder de emitir moeda, e os mesmos também não têm lastro para as moedas emitidas há MUITO tempo.

O valor da moeda depende da credibilidade das intituições financeiras do país, bem como da força de sua economia e do estado das contas públicas.

Sei disso há muito tempo.

« Última modificação: 16 de Fevereiro de 2010, 18:54:20 por Arcanjo Lúcifer »

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Governador do DF no xilindró
« Resposta #115 Online: 16 de Fevereiro de 2010, 18:58:07 »
Eu às vezes fico imaginando a situação calamitosa que um país ficaria caso um dos nossos ultra-liberais  detivesse o poder no país em um momento de grande crise recessiva.

Seria legal se houvesse uma forma de colocar um ultraliberal no poder em momentos de expansão econômica e hiperinflação, e um keynesiano em momentos de depressão.  :biglol:

Imagine como seria se todos os setores da economia fossem do estado e deficitários como quase todas as empresas que foram privatizadas depois de décadas dando prejuízo.

De onde viria o dinheiro que fecha as contas do governo?

Offline DDV

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Re: Governador do DF no xilindró
« Resposta #116 Online: 16 de Fevereiro de 2010, 19:05:56 »
Citar
A relação dívida/PIB total se manteve estável governo Lula. No gráfico do link abaixo, percebe-se que houve queda na dívida externa (ficando negativa) e pequeno aumento na dívida interna, mantendo-se a relação dívida/PIB total no mesmo patamar anterior.

Acho que não é bem assim, notícia de um jornal comunista para vcs não me chamarem de tendencioso, tem até um desenho da foice e da picareta deles sobre fundo vermelho-comuna:


O gráfico mostra a evolução da relação dívida/PIB desde 2001, ou seja, ele pega a trajetória da dívida durante o governo Lula, e eu estava supondo que eram as contas públicas do governo Lula que estavam em discussão aqui. Porém, você me trás uma notícia mostrando a evolução desde 1994, que mostra que a dívida pública passou de 12,3% para mais de 50% do PIB durante o governo FHC. Sim, e daí?

Durante o governo Lula a relação dívida/PIB total se manteve estável, e o componente externo da dívida caiu drasticamente, e houve pequeno aumento do componente interno.

Nota: Jornal comunista não é o tipo de coisa que me agrada muito. Conforme já vi um forista dizer aqui, você deve ser um dos maiores leitores de jornais comunistas do fórum! Tome cuidado com essa tranqueira aí, pode lhe fazer mal.

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Re: Governador do DF no xilindró
« Resposta #117 Online: 16 de Fevereiro de 2010, 19:13:43 »
Eu às vezes fico imaginando a situação calamitosa que um país ficaria caso um dos nossos ultra-liberais  detivesse o poder no país em um momento de grande crise recessiva.

Seria legal se houvesse uma forma de colocar um ultraliberal no poder em momentos de expansão econômica e hiperinflação, e um keynesiano em momentos de depressão.  :biglol:

Imagine como seria se todos os setores da economia fossem do estado e deficitários como quase todas as empresas que foram privatizadas depois de décadas dando prejuízo.

De onde viria o dinheiro que fecha as contas do governo?

O que tem a ver isso com a postagem quotada?  :?:

Quando o gasto privado não é suficiente para tirar a economia da depressão, os gastos públicos são a única alternativa para tirá-la do marasmo, principalmente quando há bastante capacidade ociosa na economia, não usada devido ao receio geral de gastar e/ou investir. Isso é keynesianismo básico, algo que se sabe há pelo menos 80 anos. E TODOS os governos no mundo, sem exceção, fazem medidas keynesianas em épocas de recessão.

 Gasto governamental não é estatizar empresas, embora o governo possa criar empresas estatais novas nesse processo e privatizá-las em uma época mais favorável.
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Governador do DF no xilindró
« Resposta #118 Online: 16 de Fevereiro de 2010, 19:21:18 »
E daí que o aumento mostra que houve mais gastos, sei que o gráfico é antigo.

E os links que postei acima mais atuais mostram que o governo hoje continua gastando muito e boa parte da dívida aumenta apenas por causa de pagamento de juros.

Citar
Quando o gasto privado não é suficiente para tirar a economia da depressão, os gastos públicos são a única alternativa para tirá-la do marasmo

Gastos públicos em infraestrutura são necessários para tirar a economia do marasmo, mas e quando ao invés disso se contratam sei lá quantos milhares de funcionários que não vão gerar renda?

Por exemplo, como comentei acima, o governo tem quase 40 ministérios cheios de vagabundos, se  não me engano o Figueiredo tinha uns 12 apenas.

Será mesmo que é preciso quase 40 ministérios inchando o governo sem gerar um centavo de retorno?

Offline Fernando Silva

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Re: Governador do DF no xilindró
« Resposta #119 Online: 17 de Fevereiro de 2010, 10:05:31 »
Concordo que maquina de governo inchada não é nada produtiva, mas quando falamos de empregos públicos, temos que lembrar que são empregos, que também fazem a economia girar, e gerar mais empregos privados, o que no Brasil estão intimamente ligados, agora se não gostam de petistas nesses empregos, já é outra história.
Neste caso, basta distribuir mais dinheiro através de mais programas demagógicos, sem contratar funcionários desnecessários que depois não poderão ser demitidos.

Offline Barata Tenno

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Re: Governador do DF no xilindró
« Resposta #120 Online: 17 de Fevereiro de 2010, 11:35:34 »
Tanto....... off-topic..................cabeça dói.........
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Offline DDV

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Re: Governador do DF no xilindró
« Resposta #121 Online: 17 de Fevereiro de 2010, 14:51:21 »
Tanto....... off-topic..................cabeça dói.........

É inevitável.

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Offline Gaúcho

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Re: Governador do DF no xilindró
« Resposta #122 Online: 24 de Fevereiro de 2010, 20:57:29 »


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Re: Governador do DF no xilindró
« Resposta #123 Online: 24 de Fevereiro de 2010, 23:28:55 »


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Re: Governador do DF no xilindró
« Resposta #124 Online: 26 de Fevereiro de 2010, 14:02:08 »
Comissão da Câmara aprova parecer favorável ao impeachment de Arruda

A Comissão Especial da Câmara Distrital do Distrito Federal aprovou, por unanimidade, o parecer favorável do relator e deputado Chico Leite (PT) ao impeachment do governador afastado, José Roberto Arruda (sem partido), que está preso pela Polícia Federal (PF) desde o dia 11 por obstruir as investigações sobre um suposto esquema de corrupção no governo.

Os cinco parlamentares que formam o grupo – Chico Leite, Cristiano Araújo (PTB), Paulo Roriz (DEM), Batista das Cooperativas (PRP) e José Antonio Reguffe (PDT) – decidiram aceitar o pedido.

“Tive receio de que o parecer fosse político, mas quero parabenizar porque foi um parecer jurídico”, ressaltou Paulo Roriz. O deputado Chico Leite, encarregado do texto, é promotor de Justiça.

O documento será votado em plenário na próxima terça-feira, quando pode ser aprovado por maioria simples, 14 deputados. Em seguida, o governador licenciado será notificado e terá 20 dias úteis para apresentar sua defesa. Depois desse prazo, outro relatório será feito, com base na defesa de Arruda, e será votado em plenário. Se aprovado, Arruda é afastado por 120 dias e o processo de impeachment será julgado por um tribunal formado por cinco deputados distritais e cinco desembargadores do Tribunal de Justiça do DF.

Nas 22 páginas do relatório, Chico Leite detalha as denúncias contra Arruda. “Se do cidadão comum exige-se que respeite a coisa pública, que evite atos que violem direitos alheios, imagine o que deveria ser exigido de um governador de unidade da Federação.”

Gravações mostram Antônio Bento da Silva entregando R$ 200 mil ao jornalista Edmilson Edson dos Santos, conhecido como Sombra. O dinheiro seria uma tentativa de suborno para que Sombra prestasse depoimento favorável à Arruda na Polícia Federal.

O jornalista ainda teria recebido um bilhete de Arruda, entregue pelo deputado distrital Geraldo Naves (DEM). O secretário de comunicação do GDF, Wellington Moraes, também estaria envolvido nas negociações. Os três estão no presídio da Papuda, em Brasília.

Advogados deixam caso Arruda

O advogado José Gerardo Grossi confirmou que deixou a defesa de Arruda. Ele não está mais no caso desde a manhã desta quinta-feira, quando se encontrou com Arruda para apresentar a carta de renúncia. Em seguida, Grossi encaminhou o comunicado à Superintendência da Polícia Federal (PF).

O advogado alegou “motivos de foro íntimo” para se afastar do caso. Além dele, deixaram a defesa do governador licenciado três advogados: Nabor Bulhões, Eduardo Alckmin e Eduardo Ferrão. Todos eles foram convidados por Arruda a pedido do próprio Grossi.

“Ao ver o volume de serviço que esse caso ia requerer, sugeri ao Arruda que também os contratasse em função da experiência que têm”, disse Grossi. Ele informou que os profissionais do seu escritório atuam em cerca de 200 casos.

Com a saída de Grossi e dos outros três advogados do caso, a defesa de Arruda fica a cargo apenas de Nélio Machado e de sua equipe.

http://ultimosegundo.ig.com.br/escandalodf/2010/02/26/comissao+da+camara+aprova+parecer+sobre+impeachment+de+arruda+9410352.html

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

 

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