Autor Tópico: Governador do DF no xilindró  (Lida 7016 vezes)

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Re: Governador do DF no xilindró
« Resposta #125 Online: 04 de Março de 2010, 10:15:06 »
Supremo decide hoje se mantém o governador José Roberto Arruda preso

O Supremo Tribunal Federal (STF) decide nesta quinta-feira se o governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda, ficará preso ou será libertado. Os ministros julgam, a partir das 14h, o pedido de habeas-corpus ajuizado pela defesa do governador.

Nesta quarta, os advogados de Arruda estiveram no Supremo para entregar aos ministros um memorial no qual o governador se compromete formalmente a ficar afastado do governo até o fim das investigações do inquérito da Caixa de Pandora e das ações que nascerão da investigação. O próprio governador assina o memorial, junto com os advogados Cristiano Maronna, Nélio Machado e Thiago Bouza, para que não haja dúvidas sobre “sua definitiva e inabalável decisão”.

O relator do processo, ministro Marco Aurélio, será o primeiro a votar. O fato de o ministro ter negado a liminar para soltar o governador um dia depois de ele ser preso não significa necessariamente que votará pela prisão. Com novos argumentos da defesa e pareceres da Procuradoria-Geral da República, Marco Aurélio pode mudar seu primeiro entendimento.

José Roberto Arruda foi preso no dia 11 de fevereiro por decisão da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ), tomada por 12 votos a dois. No mesmo dia, sua defesa entrou com pedido de liberdade no Supremo. No dia seguinte, Marco Aurélio negou o pedido e manteve o governador preso. O ministro ressaltou que a prisão preventiva se justificava porque foi baseada em “dados concretos a evidenciarem desvios de conduta a atingirem a ordem pública”.

O STJ decretou a prisão de Arruda pela acusação de tentativa de suborno ao jornalista Edmilson Edson dos Santos, o Edson Sombra. Além de Arruda, o tribunal mandou prender outras cinco pessoas: Rodrigo Arantes, sobrinho e ex-secretário particular do governador; Wellington Morais, ex-secretario de comunicação do governo; Haroaldo Brasil, amigo de Arruda e ex-diretor da Companhia Energética de Brasília (CEB); Geraldo Naves, deputado distrital suplente; e Antonio Bento da Silva, servidor aposentado da CEB. Os cinco são apontados como intermediários da tentativa de suborno.

Os ministros entenderam que a prisão era necessária porque o governador estava comprando uma testemunha para atrapalhar as investigações do inquérito da Caixa de Pandora, que revelou um esquema de corrupção na cúpula dos poderes Executivo e Legislativo do Distrito Federal.

Segundo as investigações, eles ofereceram dinheiro a Sombra para que ele desse uma declaração atacando a autenticidade dos vídeos gravados por Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais e pivô do escândalo do DF. Os vídeos, nos quais empresários, deputados, secretários e o próprio governador aparecem pegando dinheiro supostamente de propina, foram divulgados em primeira mão pelo iG.

http://ultimosegundo.ig.com.br/escandalodf/2010/03/04/supremo+decide+hoje+se+mantem+o+governador+jose+roberto+arruda+preso+9416470.html

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Re: Governador do DF no xilindró
« Resposta #126 Online: 19 de Março de 2010, 17:47:47 »
Empresa com CNPJ desativado recebeu R$ 36 milhões do governo do Distrito Federal

A Sangari do Brasil, empresa acusada pelo ex-secretário do GDF Durval Barbosa de fazer parte do suposto esquema de corrupção do governo, recebeu, por meio de CNPJ inválido, R$ 36,3 milhões durante a gestão do governador cassado José Roberto Arruda. Levantamento no Sistema Integrado de Gestão Governamental (SIGGO) revela que o valor foi pago entre dezembro de 2007 e janeiro de 2008, via Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e Secretaria de Fazenda do DF.

O contrato, referente à implantação de um "programa de ensino especializado em ciências", que inclui fornecimento de kits produzidos pela empresa, havia sido firmado com a Secretaria de Educação (SEDF) em novembro de 2007. O site da Receita Federal revela, no entanto, que a Sangari havia dado baixa no CNPJ usado na contratação em junho de 2005 - ou seja, não podia, sob este cadastro, firmar acordo com a administração pública há aproximadamente um ano e meio.

Procuradas pelo iG, a SEDF e a Sangari argumentam que a "incongruência" no registro do CNPJ deu-se "por um erro formal". Segundo a Secretaria, ao identificar no sistema o CNPJ no sistema, em novembro de 2007, um servidor digitou “Sagari”, sem o "n". A Sangari explica que o CNPJ desativado em 2005 é da filial, não da matriz da empresa.

A partir de março de 2008, o GDF passou a realizar os pagamentos por meio do CNPJ da matriz da empresa. O registro, porém, não estaria cadastrado junto ao Fisco para exercer atividades de ensino. Sob o novo cadastro, a Sangari recebeu R$ 67,9 milhões em 2008, mostra o SIGGO. O caso chegou a ser investigado pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF).

Relatório do tribunal, aprovado em 2008, aponta que o uso do CNPJ desativado revela "pressa para formalizar o ajuste", uma vez que "se estava próximo ao fim do ano sem ter concluído a contratação iniciada há mais de sete meses". O contrato da SEDF com a Sangari custa R$ 289 milhões -R$ 15,58 por aluno ao mês-, a serem pagos em cinco anos. A contratação se deu por inexigibilidade de licitação.

A Sangari reforça que a "descrição da atividade principal da empresa no cadastro de CNPJ está absolutamente correta e compatível com o objeto do contrato". O ex-secretário de Educação, José Luiz Valente, defende o projeto: "Não conseguimos ninguém que fizesse projeto similar. Tecnicamente, não vi defeitos no programa".

A SEDF, por meio de sua assessoria de imprensa, reforça que já prestou esclarecimentos ao TCDF. Também explica que o programa beneficia 5.816 professores e 311.500 estudantes, em 525 escolas. Na nota, afirma que "erros formais não podem impedir ou interromper este processo". A Sangari acrescenta que sua metodologia para o aprendizado de Ciências "capacita e dá suporte" a professores e alunos, além de fornecer "mais de 4 mil itens para atividades de pesquisa em sala de aula".

Escândalo no DF

Autor das denúncias que levaram à cassação de Arruda, Durval Barbosa disse à Justiça que o esquema de corrupção montado no GDF passava pela arrecadação de propina com empresas de informática no governo. O ex-secretário contou que a única exceção na prestação de contas do "retorno financeiro" foi o contrato com a Sangari. Segundo o depoimento, ele teria sido selado diretamente entre Arruda e Ben Sangari, dono da empresa. Em nota, a empresa nega ter feito pagamento ou ter dado qualquer tipo de contribuição a "candidato, partido político, servidor público, mandatário ou seus assessores".

http://ultimosegundo.ig.com.br/escandalodf/2010/03/19/empresa+com+cnpj+desativado+recebeu+r+36+milhoes+do+governo+do+distrito+federal+9433526.html

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