Autor Tópico: Propostas de Ângela Guadagnin (a "Dançarina do Mensalão")  (Lida 8045 vezes)

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Offline Derfel

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Re: Propostas de Ângela Guadagnin (a "Dançarina do Mensalão")
« Resposta #75 Online: 18 de Abril de 2010, 21:10:14 »
Se a mulher nao quer criar o filho e o homem esta disposto a fazer e soh deixar a gurda da crianca com o pai. Oras bolas.... O que nao falta por ai eh pai solteiro.
Meu ponto eh, se a mulher quer ter poder TOTAL sobre o seu corpo, a ponto de decidir a contragosto do pai da crianca um aborto, tambem deve arcar com as responsabilidades, deve ser totalmente responsavwl pela prevencao. Se engravidar e o cara nao quiser o filho, se vira.
2

Sugiro então que trabalhem o quanto antes para que o corpo masculino possa ter a capacidade de carregar o feto, porque enquanto a parte pesada, onde algumas vezes existe até mesmo o risco de morte, for da mulher, ela escolhe o que acontece ou não.

Ou transplantar o feto para uma barriga de aluguel... ou criar um útero artificial...

Offline _Juca_

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Re: Propostas de Ângela Guadagnin (a "Dançarina do Mensalão")
« Resposta #76 Online: 18 de Abril de 2010, 21:22:06 »
Se a mulher nao quer criar o filho e o homem esta disposto a fazer e soh deixar a gurda da crianca com o pai. Oras bolas.... O que nao falta por ai eh pai solteiro.
Meu ponto eh, se a mulher quer ter poder TOTAL sobre o seu corpo, a ponto de decidir a contragosto do pai da crianca um aborto, tambem deve arcar com as responsabilidades, deve ser totalmente responsavwl pela prevencao. Se engravidar e o cara nao quiser o filho, se vira.
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Sugiro então que trabalhem o quanto antes para que o corpo masculino possa ter a capacidade de carregar o feto, porque enquanto a parte pesada, onde algumas vezes existe até mesmo o risco de morte, for da mulher, ela escolhe o que acontece ou não.

Concordo inteiramente, pena que não seja assim. Deveriam inventar uma barriga de 20k, organicamente adaptada ao corpo masculino, colocar no ventre do Papa e deixa-lo carregando por 900 meses, duvido que o FDP teria a mesmo opinião depois disso.

Offline Diegojaf

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Re: Propostas de Ângela Guadagnin (a "Dançarina do Mensalão")
« Resposta #77 Online: 18 de Abril de 2010, 21:30:28 »
É como se a lei assumisse que as mulheres são ingênuas, de uma tolice inerente, que, só fazem sexo com um cara porque foram levadas a acreditar que ele estava disposto a se responsabilizar pela gravidez, se ocorresse.

A lei, a NOSSA lei, que estamos discutindo, trata a mulher como uma pessoa que não pode realizar o aborto, pois é uma prática ilegal em casos não excepcionais.

Nesse caso, o homem é a parte em vantagem pois no caso da gravidez, basta dar no pé. A lei dá essa proteção extra a mulher considerando essa impossibilidade de abortar.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Diegojaf

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Re: Propostas de Ângela Guadagnin (a "Dançarina do Mensalão")
« Resposta #78 Online: 18 de Abril de 2010, 21:32:56 »
Se a mulher nao quer criar o filho e o homem esta disposto a fazer e soh deixar a gurda da crianca com o pai. Oras bolas.... O que nao falta por ai eh pai solteiro.
Meu ponto eh, se a mulher quer ter poder TOTAL sobre o seu corpo, a ponto de decidir a contragosto do pai da crianca um aborto, tambem deve arcar com as responsabilidades, deve ser totalmente responsavwl pela prevencao. Se engravidar e o cara nao quiser o filho, se vira.
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Sugiro então que trabalhem o quanto antes para que o corpo masculino possa ter a capacidade de carregar o feto, porque enquanto a parte pesada, onde algumas vezes existe até mesmo o risco de morte, for da mulher, ela escolhe o que acontece ou não.

Ou transplantar o feto para uma barriga de aluguel... ou criar um útero artificial...
Concordo inteiramente, pena que não seja assim. Deveriam inventar uma barriga de 20k, organicamente adaptada ao corpo masculino, colocar no ventre do Papa e deixa-lo carregando por 900 meses, duvido que o FDP teria a mesmo opinião depois disso.

Naaaa... prefiro colocar uma bola de carne de 3kg na barriga do Barata e ver como ele se sai no parto natural... ::)
« Última modificação: 18 de Abril de 2010, 21:37:51 por Diegojaf »
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline Buckaroo Banzai

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Re: Propostas de Ângela Guadagnin (a "Dançarina do Mensalão")
« Resposta #79 Online: 18 de Abril de 2010, 21:48:44 »
É como se a lei assumisse que as mulheres são ingênuas, de uma tolice inerente, que, só fazem sexo com um cara porque foram levadas a acreditar que ele estava disposto a se responsabilizar pela gravidez, se ocorresse.

A lei, a NOSSA lei, que estamos discutindo, trata a mulher como uma pessoa que não pode realizar o aborto, pois é uma prática ilegal em casos não excepcionais.

Nesse caso, o homem é a parte em vantagem pois no caso da gravidez, basta dar no pé. A lei dá essa proteção extra a mulher considerando essa impossibilidade de abortar.

Verdade, considerando assim, faz mais sentido. Mas é um ponto que já vi ser levantado nessas conversas de legalização do aborto, e acaba na maior parte ficando meio de lado, ao mesmo tempo em que parece (talvez) haver uma assunção de que esse aspecto continuaria mantido.

Offline Diegojaf

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Re: Propostas de Ângela Guadagnin (a "Dançarina do Mensalão")
« Resposta #80 Online: 18 de Abril de 2010, 21:52:26 »
É como se a lei assumisse que as mulheres são ingênuas, de uma tolice inerente, que, só fazem sexo com um cara porque foram levadas a acreditar que ele estava disposto a se responsabilizar pela gravidez, se ocorresse.

A lei, a NOSSA lei, que estamos discutindo, trata a mulher como uma pessoa que não pode realizar o aborto, pois é uma prática ilegal em casos não excepcionais.

Nesse caso, o homem é a parte em vantagem pois no caso da gravidez, basta dar no pé. A lei dá essa proteção extra a mulher considerando essa impossibilidade de abortar.

Verdade, considerando assim, faz mais sentido. Mas é um ponto que já vi ser levantado nessas conversas de legalização do aborto, e acaba na maior parte ficando meio de lado, ao mesmo tempo em que parece (talvez) haver uma assunção de que esse aspecto continuaria mantido.

Nos EUA, em estados onde o aborto e legalizado, existem regras bem claras sobre a desobrigação de prestação de alimentos de pais ou mães para filhos e vice versa quando o filho é concebido de forma a atender a vontade de uma só das partes.

Nesses casos, os pais "excluídos" só conseguem algum direito por vias judiciais.

Lembrando que obrigação de pais para filho e de filho pra pais não se extinguem jamais. Então se o moleque dá despesa agora, quando mais velho o pai ou mãe pode pedir pensão.

Com a legalização do aborto, essas regras poderiam ser estudadas por aqui.
« Última modificação: 18 de Abril de 2010, 21:55:40 por Diegojaf »
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline Lua

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Re: Propostas de Ângela Guadagnin (a "Dançarina do Mensalão")
« Resposta #81 Online: 18 de Abril de 2010, 21:54:55 »
Como você bem disse, a obrigação é moral: o homem faz se quiser e julgar conveniente. Como a legislação entende que o dever do pai é também o de contribuir para a criação da criança - e não apenas sustento financeiro -, ele deve sim, ser responsabilizado.

Óbvio, ninguém está dizendo que se deve ir contra a lei, o que se está fazendo é questionar a lei! Da mesam forma que está se questionando a lei que proíbe e criminaliza o aborto, e não dizendo que as mulheres e médicos devem realizar abortos clandestinos.

Penso diferente de você: você afirma que a lei obriga o homem a assumir um filho, mesmo que ele não queira. Se observarmos a lei, então vamos extrair que ela também obriga a mulher a ter o filho, já que o aborto só é permitido nos casos previstos. Se seguirmos a lei, então há responsabilização para ambos os lados, não?

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Eu não estou dizendo que o homem devesse ter o direito de obrigar a mulher a ter um filho contra a vontade. Acredito que essa é uma decisão que compete completamente a ela. Ela que vai julgar o quanto vai considerar a opinião do homem, se vai considerar ou não, obviamente que a lei não deve proibir ela de consultar a opinião de quem quer que ela queira consultar para se decidir.

Mas essas pessoas não devem ter qualquer poder legal no caso, independentemente de genes, coito, ou o que quer que haja os ligando, com exceção de algum contrato legal que tenham feito.

Todo restante dessa mensagem era quanto ao homem não ter o direito de obrigar uma mulher a seguir uma gestação que não queira ter, com o que concordo, então vou pular para a próxima.

Justo. Você pretende então que se permita criar algo similar à uma renúncia ao direito à paternidade? Algo do tipo, você quer ter o bebê e eu não, então vamos procurar a Justiça e reconhecer minha renúncia; homologada a decisão (que teria cunho declaratório), a criança deixa de ter pai e o filho se torna uma produção independente. Sabe, seria interessante, mas a lei também resguarda o direito da criança, que pode buscar o reconhecimento paterno a qualquer momento: ou seja, é um direito da criança (adolescente ou adulto), renunciar ao pai que tem... Esse direito não cabe à sua mãe ou ao seu pai. E então, como ficamos diante desse conflito?

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Eu não quis sugerir que você sugerisse que a mulher que pretende abortar é uma incapaz.

Ela parece ser colocada como "incapaz", como quase uma "menor de idade", quando ela é desproporcionalmente menos responsabilizada legalmente que o homem; quando ela, apesar de decidir, unilateralmente, seguir uma gravidez, não é a única pessoa sobre a qual caem responsabilidades por essa decisão. Mas é meio que considerada uma "vítima inocente" do homem, que é responsabilizado.

É como se não tivesse sido uma decisão dela (e só dela) continuar com a gravidez, quando foi. Quando, diante da perspectiva de ter um filho, mesmo que "sem um pai", ela optou por fazê-lo mesmo assim.

É como se a lei assumisse que as mulheres são ingênuas, de uma tolice inerente, que, só fazem sexo com um cara porque foram levadas a acreditar que ele estava disposto a se responsabilizar pela gravidez, se ocorresse.

Como se, assim como há o sexo considerado estupro estatutário quando com menores de 16 anos, toda gravidez fosse similar quanto ao homem ser o verdadeiro responsável, e a mulher ser uma vítima inocente, que não sabe o que faz, que é inerentemente tapeada pelo homem.

Discordo de você pelo mesmo motivo já citado anteriormente: a lei não considera a mulher ingênua, tanto que a obriga a continuar com a gravidez. A lei entende que, se engravidou, deve ter o filho (salvo exceções previstas na mesma lei). Diante disso, como você pode continuar afirmando que a lei trata as mulheres como ingênuas que, engravidando contra a vontade do parceiro, ele terá a obrigação de sustentar e reconhecer a criança? Mas não é a mesma lei que a obriga a ter o bebê?  :hein:

Quanto à questão do estupro presumido, sou a favor da avaliação do caso concreto: se a menina vive aprontando por aí, qual a lógica de acusar o cara de estupro? Se ela já fazia sexo e sabe bem o que é isso, como penalizar o cidadão por ter feito sexo com ela? A meu ver, analisar cada caso é o melhor a fazer quando se trata de admitir o estupro presumido.

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Em tempo, acho uma tremenda filha-da-putice também um cara engravidar e não assumir (a não ser em casos como o da mulher que guardou o esperma do sexo oral e se inseminou sem que ele soubesse, ou ter sido levado a acreditar que ela usava anti-concepcionais), mas não acho que a obrigação legal disso seja solução. Acho que talvez tenda a amolecer o senso de responsabilidade feminina, uma vez que, se ela engravidar, "tudo bem", além de haver a pressão social para assumir, mesmo que mal se conheçam, ainda é legalmente obrigado a pagar pensão.

Eu me pergunto se não seria melhor não houvesse essa "garantia", com as mulheres tendo que ser mais responsáveis quanto a de quem engravidam. Tendo a acreditar que haveriam menos crianças sendo geradas nessas situações longe do ideal, se restringindo mais àquelas sendo concebidas dentro de uma relação estável, com confiança e responsabilidade divididas voluntariamente entre os parceiros, um ambiente muito melhor para uma criança vir ao mundo e ser criada.

Não discordo de você. Existem mulheres e mulheres e a postura de muitas é deplorável. Não consigo entender como algumas conseguem dormir com o cidadão uma noite, engravidarem, terem o filho contra a vontade do fornecedor de esperma e ainda querer que ele sustente o rebento. Se fazemos nossas burrices, precisamos assumir e não jogar uma carga nas costas de alguém que não esperava por ela.

Agora se existe uma relação e o tema sempre foi pacífico e de uma hora pra outra o cidadão surta e manda ela abortar, penso que ela deve seguir com a gravidez se assim o deseja e responsabilizar o pai na parte que cabe.

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A minha opinião resumida é de direitos exclusivos da mulher (que pode de qualquer forma ouvir pitacos de todo mundo, desde do pai, até de primos, vizinhas, mães, tias, astrólogos, quem quer que queira consultar). A responsabilidade, da mesma forma, seria, legalmente, "por default", toda dela, mas obviamente sendo naturalmente dividida com o pai num relaiconamento saudável, na medida que esse também queira ter o filho, não sendo necessário o estado determinar nada. A não ser quanto ao cumprimento de contratos acertados entre os dois, caso tenham feito algum. Sem um "contrato default" de pensão ou uma legislação que assume que a mulher é inerentemente uma vítima, tapeada só para fazer sexo sem camisinha. Mesmo que isso seja muito comum, cabe às mulheres a "esperteza" de não caírem na conversa de malandros, de só se "arriscarem" ter filhos quando há a segurança de uma situação ideal, um relacionamento com alguém em que possam confiar e que esteja disposto (ou, idealmente, queira) ter filhos, e não meramente o pai biológico sendo obrigado a pagar pensão

Mas é quanto a isso que discordo de você. Mais uma vez: a lei responsabiliza a mulher a ponto de não permitir que ela termine a gravidez. Agora, se saímos do âmbito legal e entramos no âmbito dos costumes, concordo com você: a mulher precisa se responsabilizar pelo que faz e não bancar a tolinha quando engravida de um cidadão que nunca pretendeu ter um filho. Que tipo de relação essa criança poderá ter com um pai que nunca a desejou e que a vê como um estorvo? Se uma mulher é incapaz de entender e pensar a esse respeito, ela é uma irresponsável - faço uma ressalva para situações em que há uma relação e filhos não são uma idéia abominável para ambos.

Olha, penso que filho é de uma responsabilidade imensa. Se eu não me sentir preparada para ter, espero imensamente que meu parceiro concorde comigo e me ajude a superar a situação. Da mesma forma, penso que ninguém pode receber uma carga tão imensa quanto uma criança sem que tenha desejado. Porque penso isso? Porque penso na própria criança... Ninguém precisa nascer e conviver com um pai que não gosta dela ou que só a visita porque o juiz determina que ele o faça. Se uma mulher não se sente preparada a ponto de abortar, espero que uma mulher tenha consciência de que, na cabeça do homem, não é algo tão fácil de ser aceito e resolvido.



E quanto ao outro aspecto, concordo com o Juca e o Jaf: para quem acha que a mulher deve ter a criança mesmo sem querer, só para agradar ao pai, sugiro experimentar nove meses portando um peso que aumenta gradativamente... Só não sei como faremos para simular o parto... ::)
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Offline Pandora

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Re: Propostas de Ângela Guadagnin (a "Dançarina do Mensalão")
« Resposta #82 Online: 18 de Abril de 2010, 22:18:58 »
Somente liberar o aborto no Brasil sem promover, de fato e sem puritanismos, uma campanha de educação sexual e controle de natalidade vai ser inútil, na minha opinião.
Os pais tem que parar de pensar que as filhas só vão transar depois casar e incentivá-las a usar anticoncepcional, a ligadura de trompas e a vasectomia devem realmente ser realizadas-como já manda a lei, depois que isso estiver acontecendo aí sim liberar o aborto, porque do contrário acho que só vão lotar hospitais!!! Deveriam passar isso na novela das 8 já que é assim que o povo aqui aprende!

Vou contar um "causo"  para vocês. Eu era conciliadora numa vara de família e entre os vários casos bizarros que aparecem por lá teve esse: uma mãe foi pedir pensão para seus 6 filhos, porém o pai só ganha pouco mais de R$ 600,00 e ainda tem mais 2 filhos com outra mulher. Todos os 8 são menores. Quanto ele pode oferecer de pensão? R$ 20,00 para cada uma das 6 crianças! Eu não resisti e perguntei como tiveram tantos filhos e a resposta foi "aconteceu". Ainda não me aguentando, perguntei como tinha acontecido 6 vezes, por que não tomou anticoncepcional e por que ele não fez vasectomia, e a resposta foi que anticoncepcional engordava e que vasectomia deixava broxa e onde como um como 2 (isso foi em relação ao nº de filhos)!

Enquanto a mentalidade não mudar, só aborto vai ser como dar murro me ponta de faca!

Offline Derfel

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Re: Propostas de Ângela Guadagnin (a "Dançarina do Mensalão")
« Resposta #83 Online: 18 de Abril de 2010, 22:26:13 »
Essa história de "fornecedor de esperma" já está me deixando deprimido... :(

Simule o parto com uma cirugia de apendicite, oras.

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Propostas de Ângela Guadagnin (a "Dançarina do Mensalão")
« Resposta #84 Online: 18 de Abril de 2010, 22:32:44 »
Como você bem disse, a obrigação é moral: o homem faz se quiser e julgar conveniente. Como a legislação entende que o dever do pai é também o de contribuir para a criação da criança - e não apenas sustento financeiro -, ele deve sim, ser responsabilizado.

Óbvio, ninguém está dizendo que se deve ir contra a lei, o que se está fazendo é questionar a lei! Da mesam forma que está se questionando a lei que proíbe e criminaliza o aborto, e não dizendo que as mulheres e médicos devem realizar abortos clandestinos.

Penso diferente de você: você afirma que a lei obriga o homem a assumir um filho, mesmo que ele não queira. Se observarmos a lei, então vamos extrair que ela também obriga a mulher a ter o filho, já que o aborto só é permitido nos casos previstos. Se seguirmos a lei, então há responsabilização para ambos os lados, não?

Sim, como o Diegojaf falou, isso faz sentido partindo da lei tal como é. Como a discussão acabou virando mais quanto a se deve ou não ser legal o aborto, estava fazendo colocações que levavam em consideração essa possibilidade.

Se a mulher não pode abortar, nada mais justo que o homem seja obrigado no mínimo a pagar pensão.



Só defendo que o homem "pudesse" não pagar pensão ou qualquer coisa se houvesse pleno direito de aborto unilateral, que é como deve ser.

Esse "pudesse" está assim entre aspas porque não é nem exatamente a coisa certa a fazer, apenas tendo a pensar que a obrigação como remediação acaba criando uma situação ainda pior. Não do ponto de vista dos pais estarem sendo "injustiçados", mas por mais crianças sendo concebidas por essa falsa segurança de se ter filhos nessa situação, longe da ideal. Onde "ideal" é até um exagero, seria mais "básico" mesmo.



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Eu não estou dizendo que o homem devesse ter o direito de obrigar a mulher a ter um filho contra a vontade. Acredito que essa é uma decisão que compete completamente a ela. Ela que vai julgar o quanto vai considerar a opinião do homem, se vai considerar ou não, obviamente que a lei não deve proibir ela de consultar a opinião de quem quer que ela queira consultar para se decidir.

Mas essas pessoas não devem ter qualquer poder legal no caso, independentemente de genes, coito, ou o que quer que haja os ligando, com exceção de algum contrato legal que tenham feito.

Todo restante dessa mensagem era quanto ao homem não ter o direito de obrigar uma mulher a seguir uma gestação que não queira ter, com o que concordo, então vou pular para a próxima.

Justo. Você pretende então que se permita criar algo similar à uma renúncia ao direito à paternidade? Algo do tipo, você quer ter o bebê e eu não, então vamos procurar a Justiça e reconhecer minha renúncia; homologada a decisão (que teria cunho declaratório), a criança deixa de ter pai e o filho se torna uma produção independente. Sabe, seria interessante, mas a lei também resguarda o direito da criança, que pode buscar o reconhecimento paterno a qualquer momento: ou seja, é um direito da criança (adolescente ou adulto), renunciar ao pai que tem... Esse direito não cabe à sua mãe ou ao seu pai. E então, como ficamos diante desse conflito?

Não, só defendo que, se, e somente se, a mulher fosse livre para abortar (o que deveria ser o caso), se, no entanto, ela não decidisse abortar, e o homem não quisesse assumir, que isso fosse equivalente a ela ter feito uma inseminação artificial, onde o pai não tem nada a ver com o filho. Mal pensei nisso sobre o aspecto de "direitos do homem", então nem me passou bem pela cabeça a questão de "renúncia paterna" ou qualquer coisa que seja.

O meu foco é apenas no dano colateral que acho que existe nas mulheres terem a "garantia" legal de pensão ao engravidarem. Ainda que teoricamente valha a mesma lógica de não se ter leis amortecendo a falta de julgamento da mulher, mesmo numa situação onde não é legal o aborto, acho que já seria demais, porque além de terem crianças nascendo na mesma situação de qualquer jeito, no mínimo, a situação seria financeiramente pior. Mas sei lá, talvez até mesmo isso fosse positivo, não sei.



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Eu não quis sugerir que você sugerisse que a mulher que pretende abortar é uma incapaz.

Ela parece ser colocada como "incapaz", como quase uma "menor de idade", quando ela é desproporcionalmente menos responsabilizada legalmente que o homem; quando ela, apesar de decidir, unilateralmente, seguir uma gravidez, não é a única pessoa sobre a qual caem responsabilidades por essa decisão. Mas é meio que considerada uma "vítima inocente" do homem, que é responsabilizado.

É como se não tivesse sido uma decisão dela (e só dela) continuar com a gravidez, quando foi. Quando, diante da perspectiva de ter um filho, mesmo que "sem um pai", ela optou por fazê-lo mesmo assim.

É como se a lei assumisse que as mulheres são ingênuas, de uma tolice inerente, que, só fazem sexo com um cara porque foram levadas a acreditar que ele estava disposto a se responsabilizar pela gravidez, se ocorresse.

Como se, assim como há o sexo considerado estupro estatutário quando com menores de 16 anos, toda gravidez fosse similar quanto ao homem ser o verdadeiro responsável, e a mulher ser uma vítima inocente, que não sabe o que faz, que é inerentemente tapeada pelo homem.

Discordo de você pelo mesmo motivo já citado anteriormente: a lei não considera a mulher ingênua, tanto que a obriga a continuar com a gravidez. A lei entende que, se engravidou, deve ter o filho (salvo exceções previstas na mesma lei). Diante disso, como você pode continuar afirmando que a lei trata as mulheres como ingênuas que, engravidando contra a vontade do parceiro, ele terá a obrigação de sustentar e reconhecer a criança? Mas não é a mesma lei que a obriga a ter o bebê?  :hein:


Como disse anteriormente, o que disse seria a partir de uma situação onde a mulher pudesse abortar livremente, mas o homem pudesse ser sempre responsabilizado, não tendo uma possibilidade de escolha análoga. Não se refere à situação atual.


Quanto à questão do estupro presumido, sou a favor da avaliação do caso concreto: se a menina vive aprontando por aí, qual a lógica de acusar o cara de estupro? Se ela já fazia sexo e sabe bem o que é isso, como penalizar o cidadão por ter feito sexo com ela? A meu ver, analisar cada caso é o melhor a fazer quando se trata de admitir o estupro presumido.

Eu coloquei isso só como exemplo de um tratamento legal que julga que uma das partes é inerentemente "inocente", mal sabe das coisas, que seria uma lei que permitisse que a mulher decidisse livremente sobre a gravidez, mas, dependendo de sua decisão, se imputasse ou não uma responsabilidade inescapável ao pai, que não poderia ter o seu análogo a abortar. Não questiono a questão de estupro estatutário, acho que é basicamente certo mesmo, só complica se for algo como uma menina de 16-17 e namorado de 18, mas isso é outro assunto completamente.




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Em tempo, acho uma tremenda filha-da-putice também um cara engravidar e não assumir (a não ser em casos como o da mulher que guardou o esperma do sexo oral e se inseminou sem que ele soubesse, ou ter sido levado a acreditar que ela usava anti-concepcionais), mas não acho que a obrigação legal disso seja solução. Acho que talvez tenda a amolecer o senso de responsabilidade feminina, uma vez que, se ela engravidar, "tudo bem", além de haver a pressão social para assumir, mesmo que mal se conheçam, ainda é legalmente obrigado a pagar pensão.

Eu me pergunto se não seria melhor não houvesse essa "garantia", com as mulheres tendo que ser mais responsáveis quanto a de quem engravidam. Tendo a acreditar que haveriam menos crianças sendo geradas nessas situações longe do ideal, se restringindo mais àquelas sendo concebidas dentro de uma relação estável, com confiança e responsabilidade divididas voluntariamente entre os parceiros, um ambiente muito melhor para uma criança vir ao mundo e ser criada.

Não discordo de você. Existem mulheres e mulheres e a postura de muitas é deplorável. Não consigo entender como algumas conseguem dormir com o cidadão uma noite, engravidarem, terem o filho contra a vontade do fornecedor de esperma e ainda querer que ele sustente o rebento. Se fazemos nossas burrices, precisamos assumir e não jogar uma carga nas costas de alguém que não esperava por ela.

Agora se existe uma relação e o tema sempre foi pacífico e de uma hora pra outra o cidadão surta e manda ela abortar, penso que ela deve seguir com a gravidez se assim o deseja e responsabilizar o pai na parte que cabe.

Eu acho que talvez para relacionamentos estáveis se pudesse ter alguns acordos presumidos. Parece que por exemplo, se pessoas moram juntas por uns 4 anos, meio que são quase legalmente casados, e podem exigir direitos de casados em caso de separação. Mas não sei bem. Então, se na última hora o homem decidisse pular fora, quando nem é mais possível para a mulher fazer isso, deveria ser como se ele tivesse concordado antes, e ser sim, responsabilizado. Aqui eu até acho que vale alguma assimetria favorável para a mulher, pelo fato dela ser a gestante em si. Até mesmo em decidir unilateralmente por interromper a gravidez, apesar de mais cedo ambos terem concordado.

 
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A minha opinião resumida é de direitos exclusivos da mulher (que pode de qualquer forma ouvir pitacos de todo mundo, desde do pai, até de primos, vizinhas, mães, tias, astrólogos, quem quer que queira consultar). A responsabilidade, da mesma forma, seria, legalmente, "por default", toda dela, mas obviamente sendo naturalmente dividida com o pai num relaiconamento saudável, na medida que esse também queira ter o filho, não sendo necessário o estado determinar nada. A não ser quanto ao cumprimento de contratos acertados entre os dois, caso tenham feito algum. Sem um "contrato default" de pensão ou uma legislação que assume que a mulher é inerentemente uma vítima, tapeada só para fazer sexo sem camisinha. Mesmo que isso seja muito comum, cabe às mulheres a "esperteza" de não caírem na conversa de malandros, de só se "arriscarem" ter filhos quando há a segurança de uma situação ideal, um relacionamento com alguém em que possam confiar e que esteja disposto (ou, idealmente, queira) ter filhos, e não meramente o pai biológico sendo obrigado a pagar pensão

Mas é quanto a isso que discordo de você. Mais uma vez: a lei responsabiliza a mulher a ponto de não permitir que ela termine a gravidez. Agora, se saímos do âmbito legal e entramos no âmbito dos costumes, concordo com você: a mulher precisa se responsabilizar pelo que faz e não bancar a tolinha quando engravida de um cidadão que nunca pretendeu ter um filho. Que tipo de relação essa criança poderá ter com um pai que nunca a desejou e que a vê como um estorvo? Se uma mulher é incapaz de entender e pensar a esse respeito, ela é uma irresponsável - faço uma ressalva para situações em que há uma relação e filhos não são uma idéia abominável para ambos.

Olha, penso que filho é de uma responsabilidade imensa. Se eu não me sentir preparada para ter, espero imensamente que meu parceiro concorde comigo e me ajude a superar a situação. Da mesma forma, penso que ninguém pode receber uma carga tão imensa quanto uma criança sem que tenha desejado. Porque penso isso? Porque penso na própria criança... Ninguém precisa nascer e conviver com um pai que não gosta dela ou que só a visita porque o juiz determina que ele o faça. Se uma mulher não se sente preparada a ponto de abortar, espero que uma mulher tenha consciência de que, na cabeça do homem, não é algo tão fácil de ser aceito e resolvido.



E quanto ao outro aspecto, concordo com o Juca e o Jaf: para quem acha que a mulher deve ter a criança mesmo sem querer, só para agradar ao pai, sugiro experimentar nove meses portando um peso que aumenta gradativamente... Só não sei como faremos para simular o parto... ::)

Concordamos mais do que pensávamos, então. Só houve confusão quanto a se tratar de situações hipotéticas onde a lei seria diferente ou na situação atual.

Offline Derfel

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Re: Propostas de Ângela Guadagnin (a "Dançarina do Mensalão")
« Resposta #85 Online: 18 de Abril de 2010, 22:33:16 »
Existe uma política nacional de controle de natalidade. Há o fornecimento nas UBS de anticoncepcionais orais e injetáveis e preservativos. As ESF trabalham com isso na educação em saúde, mas, às vezes, é difícil a clientela entender como usar o anticepcional oral e nem sempre o injetável está disponível na unidade. Vasectomias também são realizadas aos montes, pelo menos no município onde atendo. Nas maternidades, ligadura de trompas sofrem certa resistência em alguns médicos que se negam a fazer o procedimento (quando a mulher preenche todos os requisitos), muitas vezes por motivos religiosos.


Offline _Juca_

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Re: Propostas de Ângela Guadagnin (a "Dançarina do Mensalão")
« Resposta #87 Online: 18 de Abril de 2010, 22:39:28 »
Somente liberar o aborto no Brasil sem promover, de fato e sem puritanismos, uma campanha de educação sexual e controle de natalidade vai ser inútil, na minha opinião.
Os pais tem que parar de pensar que as filhas só vão transar depois casar e incentivá-las a usar anticoncepcional, a ligadura de trompas e a vasectomia devem realmente ser realizadas-como já manda a lei, depois que isso estiver acontecendo aí sim liberar o aborto, porque do contrário acho que só vão lotar hospitais!!! Deveriam passar isso na novela das 8 já que é assim que o povo aqui aprende!

Vou contar um "causo"  para vocês. Eu era conciliadora numa vara de família e entre os vários casos bizarros que aparecem por lá teve esse: uma mãe foi pedir pensão para seus 6 filhos, porém o pai só ganha pouco mais de R$ 600,00 e ainda tem mais 2 filhos com outra mulher. Todos os 8 são menores. Quanto ele pode oferecer de pensão? R$ 20,00 para cada uma das 6 crianças! Eu não resisti e perguntei como tiveram tantos filhos e a resposta foi "aconteceu". Ainda não me aguentando, perguntei como tinha acontecido 6 vezes, por que não tomou anticoncepcional e por que ele não fez vasectomia, e a resposta foi que anticoncepcional engordava e que vasectomia deixava broxa e onde como um como 2 (isso foi em relação ao nº de filhos)!

Enquanto a mentalidade não mudar, só aborto vai ser como dar murro me ponta de faca!

Não diria mentalidade, mas educação. E o aborto poderia ter sido a solução para ela.

Offline Derfel

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Re: Propostas de Ângela Guadagnin (a "Dançarina do Mensalão")
« Resposta #88 Online: 18 de Abril de 2010, 22:48:14 »
E esses requisitos são exagerados, para começar.

por que?

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Propostas de Ângela Guadagnin (a "Dançarina do Mensalão")
« Resposta #89 Online: 18 de Abril de 2010, 22:59:52 »
:lol:

É comum esse tipo de lei, em outros países? Acho uma besteira.
Por que acha besteira ?

Porque o estado idealmente não deveria interferir nesse tipo de escolha (e no que fosse fazer, seria argumentável que o melhor seria "a favor", não "contra"). É meio como se só permitissem vender ou distribuir preservativos para maiores de 25 com pelo menos 2 filhos.

Na pior das hipóteses, é uma medida burra visando estabilidade demográfica; na melhor delas, uma medida paternalista que visa prevenir o arrependimento de adultos ao fazer algo que não tem 100% de chance de possibilidade de reversão. Bem, são inúmeras as decisões equiparavelmente "irreversíveis" que uma pessoa pode fazer, e não se quer o estado cuidando delas exceto enquanto elas puderem causar conseqüências ruins para terceiros, e ao mesmo tempo, perde-se a oportunidade de promover a adoção com eventuais hipotéticos arrependimentos. Pessoalmente penso que o "déficit de pais adotivos" é um problema mais sério do que o "déficit de filhos biológicos".   

Offline Derfel

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Re: Propostas de Ângela Guadagnin (a "Dançarina do Mensalão")
« Resposta #90 Online: 18 de Abril de 2010, 23:05:41 »
E onde estão os requisitos?

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Propostas de Ângela Guadagnin (a "Dançarina do Mensalão")
« Resposta #91 Online: 18 de Abril de 2010, 23:09:55 »
No mesmo tópico dessa mensagem antiga minha, tem numa das mensagens anteriores do dr. Stéfano. A linha "quote from" é um link para o tópico, diretamente para a mensagem citada.

Offline Pandora

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Re: Propostas de Ângela Guadagnin (a "Dançarina do Mensalão")
« Resposta #92 Online: 18 de Abril de 2010, 23:45:37 »
Somente liberar o aborto no Brasil sem promover, de fato e sem puritanismos, uma campanha de educação sexual e controle de natalidade vai ser inútil, na minha opinião.
Os pais tem que parar de pensar que as filhas só vão transar depois casar e incentivá-las a usar anticoncepcional, a ligadura de trompas e a vasectomia devem realmente ser realizadas-como já manda a lei, depois que isso estiver acontecendo aí sim liberar o aborto, porque do contrário acho que só vão lotar hospitais!!! Deveriam passar isso na novela das 8 já que é assim que o povo aqui aprende!

Vou contar um "causo"  para vocês. Eu era conciliadora numa vara de família e entre os vários casos bizarros que aparecem por lá teve esse: uma mãe foi pedir pensão para seus 6 filhos, porém o pai só ganha pouco mais de R$ 600,00 e ainda tem mais 2 filhos com outra mulher. Todos os 8 são menores. Quanto ele pode oferecer de pensão? R$ 20,00 para cada uma das 6 crianças! Eu não resisti e perguntei como tiveram tantos filhos e a resposta foi "aconteceu". Ainda não me aguentando, perguntei como tinha acontecido 6 vezes, por que não tomou anticoncepcional e por que ele não fez vasectomia, e a resposta foi que anticoncepcional engordava e que vasectomia deixava broxa e onde como um como 2 (isso foi em relação ao nº de filhos)!

Enquanto a mentalidade não mudar, só aborto vai ser como dar murro me ponta de faca!

Não diria mentalidade, mas educação. E o aborto poderia ter sido a solução para ela.

Concordo, porque não sou contra o aborto, mas será que ela também não é contra?  Aborto legalizado não quer dizer que todas farão! Por isso, é extremamente importante a educação sexual e o controle de natalidade.

E é questão de mentalidade, também! A velha do brasileiro que "sempre cabe mais um", "é só botar mais água no feijão!".

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Re: Propostas de Ângela Guadagnin (a "Dançarina do Mensalão")
« Resposta #93 Online: 19 de Abril de 2010, 00:34:47 »
Concordo, porque não sou contra o aborto, mas será que ela também não é contra?  Aborto legalizado não quer dizer que todas farão! Por isso, é extremamente importante a educação sexual e o controle de natalidade.

E é questão de mentalidade, também! A velha do brasileiro que "sempre cabe mais um", "é só botar mais água no feijão!".
Concordo. E é claro que só o aborto não é solução de todos os problemas. Tem a questão da adoção, que poderia ser melhor, e o planejamento familiar. Os políticos não se interessam por essas questões porque só vai dar resultado a longo prazo, e político quer coisas pra mostrar pro povo pra poder se reeleger.
Difficulter reciduntur vitia quae nobiscum creverunt.

“Deus me dê a serenidadecapacidade para aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar o que posso, e a sabedoria para saber a diferença” (Desconhecido)

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Re: Propostas de Ângela Guadagnin (a "Dançarina do Mensalão")
« Resposta #94 Online: 19 de Abril de 2010, 01:56:50 »
Se a mulher nao quer criar o filho e o homem esta disposto a fazer e soh deixar a gurda da crianca com o pai. Oras bolas.... O que nao falta por ai eh pai solteiro.
Meu ponto eh, se a mulher quer ter poder TOTAL sobre o seu corpo, a ponto de decidir a contragosto do pai da crianca um aborto, tambem deve arcar com as responsabilidades, deve ser totalmente responsavwl pela prevencao. Se engravidar e o cara nao quiser o filho, se vira.
2

Sugiro então que trabalhem o quanto antes para que o corpo masculino possa ter a capacidade de carregar o feto, porque enquanto a parte pesada, onde algumas vezes existe até mesmo o risco de morte, for da mulher, ela escolhe o que acontece ou não.

Concordo inteiramente, pena que não seja assim. Deveriam inventar uma barriga de 20k, organicamente adaptada ao corpo masculino, colocar no ventre do Papa e deixa-lo carregando por 900 meses, duvido que o FDP teria a mesmo opinião depois disso.
Eh tao insuportavel , tao desumano, tao sofrido que tem mulher que tem mais de uma duzia. E por acaso voce me chamou de FDP?
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline Fabi

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Re: Propostas de Ângela Guadagnin (a "Dançarina do Mensalão")
« Resposta #95 Online: 19 de Abril de 2010, 02:15:09 »
Acho que ele tá falando do Papa.
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Re: Propostas de Ângela Guadagnin (a "Dançarina do Mensalão")
« Resposta #96 Online: 19 de Abril de 2010, 09:44:57 »
Se a mulher nao quer criar o filho e o homem esta disposto a fazer e soh deixar a gurda da crianca com o pai. Oras bolas.... O que nao falta por ai eh pai solteiro.
Meu ponto eh, se a mulher quer ter poder TOTAL sobre o seu corpo, a ponto de decidir a contragosto do pai da crianca um aborto, tambem deve arcar com as responsabilidades, deve ser totalmente responsavwl pela prevencao. Se engravidar e o cara nao quiser o filho, se vira.
2

Sugiro então que trabalhem o quanto antes para que o corpo masculino possa ter a capacidade de carregar o feto, porque enquanto a parte pesada, onde algumas vezes existe até mesmo o risco de morte, for da mulher, ela escolhe o que acontece ou não.

Concordo inteiramente, pena que não seja assim. Deveriam inventar uma barriga de 20k, organicamente adaptada ao corpo masculino, colocar no ventre do Papa e deixa-lo carregando por 900 meses, duvido que o FDP teria a mesmo opinião depois disso.
Eh tao insuportavel , tao desumano, tao sofrido que tem mulher que tem mais de uma duzia. E por acaso voce me chamou de FDP?

Não Barata, você é muito gente fina. É o Papa mesmo.

E aliás, não fui eu que quis te engravidar, foram outros aqui... :lol:

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Re: Propostas de Ângela Guadagnin (a "Dançarina do Mensalão")
« Resposta #97 Online: 19 de Abril de 2010, 09:56:32 »
O jaf vem tentando ja faz uns 5 anos.... He he he
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Re: Propostas de Ângela Guadagnin (a "Dançarina do Mensalão")
« Resposta #98 Online: 19 de Abril de 2010, 13:48:04 »
O jaf vem tentando ja faz uns 5 anos.... He he he

Mas você resiste porque acha que eu não vou te dar mais atenção quando seu corpo mudar... :(
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http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Propostas de Ângela Guadagnin (a "Dançarina do Mensalão")
« Resposta #99 Online: 19 de Abril de 2010, 14:52:42 »
Se a mulher nao quer criar o filho e o homem esta disposto a fazer e soh deixar a gurda da crianca com o pai. Oras bolas.... O que nao falta por ai eh pai solteiro.
Meu ponto eh, se a mulher quer ter poder TOTAL sobre o seu corpo, a ponto de decidir a contragosto do pai da crianca um aborto, tambem deve arcar com as responsabilidades, deve ser totalmente responsavwl pela prevencao. Se engravidar e o cara nao quiser o filho, se vira.
2

Sugiro então que trabalhem o quanto antes para que o corpo masculino possa ter a capacidade de carregar o feto, porque enquanto a parte pesada, onde algumas vezes existe até mesmo o risco de morte, for da mulher, ela escolhe o que acontece ou não.

Concordo inteiramente, pena que não seja assim. Deveriam inventar uma barriga de 20k, organicamente adaptada ao corpo masculino, colocar no ventre do Papa e deixa-lo carregando por 900 meses, duvido que o FDP teria a mesmo opinião depois disso.
Eh tao insuportavel , tao desumano, tao sofrido que tem mulher que tem mais de uma duzia. E por acaso voce me chamou de FDP?

Não Barata, você é muito gente fina. É o Papa mesmo.

E aliás, não fui eu que quis te engravidar, foram outros aqui... :lol:

Queriam engravidar, no plural? Ao menos pagaram um jantar?

 

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